Inovação: 5 tendências de tecnologia para 2015
Dezembro 20, 2010 by Inovação & Marketing
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Já está claro que tablets serão uma parte importante do mercado de tecnologia na próxima década. Mas que outras previsões é possível fazer para, digamos, 2015?
A IBM divulgou uma lista de cinco tecnologias que devem ter um papel importante nas nossas vidas nos próximos cincos anos, de acordo com tendências do mercado e da sociedade.
Por exemplo: já pensou em conversar em vídeo com os amigos, mas em três dimensões? Ou ter um celular cuja a bateria simplesmente recarrega quando entra em contato com o ar?
Confira a lista:
Baterias recarregadas com o ar
Avanços científicos na tecnologia de transistores e de baterias permitirão que dispositivos durem 10 vezes mais em cinco anos do que duram hoje. Em aparelhos menores, as baterias podem até desaparecer. Além disso, de acordo com a IBM, devem surgir baterias que se recarregam usando o ar para reagir com um metal denso em energia.
Chat em 3D
As interfaces em 3D permitirão interagir em tempo real com amigos. O cinema e a TV já estão migrando para a imagem tridimensional. Depois, as câmeras 3D devem ficar mais sofisticadas e menores para caberem em celulares, criando novas possibilidades de comunicação e interação com a internet. Um chat com vídeo, por exemplo, poderá ser com hologramas.
Crowdsourcing o planeta
Observações simples do dia a dia das cidades são dados valiosos que cientistas não possuem em grande volume. De acordo com a IBM, pessoas normais coletarão dados para ajudar cientistas com sensores instalados em seus telefones, carros, computadores: serão os “cientistas cidadãos”.
Aquecimento por computador
A energia e calor produzidos por grandes centros de processamento de dados podem ser usados para aquecer construções no inverno e alimentar aparelhos de ar condicionado no verão. É como se a energia perdida para fazer buscas no Google pudesse ser usada para aquecer a água do café – ou até para tomar banho.
Caminho personalizado
Sistemas adaptáveis de tráfego aprenderão os padrões e comportamentos do viajante para oferecer a ele as melhores informações de rota e de segurança. De acordo com a IBM, viagens diárias ao trabalho não terão mais engarrafamentos, atrasos por obras na rua, multidões no metrô ou a preocupação em chegar atrasado no trabalho.
Marketing: Gestores de marcas
Dezembro 20, 2010 by Inovação & Marketing
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Manter um negócio por cinco gerações obriga a grande engenho. Memórias pesam na sucessão.
Reza a história que os negócios de família tropeçam na terceira geração. Mas casos de longevidade existem para contrariar a regra. Nas conservas Ramirez, nos vinhos José Maria da Fonseca, nas Velas Loreto ou nos azulejos Viúva Lamego a marca de família já passou as cinco gerações.
Sobreviver exige empreendedorismo, capital e, principalmente, “muito investimento pessoal e familiar”, diz a antropóloga Maria Antónia Pedroso Lima. “Estas famílias são conservadoras, trabalham a sucessão e passam um património cultural muito importante. O peso familiar acaba por ter grande influência na maneira como as pessoas se empenham no negócio”, frisa.
AS VELAS DE LISZT
Num cantinho do Chiado, em Lisboa, Margarida Sá Pereira, de 62 anos, ainda alimenta com cera do soalho os móveis comprados em 1789 para inaugurar a elegante casa Velas Loreto. Ali tudo cheira a tradição. As batas brancas denunciam o fabrico artesanal e os produtos expostos – cerâmicas, copos de cera perfumada, arandelas, tesouras para cortar pavios e apaga-velas – são todos portugueses.
Margarida, o irmão Luís e a cunhada representam a sexta geração de um negócio que surgiu “para vender qualidade. Antes apenas se faziam velas brancas e para a Igreja e no século XVIII, aqui neste mesmo local, o nosso antepassado começou a usar cera de abelha, que tinha melhor cheiro do que o habitual sebo”. A casa destacou-se pela originalidade logo em 1849, quando criou as primeiras velas encarnadas para decorar o Teatro S. Carlos no dia em que o pianista Liszt actuou em Portugal. Hoje, sobrevive com o mesmo “empenho e imaginação”.
“Conheci isto quando estava aqui a minha avó, passou para o meu pai, depois para mim e para o meu irmão. Uma pessoa vem, mete as mãos na cera, acha graça. Mas por estarmos a administrar algo que recebemos já com muitos anos, temos obrigação de o preservar”, justifica.
Num mercado cada vez mais competitivo, “são as famílias, como elemento agregador, que mantêm vivos alguns dos negócios mais estáveis em todo o Mundo”, explica Álvaro Ferreira, professor de História da Economia, que cita os exemplos dos suecos Wallenberg, donos da Ericsson, ou os italianos Agnelli, fundadores da Fiat.
