Inovação: Por que a febre das redes sociais pode ser falso alarme
Maio 31, 2011 by Inovação & Marketing
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A reacção à oferta pública inicial (IPO) da acções da LinkedIn, na última semana, foi eufórica.
No entanto, este valor foi modesto quando comparado com o anterior IPO da Renren, a maior companhia de rede social da China, cujo valor inicial chegou a perto de cem vezes o volume das suas receitas. Entretanto, no mercado secundário, as acções do Facebook vendiam a múltiplos igualmente caprichosos.
Tal como no ‘boom’ das ‘dotcom’, os investidores acabaram vítimas da fatalidade do longo-termo, uma ‘doença’ que pode ser tão prejudicial como o curto-prazo para a colocação de capital – embora muito benéfica para os lucros dos bancos de investimento. A comparação com a euforia das ‘dotcom’ pode ser inexacta. Não é possível ter uma multiplicidade de IPO de redes sociais, porque os negócios tendem a caminhar para o monopólio. Poucas pessoas querem usar uma rede social menos popular, ainda que exista um grande alcance para aplicações relacionadas. Isto significa que a dispersão do retorno pode ser muito variada, entre o estratosférico e o não existente.
Em paralelo com a incerteza sobre os modelos de negócio e o risco de que tecnologias mais recentes possam minar a vantagem competitiva, gera-se uma enorme volatilidade nas acções, as quais acabam por ser empoladas pelas limitações dos mercados nas quais são negociadas.
Outro ponto vital na questão dos IPO das redes sociais é que os novos accionistas querem garantir direitos de voto mínimos. Os investidores estão, de facto, a comprar acções virtuais, tal como fizeram com a Blackstone, que marcou o pico do ‘boom’ do capital privado em 2007.
Então, por que os investidores se estão a arriscar, de novo, a ficar fora de pé? Uma resposta é que as políticas monetárias dos bancos centrais desde a crise financeiras são definidas precisamente para alimentar o apetite pelo risco. O real retorno dos depósitos é negativo, por isso os investidores viram-se para o investimento de risco na expectativa de rendibilidades positivas. E no universo das redes sociais já devem existir vencedores espectaculares.
Pode esta bolha incipiente representar uma ameaça sistémica? Provavelmente não, dado que é largamente financiada por capital e não por dívida. Nesse campo, é semelhante à febre das ‘dotcom’, na qual a alavancagem estava muito apoiada nas operadoras de telecomunicações, mais do que nas virtudes das próprias ‘dotcom’. Mesmo assim, a alocação de capitais ainda é a uma escala relativamente pequena. Mas uma coisa, muitas vezes, leva a outra. O tempo para preocupações chegará quando a especulação for dirigida pela expansão dos balanços dos bancos. Mas ainda não há grandes sinais disso.
Fonte: Económico
Inovação: Tom Kelley: “Design tem sido um elemento de viragem na estratégia de empresas”
Maio 31, 2011 by Inovação & Marketing
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Tom Kelley, guru do ‘design’ em tecnologia e líder da IDEO, acredita que protótipos ajudam a clarificar ideias e partilhar informação.
Responsável pela criação do Apple Mouse e de muitos outros objectos emblemáticos do ‘design’ tecnológico, Tom Kelley é considerado um gurus da área. É também um dos fundadores e director-geral da IDEO, empresa de ‘design’ direccionada para tecnologia e inovação. Autor de dois livros – “A arte da Inovação” e “As dez caras da Inovação” -, garante, em entrevista ao Diário Económico, que o ‘design’ é uma ferramenta para a inovação. E defende o ‘brainstorming’ como impulsionador do processo criativo.
Como nasceu a IDEO e qual a fórmula do seu sucesso?
