Inovação: 15 tecnologias à beira da extinção?

Abril 25, 2012 by  
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Um número surpreendente de dispositivos e tecnologias que são normalíssimos hoje em dia está à beira da extinção, segundo o editor-chefe da seção on-line da revista “Laptop”, Avram Piltch.

De acordo com Piltch, seu filho terá tanta familiaridade com algumas das tecnologias habituais quanto os jovens têm com o Betamax, formato de gravação em vídeo, considerado algo que ninguém conseguiria viver sem na década de 1980.

Veja a lista, vislumbrada pelo jornalista norte-americano, das tecnologias que poderão virar peças de museu em um futuro não tão distante:

INTERNET COM FIO

Piltch ficou surpreso com uma colega de trabalho que disse não se lembrar dos tempos antes da internet banda-larga. Em algum momento, seus pais deveriam ter tido internet discada, mas ela era tão jovem que não conseguia se lembrar. Até a internet sem fio estar universalmente disseminada, creio que o filho de Piltch estará com 8 anos, mas ele nunca vai se lembrar de um mundo onde os consumidores pagam por conexões com fio. Já hoje, a tecnologia 4G nos proporciona velocidades boas de conexão, mas os preços ainda são restritivos. Em algum ponto dos próximos anos, as empresas vão compreender que dar antenas a todos é mais barato e prático do que manter redes de cabos de fibra ótica.

Câmeras e filmadoras

As câmeras dos smartphones estão aposentando as câmeras comuns. Ao contrário dos aparatos habituais, os quais carregamos só quando achamos que será necessário, os smartphones estão sempre conosco. Eles oferecem diferentes aplicativos e filtros, que podem melhorar a foto, e permitem que as fotos e os vídeos sejam compartilhados quase que instantaneamente. Mas as câmeras reflex (DSLR, na sigla em inglês) continuarão entre nós por mais alguns anos. Sua qualidade ainda é imbatível.

Telefones fixos

Em 2010, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças americano mostrou que 26% das residências norte-americanas têm apenas telefones celulares. Em 2017, aproximadamente, apenas algumas pessoas apegadas às antiguidades continuarão a ter telefones fixos.

Computadores que demoram para inicializar

Esperar pela inicialização de um computador é uma das grandes frustrações da era dessas máquinas. Mas o filho de Piltch nunca experimentará desse sentimento, pois, segundo especialistas, raramente desligaremos nossos computadores. Ao invés disso, o deixaremos em modo de espera ou o colocaremos para hibernar. O que começa a se popularizar hoje, esse costume será mais que habitual daqui a alguns anos, já que atualizações não necessitarão da reinicialização para serem instaladas. E reiniciar o computador só vai levar alguns segundos, devido à tecnologia SSD.

Sistemas operacionais do Windows

Quando o filho do jornalista norte-americano estiver pronto para ter seu primeiro computador, o Windows terá, muito provavelmente, acabado. O sistema operacional da Microsoft vai continuar existindo, como também o Mac OS X, mas diremos adeus à metáfora da janela, onde cada aplicação que você põe para rodar é mostrada em uma janela que tem título e outros detalhes característicos. A Microsoft já assinalou seu desejo de fazer desse formato passado, optando pelo Metro UI como base.

Discos rígidos

O primeiro computador de nosso personagem foi um TI 99, que utilizava fitas para armazenar dados. Desde então, a tecnologia SSD nos permite acabar com a antiga prática de armazenamento de dados em discos magnéticos giratórios. A tecnologia SSD não só é mais rápida como também mais durável.

Cinemas

Os profetas de plantão, como nosso jornalista em questão, dizem que o cinema vai morrer desde que a primeira TV foi vendida, mas, dessa vez, de acordo com Piltch, isso realmente pode acontecer. Primeiro motivo: as televisões com imagem em alta definição e com imagens em 3D estão ficando mais baratas. E a qualidade dos home theaters não perdem em nada para o cinema. Alguns estúdios têm liberado alguns filmes para serem assistidos em casa, mediante compra, no mesmo dia de suas estreias nos cinemas. Por isso, a tendência parece que vai continuar. Além disso, o custo de ir ao cinema está fora de controle, seja nos EUA ou no Brasil.

O mouse

Dentro de cinco anos, os custos para adicionar telas sensíveis ao toque serão tão pequenos que toda tela, seja de TV ou laptop, terá tal capacidade. Aparelhos mais precisos, os mouses não desaparecerão da noite para o dia, mas passarão a ser um método secundário.

Óculos 3D

Quando os primeiros filmes em 3D foram para as telas dos cinemas na década de 1950, todos eram obrigados a usar aqueles óculos peculiares. Desde então, eles têm se popularizado, de várias maneiras. A LG e a HTC já lançaram fones de ouvido e telas estereoscópicas em 3D que não são tão boas quanto home theaters, mas boas o suficiente para alguma diversão 3D. Dentro de 10 anos, aproximadamente, os aparelhos de TV poderão oferecer experiências em 3D sem os óculos.

