Marketing: Clubes de futebol foram marcas mais faladas em Portugal

Abril 5, 2011 by  
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Os clubes de futebol lideraram a lista das marcas mais faladas na rede social Facebook durante a semana de 20 a 26 de Março, concluiu um estudo da E.Life.

A investigação, que analisou 100 marcas durante aquele período, apontou que o Sport Lisboa e Benfica (SLB) e o Sporting Clube de Portugal (SCP) ocuparam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugares, com o Futebol Clube do Porto (FCP) a surgir em quarto, atrás da marca automóvel Ford.

Zon, Fnac, CP, Optimus, Mercedes e BMW completam o Top 10 semanal, segundo o estudo.

Por categorias, ao longo da semana houve uma preponderância da presença de «clubes de futebol», em primeiro, lugar, seguida de «automóveis», «informática – software», «transportes», «serviços moveis», «banca», «bebidas», «TV a cabo», «telemóveis» e «desporto».

Os autores referem que a presença dos clubes de futebol nos lugares cimeiros da marcas mais faladas prende-se com a aproximação do final da jornada da Liga e com o jogo de 3 de Abril (Benfica x Porto), onde poderá ficar estabelecido o campeão nacional deste ano.

Por outro lado, as eleições para a presidência do Sporting ajudam a compreender a sua posição de marca vide-líder da semana na rede social.

Fonte: Diário Digital

Marketing: Como se pode proteger das armadilhas das redes sociais

Abril 5, 2011 by  
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Multiplicam-se os casos de despedimento pela utilização descuidada das redes sociais e os riscos de uso abusivo dos dados pessoais.

As redes sociais alteraram a relação entre utilizadores, a Internet e o resto do mundo. O Facebook ou o Twitter são muitas vezes usados para partilhar dados sobre a vida pessoal dos utilizadores ou para “desabafos” relacionados com o local de trabalho. Mas a Internet é um local público e muitas vezes os comentários podem virar-se contra quem os faz. Se não criticaria o seu empregador publicamente ou não divulgaria o seu número de telefone a quem não conhece, por que razão o faz numa rede social.

“A regra fundamental é pôr o mínimo de dados pessoais ou quaisquer outros dados da vida privada, seja do próprio ou de outra pessoa, que podem vir a ser usados de forma incorrecta e com más intenções”, explica Vicky Fernandes, especialista em etiqueta, ao Diário Económico. Apesar da informação a partilhar ser sempre “do foro pessoal”, é importante ter em atenção que a publicação de informações detalhadas sobre a vida pessoal ou hábitos de fim de semana pode levar a “verdadeiros riscos de sérios crimes”. Por isso mesmo, há limites relativamente à informação a partilhar, que deve ser seleccionada com cuidado. O Diário Económico apresenta dez exemplos do que não deve escrever nas redes sociais.

1. Comentários sobre o chefe ou o local de trabalho
São vários os casos internacionais de funcionários despedidos por justa causa devido a comentários depreciativos sobre o chefe. “O trabalhador poderá incorrer numa violação do dever contratual de urbanidade e probidade que lhe é imposto”, garante o advogado Manuel Rocha Lopes. E Vicky Fernandes lembra que “os recursos humanos das empresas acedem às páginas pessoais dos seus empregados e, por vezes, podem utilizar alguns comentários para fundamentar um processo disciplinar e até um despedimento”. Também se deve ter em atenção o tipo de informação confidencial que partilha. Por muito que queira contar o que está a fazer no novo projecto da sua empresa, essa informação pode ser benéfica para a concorrência.

2. Informação privada como número de telefone ou morada
Partilhar o número de telefone e a morada nas redes sociais abre a porta a perigos como o roubo de identidade ou assaltos. Se disser que vai de férias e tiver, anteriormente, partilhado a sua morada, está a dizer ao mundo que a sua casa está vazia. O simples facto de partilhar o número de telefone permite que os ‘hackers’ mais argutos consigam ter acesso à sua morada. “Os pais devem aconselhar os filhos menores a não colocarem os números de telefone e morada ou a marcar encontros com pessoas que conheçam através das redes sociais”, lembra Vicky Fernandes.

