Inovação: A invasão silenciosa dos robôs

Abril 20, 2011 by  
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Quando o primeiro robô foi acionado numa linha de montagem de carros na General Motors, há exatos 50 anos, o avanço foi saudado como uma revolução que moldaria o futuro. Meio século mais tarde, a rede japonesa de restaurantes Kura superou a concorrência com um prato de sushi que custa US$ 1,22. O segredo? Robôs que fazem tudo. Nos 262 restaurantes da Kura, as máquinas substituíram o sushiman e os garçons, garantindo à empresa em 2010 um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Embora isso pareça um salto, experts dizem que essa revolução está para sair dos primórdios. “Em 2030, os robôs irão ocupar quase a metade dos empregos nos Estados Unidos”, afirma Marshall Brain, criador do famoso site HowStuffWorks (no Brasil, Como Tudo Funciona).

Ninguém melhor para opinar sobre o assunto que Bill Gates, o visionário da Microsoft. Em artigo publicado na revista Scientific American, Gates profetizou que os robôs devem ocupar um espaço cada dia maior na vida das pessoas. “A robótica está se desenvolvendo de maneira parecida à dos computadores pessoais há 30 anos. Pensem nos robôs da indústria automobilística como os mainframes daquela época”, disse ele, ao acrescentar que o principal obstáculo ao desenvolvimento da área tem sido a falta de um sistema operacional e de aplicativos padronizados, o que ele fez com o lendário MS-DOS.

Apesar dos percalços apontados por Gates, as novidades mostram que um mundo povoado por robozinhos cumprindo funções úteis e prosaicas, como cuidar de idosos e ordenhar uma vaca, está menos distante do que se pode imaginar. A Coreia do Sul, que é conhecida pelas gigantes Samsung e LG, planeja ter pelo menos um robô em cada lar do país até 2013. Já a Associação Japonesa de Robôs calcula que, com o investimento crescente em automação, esse setor vai atingir um valor de mercado de US$ 50 bilhões em 2025, quase dez vezes o valor atual.

Pelo menos no chão das fábricas, essas máquinas já iniciaram sua ocupação. Segundo o World Robotics, um relatório anual produzido pela Federação Internacional de Robótica, já existem 8,6 milhões de robôs de grande porte espalhados pelo mundo. Daqui em diante, segundo a entidade, a competição pela produtividade fará com que eles se tornem prioritários em vários ramos da indústria, não apenas no setor automotivo. Até 2013, estima-se um crescimento anual de 10%. Propelido, é claro, por uma disparada na demanda em emergentes, como China, Índia e Coreia do Sul, e também por países desenvolvidos. Máquinas para fazer faxina, podar a grama e conduzir cirurgias são só alguns exemplos do que vem por aí. “Atingiremos a maturidade por volta de 2020”, diz o relatório World Robotics.

Fonte: Época Negócios



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