Marketing: 9 em cada 10 portugueses admitem mudar de terra pelo emprego certo

Abril 6, 2011 by  
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Os trabalhadores portugueses estão dispostos a mudar de país por um emprego mais atractivo, conclui o Kelly Global Workforce Index

Segundo o estudo, realizado pela empresa de recursos humanos Kelly Services sobre o futuro da mobilidade profissional agora divulgado, cerca de nove em cada dez portugueses inquiridos estariam dispostos a mudar para conseguirem o emprego certo. Dos 88% que estão preparados para mudar, 44% estão dispostos a deslocar-se dentro do País e outros 44% estão mesmo dispostos a mudar para outro país ou continente.

Em todas as gerações, a disponibilidade para mudar para o estrangeiro é grande: 46% dos inquiridos da geração Y (idades entre os 18-29), 45% dos Baby Boomers (idades entre os 50-65), e 42% da Geração X (idades entre os 30-49) dizem estar preparados para ir para estrangeiro em busca do emprego ideal. Os homens estão mais dispostos a mudar do que as mulheres.

“Em muitos sectores, existe um grande número de pessoas que está preparado para se deslocar dentro do próprio país ou para o estrangeiro no sentido de conseguir  trabalho”, diz Frank Weermeijer, director-geral da Kelly Services. “Numa conjuntura onde o mercado de talentos se está a tornar global, há uma crescente percepção de que muitas pessoas estão dispostas a mudar-se em virtude do trabalho, ao invés de esperar que o trabalho chegue até eles.”

De longe, o destino mais desejado para trabalhar é a Europa, nomeadamente para 55%, bem à frente da América do Norte, que colhe 12% das preferências, África, 11%, América do Sul 8%, Ásia-Pacífico 3%, e Médio Oriente 1%.

O desejo de mudar para outro continente é impulsionado pela vontade de viver a experiência e não pelo desejo de aí se fixar definitivamente. Com efeito, cerca de 50% afirmam estar preparados para permanecer no estrangeiro, no máximo, três anos.

“Muitas funções que antes eram específicas de uma região ou país podem ser agora realizadas em diversas partes do globo, o que significa que a mobilidade profissional se torna importante para a progressão na carreira. Nos sectores de rápido crescimento, tais como engenharia, ciências, financeiro e saúde, há uma procura global, que pode representar diversas recompensas pessoais e oportunidades de carreira para aqueles dispostos a viajar”, conclui Frank Weermeijer.

O principal obstáculo à mobilidade geográfica é a família e amigos, referida por 66% dos entrevistados, seguido pelo custo da mudança (16%), as barreiras linguísticas (9%), e as diferenças culturais (3%).

O estudo, realizado no início de Janeiro de 2011 junto de 97 000 pessoas em 30 países, das quais 9000 em Portugal, também revela que um número significativo de pessoas trabalha em “condições não convencionais”, que incluem a “realização de horas extras”, “múltiplos empregos”,” viver longe de casa” ou o “excesso de viagens”.

Mais de um quarto (29%) dos inquiridos trabalham no que consideram condições pouco convencionais, entre as quais as mais referidas são “a realização de horas extras”, que afecta 29% dos respondentes, seguido de “horários atípicos” (24%), “múltiplos empregos” (16%), “excesso de viagens” (10%), e “viver longe de casa” (9%).

Mais de um terço (43%) das pessoas que trabalham em condições não convencionais acham que só podem continuar a fazê-lo por mais um ano. No entanto, 35% dizem que podem sustentar essa situação “indefinidamente”.

 

O Kelly Global Workforce Index
A Kelly Services promove anualmente este estudo internacional, que tem como público-alvo a população activa e objectivo conhecer a opinião da população sobre variados temas relativos ao trabalho. Os temas abordados na edição deste ano foram os factores da escolha da carreira ou da progressão na carreira, o futuro da mobilidade profissional e empregadores reais/empregador ideal e redes sociais. O estudo revela as tendências da população de 30 países no que respeita a várias questões relacionadas com o trabalho. A análise dos dados foi realizada por uma empresa de estudos de mercado, a Galaxy Research, localizada em Sidney, na Austrália.

Fonte: Oje – o Jornal Económico



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