Eu e o meu irmão David começámos a empresa em 1978, num pequeno escritório por cima de uma loja de roupa em Palo Alto, na Califórnia, o coração de Silicon Valley. Na altura, era uma pequena empresa sem dinheiro e, por isso mesmo, pedimos emprestada ou construímos a maior parte da mobília. Por exemplo, quando a Levi Strauss, de São Francisco, mudou a sede da empresa mais ou menos nessa altura, encheram três contentores enormes com material do edifício antigo, coisas que não iam levar para o novo edifício, incluindo dezenas de portas brancas com uma parte em metal, muito bonitas. Pedi para ficar com as portas e elas tornaram-se as secretárias e mesas de conferência durante os anos seguintes. O nosso sucesso na altura, como agora, foi construído em torno de encontrar as pessoas mais criativas, talentosas e levá-las a fazer o seu melhor.
Qual a importância do ‘design’ de um produto na captação da atenção do consumidor?
Além do ‘design’ de um produto, a IDEO está muito interessada no ‘design’ de experiências e na utilização do ‘design’ para a inovação social. Acreditamos que os ‘designers’ de hoje têm a oportunidade de ter impacto positivo no mundo. Num dado momento, a comunidade empresarial achou que o ‘design’ era algo de superficial, acrescentado muito tardiamente ao processo de produção depois de se fazer a “inovação a sério” . Se olharmos para as grandes marcas globais, como a BMW, a Google, a Samsung, o Facebook, etc., notamos que a maior parte usou o poder do ‘design’ como ferramenta para a inovação.
De que forma ajudam os consumidores a perceber do que precisam?
Os consumidores têm, por vezes, dificuldade em explicar do que precisam e há determinados produtos e serviços nos quais não perdem muito tempo a pensar. Precisamente por isso, não podemos perguntar-lhes sempre o que querem. Muitas vezes temos de observar, ser antropologistas e ver as necessidades latentes e não verbalizadas dos clientes. Se se vê um cliente gaguejar percebe-se que ele está confuso ou perdido e percebemos que localizámos uma necessidade.
Qual a ligação entre ‘design’, tecnologia e inovação?
Quando estamos a criar algo de novo no mundo, há sempre três factores a considerar. Primeiro, há factores tecnológicos que são importantes, mas que não representam tudo. Em segundo lugar, há factores de negócio que são necessários para a saúde financeira da empresa a longo prazo. E o terceiro conjunto de factores são os factores humanos, o querer um determinado produto de uma empresa.
Como criador de ícones como o rato da Apple como vê a evolução do ‘design’ como factor de peso na escolha do consumidor?
Passaram 30 anos desde que trabalhei nesse produto pioneiro e os consumidores tornaram-se muito mais sofisticados nas suas sensibilidades. Algumas das empresas de ‘design’ mais inovadoras do mundo – nomes conhecidos como a Apple ou a Virgin Atlantic – estão, inteligentemente, a criar experiências de ‘design’ que apelam a estes gostos modernos e sofisticados.
‘Design’ e tecnologia: aliados ou inimigos?
Vivo em Silicon Valley, onde o ‘design’ e a tecnologia viveram em feliz convivência nas últimas décadas. As duas são compatíveis. A maioria das melhores empresas de tecnologia de Silicon Valley serviu-se do ‘design’ como elemento de viragem nas suas estratégias.
Como vê a evolução do ‘’design’ nos nossos dias, com ‘smartphones’ e ‘tablets’ que são todos muito parecidos? Como é que o ‘design’ consegue tornar um produto distinto?
Um bom ‘design’ vai muito além do produto por si só. Pode-se pensar que os ‘smartphones’ se parecem todos uns com os outros, mas a experiência de utilização é bastante diferente. O ‘tablet’ que uso começou como uma experiência de consumo num ambiente cheio de pessoas inteligentes e fez-me sentir como se fizesse parte de um clube restrito. Não só porque o produto é muito bonito, mas até o saco em que o levei para casa é tão apelativo que já o reutilizei muitas vezes e até o levei para a praia. A interacção com o ‘tablet’ é simples e divertida. Oferece um número infinito de aplicações para costumizar o meu equipamento para as minhas necessidades. Penso que a partir desta descrição já consegue adivinhar o nome da empresa e do produto. E, se há outros ‘tablets’ no mercado que parecem semelhantes, isso não é muito relevante para mim porque eu estou muito ligado a este equipamento específico. Por isso, quando uma empresa de ‘design’ consegue criar uma experiência muito diferente para os utilizadores, está a construir uma relação de lealdade que vai além do produto físico ele mesmo.