Controle remoto

Quando Piltch era criança, a TV de sua família não tinha controle remoto. Eles tinham de levantar do sofá, atravessar a sala e mudar de canal. No futuro, ou usaremos nossos smartphones para isso ou uma combinação de gestos e comandos de voz.

Computadores de mesa

Com exceção de empreendimentos industriais e empresas, os computadores de mesa estarão acabados. Notebooks e laptops já dominam as vendas e essa tendência, bem prática, por sinal, deve continuar indefinidamente.

Números de telefone

O que você prefere: decorar e digitar números ou apenas selecionar um nome e pressionar um único botão? Isso já acontece nos serviços VoIP, como Skype, Google Talk e Facebook. No futuro, não pediremos números de telefone.

Horário nobre na televisão

Antigamente – não tão antigamente assim –, famílias e grupos de amigos se reuniam ao redor da TV, todas as semanas, para assistir episódios de suas séries ou novelas favoritas. Quando as fitas chegaram, era possível gravar os programas e assisti-los a qualquer momento. Hoje em dia, podemos vê-los pela TV ou pela internet, sem precisar sequer gravá-los, podendo assisti-los quando desejarmos.

Fax

Em nossa era dos e-mails, SMS e conexões 4G, só existe um motivo para os faxes existirem: algumas empresas e seus advogados só consideram algumas assinaturas válidas se estiverem em contratos e formulários. Mas novas alternativas podem tirar o fax de nossas mesas, como a impressão digital e as assinaturas digitais.

Discos ópticos (DVD)

A transformação já está ocorrendo a passos largos. Os DVDs estão sendo paulatinamente substituídos pelos Blu-rays.

Fonte: Gizmodo via Hyperscience

Marketing: A rede social é feita ,,. para negócios!

Abril 25, 2012 by  
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Perto de vermos o real valor de mercado do Facebook a partir de seu IPO (oferta de ações), que pode fazer com que a empresa seja avaliada em US$ 100 bilhões, a tendência de utilizar as redes sociais como um canal importante para os negócios tem ganho um peso maior no Brasil. Seja como instrumento de marketing complementar ou mesmo no contato com clientes, ou ainda como forma de prospectar, fidelizar e, porque não, realizar vendas, as redes sociais tendem a ganhar mais peso em 2012.
O próprio uso pessoal no ambiente de trabalho acelerou muito no último ano. Uma pesquisa da IDC, encomendada pela Unisys, mostrou que, no Brasil, 34% dos consultados utilizaram o Facebook para trabalho em 2011, ante 16% dos consultados em 2010 – ou seja, o dobro. Já o Linkedin é usado por 36% dos brasileiros pesquisados, em comparação aos 28% dos entrevistados no ano anterior.
Outro dado interessante, desta vez mundial, é o uso do Twitter – veja no box “Negócios em 140 toques” – no ambiente corporativo. Na comparação entre 2010 e 2011, o uso do microblog aumentou 700%, segundo estudo da Palo Alto Networks – uma empresa norteamericana de segurança de redes.
Não é por acaso, inclusive, que os investimentos em redes sociais chegaram aos US$ 10,3 bilhões no ano passado, com um crescimento de 41,4%, e podem atingir os US$ 14,9 bilhões este ano – algo como mais 44,66%. E as projeções é que cheguem aos US$ 29,1 bilhões em 2015, quase o triplo de 2011. Números do Gartner.
Mas o Brasil passa por diferentes estágios de maturidade de acordo com o que vemos associado às redes sociais. “Em social business – conceito de redes sociais para os negócios que não envolve vendas diretas e foca na colaboração – não estamos atrasados na comparação com o mundo, mas em social commerce o cenário ainda é incipiente. Vemos poucas lojas virtuais, mas existe uma demanda de avaliação forte”, comenta Mario Costa, gerente para soluções de colaboração e social business da IBM Brasil.

S-commerce na prática
Mesmo incipiente, já temos um caso de sucesso em curso. Se não em vendas, pelo menos em adesão de “vendedores”. O Magazine Luiza, com apenas uma semana de operação para o público em geral do projeto Magazine Você, que implica na montagem de lojas virtuais pessoais no Orkut e Facebook, já atingiu a marca de 20 mil lojas.
Inicialmente, no ano passado, o Magazine Você era restrito aos familiares e indicados dos funcionários da companhia. E agora, com a abertura, como informado pela empresa, a meta estipulada de 10 mil lojas no ano foi atingida em dois dias e dobrada em uma semana. “A adesão à plataforma foi muito acima das nossas expectativas”, comentou Frederico Trajano, diretor de vendas e marketing do Magazine Luiza.
A estratégia da empresa ganhou corpo com a integração rápida do público habituado com a marca – a classe C – ao mundo das redes sociais nos últimos 2 anos. E o projeto tem similaridades com o mundo “Avon”, de vendedores independentes associados a uma grande marca. Cada internauta-empreendedor, ou “divulgador”, como a empresa está nomeando, pode personalizar ao máximo a sua loja “social”.
O modelo pede que o “divulgador” monte uma loja com até 60 produtos do portifólio da Luiza. Para os compradores-clientes dessas revendas virtuais sociais o processo termina quando ele chega ao site de e-commerce regular da rede de varejo. O estímulo que levou a 20 mil lojas é simples: o desembolso é zero e a comissão de vendas que, de acordo com o produto, varia de 2,5% até 4,5%, vai direto para a conta dos revendedores.
O lema divulgado pela empresa para seduzir os “divulgadores” é simples e direto: “você sempre ajudou seus amigos a escolher o produto certo e nunca recebeu nada com isso. Agora poderá passar a ganhar”, lembra Trajano. Para fazer parte do time de revendedores, o processo foi simplificado ao máximo. É preciso apenas se cadastrar no site da companhia e instalar um aplicativo, que pode ser para Facebook ou Orkut. A loja virtual então será criada dentro do perfil da pessoa a partir da escolha dos 60 itens. Entrega e cobrança, ficam a cargo e responsabilidade da varejista.