3. Conversas pessoais
No Facebook existe a opção de mensagens privadas para partilhar informação do foro íntimo do utilizador. Se quiser comentar algum tema mais sensível com um amigo não precisa de o fazer no seu mural, da mesma forma como não o partilharia com um megafone no meio da rua.

4. Planos sociais
Tal como as conversas privadas, os planos sociais podem ser combinados através de mensagens privadas. Se quiser combinar um jantar com um amigo não precisa de o fazer para toda a gente ler. Ser excluído de planos sociais deixa algumas pessoas com sentimento rejeição. Paralelamente, deve ter em atenção a “aceitação de pedidos de amizade de pessoas que não conhece ou conhece mal”, lembraVicky Fernandes.

5. Partilhar ‘sites’
Pode fazê-lo, mas fora do horário de expediente. Partilhar vídeos divertidos ou artigos insólitos mostram ao empregador que não está a ser tão produto vo como deveria. Além disso, se tiver todas as redes sociais interligadas, o que partilha no Facebook aparece também no LinkedIn e os profissionais que tem nessa rede acedem. Por outro lado, não partilhe apenas a informação do seu ‘site’ ou blogue, assim como não deve usar as mensagens de Facebook para divulgar a sua empresa.

6. Fotografias da família
Por muita vontade que tenha de mostrar a toda a gente as últimas tropelias dos seus filhos, deve pensar primeiro em quem tem como amigo na sua rede social. Só 40% dos utilizadores é que têm o acesso ao seu perfil restrito, por isso, se não está incluído nesta estatística, o melhor é não partilhar imagens dos seus filhos. Ou aproveite as opções de confidencialidade do Facebook e reserve o acesso desse álbum específico só à família e amigos mais próximos.

7. Informação financeira
Contar os segredos do seu sucesso na bolsa de valores na rede ou o saldo da sua conta bancária parece senso comum mas, na altura da crise económica e financeira nos Estados Unidos, em 2009, era muito comum comentários sobre soluções financeiras ou casos particulares. E, tal como não deve partilhar a sua morada, também não deve gritar ao mundo que comprou um carro topo de gama, por exemplo, e depois dizer que se vai ausentar de viagem para um destino longínquo.

8. A sua palavra-passe
Ainda há quem incorra no erro de partilhar a sua ‘password’. Mesmo revelá-la a um amigo para que ele tome conta da sua quinta no Farmville durante as férias pode ter riscos. Tratando-se de casais, é cada vez mais comum a invasão do perfil do parceiro por se conhecer a ‘password’. Proteja a sua privacidade. E tenha em atenção que a palavra-passe das redes sociais deve ser diferente da que usa no seu ‘e-mail’ pessoal e nos ‘sites’ onde está inscrito.

9. Protecção dos dados privados
As redes sociais têm por vezes falhas na protecção dos dados dos utilizadores e outras vezes usam-nos sem a devida autorização. Quando se registar numa rede, tenha atenção à alínea que pergunta se os seus dados podem ser utilizados pela rede. As redes sociais não podem utilizar dados privados dos utilizadores sem o conhecimento e o consentimento prévio dos mesmos. Algumas aplicações do Facebook pedem o acesso a dados pessoais o que, segundo um estudo da Universidade da Virgínia, não é necessário em 90% dos casos.

10. Nada que não queira ver partilhado
Lembre-se sempre: a Internet é um espaço público e tudo o que comenta e partilha fica acessível a todos. “Cada internauta deve estar bem consciente da sua exposição e avaliar se ela é mesmo necessária e positiva”, conclui Vicky Fernandes.

Comentários nas redes sociais que deram origem a despedimento

Polícia despedido por criticar o seu trabalho no Facebook
Um polícia britânico foi despedido por se ter queixado do seu trabalho no Facebook, em Warwickshire, no Reino Unido. Segundo o “Daily Mail”, Carl Boulter escreveu que o seu trabalho era “uma porcaria” e que tinha de ir vestir um “estúpido” colete à prova de bala para patrulhar zonas rurais. A polícia de Warwickshire considerou que o agente fez comentários “inapropriados”. Esta semana, o recurso que Boulter tinha colocado veio negativo e desde Julho que ele está sem trabalhar. “Estava deprimido nessa altura”, justificou o agente.

