Marketing: PME apostam na internacionalização como forma de ultrapassar a crise

Junho 6, 2012 by  
Filed under Notícias

As PME estão cada vez mais a passar as fronteiras, sobretudo em mercados de países emergentes.

As pequenas e médias empresas (PME) têm reforçado a sua internacionalização desde que começou a crise económica e financeira mundial, em 2008. Se os primeiros mercados preferidos eram os países africanos de língua oficial portuguesa, actualmente os destinos são bem mais variados, contando-se entre os mercados-alvo países da antiga Europa do Leste, Magrebe e América do Sul.

No entanto, entre os responsáveis por PME a frase mais ouvida é: “Os bancos só dão dinheiro a quem não precisa. Há dificuldade no acesso ao crédito”.

A solução passa pelos apoios estatais como o do Programa Operacional Temático Factores de Competitividade – COMPETE – inserido no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), os fundos de apoio à exportação e o seguro de créditos. Desde 16 de Janeiro último que os empresários têm uma nova linha de crédito disponível de 1,5 mil milhões de euros para financiamento, não exclusivamente para operações de exportação, mas agora com ‘spreads’ mais elevados – um agravamento de cerca de um ponto percentual face à linha anterior – e com bonificação da garantia mútua, que pode ir até 75% no caso das micro-empresas. Uma das opções utilizadas por muitas PME. No início de Maio, o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, avançou que o concurso lançado no âmbito do QREN para projectos de internacionalização de empresas recebeu quase mil candidaturas. “Estimamos um volume de apoios candidatado superior a 100 milhões de euros”, disse na altura o governante.

COMPETE é um dos principais instrumentos de apoio à internacionalização
Este destina-se a apoiar o investimento produtivo de inovação, o empreendedorismo, a investigação e desenvolvimento tecnológico e a utilização de factores imateriais de competitividade. Por outro lado concentra o apoio em actividades que produzam resultados e efeitos económicos positivos e em prioridades bem delimitadas no âmbito da melhoria da competitividade. E é através do aumento da competitividade, da qualidade e da inovação que as PME conseguem escoar mais facilmente os seus produtos no estrangeiro.

Tecnologia para próteses, implantes e pacemakers
A Matera é uma empresa especializada no desenvolvimento de nano-materiais e revestimentos com propriedades anti-microbianas para aplicações na área biomédica e ambiental (indústria e outros sectores de actividade). A empresa foi constituída em Janeiro de 2009 por Lino da Silva Ferreira tendo sido um dos primeiros ‘spin-offs’ do Biocant Park, em Cantanhede. Entretanto, a empresa teve o apoio da Beta Capital. A tecnologia apresenta características anti-fúngicas eficazes e duradouras no tempo, ao contrário das soluções disponíveis actualmente no mercado. A título de exemplo, os revestimentos da Matera podem ser usados em próteses e implantes, madeiras, catéteres e ‘pacemakers’.

Soluções para processamento de dados
A Novabase Capital investiu 330 mil euros na FeedZai, 163,37 mil euros dos quais provenientes do Programa Compete, integrado no QREN e com financiamento da União Europeia via FEDER. A FeedZai, liderado Nuno Sebastião, dedica-se ao desenvolvimento de soluções para processamento de grandes volumes de dados em tempo real. Criada no final de 2008 na Universidade de Coimbra, a FeedZai é a primeira ‘spin-off’ do programa Carnegie Mellon University – Portugal, no qual a Novabase participa como parceiro industrial de referência e co-financiador. Em 2009 recebeu o Prémio BES Inovação, e em 2010 o Prémio Europeu “Smart Entrepreneurship Competition 2010”, na categoria de Modelos Digitais.

Empresa usa genoma da mosca da fruta
A Gene PreDiT pretende disponibilizar no mercado nacional testes que prevejam o risco que um indivíduo tem de contrair uma doença (nomeadamente para diversas doenças oncológicas). Os testes consistem em análises genéticas utilizando tecnologias de ponta como micro-arrayse sequenciação de DNA. Uma segunda área de intervenção da empresa prevê a criação de um núcleo de investigação com o objectivo de identificar factores de risco e novos alvos terapêuticos para doenças com elevada incidência. A Gene PreDiT tira partido da semelhança entre o genoma Humano e o genoma de Drosophila melanogaster (mosca da fruta).

Fonte: Económico



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