“A principal marca de uma empresa familiar é a sua maior capacidade de gerar capital simbólico e imaterial que é transmitido de geração em geração, muitas vezes tomando a forma de ‘lendas’. E esse cunho social e geracional pode ter um papel mais fácil na manutenção de uma identidade forte e de transferência para os novos dirigentes”, explica o professor.
A CASA DE AZEITÃO
Na casa senhorial que serve de cartão-de-visita logo à entrada da vila de Azeitão, a família Soares Franco, herdeira da marca José Maria da Fonseca, mantém viva a história do fundador: um visionário que no século XIX aplicou as leis da matemática aprendidas na universidade de Coimbra ao cultivo e produção de vinho na Margem Sul do Tejo.
Manter o negócio de pé é uma questão de honra para os irmãos António e Domingos, que fixaram regras rígidas para a sucessão: “Aqui não se tem lugar por ser filho do patrão. É preciso formação na área, mestrado, ter trabalhado fora, ser necessário à empresa e gostar do ramo”.
Desde cedo, a sétima geração aprendeu a conhecer o negócio. No Verão, a única rapariga mostrava as adegas aos turistas; os sete rapazes “trabalhavam duro”, na vindima e a lavar tonéis. Dos oito descendentes, dois já estão na empresa.
Responsável pelo enoturismo, Sofia, 27 anos, garante que “na família ninguém tem rotas marcadas. Estudei Ciência Política e, apesar da ideia inicial não ser vir para aqui, a formação foi importante. Reconheço que se é recebido de outra maneira por uma pessoa da família, que conhece histórias e tradições”.
É na experiência familiar que os Soares Franco bebem ensinamentos para gerir as crises. A primeira surgiu logo com a passagem de testemunho: “O fundador casou com uma senhora Soares Franco, mas a filha do casal e o marido, Henrique da Gama Barros, investiram tudo na escrita da ‘História da Administração Pública em Portugal’ e ‘borrifaram’ no negócio”, conta António, o actual presidente. “Mais tarde, o filho deles vendeu a empresa a uma prima, que por não ter filhos a deixou ao meu avô, seu afilhado e da família”.
A entrada de sangue novo deu à casa “grande esplendor, mas cometeu-se o erro de apostar tudo no Brasil. Em 1939, a ressaca da Grande Depressão contaminou as matérias-primas e o Brasil, que vivia da produção de café e açúcar, sofreu uma crise enorme. As portas fecharam-se e a nossa empresa ia falindo. A família foi obrigada a vender propriedades agrícolas e casas para pagar aos bancos. Ressuscitámos, mas aprendemos que é necessário diversificar mercados”, acrescenta.
O crescimento voltou na gestão do pai de António e Domingos, mas “a revolução de 1974 trouxe novo contraciclo. A economia ficou de rastos, os bancos emprestavam a juros altíssimos e tivemos de alienar a empresa que vendia rosés nos Estados Unidos para ter financiamento. Com o dinheiro fizemos um esforço ciclópico, apostámos na vinha e reinventámo-nos”.
Meter “as mãos no negócio” é lema de família. “Nascemos dentro disto. Faz parte conhecer as pessoas, os negócios, as vinhas”, diz António. “A história, aquilo que aprendi dos meus pais e dos meus tios, está bem contada aos meus filhos. E com a minha prática diária penso que também aprenderam algo de bom. No entanto, ninguém é obrigado a ficar. Neste momento não quero vender, não me interessa. Prefiro focalizar-me no negócio que está na família há muitos anos e pretendo que assim continue. Mas são opções. Se a geração a seguir à minha não o quiser fazer não vou criticar”.
O ATUM RAMIREZ
Com apenas sete e onze anos, os netos do senhor Ramirez já têm o destino traçado. Na hora de escolher a profissão, irão guardar os sonhos e assumir o negócio que a família administra há cinco gerações. Mudar de rota não faz, por enquanto, parte dos planos do avô, que preside à mais antiga conserveira ainda em actividade.
A saga começou em 1853, quando Sebastian Ramirez trocou a cidade espanhola de Huelva pelo Algarve, onde inaugurou a indústria. Hoje, em Matosinhos, Manuel Ramirez, 69 anos, e o filho, Manuel Teixeira Ramirez, de 41, orgulham–se das relíquias que enfeitam as prateleiras. São latas de atum ‘Direito’, ainda sem abertura fácil, máquinas de escrever Remington e fotos das primeiras viagens de avião, realizadas nos anos 20 para vender conservas aos britânicos. “Em 157 anos há diversos factores que explicam o sucesso, desde a política de marca, a internacionalização logo no séc. XIX e a exportação para mercados como os Estados Unidos, o Brasil e as antigas colónias”, lembra o patriarca. O truque “é gerir bem a empresa familiar e manter o apelido pela sorte de terem nascido filhos varões”.