Panorama no Brasil
O Magazine Luiza, no entanto, acaba sendo a honrosa e bem-sucedida exceção em nossas praias. Outro exemplo isolado é o de pequenos empreendedores como pode ser visto na reportagem “Vou de “social táxi”. “É um modelo que ainda precisa ser testado localmente, até porque a experiência não é a mesma do e-commerce tradicional, que já está consolidado. Algumas startups já começaram a montar lojas no Facebook, sei de uns três ou quatro projetos em curso, além da Luiza”, aponta Cristiano Dencker, executivo sênior para a prática de interactive da Accenture.
Para o consultor, a batalha nas redes sociais hoje ainda é pela relevância das marcas no canal. “O problema é que os investimentos no mundo digital exploram pouco a customização da mensagem, o discurso é meio que único ainda para todo mundo. As corporações teriam um poder enorme se soubessem ao máximo quem é o internauta com quem elas estão falando. Ainda vejo muito esforço de “place” e pouco de mensagem”, critica.
No mercado internacional, especialmente nos Estados Unidos, já existem modelos e experiências de social commerce bem evoluídas de acordo com Dencker. Ele cita a varejista Best Buy, com revenda virtual, a telco Verizon, que possui uma loja de serviços no Facebook, e mesmo bancos com agências no canal. “Existem N exemplos de sucesso no mundo, e o foco é explícito em business. Temos feito ainda projetos que visam segmentar o cliente por intenção, seja de compra ou de navegação, visando entender seu comportamento”, completa.
Se o foco em social commerce ainda deixa a desejar no Brasil, já temos vários exemplos interessantes de social business despontando. “E vemos uma demanda maior por empresas médias e grandes, inclusive dentro do objetivo de ampliar a colaboração interna ou mesmo criar comunidades com parceiros externos”, aponta Costa, da IBM.
A alavanca dos projetos de social business vai da melhoria da produtividade até a busca de novas ideias e oportunidades de negócios. “Existe uma demanda forte, e verticais como a indústria financeira têm evoluído muito rápido. Acredito que pelo perfil do business mesmo, com muitos funcionários e sites-agências espalhados fisicamente. Isso favorece, porque é uma demanda de comunicação que o e-mail não resolve”, explica o executivo da IBM.
Para Dencker, da Accenture, existem graus de investimento e evolução díspares dentro das redes sociais: das corporações que divulgam a marca, outras que tentam engajar o consumidor em um produto ou marca – com dinâmicas ligadas aos produtos – chegando até o estágio das que buscam efetivar todo o processo de vendas no canal.
“Nos Estados Unidos, as empresa estão muito fortes no estágio 2, de trabalhar o conhecimento da marca e a consideração do produto. Aqui no Brasil ainda estamos no estágio 1, de presença nas redes”, compara.

Social health
Existem diferentes formas de se relacionar com as redes sociais saindo do componente puro de vendas. O Hospital Samaritano de São Paulo, por exemplo, possui perfis no Facebook, Youtube e Twitter desde março de 2011, e seu objetivo é investir na fidelização de seus pacientes e na promoção de conceitos e melhorias da saúde da comunidade, aproximando cada vez mais a instituição de seus clientes. O início dessas atividades teve como foco a divulgação da inauguração do novo complexo hospitalar em abril de 2011.
Atualmente, no Twitter a instituição possui 19.804 seguidores – número que, de acordo com a equipe do hospital, faz do Samaritano o maior em sua categoria no País. Lançado em março do ano passado, o endereço conquistou no 2º semestre um aumento de 62% na quantidade de seguidores. Já no Facebook, o hospital tem números mais modestos, e conta com 839 fãs. Enquanto no Youtube foram publicados até o momento 61 vídeos, com mais de 21.703 exibições.
O trabalho em redes sociais, no entanto, é realizado desde o início de 2010, quando a instituição começou o monitoramento de algumas delas, a fim de entender as dinâmicas nestas redes e as necessidades de seus pacientes. E, como revela Cristina Collina, assessora de comunicação do Hospital Samaritano, foi feito um benchmarking com o investimento em redes sociais pelos hospitais norteamericanos, depois que ela participou, em 2010, do evento Health Care Public Relations, Marketing & Internal Communications a Social Media Summit, na Mayo Clinic, na Flórida.
As sugestões e dúvidas sobre o hospital, nessas redes, são capturadas e tratadas offline por meio do contato do SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente, quando é possível identificar melhor o cliente. E são feitas diversas ações de fidelização no ambiente de social media, inclusive com sorteio de ingressos de peças teatrais para seus clientes, a partir de um concurso cultural, como o ligado a peça “Conversando com a Mamãe”, no Teatro Folha.