Conversa no Facebook acaba em três despedimentos
Três funcionários da empresa francesa Alten foram despedidos, depois de uma conversa que tiveram no Facebook ter chegado ao conhecimento dos seus superiores através e um amigo, segundo o “El País”. Durante essa conversa, um dos funcionários fez um comentário irónico sobre a direcção da Alten, que deu seguimento a mais críticas por parte de outros dois colegas. Como justificação do despedimento, a Alten afirma que o comportamento dos três funcionários é um incitamento à rebelião e representa desprezo contra terceiros.

11 Mandamentos para se progeter nas redes

1. Sempre que seja possível, torne o seu perfil privado.

2. Nunca divulgue dados pessoais como, morada, número de telefone, ‘e-mail’, local de emprego, escola, localidade, excepto se a conta for institucional.

3. Nunca divulgue informações pessoais como dias em que vai de férias, dias em que se ausenta de férias ou por outros motivos

4. Tenha cuidado com as fotografias que publica.

5. Evite publicar fotos ou vídeos dos seus filhos.

6. Visite com frequência as contas dos seus filhos para verificar os amigos e as fotos que eles publicam.

7. Não aceite convites de amizade por tudo e por nada.

8. Tenha cuidado com ‘links’ que recebe em mensagens nas redes sociais.

9. Tome atenção quando se associa a determinados grupos, pondere sempre as implicações que os conteúdos desses grupos possam ter.

10. Utilize as ferramentas de privacidade que as aplicações fornecem.

11. Evite fazer comentários sobre o seu empregador ou empresa em que trabalha, para evitar sanções de quaisquer tipos.

Fonte: Económico

Marketing: Em 2050, o mundo terá 2 bilhões de idosos

Abril 5, 2011 by  
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Cientistas debatem as mudanças que terão de ocorrer no Brasil e em outros países em função do envelhecimento da população.

O envelhecimento e a urbanização são tendências demográficas importantes no século 21. A população urbana, que já corresponde à metade da humanidade, dobrará até 2050, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Por outro lado, se hoje existem cerca de 600 milhões de pessoas com mais de 60 anos, em 2050 a população nessa faixa etária será de quase 2 bilhões.

A consequência disso é que a sociedade precisará repensar o lugar dos idosos nas cidades e implantar uma nova cultura do envelhecimento. Essa é uma das principais conclusões dos especialistas que participaram, no dia 29 de março, em São Paulo, da mesa-redonda “Aspectos urbanos e habitacionais em uma sociedade que envelhece”.

O evento integrou a programação do ciclo “Idosos no Brasil: Estado da Arte e Desafios”, promovido pelo Institutos de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP), pelo Grupo Mais-Hospital Premier e pela Oboré Projetos Especiais de Comunicação e Artes.

Coordenada por David Braga Jr., do Grupo Modelo de Atenção Integral à Saúde (Mais), a mesa-redonda – a terceira do ciclo – teve a participação de Alexandre Kalache, da Academia de Medicina de Nova York (Estados Unidos), e de Guita Grin Debert, professora do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Crescimento de 350%

De acordo com Kalache, carioca que dirigiu por 13 anos o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), os dados da ONU mostram que a população mundial crescerá cerca de 50% (para 9 bilhões) até 2050. No mesmo período, a população acima de 60 anos terá aumentado 350%, sendo que a maior parte desse aumento ocorrerá nos países em desenvolvimento, cada vez mais urbanizados.

Essa perspectiva de futuro, segundo ele, deverá ser compreendida pela sociedade, que precisará desenvolver com urgência uma “cultura do envelhecimento” – o que inclui mudanças nas cidades e no comportamento ao longo da vida. “É importante destacar que 2050 não é uma data distante. Os idosos de quem estamos falando são as pessoas que hoje já são adultas, que podem ter 20 ou 40 anos. Por isso, é fundamental personalizar a mensagem”, disse.

Com os avanços da medicina e da própria sociedade urbana, a parcela da vida que um indivíduo passa na condição de idoso será cada vez maior, apontou o especialista. Com essa tendência, já ocorre uma mudança de paradigmas em relação ao que significa envelhecer. “A ideia da vovó fazendo tricô e do vovô de pijama, lendo jornal, é um estereótipo do envelhecimento que não nos serve mais”, disse.

