Inovação: Laboratório português de investigação em biotecnologia lança perfume que quer “aliar arte e ciência”

Dezembro 6, 2010 by  
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Um laboratório integrado no pólo de investigação em biotecnologia de Cantanhede vai lançar na próxima semana para o mercado nacional um perfume que procura aliar “arte e ciência”.

“A tecnologia deste perfume vem de uma nova forma de fazer ciência, que é aliar arte e ciência. Recorrendo aos conhecimentos científicos que temos do corpo humano e das diferentes moléculas que actuam na organização comportamental e fisiológica do ser humano, [tentamos] conseguir com arte e intuição, e às vezes até o saber empírico associado às plantas, chegar a uma criação nova”, disse à Lusa a responsável pelos Laboratórios Vidaurre, uma empresa de biotecnologia sedeada no Biocant Park, de Cantanhede.

Para Maria Vidaurre, o desafio foi “aliar os últimos resultados das investigações em biologia vegetal com a arte de saber fazer um produto que é único e diferente, sem esquecer a ciência”.

A licenciada em Farmácia, de apenas 29 anos, contou com apoios do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para fundar o laboratório e não tem dúvidas que a integração no Biocant Park foi “fundamental” para chegar ao perfume que está prestes a lançar no mercado.

“Foi fundamental estar no Biocant Park, porque é um local onde todo o conhecimento é partilhado, entre todos os colaboradores das diferentes empresas e os investigadores”, disse.

Maria Vidaurre diz-se orgulhosa de ter atingido estes resultados em Portugal, até porque acredita no potencial do país nesta área, assim como no da empresa que dirige.

“Acho que temos uma diversidade vegetal incrível, temos um clima adequado para o crescimento de plantas aromáticas e com propriedades medicinais, cosméticas e para a perfumaria. Esse potencial não está ainda a ser muito explorado, inclusivamente de espécies autóctones lusas, que gostaria de explorar”, sustentou.

Apesar da conjuntura de crise, Maria Vidaurre assumiu o risco de apostar no desenvolvimento de uma empresa dedicada a cosméticos, tidos como produtos de luxo.

“Acho que sem risco não se faz nada na vida. É óbvio que temos que analisar a conjuntura económica e de acordo com isso ajustar as actividades da empresa. Não podemos parar, o que acho que é crise para uns, é oportunidade para outros”, defendeu.

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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