Tudo em casa
O investimento, revela Cristina, foi feito todo internamente. “Conseguimos trabalhar com nossa estrutura e mesmo os vídeos nós fazemos, não é necessário ter uma grande produção neste início. Temos recursos próprios e usamos a nossa agência de assessoria de imprensa, a CDN, como suporte ao conteúdo. Tenho designers e mesmo profissionais que fazem o monitoramento nas redes sociais”, garante.
Ela enfatiza que é preciso sempre nutrir quem está nas redes sociais com informação e conteúdo de alto nível. “É outra mídia, mas é de grande importância para nós. Afinal, a população jovem tem uma grande presença nas redes, e é como podemos propagar a nossa marca. Completamos, no dia 25 de janeiro, o aniversário de 118 anos da instituição e divulgamos uma exposição de fotos nas redes sociais que teve ótima repercussão”, entusiasma-se.
Em compasso de espera para viver uma fase de mudança na governança corporativa, com a possibilidade de entrada de um novo gestor, Cristina revela que a meta é investir ainda mais nas redes sociais. “Talvez com links patrocinados, banners e foco no YouTube, já temos um número expressivo de exibições dos nossos vídeos voltados para educação em saúde. A ideia é seguir interagindo. Como é algo novo, nós e todas as empresas ainda estamos aprendendo a usar esse recurso”, assegura.

Em tempo real
A Nextel investiu no desenvolvimento de uma ferramenta, a “Social Force”, que usa as redes sociais como canal de contato, abordando o público-alvo no momento em que seu produto é citado ou alguém reclama da concorrência. A interação acontece em tempo real nas redes sociais e em blogs, fóruns e comunidades. E traz uma segmentação bem explícita por canal. No Twitter, o perfil @_queronextel dialoga com usuários interessados em trocar de aparelho ou operadora. Já o Facebook recebeu uma fanpage que interage com os amantes da marca, enquanto no Orkut o trabalho é feito por meio de comunidades.
“A partir de 2009, início de 2010, começamos a desenvolver os esforços nas redes sociais de forma mais estruturada. Elas são muito importantes para o nosso marketing. Todas as campanhas e nossa comunicação saem com uma presença nas redes sociais, e sempre com um processo de engajamento. Nunca transladamos uma campanha em outros canais para as redes sociais”, admite Alex Rocco, diretor de comunicação da Nextel.
Um exemplo recente é a campanha trabalhada especificamente para o Facebook, na qual as pessoas podiam customizar o clipe “Essa é a sua vida”, que é vista em outros canais, como na TV.
Na linha da primeira intervenção com uma maior interação “social”, que estimulava que as pessoas cantassem “Lanterna dos Afogados”, o prêmio para o melhor era ganhar uma guitarra de Herbert Vianna, vocalista dos Paralamas. Rocco aponta que as iniciativas têm diferentes objetivos, desde geração de vendas e prospecção de novos assinantes do serviço até estabelecer um maior contato e fidelização com os clientes.
A filosofia da Nextel, recitada por Rocco, é que a empresa pretende “abrir oportunidades de diálogo pertinente, sem interferências no meio, com uma inserção natural e sem ser invasiva, para gerar oportunidades de vendas a partir dos contatos nas redes sociais”.
O executivo revela que não existia um modelo a ser seguido ou mesmo um benchmark que servisse como parâmetro para o investimento da companhia. “Existiam ferramentas de prateleira, mas elas tinham que ser customizadas. Montamos uma ferramenta de searching, de varredura mesmo, com a Sunset, e fomos fazendo ajustes, como a estrutura de resposta. E contratamos o time de pessoas. O crescimento do projeto foi bem orgânico”, admite.