Segundo Kalache, quando o prussiano Otto Von Bismarck implementou pela primeira vez a aposentadoria, no século 19, a expectativa de vida na Alemanha era de 45 anos e os idosos tinham muito menos acesso à saúde. Se continuassem trabalhando, teriam produtividade baixíssima e criariam muitas dificuldades no ambiente de trabalho. “Era plausível dar um dinheirinho para que o idoso ficasse em casa pelos poucos anos que lhe restavam. É óbvio que isso não pode dar certo nas condições atuais, muito menos nas condições que teremos até 2050. É preciso que os jovens reinventem seu planejamento de vida”, afirmou.

No modelo convencional, a primeira etapa da vida era dedicada ao aprendizado, enquanto a segunda etapa era voltada para a produção e a aplicação do aprendizado no trabalho. A etapa final seria dedicada ao descanso e ao ócio. “Não podemos mais pensar assim. A expectativa de vida é cada vez mais longa e as pessoas serão idosas por um período cada vez maior de suas vidas. Elas terão condições de produzir até uma idade bem mais avançada. Por outro lado, a pessoa não pode mais parar de adquirir conhecimento aos 25 anos de idade, pois o aprendizado fica obsoleto cada vez mais cedo”, disse.

Aprendizado prolongado

Se a produção e o trabalho serão uma realidade cada vez mais presente na velhice, em contrapartida a aquisição de conhecimento não poderá mais ficar confinada apenas às primeiras décadas. “É do interesse da sociedade que a pessoa mantenha o aprendizado e que produza ao longo de toda a vida. As pessoas terão oportunidades – que a sociedade vai precisar oferecer – para se reciclar, estudar e se reavaliar”, afirmou.

De acordo com Kalache, a capacidade funcional dos indivíduos será preservada, cada vez mais, para além dos 65 anos. Com isso, espera-se que a aposentadoria compulsória possa ser revista. “Isso é saudável, porque o passado idealizado do idílio do pijama e do tricô é algo que talvez nunca tenha existido. Na maior parte dos casos, sob esse estereótipo se escondia um idoso sem autonomia, sofrendo abusos e deprimido”, disse.

O envelhecimento e a urbanização, segundo Kalache, são as duas principais tendências demográficas do século 21. O Brasil, segundo ele, é um modelo adequado para se observar essa realidade. “Somos um país emergente já urbanizado, que envelhecerá mais do que qualquer outro. Mas temos que fazer nossa própria discussão sobre o envelhecimento. Os modelos do Japão, da Dinamarca ou da França não nos interessam. Esses países enriqueceram primeiro, depois envelheceram. Não teremos essa oportunidade. Se imitarmos esses modelos, vamos apenas perpetuar a desigualdade”, disse.

No Brasil, segundo Kalache, a população de mais de 60 anos passou de 8% para 12% nos últimos 30 anos. Na França, foram necessários 115 anos para que a proporção de idosos passasse de 7% para 14%. “Por outro lado, a concentração urbana também foi vertiginosa no Brasil. Um terço da população vivia em cidades em 1945 e hoje essa proporção passou para 87%. Vamos precisar mudar a realidade do idoso no contexto urbano – e para isso é fundamental ouvi-lo e fazê-lo contar como é a experiência de ser idoso na cidade”, afirmou.

Kalache foi responsável pela publicação, em 2007, do Guia da OMS das Cidades Amigas dos Idosos, produzido com base em pesquisas em 35 cidades em todo o mundo, fundamentadas em entrevistas com grupos focais de idosos durante seis meses. Uma das experiências do programa foi feita no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde Kalache nasceu. Em 33 anos na Europa, o pesquisador fundou o Departamento de Epidemiologia do Envelhecimento da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido. Hoje, trabalha na criação de um Centro Internacional de Políticas para o Envelhecimento.

Questão pública

Guita Debert, que integra a coordenação da área de Ciências Humanas e Sociais da FAPESP e coordena o Núcleo de Estudos de Gênero Pagu da Unicamp, destacou que trabalhar com a velhice representa um enorme desafio, já que a questão passou por muitas modificações recentes.

Um dos principais panos de fundo dessa mudança é que a velhice, que historicamente dizia respeito à esfera privada, vem se tornando cada vez mais uma questão pública. “A velhice passou a fazer parte da geografia social, por assim dizer. À medida que a gerontologia se consolidou como saber específico, criado para identificar necessidades do idoso, ela se tornou um ator político e também um agente do mercado de consumo”, afirmou.

