Inovação: Fundação Gates dá milhões a quem revolucionar as sanitas
Julho 25, 2011 by Inovação & Marketing
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Pode parecer um fait-divers mas está muito longe de o ser. As sanitas com descargas de água potável foram inventadas há 200 anos (uma inovação que permitiu salvar milhões de vidas), mas desde então não sofreram nenhuma alteração radical, apresentando-se agora como desadequadas em relação às questões ecológicas, para além de inacessíveis a um terço da população mundial.
O impacto dessa situação levou a que a fundação de Bill e Melinda Gates tenha anunciado, ontem, a criação de um fundo de perto de 30 milhões de euros para a reinvenção das casas de banho, através de uma solução barata, acessível e eficaz. O fundo foi distribuído por oito categorias e atribuído a universidades que estão a desenvolver projetos nessa área.
“(A sanita) é demasiado cara para as pessoas dos países em desenvolvimento; requer água e sistema de esgotos, que nem sempre existe, e não faz nada para, de facto, tratar os resíduos humanos”, declarou Frank Rijsberman, responsável da fundação Gates.
Doenças diarreicas
Cerca de 2,5 biliões de pessoas não têm acesso a sanitários, o que contribui para doenças diarreicas, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, são responsáveis pela morte anual de 1,5 milhões de crianças.
“Pretendemos encarar os resíduos como uma matéria para reciclagem”, afirmou Rijsberman. “Pensamos ser possível reciclar a energia, os minérios e também a água. Queremos reinventá-la de modo a torná-la barata, que passe a custar apenas alguns tostões, e que as pessoas pobres queiram usar”, acrescentou.
Entre os projetos a serem desenvolvidos encontra-se uma casa de banho que gasificará os resíduos para depois os transformar em eletricidade (Universidade de Tecnologia de Delft na Holanda); um sistema que permita a higienização das fezes em 24 horas, de modo a não transmitirem doenças (Universidade de Toronto); uma casa de banho com energia solar, cujas células solares forneçam energia suficiente para o processamento dos resíduos, transformando-os em combustível para eletricidade (Instituto Tecnológico da Califórnia).
antónio saias on Dom, 31st Jul 2011 10:22 am
BOM DIA
a pessoa qualificada para desenvolver o projeto e arrecadar os 35 milhões já deixou de utilizar casas-de-banho há muito tempo – o senhor Duchamp
as preocupações ecológicas (sobretudo consumo de água potável
em excesso) também já assaltaram este alentejano, como agora se diz, periférico, há muito tempo.
recorreu na altura à sua contestável veia poética para produzir a seguinte – que retém na memória – quadra p´ra pular
:
QUANDO A ÁGUA NÃO CHEGAR
NEM PARA MOLHAR O BICO
SERÁ FÁCIL TROCAR
A SANITA PELO PENICO
a ideia Gates – que não deixará de ser uma ideia da CACA,de quem vive a nadar em dinheiro –
passará seguramente pelo espírito da Quadra
abraços