No seu livro “A Arte da Inovação” explica que uma sessão de ‘brainstorming’ pode gerar mais de 100 ideias. Como é que se devem filtrar e escolher as opiniões?
O ‘brainstorming’ exige um pouco de prática, mas pode tornar-se um motor de criatividade. É muito importante começar com uma explicação clara do que é o problema, com uma pergunta que seja aberta, mas não demasiado abrangente. E as sessões têm regras que são, de certa forma, completamente diferentes das regras das reuniões normais: vai pela quantidade, encoraja ideias loucas, é visual, difere nas conclusões, uma conversa de cada vez. E, quando a sessão de ‘brainstorming’ termina, escolhemos as melhores ideias para avançar com protótipos, para vermos quais as que merecem mais investigação e implementação.
Acredita na criação de protótipos. De que forma é que a tecnologia ajuda neste processo?
As empresas com esta cultura usam todas as tecnologias ao seu dispor para fazer protótipos rápidos, baratos e que permitam aprender e progredir. Os bons protótipos servem vários propósitos: articular e clarificar ideias, identificar ligações entre variáveis como custos ou funções, colocar a equipa com a mesma visão partilhada ou comunicar com públicos-alvo a nível interno.
Quais os seus projectos neste momento?
Estamos a fazer um pouco de tudo, desde reinventar o desenvolvimento de serviços ‘self service’ com um banco espanhol, a redesenhar o processo de começar negócios no Dubai. Um dos meus novos programas preferidos na IDEO é uma plataforma de inovação aberta, o “Open IDEO” que trabalha em questões sociais complexas como a obesidade infantil e cuidados de saúde a preços acessíveis em países em desenvolvimento. Por trabalharmos com comerciais e com patrocinadores não lucrativos fazemos perguntas e deixamos que o mundo nos ajude a responder a essas perguntas. Recolhemos milhares de ideias e algumas estão prestes a ser aplicadas.
Como vê o ‘design’ daqui a dez anos?
Quando comecei nesta indústria, as pessoas achavam que o ‘design’ dava uma grande contribuição para fazer produtos muito bonitos. Mas a IDEO evoluiu e, passadas três décadas, expandimos a actividade dos produtos para os serviços, ambientes, experiência de consumidor e até cultura corporativa. Acredito que o pensamento do ‘design’ será usado para tratar alguns dos temas mais complexos do mundo. Daqui a dez anos, quando os líderes do mundo se reunirem em sítios como as Nações Unidas, os ‘designers’ podem ajudar a desenhar novas soluções. Aliás, se olharmos com atenção vemos que isso já começa a acontecer.
O guru do ‘design’
Fundador da IDEO, que fundou com o irmão David, Tom Kelley ajudou a empresa a crescer, passando de 20 para mais de 550 funcionários. A IDEO surgiu da fusão com três outras empresas de ‘design’, em 1991 (Matrix Product Design i, ID TWO e Moggridge Associates) empresa da qual foi presidente executivo até 2000. Actualmente é ‘chairman’ e sócio da empresa, mas continua a manter um papel activo nos processos de decisão da empresa que está entre as mais criativas do mundo. É orador convidado em várias conferências e já publicou dois livros. O primeiro foi lançado em 2001. “A Arte da Inovação: Lições de Criatividade da IDEO”, que se tornou um ‘best seller’ e foi traduzido em nove línguas. em 2005 publicou “As Dez Caras da Inovação”, sobre os papéis que as pessoas assumem numa organização (ver caixa). A IDEO tornou-se ao .longo de 30 anos de existência uma multinacional de ‘design’ responsável por algumas marcas como a Procter & Gamble, Palm, Pepsi-Cola e Samsung, entre muitas outras.