Inicialmente focada na ideia do idoso como um indivíduo que perde os papéis que tem na sociedade, a gerontologia passou a mudar seu enfoque a partir da década de 1980. “Em vez de um momento de perdas, a velhice passou a ser considerada um momento de lazer, de novas experiências e projetos. A velhice foi deixando de ter o sentido de uma perda do papel na sociedade e se tornou o momento de direito ao não-trabalho, na qual o lazer se torna central.”

Segundo Guita, o Brasil adquiriu know-how e sofisticação nas opções de lazer e atividades para os idosos. Mas isso se limita aos “jovens idosos”, isto é, aquela parcela que preserva sua autonomia funcional. “Há um grande contraste. Para os idosos que têm a autonomia funcional comprometida, estamos em estágio precário, não oferecemos nada”, afirmou.

Para integrar o idoso à cidade, segundo a pesquisadora, não basta levar em conta apenas a diversidade de poder aquisitivo, raça e local de moradia, entre outros fatores. É necessário também pensar nas diferenças de autonomia e capacidade. “É preciso avaliar sobretudo as diferenças de custos de políticas públicas para os idosos ‘jovens’ e para os outros. É hipocrisia dizer que existe uma política para idosos, se ela só está beneficiando justamente a parcela que tem menos dificuldades. São boas iniciativas, mas têm foco apenas em uma parcela privilegiada dos idosos”, disse.

A antropóloga destacou também que as mudanças ocorridas no espaço urbano recentemente podem permitir um aprimoramento da autonomia do idoso. “Devemos fugir da confusão entre morar só e estar submetido à solidão. Principalmente porque hoje é possível operar com a ideia da intimidade a distância, viabilizada pelos meios de comunicação, sobretudo eletrônicos. E isso pode ocorrer até mesmo fora das relações familiares.” Segundo ela, a gerontologia ainda valoriza profundamente a ideia de manter o idoso junto à família, fechado no universo privado. “É importante rever essa ideia, quando pensamos na cidade que acolhe o idoso”, afirmou.

Integração x segregação

Estudos realizados em ciências sociais, em especial na antropologia, mostram que se tinha pouca informação sobre a vida do idoso há 100 ou 200 anos, segundo Guita. Ainda assim, é provável, segundo ela, que a vida no seio da família tenha sido a preferência do idoso apenas quando ele não tinha a opção de ser autônomo.

A antropóloga sugeriu também que seja repensada a oposição entre integração e segregação. Segundo ela, os trabalhos sobre envelhecimento não confirmam a ideia de que a integração com sociedade multigeracional garante o bem-estar do idoso. “Muitas vezes, nos ambientes onde todos são idosos, a velhice deixa de ser uma marca identitária e a satisfação passa a ser maior. Há uma busca de independência e de estar entre os iguais, de forma similar aos adolescentes. É importante não ter uma visão binária de segregação e integração”, afirmou.

A preservação da vida na comunidade é outra ideia predominante no senso comum, segundo Guita. Para preservar a qualidade de vida do idoso, nessa concepção, o indivíduo deveria permanecer sempre na mesma casa, ou bairro. “Mas isso nem sempre é verdade, porque a dinâmica urbana é muito intensa. Os bairros podem passar por rápidos processos de degradação. Ou podem passar por um súbito enriquecimento, fazendo com que os antigos moradores desapareçam. Nesses casos, as perdas da coletividade estão muito presentes. A ideia de que a comunidade é sempre boa e deve permanecer deve ser revista”, disse.

A pesquisadora destacou também a importância de se dar voz aos idosos. “Essa já é uma ideia muito presente, mas é preciso valorizar a pluralidade de vozes. Não se pode ouvir representantes, mas os protagonistas, em toda sua diversidade. É preciso que haja vozes dissonantes”, disse.

Guita criticou ainda as políticas públicas brasileiras em relação ao novo papel assumido pela família quanto à responsabilidade pelo idoso. “Há uma hipocrisia nas políticas de distribuição de renda que têm enfoque familiar. Elas concentram as responsabilidades na família e, em especial nas mulheres, que acabam assumindo essas obrigações”, afirmou.

