Marketing: Junte-se a outros para fazer negócio
Abril 9, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Hoje passados mais de 50 anos, o contexto pode ter mudado e o mundo pode realmente estar mais globalizado, mas nem por isso a cooperativa, nascida com o incentivo e ajuda da então Junta Nacional do Vinho, perdeu o fôlego, conseguindo manter válidos os argumentos iniciais e acrescentando-lhe outros, o que a mantém “no activo”.
“As cooperativas nasceram de modo a que, em termos tecnológicos e de economias de escala, houvesse uma entidade agregadora dos produtores. Perante isto, parece-me que esse objectivo é válido há 50 anos atrás como continua a ser válido hoje”, argumenta Manuel Rocha, director-executivo da Adega Cooperativa de Borba.
No contexto do Estado Novo, as cooperativas foram fundamentais no sentido do desenvolvimento da agricultura e desenvolvimento tecnológico da qualidade do vinho, lembra o responsável. Hoje em dia o conceito é “extremamente actual” porque permite “ganhar escala” para se reunirem maiores vantagens competitivas quando se produz para o mundo inteiro. “Trabalhamos cada vez mais ao nível do globo, e quando já não estamos confinados à esfera do nosso país, a escala é muito importante. Sendo Portugal um país de reduzida dimensão, é crucial ter escala para conseguirmos exportar para outros países”.
O “negócio” da Cooperativa Agrícola dos Lavradores do Concelho de Oliveira do Bairro (Calcob) é diferente, assim como o contexto em que foi criada, já no pós-25 de Abril, mas permanece a ideia de que apesar das alterações de cenário ideológico, o cooperativismo continua a fazer sentido.
“A abertura da economia ao exterior e a era da globalização são processos irreversíveis, que nos afectam diariamente, das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem mudanças positivas, mas também mudanças que dificultam a expansão diária de cada entidade”, considera Fernando Silva.
O gerente da Calcob diz ter havido uma alteração radical no campo de acção e na forma de funcionamento, que obrigou a uma adaptação constante para que as cooperativas portuguesas se conseguissem manter em pé de igualdade competitivo com as suas congéneres europeias. “Todo o processo evolutivo traz consigo o bom e o mau da expansão. Abriram-se fronteiras à expansão comercial, encontraram-se novos mercados, novos processos produtivos, novas oportunidades de negócio, mas também se liberalizaram mercados e preços, alargando a oferta, apostando em preços baixos, dificultando o devido e merecido pagamento de produtos e serviços”.
No entanto, acredita que apesar de todas as alterações trazidas pela era da globalização, positivas e negativas, as bases do cooperativismo, “nomeadamente a solidariedade, a equidade, a liberdade e, acima de tudo, o trabalho em equipa” não foram relegados. “Aliás, porque se o fossem o futuro de qualquer cooperativa estaria comprometido”, defende.
Cooperar para lucrar
A maior parte das cooperativas não tem políticas de angariação de associados, mas está sempre aberta à entrada de novos produtores, embora exija o cumprimento de alguns requisitos. “O sermos uma cooperativa implica estarmos predispostos a aceitar novos associados e fazemo-lo desde que estes nos tragam vantagens competitivas”, explica José Barroso, secretário de direcção da Adega Cooperativa do Cartaxo, criada em 1954, e que hoje conta com um total de 290 associados, responsáveis por uma área total de produção de 950 hectares.
Na integração de um produtor é por isso necessário avaliar se há um equilíbrio entre a oferta e a procura, já que as cooperativas são obrigadas a aceitar a quantidade total produzida pelos seus associados. “Havendo ou não mercado, a cooperativa tem de ficar com a totalidade de produção das uvas. Logo temos todo um equilíbrio para gerir, tendo em mente que lidamos com uma actividade vulnerável às alterações climatéricas, que podem fazer com que haja oscilações em termos de produção”, lembra por sua vez Manuel Fernandes.
Para o CEO da Adega de Borba uma das principais dificuldades colocadas a uma cooperativa é gerir da melhor maneira os seus sócios e respectivas produções, lidando com os excedentes ou as carências que possam existir em relação ao mercado.
Na avaliação de um “candidato”, e independentemente de estarmos a falar de vinho, fruta ou lacticínios, pesa também o seu “compromisso” com o progresso, nomeadamente o cumprimento de boas práticas ou o respeito pelas normas de certificação. Outro requisito para quem queira integrar uma cooperativa é a compra de uma quota de capital.