As dez caras da inovação
Em grandes projectos há pelo menos dez papéis que dão o maior contributo à inovação.
– Antropologista traz novos conhecimentos e pontos de vista à organização, através da observação e desenvolvendo conhecimento em relação à forma como as pessoas interagem com produtos, serviços e espaços.
– Experimentador faz os protótipos de novas ideias, aprendendo pelo processo de tentativa-erro.
– Explorador pesquisa outras indústrias e culturas e depois traduz o que aprendeu para as necessidades da empresa.
– Atleta conhece o caminho para a inovação, apesar dos obstáculos, e desenvolve formas de contornar as barreiras.
– Colaborador torna grupos eclécticos mais coesos e, muitas vezes, lidera a combinação de soluções multidisciplinares.
– Director não só reúne uma equipa talentosa, como mantém o talento vivo.
– Arquitecto desenha experiências com o objectivo de corresponder, num nível mais profundo, às necessidades dos clientes.
– Encenador cria um palco onde os membros das equipas inovadoras podem fazer o melhor do seu trabalho, transformando ambientes físicos em ferramentas poderosas para influenciar comportamentos e atitudes.
– Enfermeiro baseia-se na metáfora de entregar cuidados de saúde profissionais além daquilo que é apenas serviço.
– Narrador ao contar uma história, comunica os valores humanos fundamentais e reforça um traço de cultura específico.
Fonte: Económico
Marketing: Negócios feitos com smartphones e tablets
Maio 31, 2011 by Inovação & Marketing
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Não faz muito tempo, deixar um telefone celular na mão dos vendedores era o máximo de mobilidade que uma empresa podia proporcionar a funcionários que passam boa parte do tempo visitando clientes.
Hoje há dezenas de modelos diferentes de smartphones e tablets — e, com os preços da tecnologia em queda, esse tipo de equipamento se torna cada vez mais acessível às pequenas e médias empresas. Como escolher a ferramenta mais adequada para tirar o máximo proveito das equipes comerciais?
Os especialistas recomendam que a escolha se baseie em três critérios — os recursos disponíveis nos aparelhos, a intensidade do uso e o perfil dos usuários.
“O empreendedor não deve escolher um smartphone por ser o último lançamento ou então apenas por caber no orçamento”, diz Júlio Fábio, da MC1, consultoria especializada em tecnologia. “Para decidir, é preciso saber quais são as necessidades de cada negócio.”
Há pouco mais de um ano, os vendedores da mineira Coletek passaram um mês testando diferentes modelos de smartphones e computadores portáteis para encontrar o mais adequado aos negócios.
A empresa, com sede em Varginha, produz acessórios de informática, como mouses e teclados. Depois dos testes, a Coletek optou por dar iPhones e iPads ao pessoal responsável pelo atendimento aos clientes. “Esses aparelhos reuniam as características que precisávamos”, afirma Charles Blagitz, de 43 anos de idade, diretor da Coletek.
O iPhone com acesso à internet é usado pelos representantes para registrar pedidos. Como sua tela é um pouco maior que a da maioria dos smartphones, o aparelho também é usado pelos gerentes de marketing da empresa, que podem aproveitar os intervalos entre as visitas aos clientes para aprovar à distância layouts de campanhas publicitárias ou material de divulgação da empresa.
“O iPad é outra ferramenta bastante útil, porque permite substituir os catálogos impressos que os vendedores precisavam carregar para apresentar os produtos aos clientes”, diz Blagitz.
O empreendedor Sérgio Spinolla, de 46 anos, usou critérios diferentes para escolher um aparelho para dar mobilidade aos 40 vendedores de sua empresa, a fabricante de pães Kim, de Carapicuíba, na Grande São Paulo. O trabalho deles é percorrer padarias, mercadinhos de bairro e outros pontos de venda entregando produtos e registrando os pedidos para o dia seguinte.