Desenvolvimento contínuo
A escolha da Sunset como parceira foi natural por ser a agência que já atua com a companhia no marketing direto. Mas, ele se apressa em dizer, foi um trabalho feito “a quatro mãos”. “A nossa ideia era ouvir as conversas nas redes, abordar e participar das conversas sem ser algo invasivo ou fora do contexto, daí surgiu o conceito do Social Force”, relembra.
A inteligência inicial da ferramenta era fazer o “radar” da marca nas redes sociais, para depois chegar aos outros passos de interação. A empresa consumiu os doze meses de 2010 com a chamada “curva de experiência” até chegar ao “diálogo”. E ainda existe o aprendizado do time da Nextel para utilizar a ferramenta.
“Contratamos pessoas que tinham facilidade no contexto das redes sociais, acostumadas com o canal, e elas passaram por uma imersão no mundo Nextel, pois respondem pela empresa. Foi melhor do que fazer o caminho inverso, de puxar alguém de dentro da companhia e ensinar social media”, diz.
Como resultados de 2011, a empresa identificou 280 mil menções pertinentes e foram feitas quase 25 mil interações. E os resultados de negócios? Rocco admite que é complicado mensurar, mas ressalta o papel das redes sociais como fonte de informação e de contato da marca com clientes que estão prospectando serviços e buscam novas operadoras ou um serviço específico, ou mesmo aqueles que estão insatisfeitos com o serviço atual.
“E não podemos esquecer das indicações que os clientes fazem para quem se conecta a eles. Temos um fanpage no Facebook e criamos mecanismos de recomendação, no qual o cliente pode indicar pessoas para aumentar sua rede de contatos. Nessa página, abrimos diálogos a partir de questionamentos do tipo: a Nextel existe na minha cidade ou como adquiro?”, enumera Rocco.
Como projeção de continuidade dos investimentos “sociais”, o executivo prevê que a plataforma Social Force vai ganhar escala e o próximo passo é levar o diálogo a todas as plataformas, como a recentemente erigida Google+. E abrir lojas dentro das redes sociais? “Acho que ainda é incipiente e é preciso maturar mais o modelo. A cultura das pessoas permite um projeto com essa característica, porém deve ser pensado com cautela para preservar a marca”, admite.

Ler e escrever
Uma variação do social business, o social-reading – uma nova forma de leitura online, que traz aos leitores de livros digitais experiências no mínimo diferentes – já está disponível no Brasil com a plataforma Submarino Digital Club, que acaba de sair de sua versão beta. Criada pela multinacional Copia, a ação visa estimular a interatividade da tradicional empresa de e-commerce do Grupo B2W com os leitores com foco em aceleração da venda de livros.
O Submarino Digital Club disponibiliza recursos de integração, como inclusão de anotações e compartilhamento de informações entre grupos de discussão, ampliando a interação digital, por meio de conteúdos diversos, como livros em um primeiro momento, e, em breve, pode se estender para revistas, jornais, música, jogos e filmes.
Para Marcelo Gioia, diretor executivo do Copia Brasil, a simplicidade da interface é um dos trunfos, mas não o único. “O futuro do mercado editorial está no poder da colaboração e não basta ser social commerce. Antes de mais nada é preciso entender a cultura local e investir nos interesses dos brasileiros”, completa.
Ainda segundo o executivo, a necessidade da “tropicalização” do social commerce vem do reconhecimento do Brasil como um dos países mais atuantes em mídias sociais. “O brasileiro gosta de se relacionar. Não lhe basta apenas ter acesso aos novos títulos, é preciso comentar, indicar e compartilhar o que está lendo e é isso o que proporcionamos com essa plataforma 100% nacional, criada especialmente para se adequar ao perfil brasileiro”, argumenta.
O projeto junto com o Submarino surgiu de um interesse mútuo. A Copia queria trazer a plataforma de social-reading e o Grupo B2W já buscava algo do gênero, ou seja, existia uma demanda. “Começamos a conversar no final de 2010, negociamos por algo como 5 a 6 meses. O projeto entrou em teste na época da Bienal do Livro em setembro e foi operacionalizado no finalzinho do ano passado”, relembra Gioia.

Crescer, crescer
O serviço, garante – já que a B2W tradicionalmente não fala com a imprensa – tem um crescimento semanal de 100% em cadastrados e existe uma meta de chegar aos 150 mil ou até 170 mil usuários até o final do ano. “Acho essa projeção tímida até, por conta da base de clientes do Submarino que é muito alta. Social commerce será o caminho da evolução dos atuais negócios virtuais”, compara.
Na medida em que acontece a interação pelos canais sociais, com o famoso boca-a-boca, com as recomendações e indicações de livros, as vendas são alavancadas. “É algo poderoso, acreditamos em aumento de duas ou três vezes, até porque o cliente tem a conveniência da compra no mesmo ambiente do Digital Club”, argumenta.
A plataforma disponibiliza um acervo com mais de 2 milhões de títulos em inglês, espanhol e português. E a parceria entre as duas empresas – Copia e B2W – pretende ainda promover, em breve, uma série de estratégias de marketing para ampliar seu público consumidor – estudantes de segundo grau, universitários, doutores e mestres de todas as ciências.
O executivo da Copia revela que é possível pensar em um desdobramento para chegar a outras marcas e produtos dentro do grupo B2W, assim como a outros projetos na web. Entre os diferenciais do Digital Club está ainda a vantagem do download gratuito da plataforma.