Em troca, e além dos valores de remuneração, os produtores recebem acompanhamento e formação. “As cooperativas foram construídas pelo povo e para o povo, logo têm nele o seu maior beneficiário”, defende Fernando Silva.
“Os sócios são membros activos de uma sociedade, fazendo ouvir a sua voz na cooperativa, onde exercitam a democracia e decidem colectivamente sobre o rumo da casa que é de todos eles”. Deste modo, as cooperativas empenham-se em prol de uma fusão entre uma economia de serviços e de lucros, “onde a assunção da responsabilidade no crescimento da sociedade circundante está bem presente”, alega o responsável.
Na Calcob a filosofia é proporcionar aos associados a resposta às dúvidas que possam surgir e às expectativas decorrentes. “O associado é acompanhado desde o início das suas plantações até ao momento da colheita por um técnico especializado, é-lhe fornecida todo um plano formativo, de modo a aumentar o seu saber saber, saber ser, saber estar e saber fazer, tem um espaço comercial onde encontra todos os factores de produção de que necessita, para além de um elevado rol de serviços”, destinados a facilitar e melhorar a sua prática e vivência diárias.
A formação também é levada a sério na Adega de Borba. “A cooperativa age como um pólo dinamizador de disseminação de todas as boas práticas ao nível dos nossos associados. Por isso constantemente promovemos acções de formação e de ‘fertilização’ de boas práticas de viticultura, em várias vertentes. Também somos muito preocupados com a formação dos nossos colaboradores. O ano passado demos mais de 5.000 horas de formação aos nossos 60 colaboradores”.
Mais cultura empresarial
Com objectivos idênticos aos que persistiram à sua formação, o contexto onde as cooperativas se inserem tem vindo a mudar, mas não é o único elemento diferenciador neste novo cenário. “A forma como as cooperativas são geridas é diferente – adequou-se à realidade”, considera José Barroso, da Adega do Cartaxo.
“O ideal de uma cooperativa assenta nas pessoas e nas expectativas, de através da sua intervenção activa, ajudarem na construção de uma sociedade melhor”, considera por sua vez Fernando Silva. “É acreditando que o maior capital de uma empresa são as pessoas (associados, colaboradores e parceiros), que se constroem bases sólidas de crescimento e de protecção face às adversidades externas e internas com que nos deparamos diariamente”.
Tal como acontece nas restantes organizações empresariais, também existem cooperativas mais bem geridas e outras menos bem geridas, e nem todas conseguiram adaptar-se ao novo modelo instituído e vingar na actualidade como modelo de negócio.
Para Manuel Fernandes, o grande trunfo da Adega de Borba foi ter-se dotado de quadros competentes e de uma direcção com alguma visão, que soube aproveitar as oportunidades que surgiram. “Há 50 anos a atrás a gestão da cooperativa era mais amadora”.
Apontada quase como um “caso à parte” entre as suas congéneres, a Adega de Borba diz distinguir-se pela capacidade de profissionalização de todas as suas áreas funcionais, no sentido de ter “os melhores recursos humanos” do mercado. Adicionados outros factores favoráveis, e o objectivo é facilmente atingido. “Ter produtores com uvas de grande qualidade, com acesso a equipamento tecnológico de ponta e a recursos humanos de grande nível de competência transforma qualquer empresa cooperativa, ou outra, num caso de sucesso”.
Independentemente de todas as mudanças de contexto e do esforço de modernização que tem sido feito ao nível da gestão, há algo que não se pode contornar: a extrema importância que as cooperativas assumem num país que continua a ser feito de muitos pequenos produtores.
Marketing: Como atrair fãs para a página da sua empresa no Facebook
Abril 8, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Com mais de meio bilião de usuários, o Facebook torna-se cada vez mais uma importante vitrine para negócios de todos os portes, incluindo os pequenos.
Confira a seguir dicas do especialista em mídias sociais Pedro Ivo Resende, diretor-executivo da agência Riot, para criar uma página de sucesso para sua empresa na rede social:
Personalize seu espaço
Faça o possível para impressionar seus fãs desde a primeira visita, customizando ao máximo sua página inicial para que ela se destaque das demais.
“Troque seu avatar, mude o fundo, personalize a página de acordo com as datas comemorativas do ano”, recomenda Resende. O uso de recursos multimídia, como fotos e vídeos, também ajuda a tornar o espaço mais atrativo.