“Precisávamos de um equipamento robusto e econômico”, afirma Spinolla. “Meus vendedores visitam muitos lugares ao longo do dia e estão sujeitos a perder os smartphones ou deixá-los cair no chão.”
Em média, a empresa precisa substituir 25% de aparelhos a cada ano por roubo, perda ou quebra. Por isso, Spinolla escolheu um modelo de smartphone com recursos básicos e mais barato do que a média do mercado.
O terceiro critério a ser considerado está relacionado ao perfil de quem vai usar o tablet ou smartphone — um dos aspectos mais importantes é o da segurança das informações em poder do usuário.
É comum, por exemplo, que diretores ou gerentes comerciais mantenham e-mails e documentos com dados estratégicos arquivados nos aparelhos. “Poucos empreendedores dão a devida atenção aos riscos de que essas informações caiam em mãos erradas com a perda ou o roubo do aparelho”, diz Fábio, da MC1.
Existem algumas empresas que podem ficar mais vulneráveis a esse tipo de risco, como as que prestam serviços financeiros. A recomendação dos especialistas é que, antes de comprar um smartphone, sejam verificados quais os dispositivos de segurança disponíveis para proteger as informações arquivadas em caso de perda ou roubo.
Fonte: Exame
Marketing: Dez razões para apostar na China
Maio 31, 2011 by Inovação & Marketing
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Invariavelmente, Pequim desafia seus detratores e mantém o curso, perpetuando o mais espetacular milagre de desenvolvimento dos tempos modernos. Há muitas preocupações, principalmente com inflação, investimentos excessivos, aumentos salariais e empréstimos bancários podres. Elas derivam, porém, de generalizações malfeitas. A seguir, dez razões para não diagnosticar a economia da China fazendo inferências a experiências de outros países.
1 – Estratégia. Desde 1953, a China enquadrou seus objetivos macroeconômicos no contexto de planos quinquenais, que definiam iniciativas políticas destinadas a atingir essas metas. O 12.º Plano Quinquenal, recentemente sancionado, pode ser um ponto de virada estratégico, que prenuncia a mudança do modelo produtor bem-sucedido dos últimos 30 anos para uma florescente sociedade de consumo.
2 – Compromisso. Chamuscada por memórias de tumultos, fortalecida pela Revolução Cultural dos anos 70, líderes chineses priorizam a estabilidade. Esse compromisso foi útil e evitou os danos colaterais da crise de 2008. Ele deve desempenhar um papel igualmente importante na luta contra a inflação, contra as bolhas de ativos e na deterioração da qualidade dos empréstimos.
3 – Meios para realizar. O compromisso chinês com a estabilidade tem garras. Mais de 30 anos de reforma destravaram seu dinamismo econômico. As reformas no mercado industrial e financeiro foram decisivas e muitas outras estão a caminho. A China se mostrou uma boa aluna das crises passadas e muda o curso sempre que necessário.
4 – Poupança. Uma taxa de poupança doméstica superior a 50% serviu bem à China. Ela financiou as necessidades de investimentos e aumentou as reservas estrangeiras que protegeram o país de choques externos. Hoje, a China está preparada para absorver parte dessa poupança extra para realizar uma virada para a demanda interna.
5 – Urbanização. Nos últimos 30 anos, a parcela urbana da população chinesa cresceu de 20% para 46%, Segundo estimativas, outros 316 milhões de pessoas deverão mudar do campo para cidades nos próximos 20 anos. A urbanização sem precedente oferece um sólido respaldo para o investimento em infraestrutura e para a construção civil. Os temores de excesso de investimento e de “cidades fantasmas” estão no lado da oferta, sem dar o devido peso à demanda crescente.
6 – Consumo. O consumo privado responde por cerca de 37% do PIB da China – a menor participação em qualquer grande economia. Ao priorizar a criação de emprego, aumentos salariais e redes de segurança social, o 12.º Plano Quinquenal provocará aumentará o poder de compra do consumidor. Isso poderá levar a um aumento de até cinco pontos porcentuais do consumo na China até 2015.
