Tecnologia: tecnologias dão mais emprego
Abril 5, 2010 by Inovação & Marketing
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Esmagadora maioria das profissões em Portugal vão passar a exigir competências tecnológicas. Estudo da IDC aponta para 90%
Maiores perspectivas de carreira e melhores salários: a formação tecnológica pode ser um bom investimento, complementar aos ensinamentos académicos. Para os licenciados à espera de emprego pode ser mesmo a (melhor) solução. As tecnologias estão a crescer e não se cansam de procurar (e encontrar) mão-de-obra especializada. Melhor ainda, os salários também são promissores.
«Este é um sector que não parou de ter dinamismo e, por isso, os engenheiros informáticos ganham acima da média das outras profissões exercidas por pessoal qualificado», declarou o presidente da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI), José Dias Coelho, à «Exame Informática».
Os cursos certificados podem ser o trampolim ideal para obter conhecimentos num curto espaço de tempo, práticas que muitas vezes não são ensinadas nas universidades. As empresas preferem contratar quem não tem medo da tecnologia e põe mãos à obra sem hesitar.
«Já ouvi clientes da nossa empresa a dizer que não se importam de empregar alguém que não é engenheiro, desde que tenha um certificado Cisco Certified Network Associate (CCNA)», revelou o gestor de programas da Rede de Academias Cisco para Portugal e países nórdicos, Nuno Guarda, à mesma publicação.
A Cisco está mesmo entre as empresas que fornecem cursos de grande procura, como o CCNA e o CCNP. A acompanhar a preferência pela formação tecnológica, estão os cursos Windows Server 2008, programação em Java e as certificações EC Council (segurança electrónica), além de cursos vocacionados para a virtualização, como o VMWare.
A vantagem destes cursos prende-se com a fácil adaptação a outras marcas tecnológicas. A formação da Cisco, por exemplo, habilita os formandos a uma aprendizagem transversal: «Mesmo nos cursos sobre redes, como o CCNA, 95% do que se aprende» é útil «para outros fabricantes e, por isso, acaba por ser reconhecido por outras marcas que até podem ser concorrentes», assegurou Nuno Guarda.
E, de facto, 66% dos formandos das academias europeias viram melhoras em termos de empregabilidade, depois de se submeterem a uma formação tecnológica. A ajudar, está a dependência crescente que as empresas têm da tecnologia.
90% das profissões vão exigir competências tecnológicas
Por iniciativa própria ou da entidade patronal, a formação tecnológica é o que está a dar. Hoje em dia quase todas as áreas profissionais necessitam de tecnologia para trabalhar. «As empresas sabem que as tecnologias ajudam a produzir mais e melhor. E há algumas que já só conseguem existir com tecnologias», afirmou o presidente da AODSI.
Como «as empresas não migram de software anualmente» é mais fácil perceber quais são os cursos com maior saída, adiantou a directora adjunta do Centro de Formação da Rumos, Marlene Almeida. Isso, aliado aos gostos pessoais do potencial trabalhador, é a chave do cofre para que o dinheiro e o tempo gastos em formação se traduzam num novo emprego.
E as previsões apontam para que tecnologia seja uma palavra cada vez mais recorrente no mercado de trabalho: não há-de faltar muito para que 90% das profissões exercidas em Portugal vão exigir competências desse tipo, segundo um estudo da IDC, encomendado pela Microsoft.
Por isso, resta saber escolher bem, para garantir um futuro profissional melhor: os cursos com certificados reconhecidos por marcas tecnológicas devem ser uma primeira escolha, isto porque são mais valorizados em termos de currículo profissional.
Há cursos para todos os gostos, mas aqueles que privilegiam as aulas práticas e que incluem estágios são os que garantem maior apetência para o mercado de trabalho. Afinal ainda há «luzes ao fundo do túnel» para quem está desempregado.
Fonte: Agência Financeira