Promova a interatividade
Para ter sucesso, uma página corporativa no Facebook não pode ser estática. Ela deve criar oportunidades para que os visitantes interajam com o conteúdo e entre si.
“O ideal é ter um ambiente de discussão entre os usuários promovido e moderado pela marca”, destaca o especialista. Perguntas simples, do tipo “qual dessas opções você prefere?” são um ponto de partida para começar a interação com os fãs.
Seja útil
O internauta só voltará à página da empresa se ela trouxer conteúdos e serviços úteis para ele. “Falar de si mesmo é aceitável às vezes, mas uma página de marca que só faz autopropaganda tende a se esgotar”, alerta o especialista.
Conteúdos divertidos tendem a atrair a atenção do usuário e se espalhar pela rede. “As chances de gerar conversação usando o conteúdo certo e atrativo são dez vezes maiores do que apenas falar de sua marca”, enfatiza Resende.
Ouça os clientes
A comunicação nas redes sociais não é uma via de mão única como acontece em outras mídias, como TV ou revistas. Lá, os consumidores falam de volta e é fundamental estar pronto para ouvi-los. “Uma marca não é o que ela diz que é, mas o que os outros dizem que ela é”, ressalta Resende.
“É sempre bem vindo conteúdo que deixe abertura para que os fãs concordem ou não com ele. Perguntar qual a opinião das pessoas sobre seu post já é um ótimo ponto de partida”, ele acrescenta.
Ofereça incentivos
Uma forma de manter os seus fãs engajados com a sua página é promover concursos e oferecer prêmios a cada meta alcançada no canal.
“Mesmo que não seja um presente especial, todos gostam de ganhar recompensas por interagirem com marcas. Reservar um espaço na página para um “fã do mês”, por exemplo, é uma forma de incentivo”, sugere Resende.
Fonte: Exame
Empreendedorismo: Como sobreviver ao primeiro ano de actividade
Abril 8, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Em altura de grande desemprego passa pela cabeça de muitos criar a sua própria empresa. Mas o espírito empreendedor e uma boa ideia nem sempre são suficientes para garantir a sua sobrevivência. Segundo a Sociedade Portuguesa de Empreendedorismo, nos países da OCDE, a taxa de sobrevivência ao fim de um ano ronda 80% e ao fim de dois anos 70%. “Dados para os países desenvolvidos em geral referem que metade das empresas dura pelo menos cinco anos e menos de um terço alcança os dez anos de existência.” Em Portugal, porém, esses valores são inferiores: “Cerca de 73% das empresas sobrevivem ao primeiro ano e só 54% superam a barreira dos dois.”
De acordo com o INE, a larga maioria dos empresários financia o arranque da empresa recorrendo a poupanças pessoais (quase 70%), enquanto apenas 16% recorrem a empréstimos bancários com garantia e 13% recorrem a familiares e amigos. Menos de 1% utiliza capital de risco.
Como minimizar o risco de, um ano depois de abrir a sua empresa, estar afogado em dívidas? Perante um cenário nada favorável, há cuidados que pode – e deve – ter para sobreviver, a começar por uma boa dose de optimismo, acompanhada de muita organização (mental e operacional). Construir um negócio começa na base, com um planeamento que viabilize e estruture a actividade para a viabilidade. Perguntas como: quanto tenho para gastar?; o que é prioritário?; em que meios devo apostar para ter qualidade e a visibi- lidade necessárias? são pontos de partida importantes para a organização. Aposte em cronogramas, na disciplina e no controlo rigoroso e convença-se de que é provável que muito do que planeou terá de ser adaptado. Um plano é tão importante quanto a sua execução, mas a mudança acontece todos os dias. Esteja preparado.
Na maioria das vezes, as empresas fecham não porque o negócio não era bom mas pela falta de preparação das pessoas num universo em que a especialização vale tanto quanto a estratégia e o multitasking. Garanta que a empresa tem um pouco de tudo: é eficiente em compras, vendas, relacionamento, organização, liderança.
Depois do primeiro ano, o pior já passou e com a sensação de alívio comete-se frequentemente um erro comum: descansar à sombra da bananeira. Conseguiu ser bem-sucedido? Pois então esta é a altura certa para duplicar a carga de trabalho, planeando os próximos passos.