Caminho reverso
A Paradigma, especializada em criar sistemas de compras e vendas eletrônicas para os setores públicos e privados, monta websites nos quais os clientes podem se relacionar com os fornecedores em busca do melhor preço. A mais nova plataforma da empresa atua como uma rede social, o portal ClicBusiness. Um espaço compartilhado no qual todas as companhias podem divulgar suas listas de compras – e todos os fornecedores podem responder aos pedidos, criando uma grande comunidade de relacionamento e negócios.
O ClicBusiness iniciou oferecendo aos compradores uma rede de 200 mil fornecedores, já cadastrados nos 45 portais desenvolvidos para clientes específicos. Juntos, esses sistemas movimentam cerca de R$ 1 bilhão por ano, em mais de 100 mil transações. O portal é oferecido dentro do modelo de SaaS, ou software como serviço. Com o formato, as empresas fornecedoras pagam uma taxa mensal de uso, em vez de arcar com os custos de uma licença de software.
“A ideia do ClicBusiness surgiu em 2008, mas não tínhamos maturidade ou tecnologia. No ano seguinte começamos a criar a plataforma, que entrou em operação em março de 2011, e teremos uma nova versão agora. Ele surgiu de uma demanda da própria comunidade de portais que atendemos”, garante Gérson Schmitt, presidente do conselho de administração da Paradigma Business Solution. Na prática, em apenas um console “social”, os representantes das empresas podem ver e interagir com os portais, oferecendo serviços e produtos.
“O conceito do projeto é o mesmo das redes sociais, mas criando uma rede de negócios. Fizemos um caminho reverso. Agora estamos trabalhando para usar de forma direta as ferramentas de redes sociais, porém existe uma dificuldade cultural de usar um Facebook ou Twitter como hub de negócios”, admite Schmitt. E ele revela: “até o final do ano teremos um comunicador com as redes sociais”.
A meta é dobrar os valores de negócios, dos atuais R$ 1 bilhão para R$ 2 bilhões. Mas quando chegar a essa meta? “Vai depender da velocidade de adoção dos participantes de todos os portais com os quais trabalhamos”, pondera.
Mensurar, estudar ações e entender a partir disso a melhor estratégia deveria ser básico para as corporações que estão nas redes sociais. E já existe um bom arsenal de ferramentas para mapear o conhecimento das companhias junto ao canal. “O problema é que enquanto o consumidor é extremamente engajado nas redes sociais, as corporações ainda são amadoras e sofrem com a falta de “patrocínio” interno. E quem investe não cuida da capacitação das pessoas”, alerta Dencker, da Accenture. Seria um misto de conservadorismo com despreocupação e falta de investimento por parte dos gestores.
São várias as possibilidades e caminhos para desenvolver experiências de social commmerce ou social business. Tem para todos os fregueses digitais, diriam alguns. Mas é preciso que tenhamos uma maior massa crítica de projetos para acelerar os negócios virtuais que usam as redes sociais como forma de conexão com seus clientes e prospects.

Negócios em 140 toques
Agora é a vez do Twitter tentar entrar na monetização do seu serviço. A empresa anunciou que pretende remodelar o microblog, começando por 1º de fevereiro, abrindo a possibilidade para que empresas presentes no serviço possam utilizar novos recursos. Um deles: venda de produtos sem sair da plataforma conhecida por limitar as mensagens a 140 toques. Ou ainda ofertar games em suas páginas.
Algumas empresas, como a Coca-Cola, já testaram as ferramentas em dezembro último com a justificativa que poderiam “interagir” melhor com seus atuais e futuros clientes. Eufemismos à parte – porque o Twitter não admite que está criando uma plataforma de negócios? –, as páginas também ganharam um upgrade no visual.

Vou de “social táxi”!
Um caso insólito de uso das redes sociais, pelo menos no atual cenário brasileiro, é o do taxista Fernando Silveira. O baiano de 45 anos possui, simplesmente, cinco celulares, um tablet e um banco de dados – este último fruto de patrocínio. Tudo para alimentar e interagir por meio de seus endereços virtuais, especialmente no Twitter, com os seus clientes.
Ele consegue consultar seu GPS quando está na dúvida sobre um endereço para chegar mais rápido aos clientes. Afinal, por meio das redes sociais, ele recebe chamadas para suas corridas, com o envio de mensagens diretas, em toda a cidade de Salvador.
Por dia, ele chega a fazer cinco corridas que acontecem por meio de interações nas redes sociais. No entanto, depois da primeira conversa pela web, os contatos passam a ser feitos normalmente pelo telefone.
Mas ele não tem do que reclamar. Afinal, 40% de seu faturamento mensal é fruto desse trabalho de social business, e ele já acumula 1,6 mil seguidores no Twitter e outros 150 no Foursquare.

Modo de usar
Além de estar em diversas plataformas e sistemas operacionais, o Copia pode ser utilizado tanto por desktops como PCs e Macs, e nas plataformas Android, Win 7 e, em breve, iOs (iPad, iPod e iPhone). É possível realizar a sincronização automática em qualquer dispositivo móvel – seja ele tablet, notebook, netbook ou smartphone. Dando sequência à leitura exatamente onde o usuário parou de ler, mesmo que em outro dispositivo, além de conseguir importar e exportar arquivos digitais.
Para a pessoa-cliente-leitor, basta estar conectado a uma das redes sociais, e o login do Submarino Digital Club pode até ser o mesmo do Facebook ou de outras redes. A pessoa começa a ler um livro eletrônico e, se ela permitir, aparece o comentário nas redes sociais na página dele – com a opção de alguns comentários automatizados, e tudo de acordo com a permissão do consumidor.