Em cinco gerações, que viram passar pelo poder quatro reis, a instauração da República e a revolução de Abril, a empresa também se adaptou: “O meu avô internacionalizou para a Bélgica. Na minha época foi importante a tecnologia e o associativismo, na do meu filho impera a comunicação e já estou a treinar os netos”, conta Manuel Ramirez, que defende a educação no estrangeiro como cartilha genealógica. “Desde o meu avô, todos estudámos fora. É essencial para o crescimento pessoal e profissional. Não é por acaso que estamos em 42 mercados “.
Ao factor sorte, os Ramirez juntam a gestão de oportunidades. Em 1974, quando muitos empresários deixaram o País, apostaram em novos mercados, como a então URSS. E foi nos grandes conflitos que registaram mais crescimento e fidelização de clientes: “Na Segunda Guerra Mundial, como o País era neutro, vendíamos para os dois lados: Inglaterra e Alemanha. As conservas eram então um factor de sobrevivência, o mercado europeu evoluiu para o grande consumo, que se estendeu aos Estados Unidos. Passados muitos anos do fim da guerra, um associado contou que foram descobertas caixas de atum Ramirez no bunker de Hitler”.
PERDER MEMÓRIA
Mas se herdar um negócio de família é para muitos a oportunidade da vida, para outros pode ser uma partida do destino. Duarte Garcia estava no quarto ano de Engenharia Mecânica quando assumiu a Viúva Lamego. “Foi em 1976, por motivo de doença do meu pai. Não era o meu projecto de vida, mas alguém tinha de chegar-se à frente. Não acabei o curso”, diz.
Assumir o negócio “num quadro caótico” foi um desafio. Hoje, apenas a área de arte pública, que ilustra emblemáticas estações de metropolitano com obras de autores consagrados, inspira o descendente do segundo marido da fundadora.
A falta de transmissão da história, devido à morte precoce dos pais do seu avô, criou a cisão, admite: “Do que se passou no séc. XIX sei apenas o que é público. A fábrica em Lisboa ia do Intendente, onde ainda se mantém o edifício de fachada singular, ao Desterro e foi amputada para a construção da avenida Almirante Reis”.
Aos 57 anos, Duarte Garcia já integrou a marca de azulejos no grupo Cerâmicas Aleluia e não lamenta a perda de sucessão familiar. “As empresas são entidades autónomas, cuja lógica racional é o produto e o negócio. A família apenas tem uma memória a preservar. Não tenho, quanto a isso, qualquer tipo de nostalgia”.
A MARCA DAS TRÊS GERAÇÕES
Em Portugal, os “negócios familiares estão presentes em toda a estrutura empresarial, quer na sua base, no séc. XIX, quer no seu topo, onde historicamente a experiência das grandes empresas tem um cunho pessoal e familiar, visível desde os grupos presentes no Estado Novo, CUF, Espírito Santo, Champalimaud, até aos novos agentes que se sucederam ao 25 de Abril, como a Sonae, de Belmiro de Azevedo”, explica Álvaro Ferreira, professor de História da Economia. “Uma coisa é certa: é difícil, a empresas familiares ou não, manterem-se por um longo período de tempo. Uma longevidade de três gerações corresponde quase a cem anos e isso é marcante”.
NOTAS
40 POR CENTO DO PIB
As empresas familiares representam 40 por cento do Produto Interno Bruto da União Europeia.
25 DE ABRIL
Foi uma data marcante em Portugal e ditou o fim de muitos grupos empresariais de cunho familiar.
BOLSA
Em bolsa, as empresas familiares sobem mais 9% do que outras, diz John Davis, professor de Harvard.
Fonte: Correio da Manha
Inovação: Notebook com tecnologia 3D convence, mas ainda é caro
Dezembro 20, 2010 by Inovação & Marketing
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Avatar, lançado em 2009, trouxe ao cinema – mais uma vez – o gosto e a emoção do filme em três dimensões. Em seguida, foi a vez das emissoras de TV e suas parceiras anunciarem a transmissão da primeira Copa do Mundo em 3D. Os dois eventos singulares chamaram a atenção dos consumidores e proporcionaram movimentação ao mercado de displays. As lojas passaram a receber as primeiras TVs e monitores para desktops com a tecnologia, e não demorou muito para que os fabricantes começassem a apostar em portabilidade. Com essa idéia na cabeça, começam a chegar ao mercado os primeiros notebooks com telas 3D para os consumidores finais. Uma peça que, por enquanto, não parece ser indispensável, mas que pode virar objeto de desejo em um futuro próximo.