Quando temos um negócio novo em mãos, temos de comemorar os resultados no mesmo momento em que nos sentamos para definir estratégias e ferramentas a usar no aperfeiçoamento dos métodos, na sofisticação dos produtos, na continuidade do caminho para o sucesso. Lembre-se que é muito mais difícil liderar uma área – tem de estar sempre a ditar tendências – do que ser o segundo melhor, que apenas copia e adapta as ideias do primeiro. Mas as compensações são imensas.
Fonte: Jornal i
Inovação: Cientistas controlam computador com a mente
Abril 8, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Um grupo de cientistas da Universidade de Washington conseguiu que seus pacientes movimentem o cursor do computador com a mente colocando eletrodos diretamente no cérebro deles para registrar a atividade elétrica.
O estudo, publicado nesta quarta-feira na revista “Journal of Neural Engineering”, indica que esta descoberta terá grandes aplicações para os pacientes que perderam a voz devido a uma lesão cerebral ou pacientes com mobilidade limitada.
Os cientistas empregaram uma técnica chamada eletrocorticografia (ECoG), utilizada para pesquisar as regiões do cérebro que causam epilepsia.
O processo da ECoG foi aplicado às interfaces cérebro-computador (BCI), com objetivo de ajudar pessoas com incapacidade de interagir com seu entorno, e os cientistas conseguiram estimular o movimento das extremidades.
O doutor Todd Kuiken já apresentou, na reunião anual da Associação Americana para o Avanço das Ciências (AAAS), realizada em fevereiro em Washington, uma técnica que permite aos pacientes controlarem suas próteses apenas pensando na ação que desejam realizar.
No entanto, este estudo vai além. O doutor Eric Leuthardt e sua equipe trabalharam com quatro pacientes que sofriam de epilepsia, que tiveram eletrodos implantados no cérebro para vigiar os impulsos aos estímulos aos quais foram submetidos.
Os cientistas deram aos pacientes uma lista de palavras relacionadas com as ações que precisavam realizar para movimentar o cursor do computador. Por exemplo, dizer ou pensar na palavra “AH” movimentaria o cursor para a direita.
Os eletrodos emitem sinais que são processados e armazenados em um computador e descobriram que o cérebro pode controlar com mais de 90% de precisão o cursor.
“Este é um dos primeiros exemplos, em um grau muito pequeno, do que se chama de leitura de mente”, disse Leuthardt, que assinalou que espera que as operações futuras sejam feitas em microescala para que os implantes sejam menos invasivos.
Os cientistas esperam poder inserir mais adiante os implantes de forma permanente no cérebro para ajudar a restaurar a funcionalidade dos pacientes incapacitados e, inclusive, ler a mente.
“Queremos ver se podemos não apenas detectar quando a pessoa está dizendo cachorro, árvore, ferramenta ou alguma outra palavra, mas também aprender como ler a mente, o que é a ideia pura desse conceito”, assinalou.
“É emocionante e dá um pouco de medo pensar na leitura de mentes, mas existe um potencial incrível para as pessoas que não podem se comunicar”, assegurou.
Fonte: Exame
Marketing: Marcas apostam na oferta de conteúdos pagos
Abril 8, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Quer ver conteúdos pagos do seu desporto preferido de forma gratuita? Peça às marcas. A situação parece estranha mas a verdade é que oferecer aos consumidores conteúdos pagos de forma gratuita começa a ser uma aposta frequente entre as marcas. É o caso da marca de automóveis sueca Volvo, que recentemente lançou a aplicação At Bat 11, que permite a quem a descarregue ver em streaming sem pagar os jogos da liga de basebol norte-americana MLB (Major League Baseball), que só estavam disponíveis para os subscritores da MLB.TV. Este é um de vários exemplos de acordos entre marcas e empresas da área de media, relatados pelo Marketing News.
Outros casos incluem a Lincoln, marca detida pela Ford, que patrocina a subscrição digital de 200 mil leitores online do diário norte-americano The New York Times, ou a Microsoft, que oferece um mês de subscrição do portal de conteúdos audiovisuais Hulu (com um valor de oito dólares) aos utilizadores que descarregarem a última versão do browser Internet Explorer. No caso da Lincoln, o acordo não inclui o pagamento directo das subscrições mas sim um compromisso de aumento do investimento publicitário alocado pela marca a este meio específico.
Fonte: Meios & Publicidade