Fonte: Revista TI Inside

Inovação: 10 grandes tendências do sector alimentar em Portugal

Abril 25, 2012 by  
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Carlos Liz, investigador do consumo há mais de 30 anos, resume as 10 grandes tendências do sector alimentar em Portugal. O resultado é contra-corrente. Conheça estas tendências em pormenor.

1. Valorizar o que está próximo

Se há uma tendência de fundo na sociedade portuguesa é a deslocação da maneira de dar importância às coisas do muito grande para o muito pequeno. Complicado? Nem por isso. Quanto maior é a dificuldade em saber ler a realidade, que anda muito depressa, é instável, contraditória e até ameaçadora, mais as pessoas sentem necessidade de valorizar o que está próximo, onde encontram as suas verdades para tomar as decisões do dia-a-dia e sentirem-se equilibradas. Esta deslocação do global para o individual não se traduz em individualismo ou egoísmo, mas sim na necessidade de, perante a incerteza macro, encontrar algumas certezas pessoais e um sentido para a vida. Um bom exemplo é o crescimento do fenómeno dos livros de auto-ajuda. Desenvolver aquilo de depende da nossa própria atitude.

2. Alimentar a vida

Um dos mercados que mais tem crescido à boleia desta tendência é precisamente o alimentar. Porque os consumidores precisam de se alimentar bem para enfrentar este mundo tão competitivo.

E porque têm voz activa sobre os alimentos. Podem não saber discutir um tema filosófico, mas sabem falar sobre o que comem e o que dão de comer. É isto que explica a crescente procura por receitas de culinária e o mediatismo dos chefes de cozinha, que hoje rivaliza com actores, artistas e políticos.

Atentas, algumas indústrias alimentares já começaram a fazer este exercício: a deslocar a forma de ver o consumidor do domínio do racional para o emocional. Para o domínio das coisas que as pessoas mais valorizam, que as deixa mais gratificadas e preenchidas. Onde mais se revelam e relacionam: à volta da comida. Esta verdade antropológica ao longo dos séculos nunca foi tão verdade como agora. O carácter simbólico do alimentar transforma-se num verdadeiro fornecedor de sentido para a vida, muito mais do que sentido para o corpo, para o prazer imediato.

As pessoas contam histórias sobre comida e os seus olhos brilham quando partilham os feitos culinários.

Assim, não é exagerado afirmar que, mais do que o cumprimento das funções físicas, os alimentos estão a cumprir funções espirituais. O alimentar está a pôr-se a jeito para se transformar no tema sobre o qual os consumidores constroem as coisas que são verdadeiramente importantes na vida.

3. Marcas contam histórias

Esta travessia para o domínio do simbólico tem elevadas implicações nas estratégias de marketing das marcas alimentares. Porque significa que as marcas têm se ser construídas em torno desta capacidade de perceber que, quando um consumidor olha para um produto, vê também a história que este traz consigo. A publicidade do azeite Oliveira da Serra é um bom exemplo disso. As peças comerciais transportam os consumidores para os campos agrícolas sem fim à vista do Alentejo, para um lagar perdido no meio do campo de oliveiras, onde chovem azeitonas. São quase peças literárias que enriquecem a forma de ver a vida.

Esta matéria do simbólico está sub-aproveitada pelas marcas. A discussão está regra geral centrada numa agenda que não é a do consumidor. É a agenda dos concorrentes, da saúde, do bem-estar e, por exemplo, de aspectos de controlo sanitário e alimentar que, apesar de serem muito importantes, são dados adquiridos para o consumidor. “Os donos das marcas têm uma espécie de consciência desnecessária e colocam na sua comunicação temas que o consumidor deu por resolvido e o que poderia ser dito em letras pequenas torna-se tópico de comunicação”.

4. Comer no tabuleiro

A vida contemporânea fez nascer uma saudável desordem do tempo e do espaço no consumo alimentar, descreve Carlos Liz. Os consumidores criam os seus próprios ritmos alimentares como, por exemplo, comer de três em três horas, ou comer de tabuleiro à frente de um ecrã de PC, tablet ou telefone, hábitos bem diferentes da ordem anterior com grande focalização e picos ao longo do dia. A nova ordem desordenada torna obsoletas algumas peças de comunicação que mostram famílias reunidas à mesa numa hora que se supõe serem oito da noite em ponto. Não só porque a vida real é cada vez menos assim, como porque é assim sem culpa nem pena. As pessoas criam os seus próprios ritmos alimentares em função do próprio ritmo da sua vida. E não se sentem culpadas. Trata-se de uma desordem espacial porque as pessoas comem onde mais lhes convém (na sala, no quarto ou no escritório) e uma desordem temporal, porque os novos horários não são compatíveis com a ordem antiga. Esta desordem é um aspecto saudável da vida contemporânea e os alimentos têm de saber acompanhá-la.

