Incentivos aos centros de inovação

Julho 18, 2006 by  
Filed under Notícias

In Dn 18/07/06

Cada euro de incentivo público às infra-estruturas tecnológicas dá origem a uma produção superior em seis vezes. De acordo com o estudo realizado pela Agência da Inovação (AdI) sobre as infra-estruturas tecnológicas no sistema nacional de inovação, em 2005, os incentivos públicos a projectos totalizaram cerca de dez milhões de euros, tendo esses centros e institutos realizado 62,5 milhões de euros em vendas e prestações de serviço. Isto contabilizando 34 centros tecnológicos, centros de transferência de tecnologia e institutos de novas tecnologias.

Paulo Sá e Cunha, vice-presidente da AdI, que ontem apresentou o estudo, revela que as estruturas tecnológicas são hoje mais equilibradas financeiramente. De acordo com o levantamento da AdI, estas infra-estruturas tiveram, em 2005, lucros de 58 mil euros, depois de um ano de quebra em 2004 para 12 mil euros, o que ficou a dever-se, realçou o mesmo responsável, a atrasos na aprovação de candidaturas a programas de incentivos públicos.

Também em 2001 houve uma quebra, que levou aliás a valores negativos, devido à transição entre quadros comunitários de apoio. Paulo Sá e Cunha salientou que os apoios não são dados de “mão beijada”, garantindo que há critérios quantificados para se atribuir até 75% do projecto. No total dos apoios, a instituição não pode receber mais do que 40% do total de prestação de serviços que realiza.

Castro Guerra, secretário de Estado da Inovação, garantiu que os “modelos de financiamento em alguns casos estão mal definidos, pois não são sustentáveis no longo prazo”. O governante também questionou o modelo de governação, assegurando que “é preciso profissionalismo, rigor, gestão, responsabildade”. Por fim, criticou a actuação destas instituições isoladamente sem se constituírem redes de inovação. Para Castro Guerra não existem, no entanto, instituições em excesso. Na mesma óptica, Paulo Sá e Cunha salientou ao DN que “se não se pensar no sistema como um todo, num modelo de financiamento, no papel do Estado, no networking (trabalho em rede), pode haver excesso e as instituições que estão criadas podem não cumprir o seu papel”.

Do debate que decorreu na apresentação do estudo, ficou patente a necessidade de se clarificar os conceitos existentes de infra-estruturas tecnológicas e encontrar enquadramento para elas. Apenas os centros tecnológicos têm um diploma regulamentar. Os laboratórios do Estado foram tema “quente”, nomeadamente a possível extinção do INETI, num momento em que está em discussão pública a reforma destas instituições por parte do Governo.

Nota do G/M: Os estudos internacionais indicam claramente que os países com maior riqueza são os que apresentam população mais qualificada e que apostam mais em Investigação e Desenvolvimento. O caminho é conhecido, mas demorado. Como tal, quanto mais nos esforçarmos em trilhar esse trajecto, mais rapidamente poderemos alcançar um futuro melhor.

Cliente único, Organização única

Por Bruno Silva

Analisando as recentes tendências de mercado facilmente se pode constatar a existência de uma luta entre as organizações pela conquista, retenção e fidelização dos clientes. Se há alguns anos a tónica centrava-se no “hard-selling” e na orientação para o negócio, agora surge a venda de relação e a orientação para o cliente. “Podem ter o carro que quiserem, desde que seja preto”. A célebre frase de Henry Ford era o expoente máximo de uma filosofia de mercado que tento acreditar não existir mais nas organizações nacionais. Devo afirmar também que quanto mais analiso as estratégias de marketing da maioria das organizações portuguesas, na sua maioria pme´s, rapidamente me convenço que será difícil acreditar na reorientação existencial dessas mesmas organizações nacionais.

A orientação para os clientes terá de ser acima de tudo uma filosofia, uma forma de estar, assente numa visão partilhada por todos os membros de uma organização, com vista ao fortalecimento dos relacionamentos estabelecidos com o seu meio externo, em particular e principalmente com os seus clientes, razão de ser da existência dessa mesma organização.

Acontece que para uma organização estar orientada para os clientes torna-se premente o conhecimento destes, de forma a se poder oferecer propostas que os mesmos considerem ser de valor, de forma a iniciar ou a prolongar a relação comercial existente entre ambos. Contudo todos os clientes são únicos, sofreram influências diferentes, vivem em contextos próprios, sentem necessidades únicas e específicas, têm ideais de vida e aspirações particulares, e atendendo a esta multiplicidade de diferenças as organizações sentem maior necessidade de personalizar a relação com cada cliente. É o ascender do Marketing One-to-One.

Se até há bem pouco tempo esta expressão era considerada como um idealismo difícil de ser alcançado, as novas tecnologias de informação vieram confirmar que afinal esse idealismo está bem mais próximo do que se julgava. Através das tecnologias de Crm (Customer relationship management) e do web-marketing, é possivel caracterizar o cliente, podendo as organizações tomar consciência das suas especificidades.