De acordo com o relatório 2010 Hype Cicle, desenvolvido pela consultoria de análise de mercado Gartner, as telas capazes de reproduzir as imagens em três dimensões – junto com os tablets – devem virar objetos de desejo entre os consumidores. Mas o usuário deve tomar cuidado para não esperar muito dos modelos. “As pessoas ficam entusiasmadas com a tecnologia e sentem que devem se envolver com ela, para não ficar de fora”, explica Jackie Fenn, presidente de pesquisa da companhia. Ele avisa que, neste ponto, as tecnologias podem não estar totalmente maduras, gerando frustração e até problemas para o mercado. Aproveitando esse interesse do usuário pela tecnologia, os fabricantes de hardware passaram a desenvolver seus equipamentos portáteis, capazes de levar o entretenimento 3D para qualquer lugar.
VEJA testou um desses modelos, o Positivo Premium 3D. A máquina traz uma configuração robusta e totalmente necessária. O processador é um Core i7 da Intel, um dos tops do mercado. O aparelho também conta com 4 GB de memória RAM, um disco rígido de 640 GB, uma tela de 15,6 polegadas e um drive de Blu-ray. Mas a palavra “robusta” não pode ser aplicada apenas à capacidade de processamento e armazenamento da máquina. Ele é bem pesado, com seus quase 3,5 quilos. O motivo principal dessa medida é a presença de uma placa de vídeo GeForce GTS 360M, da Nvidia, que possibilita a visualização dos efeitos tridimensionais.
O pacote – O computador acompanha um kit 3D conhecido como ativo (estereoscópico), que necessita de um óculos alimentado por uma bateria e um transmissor conectado ao PC, responsável por fazer a sincronização das imagens. O modelo é o que rende os melhores resultados, mas não é recomendado para pessoas que passam muito tempo jogando ou assistindo a vídeos, por cansar mais os olhos. Existem máquinas no mercado que oferecem o padrão polarizado, ou passivo, bem mais simples, mas que não oferece a mesma profundidade de campo.
Falando em profundidade, o transmissor da Nvidia – que também oferece sua tecnologia para outros fabricantes de notebooks – oferece um botão de ajuste que permite o controle do recurso. Girando-o para a esquerda ou direita, o usuário pode ajustar o nível de profundidade com o qual se sente mais confortável. Eventualmente, os óculos vão precisar de uma recarga. Você deve utilizar o cabo USB que acompanha o pacote e conectá-los a uma porta livre da máquina. Outro detalhe: apesar de já instalado, o equipamento também acompanha o driver de vídeo necessário para o funcionamento do kit.
Em ação – Após uma rápida configuração e sincronização dos óculos, os vídeos e jogos já instalados na máquina ganharam, literalmente, uma nova dimensão. Com o tempo, os óculos podem passar a incomodar, sem contar que o uso deles juntamente com lentes de grau pode tornar a experiência um pouco menos confortável. A resolução da tela convence, apesar de não ser comparável a outras máquinas semelhantes.
Uma das vantagens do serviço é a capacidade de emular 3D em filmes e jogos que não foram elaborados para rodar com a tecnologia. Quando ativo, o recursos utiliza uma série e filtros para dar profundidade às cenas. É bom lembrar que, nesse caso, os resultados vão depender muito da qualidade das imagens originais que preferencialmente devem estar em alta definição.
A presença de um player de Blu-ray é indispensável para aproveitar ao máximo a nova geração de filmes 3D, que devem chegar ao mercado nos próximos anos. A presença do drive não deve ter muita influência no mercado de games, uma vez que as melhorias no sistema de banda larga estão influenciando a tendência da distribuição digital de jogos eletrônicos.
É importante ressaltar que a bateria do computador da Positivo durou em média uma hora nos testes realizados, mesmo sem o uso de todos os recursos 3D. Embora ele seja portátil, o uso do aparelho longe de uma tomada pode requerer ajustes na configuração de consumo de energia, como o próprio brilho da tela, por exemplo.
Vale comprar um? – Se você é um jogador interessado em investir quase 7.000 reais em um notebook, talvez esses modelos robustos sejam ideais. O fato é que a tecnologia ainda é recente e talvez seja melhor esperar mais um pouco até uma redução no preço e no peso das máquinas. Excetuando-se alguns detalhes de design, como qualidade do plástico e a posição do botão de força – que fica escondido do lado do monitor –, o computador da Positivo é um bom notebook. A questão principal é o valor salgado. Se você estiver interessado em explorar mais opções, Asus e LG têm seus próprios modelos. O Positivo Premium deve chegar às lojas no começo de 2011.
Fonte: Veja