Inovação: Portugal é o 29º mais inovador entre 52 países
Dezembro 14, 2010 by Inovação & Marketing
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Portugal ocupa o 29.º lugar entre 52 países analisados pelo Barómetro de Inovação da Cotec, logo à frente da Espanha, numa lista que é encabeçada pela Suíça, seguida dos EUA, Dinamarca e da Finlândia.
“Globalmente, Portugal posiciona-se no 29.º lugar de entre 52 países analisados, com um valor de índice de 3,52 pontos, muito próximo da média global dos países analisados (3,65)”, refere o Barómetro de Inovação.
O Barómetro elaborado pela Cotec Portugal, que foi apresentado pela primeira vez, avança que a Suíça ocupa a primeira posição, com 5,05 pontos, enquanto no último lugar se situa o Paraguai (2,29 pontos).
O lugar detido por Portugal está “muito próximo” da média global dos países analisados (3,65 pontos), embora se encontre abaixo das médias dos países da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, União Europeia, Zona Euro, União Europeia (UE-27) e dos PECO – Países da Europa Central de Ocidental, sendo o melhor posicionado dos países da Europa do Sul, superando mesmo a Espanha (3,45 pontos).
O Barómetro de Inovação é uma plataforma que disponibiliza informações sobre a inovação em Portugal, através da divulgação de indicadores e estatísticas de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).
Estes indicadores e estatísticas vão permitir desenvolver análises e apresentações agregadas dos dados sobre a inovação empresarial, nomeadamente as práticas de gestão de inovação.
Além disso, foi constituído um painel de “líderes” de vários quadrantes da sociedade portuguesa que emitirá a sua opinião de seis em seis meses sobre as questões da inovação.
No evento de hoje foram também entregues os diplomas de certificação de gestão de inovação a 23 empresas portuguesas, entre as quais a Siemens, Novabase, Everis, Siscog, Critical Software e a RAR Imobiliária.
A Cotec Portugal é uma associação empresarial para a inovação, sem fins lucrativos, que foi criada em Abril de 2003 para promover a competitividade das empresas localizadas em Portugal.
Fonte: Dinheiro Digital
Inovação: NASA apresenta conceitos dos aviões do futuro
Dezembro 14, 2010 by Inovação & Marketing
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Aviões do futuro
A NASA acaba de concluir um estudo de 18 meses que reuniu seus próprios engenheiros e engenheiros da indústria privada para tentar visualizar como serão os aviões de passageiros do futuro.
No começo do estudo havia projetos bem estranhos, para dar total liberdade aos visionários. Na segunda etapa ainda havia pelo menos dois esquisitões, incluindo um “avião-linguado”, mais parecido com o peixe ou com um carrinho de rolimã com esteroides.
Mas o resultado final tinha que ser realista e factível a médio prazo.
Assim, você provavelmente não terá problemas em reconhecer um avião quando ver um modelo 2050 em algum aeroporto no futuro. Em termos de aparência externa, todos parecem bem familiares, longe de ideias exóticas saídas de algum filme de ficção científica.
Inovações nos aviões
Mas um mecânico de aviões terá dificuldades em se adaptar: tecnicamente, os aviões das próximas décadas serão muito superiores e muito diferentes dos aviões de hoje.
“Ficando ao lado do avião você poderá não ser capaz de apontar as diferenças, mas as melhorias serão revolucionárias,” disse Richard Wahls, cientista do Centro de Pesquisas Langley, da NASA. “A beleza tecnológica é bem mais do que uma pele bonita.”
As diferenças começarão pela superfície externa. Essa nova geração de aviões terá fuselagens duplas construídas com ligas de memória de forma ultramodernas, cerâmicas e fibras de materiais compósitos. E sua superfície será coberta por revestimentos anticorrosão e capazes de autocicatrizar quando ocorrem fissuras.
Os sistemas de controle e comunicação utilizarão um mínimo de fios metálicos, que serão substituídos por cabos de fibra óptica e de nanotubos de carbono.