7 – Serviços. Os serviços respondem por 43% do PIB chinês – bem abaixo dos padrões globais. Os serviços são uma peça importante na estratégia pró-consumo da China – especialmente indústrias de larga escala que se baseiam no atacado e no varejo, no transporte doméstico e no lazer. Nos próximos cinco anos, a parte dos serviços no PIB pode crescer mais de quatro pontos porcentuais. Essa receita cria empregos, exige eficiência de recursos e é ambientalmente favorável.
8 – Investimento estrangeiro direto. A China tem sido um ímã para corporações multinacionais que buscam eficiência e um pé no maior mercado do mundo. Esses investimentos proporcionam à China o acesso a modernas tecnologias e a sistemas de gestão – um catalisador de desenvolvimento econômico. O reequilíbrio pró-consumo significa uma mudança no investimento estrangeiro direto, afastando-o da atividade manufatureira para o consumo, o que pode impulsionar mais o crescimento.
9 – Educação. A China fez esforços imensos para criar capital humano. A alfabetização de adultos está acima de 95% e as taxas de matrícula no ensino secundário passam de 80%. Universidades chinesas formam anualmente mais de 1,5 milhão de engenheiros e cientistas. O país está prestes a se tornar uma economia com base no conhecimento.
10 – Inovação. Em 2009, cerca de 280 mil pedidos de patente domésticos foram depositados na China, situando-a em terceiro lugar em termos globais, atrás de Japão e EUA. A China é a quarta – e está subindo – em termos de pedidos de patente internacionais. Ao mesmo tempo, o país pretende manter 2,2% do PIB para pesquisa e desenvolvimento até 2015. Isso se encaixa no novo plano de investir em indústrias estratégicas, como a conservação de energia, a tecnologia da informação, biotecnologia e energia renovável.
O historiador Jonathan Spence, da Universidade Yale, alerta que o Ocidente tende a ver a China pela mesma ótica que vê a si mesmo. Pelos nossos padrões, os desequilíbrios do país são insustentáveis. Mas é por isso que a China é diferente. Ela realmente leva essas preocupações a sério. Ao contrário do Ocidente, Pequim adotou uma estrutura de transição voltada para resolver seus problemas de sustentabilidade. O país tem um compromisso e meios para executar essa estratégia. Esse não é o momento de apostar contra a China.
Fonte: Estadão
Marketing: O relacionamento nas redes sociais
Maio 31, 2011 by Inovação & Marketing
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A chegada das redes sociais fez com que os indivíduos, principalmente os jovens se conectassem a centenas de pessoas pelo mundo, formando redes de relacionamento. Esse processo se deu rapidamente e hoje ninguém consegue viver sem postar algo em sua rede social.
Por terem caído no gosto dos internautas, as redes sociais prendem os jovens e faz com que estes passem horas em frente do computador. Afetando outros tipos de atividades da vida real.
Para que haja uma melhor utilização da web pelos jovens, é preciso que os pais desde cedo ensinem as formas de uso correto e as escolas ajudem no processo de educação para que eles saibam como utilizar o tempo que passam conectados sem prejudicá-los.
A falta de atenção nesse aspecto prejudica não só o comportamento do jovem, mas também o seu futuro, pois este poderá se tornar um adulto mal formado e sem regras enquanto ao uso da internet, acarretando problemas no trabalho e na própria vida pessoal.
Acredito que quanto mais considerarmos esse fenômeno, mais respostas encontraremos para diminuir algumas falhas existentes na internet, mostrando suas duas faces, e de que forma esses usuários poderão fazer o melhor uso dela.
O BOOM CAUSADO PELAS MÍDIAS DIGITAIS
O mundo passou e passa por transformações que nos faz pensar em como podemos acompanhar as informações jorradas em nossas vidas, nas 24 horas que nos é permitido por dia. A internet causou um impacto na sociedade, a partir do momento que ela quebrou a distância entre os indivíduos e fez com que estes se revelassem para o mundo, mostrando suas particularidades e curiosidades, a fim de desbravar esse mundo tão grandioso em informação, o virtual.