Fonte: Exame

Marketing: Facebook tem 250 milhões de utilizadores “móveis”

Abril 5, 2011 by  
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Metade dos utilizadores do Facebook fazem-nos através de um dispositivo móvel.

O Facebook tem 250 milhões de utilizadores que acedem à rede social através de telemóvel, segundo divulgou a empresa no seu blogue.

A rede social irá fundir o touch.facebook.com e m.facebook.com num só site que permite aceder ao Facebook através de dispositivo móvel.

A nova plataforma permite aos engenheiros da empresa criar um só código para todos os telemóveis, independente do modelo e do sistema operativo.

Esta alteração surge após o Facebook ter adquirido o Shaptu uma empresa que desenvolve tecnologia que permite fazer actualizações do software dos telemóveis de forma mais fácil.

A maior rede social do mundo já conta com mais de 500 milhões de utilizadores em todo o mundo e mais de 2 milhões só em Portugal.

Fonte: Jornal de Negócios

Inovação: Conhecimento é base da inovação

Abril 4, 2011 by  
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O Governo dos Açores está empenhado em apoiar a investigação científica na Região, especialmente o trabalho dos cientistas que potencie uma aplicação prática em prol do desenvolvimento económico e social dos açorianos.

A ideia tem sido reiterada, por diversas ocasiões, por elementos do Executivo Regional. No final do ano passado, em Angra do Heroísmo, o secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, voltou a frisar esta questão, numa intervenção feita na sessão de encerramento do GIS Day, um evento mundial que promoveu a importância dos sistemas de informação geográfica no dia-a-dia.

José Contente deu como exemplo, precisamente, os sistemas de informação geográfica, em que o Governo presidido por Carlos César já investiu, desde 2007, mais de um milhão de euros, e no qual os resultados práticos são palpáveis.

Concretizando, o governante disse que a Região tem já “uma cartografia digital bastante avançada, que já foi até requerida pelos conhecidos programas Google Earth e Microsoft Virtual Earth”.

De igual modo, acrescentou, a Região cumpre a directiva comunitária sobre a matéria, disponibilizando a cartografia digital às empresas e a outras instituições, e “substituindo-nos mesmo a algumas entidades como as autarquias, com um programa recente chamado SIGENDA” (http://ideia.azores.gov.pt/sigenda) que permite já aceder aos endereços de diversas ruas em várias ilhas e que vai cobrir o arquipélago todo “em pouco tempo”.

A plataforma Ideia.Azores, criada pelo Governo açoriano, tem muito mais potencialidades, sublinhou José Contente, “ao nível da protecção civil, do ordenamento ou da investigação ambiental”. Nessa plataforma, explicou, vão sendo carregados conteúdos que permitem “a autores, empresas e investigadores aceder a cada vez mais informação geo-referenciada”.

O secretário regional destacou, também, o facto de a rede GPS ser “bastante completa” instalada nos Açores permitir o acesso a essa informação a partir de qualquer computador. Essa rede, revelou, “está preparada para a futura entrada em funcionamento do projecto europeu Galileu”.

José Contente salientou, depois, outra ideia: “o conhecimento hoje é a base de competitividade, também das empresas”, acrescentando que estas “sem conhecimento não inovam, não são transnacionais.

Por isso, vincou, “cabe à investigação a preocupação de transformar esse conhecimento em algo útil para as empresas”, porque, disse ainda, “nós precisamos fundar na economia regional, para além dos sectores tradicionais, nesta economia do conhecimento, algo que traga valor acrescentado para os Açores”.

Projecto pioneiro a nível nacional

O projecto de cartografia açoriano é o primeiro sistema existente no País, com carácter regional, de acordo com as regras definidas pela directiva comunitária “INSPIRE” – através da qual as diversas regiões europeias deverão disponibilizar, para os organismos comunitários, administração nacionais, regionais e locais, e para os cidadãos em geral – o acesso a diversas categorias temáticas de dados geográficos, entre os quais os “Endereços”. Esta informação é da responsabilidade dos municípios, pois é a estes que cabe a atribuição dos nomes das vias e dos números de polícia. No entanto, a maioria não dispõe desta informação, ou quando a possui, não se encontra de acordo com as regras impostas pela directiva INSPIRE.

Fonte: Expresso das Nove

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