“Embaixo do capô” as diferenças não serão menores: esses aviões terão estruturas e tecnologias de propulsão concebidas para deixá-los mais silenciosos, menos poluentes e menos beberrões – e oferecendo mais conforto aos passageiros.
As tradicionais turbinas serão substituídas por sistemas híbrido-elétricos. As asas serão dobráveis e altamente flexíveis.
O que esperar
Os objetivos da Nasa para os aviões que entrarão em operação a partir de 2030, em comparação com uma aeronave entrando em serviço hoje, são:
- Uma redução de 71 decibéis abaixo da norma atual de ruído, o que fará com que o barulho de um avião decolando ou pousando não vá além dos limites do aeroporto.
- Uma redução de 75 por cento em relação ao padrão atual para as emissões de óxidos de nitrogênio, melhorando a qualidade do ar em torno dos aeroportos.
- Uma redução de 70 por cento no consumo de combustível, o que poderia reduzir as emissões de gases de efeito de estufa e os custos das viagens aéreas.
- A capacidade de implementar um conceito chamado “metroplex”, que permitirá a melhor utilização das pistas em vários aeroportos em áreas metropolitanas, como forma de reduzir o congestionamento do tráfego aéreo e os atrasos.
Mais lentos e mais alto
Os engenheiros das diversas entidades envolvidas foram unânimes em alguns conceitos.
Por exemplo, os aviões comuns de passageiros deverão voar em velocidades de 5 a 10% mais lentas (Mach 0,7) do que os atuais, e a altitudes mais elevadas, com o objetivo de consumir menos combustível.
As pistas dos futuros aeroportos também deverão ser mais curtas, com 5.000 pés de comprimento em média. E, na opinião dos especialistas, a tendência de aviões cada vez maiores deverá se reverter: os aviões não deverão ser maiores do que os 737 atuais, e deverão fazer mais voos diretos, para diminuir os custos.
O próximo passo no esforço da Nasa para projetar os aviões de 2030 é uma segunda fase de estudos, para começar a desenvolver as novas tecnologias que serão necessárias para atender aos objetivos agora estipulados. As equipes começarão a trabalhar por volta de Abril de 2011.
Bolha Dupla
O D8 é chamado de “bolha dupla” pelos seus projetistas do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
A ideia é juntar dois tubos dos aviões comuns para fazer uma fuselagem mais larga e ganhar sustentação. As asas, em contrapartida, podem ser muito finas, diminuindo o peso e o arrasto. Para isso, os motores foram levados para a traseira.
O D8 foi projetado para voos domésticos, voando a Mach 0,74, carregando 180 passageiros e com autonomia de 5.500 km.
Ultra verde
O SUGAR Volt é uma das propostas da equipe da Boeing.
SUGAR é um acrônimo para Subsonic Ultra Green Aircraft Research, aeronave de pesquisas subsônica ultra verde.
O Volt vem do conceito de um sistema bimotor com propulsão híbrida que combina a tecnologia de turbinas a gás e baterias. Um sistema modular permite que o banco de baterias seja trocado, sem que o avião precise ficar parado esperando pela recarga.
Aqui também é possível ver o trabalho para tornar as asas mais delgadas: elas são sobrepostas ao corpo tubular do avião, com um apoio extra na parte inferior da fuselagem.
Este avião está sendo projetado para voar a Mach 0,79, carregando 154 passageiros, com autonomia de 6.500 km.
Supersônico sem boom
Os conceitos supersônicos não poderiam ficar de fora. Mas os projetistas sabem que, para se tornar viável, um avião supersônico deverá superar a barreira do som sobre a terra, e não apenas sobre o oceano, longe de áreas habitadas, como acontecia com o Concorde.
A equipe da Lockheed Martin utilizou ferramentas de simulação para mostrar que é possível alcançar o voo supersônico sobre a terra reduzindo drasticamente o nível do ruído gerado quando se quebra a barreira do som.
Segundo os projetistas, isto pode ser obtido com a utilização de uma configuração de motores sobre as asas, que têm a forma de um V invertido. Outras tecnologias ajudam a alcançar a escala, a capacidade de carga e as metas ambientais.