As mídias digitais vieram com uma explosão de novidades que a cada dia nos fascina e ao mesmo tempo nos apavora. Pois, enquanto recebemos tais novidades nos perguntamos. Até onde vai parar isso? Será que tanta tecnologia terá seu fim logo ou irá durar por muito tempo?
Bem, como a internet faz parte do nosso cotidiano e trouxe inovação no sentido da informação, não há previsão de como será seu futuro, também não há como colocar um freio nessas mídias que envolvem as pessoas e fazem com que elas adotem – nas em seu dia-a-dia.
A nossa realidade é simplesmente essa, vivemos em uma rede em que somos conectados e compartilhamos tudo o que existe no virtual, levando-os para o real e vice versa.
As mídias digitais se transformaram em mídias de relacionamento, pois, a crescente utilização destas, fez com que os usuários compartilhassem informações e pudessem se relacionar, mantendo sempre contato. Mesmo que o relacionamento não seja baseado em laços fortes, conta como uma rede que cresce a cada instante.
Celulares, ipods, iphone,smartphones, notebooks, são provas reais do que estamos vivenciando, as mídias digitais revolucionaram a comunicação e tornou as fronteiras invisíveis, nos deixando próximos de todo o restante do mundo. Ou seja, se comunicar com alguém do outro lado do mundo, não é mais uma tarefa difícil e demorada, e além do mais, existem várias opções de se conectar, é só escolher o meio mais acessível.
E o mais incrível, é que o acesso a essas novidades não demorou muito, para que pessoas de vários níveis sociais pudessem estar utilizando no dia a dia. A aceitação das mídias digitais e compreensão foi um processo tão rápido que mal percebemos. Pois poderia ter sido o contrário, as pessoas poderiam ter demorado a aceitá-las e utilizá-las, mas como a tecnologia conquistou vários admiradores, tais mídias vem utilizando meios para melhorar a vida dessas pessoas e sendo bem aceita por elas.
CONECTADO, A PALAVRA DA VEZ
Com o avanço das mídias digitais, as redes sociais surgiram e ganharam espaço num piscar de olhos. O que antes era visto como um passa tempo entre amigos, agora é um meio de conexão entre várias pessoas e instituições. Ex: o Orkut,virou um meio de comunicação entre os usuários da web, e serve até para empresas manterem contato com o seu público.
As mídias sociais tornaram as conexões rápidas e fáceis, transformando o campo da comunicação. O que antes era passado aos internautas e estes eram passivos, acabou mudando, onde os próprios usuários compartilham suas próprias informações e expõe suas idéias e desejos.
Qualquer pessoa que possui um celular que tenha câmera pode muito bem fazer um vídeo e mandar para o youtube e mostrar ao mundo sua experiência. Já se essa pessoa tiver um blog, ela poderá postar matérias de seu interesse e expor seus gostos. Ao mesmo tempo que ela possuir essas duas redes ela pode ter as outras também, é só querer, quanto mais conectada ela tiver mais informações e relações ela terá.
Estar conectado é estar dentro das redes sociais, é manter relacionamento com outras pessoas, trocando mensagens, informações do que acontece no mundo. É dar opiniões a respeito de algo que aconteceu, dar sugestões, ajudar, criar, enfim, tudo que temos em um relacionamento de amizade ou qualquer outro tipo, podemos viver também nas redes sociais.
Conexão é uma palavra adorada pelos jovens, por estarem em constante contato com amigos virtuais, e compartilhando atividades que os fazem sentirem uma parte importante do mundo virtual. E estar conectado é importante para eles porque sentem a necessidade de saber o que está acontecendo com seu ídolo, seu time de futebol, seu programa de TV, sua novela, seu jornal, desenho, etc.