Don Peppers, o guru do Marketing One-to-One, desenvolveu o modelo IDIP que permite entender de que forma poderá ser desenvolvida a relação personalizada com cada cliente. Em 1º lugar é fundamental Identificar o cliente, com o maior detalhe possível, sendo possível reconhece-lo em todos os pontos de contacto com a organização. Em 2º lugar a Diferenciação é essencial podendo ser desenvolvida uma categorização dos clientes pelas suas diferentes necessidades, preparando-se para os tratar de forma diferente. Em 3º lugar é importante Interagir com o cliente de forma a fortalecer o relacionamento, tendo em conta o historial entre ambos. Por último, torna-se imprescindível Personalizar alguns aspectos da proposta de valor a oferecer aos clientes, de forma a melhor atender às suas necessidades.

Adoptando esta filosofia será possível a qualquer organização personalizar em massa os produtos / serviços a disponibilizar, a forma como são entregues, a forma como o “call center” responde aos telefonemas dos clientes, ou por exemplo, a forma como o site se apresenta aos clientes. Neste cenário a lógica do lucro dá origem à lógica do “life time value”, onde a manutenção e reforço da ligação entre organização e cliente é fundamental.

Actualmente assiste-se a diversos exemplos desta filosofia, como por exemplo o sector automóvel que permite a customização dos automóveis, a Nike que disponibiliza a possibilidade de os clientes personalizarem as suas sapatilhas, multiplicando-se os casos de organizações, mesmo as de grande consumo, que se esforçam por olhar os clientes como sendo únicos. Se a tónica anterior era a de “empurrar” o produto ao cliente, actualmente o objectivo é o de levar o cliente a “desejar” a oferta disponibilizada pela organização, pondo em prática o ciclo do feedback do cliente, “Eu conheço-te e lembro-me de ti. Diz-me o que queres. Eu faço-o por ti”.

Sobre o Autor

Bruno Silva

Bruno Silva

—> Perfil de Bruno Silva no Facebook
—> Perfil de Bruno Silva no LinkedIn

# Coach, Consultor e Formador nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo, desde 2009 na InnovMark, colaborando também com Instituições de Ensino Superior, Entidades de Consultoria e de Formação profissional, Associações Empresariais, onde se incluem projectos geridos pela AEP, IAPMEI, IEFP, CIG, etc.

# Speaker / Orador, desde 2009, com mais de 100 presenças nos principais Congressos, Seminários, Workshops e Conferências nacionais e Feiras de Negócios nas áreas da Inovação, Marketing e Empreendedorismo.

# Fundador e Community Manager, desde 2006, do Portal Inovação & Marketing, que conta actualmente com mais de 70.000 Subscritores, considerando todos os formatos de subscrição, sendo um dos maiores projectos deste género em Portugal.

# Fundador e Community Manager, desde 2013, do “Dish Mob Portugal” que promove o espírito “Dish Mob”, e que está a transformar-se num dos principais movimentos nacionais de promoção do networking e aceleração de ideias nas áreas da inovação e do empreendedorismo.

– Licenciatura em Gestão pela Universidade do Minho.
– Pós-Graduação em Marketing pelo IPAM – Marketing School.
– Pós-Graduação em Gestão da Tecnologia, Inovação e Conhecimento pela Universidade de Aveiro
– Curso de Especialização em Empreendedorismo de Base Tecnológica pela Universidade de Aveiro
– Formações Profissionais em Vendas, Excelência Pessoal, Inteligência Emocional e Criatividade, Gestão do Stress, Organização de Eventos, Comunicação em Público, E-Business para PME´s, e também Pedagógica de Formador.

Portugal, país, marca e destino

Julho 17, 2006 by  
Filed under Notícias

Por Henrique Veiga

In Dn 17/07/06

A promoção de um país como uma marca corresponde a uma série muito complexa de relações, de dependências e de interdependências. É necessário enquadrar, dar eco e perceber de que forma, o país, a marca, pode ser influenciada ou influenciar uma realidade em que todos participam ou que querem participar. Senão numa perspectiva colectiva, individual. Refiro-me a organismos do Estado, câmaras de comércio, regiões, cidades, municípios, associações, empresas e indivíduos.

A promoção tem de atingir diversos públicos, desde homens de negócios, a turistas em lazer, cidadãos indiferenciados, jornalistas, analistas, agentes de viagens, tour operators e organizadores de eventos. Tem de declinar vários aspectos, desde as praias, a cultura, a gastronomia, a arquitectura, os eventos e a segurança. Tem de entrar em linha de conta com várias realidades como a situação económica do país, os fenómenos demográficos, os montantes disponíveis para investimento, etc…

Poucas Marcas comerciais serão tão complexas como estas.

O estabelecimento e o alinhamento desta tremenda rede de conceitos, interpretações, interlocutores e organismos com maturidades cronológicas necessariamente diferentes têm de ser realizados num timing que, muitas vezes e na maioria dos casos, não permite a coerência para que se possa criar a marca.