Avião icônico
O Ícone II é o conceito de avião supersônico da Boeing.
Aqui também a principal preocupação é permitir o voo supersônico sobre a terra.
Os motores também foram levados para cima das asas, embora a empresa não comente as “tecnologias revolucionárias exigidas para reduzir o consumo de combustível e a redução no ruído”.
Fonte: Inovação Tecnológica
Inovação: Um medicamento e um fígado com marca nacional
Dezembro 14, 2010 by Inovação & Marketing
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Um antiepiléptico, um órgão criado em laboratório, um dinossauro. Quem disse que as descobertas portuguesas ficaram no século XV?
A frase pegou e costuma ser usada para falar da saúde como negócio em expansão – exportamos mais medicamentos do que vinho do Porto. Neste cabaz de quase 500 milhões de euros por ano a pesar na balança comercial, o Zebinix é o Porto Ferreira das farmacêuticas. O primeiro medicamento com patente portuguesa e desenvolvido de raiz em Portugal chegou às farmácias este ano e já trata doentes com epilepsia em nove países europeus.
O remédio integra a lista de descobertas portuguesas em 2010 e tem a marca da Bial. Foram necessários 14 anos de investigação, ensaios clínicos envolvendo mais de mil doentes em 23 países e 300 milhões de euros para chegar ao antiepiléptico que reduz a frequência das crises em adultos com epilepsia usando o acetato de eslicarbazepina como arma principal.
A primeira embalagem foi vendida na Alemanha e desde então o medicamento tem sido usado por dinamarqueses, ingleses, austríacos e suecos. O laboratório nacional que mais dinheiro canaliza para investigação e desenvolvimento não quer ficar pelo Zebinix e promete lançar até 2020 cinco medicamentos inovadores para tratar doenças cardiovasculares, respiratórias, Parkinson ou hipertensão.
Mas nem só da Bial surge inovação. Num ano em que houve mão portuguesa em descobertas tão diferentes como as propriedades fungicidas do tremoço, o primeiro dinossauro da Bulgária ou uma nova espécie de tartaruga em Angola, Pedro Baptista destacou-se na lista de investigadores: é o pai do primeiro fígado criado pelo homem. Não é apenas tecido hepático, é um órgão inteiro produzido no laboratório de Medicina Regenerativa da Universidade de Wake Forest, na Carolina do Norte. Se fosse baptizado, receberia o apelido português de Pedro.
O bolseiro a fazer pós-doutoramento tem como objectivo último conseguir um fígado que possa ser transplantado para os milhares de doentes à espera de um dador compatível. Por enquanto, a técnica de pegar num órgão de um furão, rato ou porco, matar as células originais e obter uma espécie de esqueleto extracelular capaz de sustentar novas células da espécie pretendida só permitiu criar um fígado de furão (2,5 centímetros e 5,6 gramas). Um órgão com o tamanho certo para encaixar num corpo humano deve ter 100 mil milhões de células. É nesta dificuldade que a investigação está concentrada. Se o problema for ultrapassado, a anatomia humana é o limite. O investigador já pensa em expandir a técnica para órgãos ainda mais difíceis de transplantar, como o pulmão.
Outras descobertas com mão nacional
Evitar uma septicemia
Miguel Soares, do Instituto Gulbenkian de Ciência, descreveu a forma como os órgãos deixam de funcionar numa infecção generalizada (sépsis) e ainda a maneira de o evitar.
Perceber o envelhecimento
João Passos, do Instituto para a Saúde e Envelhecimento de Newcastle (Reino Unido) identificou o processo molecular que termina a actividade das células, um mecanismo ligado ao envelhecimento.
Parasita contra a malária
Miguel Prudêncio, do Instituto de Medicina Molecular, tem como objectivo usar um parasita para descobrir a vacina para a malária. A Fundação Melinda e Bill Gates deu-lhe 72 mil euros.
Testar o cancro do cólon
Purificação Tavares, do Centro de Genética Clínica, lançou um novo teste do cancro do cólon através de uma análise ao sangue.
Fonte: Jornal i