AS REDES SOCIAIS PRENDEM OS JOVENS NA INTERNET E OS AFASTAM DAS ATIVIDADES REAIS
Muitas pessoas vêem a internet como uma destruidora de relacionamentos, que afasta os indivíduos da sociabilidade do dia a dia, é o tipo de relacionamento que temos com nossos colegas, vizinhos, família, etc, é o contato pessoal, face a face.
Creio que a internet realmente prende nossa atenção e se não tivermos controle, acabamos passando horas e horas em frente da tela que nos leva a vários lugares num só clique.
Para os jovens é difícil passar muitas horas sem acessar a internet, por estarem tão acostumados a utilizá-la em todas as tarefas, acabam ficando dependentes das ferramentas que existem nela.
A web 2.0 além de proporcionar a interatividade fez com que os usuários adquirissem uma identidade para que através dela possam manter conectados a esse mundo cheio de novidades e atrativos.
Os jovens buscam novidades e conexões que os levem a compartilhar as mesmas experiências, as pessoas que fazem parte da mesma “tribo” que a deles. Assim eles se sentem mais a vontade de debater e expor suas opiniões a respeito do assunto que é tratado.
Notadamente no nosso país, os jovens dominam o uso das redes sociais. A partir dessa realidade, é possível compreender o motivo que levam esses jovens a passarem horas em frente do computador.
Ao entrar na internet para fazer um trabalho da escola, o jovem que pesquisa informações para concluir o trabalho não vai deixar de dar uma espiada em seu orkut, facebock, twitter ou blog. Ele com certeza irá verificar as novidades, ver o que os amigos virtuais postaram nas últimas horas. E o mais interessante que esse tipo de atitude não é só com os jovens, ocorre em todas as faixas etárias, os adultos também não ficam de fora.
É claro que não existe uma fórmula que indique aos jovens o tempo certo deles ficarem na internet, em suas redes. Cabe a cada um, dividir seus horários, e logicamente agir de forma consciente de que morar na internet não é uma boa idéia, porque isso acaba afetando a vida de uma forma ou de outra.
OS JOVENS QUE PASSAM HORAS NA INTERNET ACABAM AFETANDO SUA VIDA SOCIAL
Ao se tratar de jovens que estão em uma fase de transição, é bem difícil dizer o que fazer, pois muitos pais não têm o domínio com os filhos, e nem formação em se tratando de internet. A nova geração já tem facilidade em lidar com as tecnologias, diferentemente dos seus pais, e essa situação dificulta na hora de ditar as regras. Muitos jovens são rebeldes e acabam desobedecendo às ordens dos pais, quando são limitados de suas atividades, principalmente quando se trata da internet.
Ficar sem falar com amigos, jogar, escutar músicas, sem bater papo em sites preferidos e não usar as redes sociais é um martírio para esses jovens que praticam diariamente essas atividades. Por essas razões é que os pais devem conversar e mostrar que a internet é boa quando se é bem utilizada, no tempo certo, sem exageros e educar seus filhos da melhor maneira possível, desde a infância.
A internet quando é utilizada em excesso por jovens, acaba afetando sua vida social e fazendo dele uma pessoa isolada fisicamente, pois virtualmente ele estará conectado a várias pessoas, em várias redes.
É importante que eles vivam os relacionamentos físicos que tenham laços de amizades face a face, que saiam com esses amigos para qualquer atividade, é interessante também chamar os amigos virtuais pra sair e se conhecerem melhor, estabelecendo um laço mais forte. Dessa forma os jovens compartilham suas experiências dentro e fora do mundo virtual, sem estarem trancados e exagerando no tempo em frente do computador.
Manter laços fortes é fundamental para que tenhamos uma vida social e até para ser feliz. Amigos são pessoas importantes que fazem bem a qualquer um. O que será da nossa vida sem um amigo? Ninguém é feliz com essa ausência, por isso devemos compreender que a internet nos ajuda muito, mas não podemos ficar presos em suas redes. Os jovens devem aproveitar essa fase, descobrindo novos caminhos e aprenderem a conviver com as tentações da web, para que não se tornem bitolados nesse sistema.
Fonte: Administradores