5. Novas utilizações da comida

Esta desestruturação dos horários e dos locais onde comemos está a trazer para cima da mesa novas utilizações e adaptações da comida. As marcas que ainda fazem os seus produtos à medida da ordem antiga têm de se adaptar à nova realidade. Este desajustamento vê-se nas doses e formatos, nas formas de combinar os alimentos, na conservação dos alimentos e na própria comunicação, “quase moralista”.

As indústrias alimentares precisam de ganhar agilidade, de abrir o espírito, de compreender “este jogo de geometrias variáveis de que é feita a vida das pessoas”, e desenhar alimentos, com certeza saudáveis, mas adaptados à nova realidade.

6. Reutilizar os alimentos

A reutilização dos alimentos é uma tendência desaproveitada em Portugal. Para que os consumidores possam adaptar melhor as refeições ao estilo de vida, os alimentos precisam de ser mais modulares e oferecer meios de conservação que possibilitem a sua reutilização. Como se a refeição fosse uma espécie de puzzle e o cozinheiro pudesse montá-lo a seu bel-prazer, misturando ingredientes a gosto. “A indústria alimentar está mais preocupada com os alimentos do que com as pessoas. Desenha alimentos para pessoas que já não são assim. E isso dá mau resultado porque os consumidores vão encontrando soluções por conta própria. A indústria só consegue produzir valor se perceber o que está a acontecer”.

7. A arte do simbólico

Há uma certa batalha entre o domínio funcional e simbólico dos alimentos. Quanto menos as marcas investirem no seu valor, significado e na densidade emocional dos alimentos, mais ganha a função biológica, simplesmente comer. É isto que distingue as marcas brancas, sobretudo na sua versão inicial, dos produtos de marca. As marcas brancas cumprem o super básico. Um produto de marca oferece valor. As marcas de cerveja são um bom exemplo disso. As duas principais marcas portuguesas dominam porque os consumidores compram a história, o valor, a qualidade e o simbolismo destas marcas.

Quanto mais as empresas se reduzirem ao básico, menos valor terão os produtos e mais barato serão. “A indústria queixa-se de estar a ser ultrapassada pelas marcas da distribuição mas muitas vezes é porque não faz o trabalho de casa”. Nivela a estratégia a partir de parâmetros “pseudo-racionais”, como se os seres humanos fossem exclusivamente racionais e imunes às emoções. Os consumidores estão, sim, mais lúcidos, o que é muito diferente. O racional faz as contas livre de qualquer sentimento. O lúcido incorpora a emoção na decisão, continuando a comprar as marcas que gosta e lhe oferecem valor.

8. Apropriação das coisas

Mais lúcido, o consumidor compra menos automaticamente e com mais sentido. Quer ser personagem da história que um rótulo conta e tirar o máximo partido dos alimentos. Quer que as embalagens exibam o “mode d’emploi”. Que explique não só como se consome o alimento em boas condições mas que ofereça mais, como sugestões de compaginação e dicas e truques que estimulem a imaginação e permitam criações únicas. Saber para que serve e como utilizar é elementar, o consumidor não se importa de saber mais. É no fundo pôr o consumidor a apropriar-se da marca.

Há poucas coisas na vida onde podemos brilhar. A comida é uma delas. E cada vez mais. Com menos dinheiro na carteira, as pessoas trazem a experiência do restaurante para casa. Juntam ingredientes básicos e gourmet para criar algo único que depois querem partilhar com os amigos. As marcas inteligentes não vendem apenas a embalagem mas também a possibilidade de divulgar as criações e partilhá-las com os outros.

9. Comida é design

Os alimentos deixaram de ser meros cumpridores das necessidades básicas. São mesmo em algumas situações verdadeiras peças de design. Jarras, taças e outros objectos de exposição cheios de fruta passaram a fazer parte da decoração do lar. E os pratos são decorados com tal mestria que muitas vezes lembram verdadeiras obras de arte. Esta rentabilização da compra em criação de ambiente multi-sensorial é mais um tópico de comunicação para as marcas.

10. Ser português não chega

Ser português, por si só, não chega para levar à compra de um produto. Nesta altura de crise, o discurso de portugalidade até pode ajudar. Porque os consumidores acreditam que ao comprar português, produtos feitos de acordo com a cultura e hábitos locais, correm menos riscos no processo de decisão. E até porque contribui para a economia do País e criação de postos de trabalho. Mas, se, lado a lado numa prateleira, estiverem dois produtos idênticos, um produzido em Portugal e outro nos estrangeiro, os consumidores são “obrigados” a optar pelo mais barato, a não ser que as marcas portuguesas criem narrativas que perturbem o processo de decisão mais imediato. A campanha “frutologia” da Compal é o exemplo mais recente de como ser português faz toda a diferença para o consumidor.

Fonte: Meios & Publicidade