A preocupação é que todo este processo tem de ocorrer no mesmo timing em que outros países/destinos estão a realizar o mesmo. O que significa concorrência e necessidade de eficácia.

Curioso é perceber que no top 10 mundial países/destinos/marcas encontramos uma diversidade geográfica, desde a Europa à América do Norte, Ásia e África. Encontramos diferentes dimensões de países, desde os Estados Unidos até às Maldivas, Fiji e Bahamas. Em todos os países/destinos/marcas encontramos o mesmo denominador, “experiências” com a mesma matriz : história/família/praias/relax.

Quando se discutem as nossas campanhas de promoção no que respeita a quem e como as concebemos, quem e como as implementamos, com que meios e a sua real eficácia, questionamos exactamente os meios que colocamos à sua disposição. Invariavelmente, concluímos que não são suficientes. Mas será interessante investigar a razão por que e como um país/destino/marca, como as Maldivas ou as Fiji, consegue com recursos minúsculos, se comparados com os recursos dos Estados Unidos ou qualquer outro país de grande dimensão, estar no top 10 mundial.

Talvez não sejam os meios o elemento diferenciador. Talvez o que seja determinante seja a forma e o conteúdo. Produto focalizado, consistência de comunicação, persistência de comunicação e poucos decisores. Mas não só.

Para além destes, considero existir um outro elemento que é crucial : o cumprimento da promessa. O cumprir a expectativa do visitante em todos os aspectos, sejam eles físicos ou de serviço, é na minha opinião a chave do sucesso. A capacidade de propagação pelo word of mouth, normalmente traduz: este país/destino/marca cumpriu a promessa que me fez. E essa capacidade é de uma eficácia contundente.

Nota do G/M: Não só as nossas empresas deverão criar marcas valorizadas pelos clientes, como também deveremos potenciar a Marca Portugal!

Comprar em lojas virtuais

Julho 10, 2006 by  
Filed under Notícias

In Dn 10/07/06

Segurança e rapidez são as palavras-chave para os adeptos das compras virtuais. Partindo desse princípio, o Google lançou a ferramenta Google Checkout, que permite fazer compras em diversas lojas online sem obrigar o cliente a introduzir o e-mail e o número do cartão de crédito em cada transacção. A partir do momento em que o consumidor entra no sistema, pode comprar produtos e serviços nos sites que aderirem ao serviço. Para já, o sistema alternativo ao PayPal e ao Passport da Microsoft apenas está disponível nos Estados Unidos, mas já tem uma série de lojas associadas.

A partir de agora todos os sites, e em especial os dedicados ao comércio, podem aderir ao serviço integrando o Google Checkout como uma forma de pagamento alternativa ao uso do cartão de crédito. Para aderir, as empresas têm de pagar 2% do valor de transacção ao Google e os utilizadores da solução de checkout do Citibank irão receber 5 dólares ou 1000 pontos se se juntarem a esta solução. Os consumidores são os principais beneficiados. Para utilizarem o sistema, apenas têm de ter uma conta do Google, introduzir os dados do cartão de crédito, o nome de utilizador e uma password. A partir daí, negociar é simples, bastando apenas um clique.

O processo é seguro e os dados do utilizador nunca são revelados aos comerciantes aderentes. Por isso, é praticamente impossível receber spam no seu e-mail. O Google garantiu ainda o reembolso, caso se concretizem transacções não autorizadas.

Os clientes do serviço AdWords, que permite criar anúncios e escolher palavras-chave para atingir um determinado público-alvo, podem processar compras gratuitamente até um valor dez vezes superior aos seus gastos no Adwords. Além disso, será acoplado um ícone aos seus anúncios, de modo a que os compradores fiquem a saber que podem utilizar o serviço Google Checkout. C http:\\checkout.google.com

Nota do G/M: O mercado já não é apenas local, regional ou nacional. O Mercado é global. Apenas com um site é possivel comunicar e transaccionar bens para qualquer parte da “aldeia global”, sendo necessário apostar-se nas TIC´s.

Agência da Inovação

Julho 10, 2006 by  
Filed under Notícias

Missão e objectivos :

Promover a inovação e o desenvolvimento tecnológico facilitando o aprofundamento das relações entre o mundo da investigação e o tecido empresarial português é o objectivo central da Agência de Inovação.

A Agência de Inovação, S.A. (Adi) tem o seu capital subscrito em partes iguais pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, através da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia (50%), e pelo Ministério da Economia e da Inovação, através do IAPMEI (17%) e da PME – Investimentos (33%).

Trabalhando em rede com vários departamentos da Administração, centros tecnológicos, associações empresariais e outros actores do sistema de C&T, em território nacional, a AdI prossegue também uma política de incentivo à cooperação internacional, actuando como ponte para a União Europeia, Ásia, América Latina e diversas organizações de I&D internacionais.

Adi – Agência de Inovação

« Página anteriorPágina seguinte »