Marketing: Evolução da Distribuição

Abril 1, 2010 by  
Filed under Notícias

Lidl, Minipreço e Dia perderam clientes para supermercados. Os hipers também perderam mercado. Mas lojas como Pingo Doce e Modelo reforçaram a sua quota.

Num ano de recessão como o de 2009, as cadeias de ‘discount’ como Lidl, Minipreço ou Dia viram as suas quotas de mercado caírem 1,2%. Os supermercados, como os Modelo e os Pingo Doce, afirmaram-se como o único formato de retalho que cresceu no último ano, com uma subida de 4,2% para os 43,8% de quota de mercado.

Segundo Luis Vicente Dias, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) – que apresentou ontem o primeiro barómetro de vendas em Portugal – este facto deve-se ao reposicionamento de várias empresas de distribuição como a Jerónimo Martins, que decidiu apostar nos supermercados Pingo Doce. Mas há outras razões, como o ajustamento das empresas às limitações de aberturas aos domingos à tarde para os hipermercados, estando a apostar em espaços comerciais com menos de 2.000 metros quadrados. Além disso, “o factor de proximidade é muito valorizado, quer pela comodidade, quer pela poupança de combustível”, afirmou Vicente Dias.

Portugueses vão menos vezes mas gastam mais

A maior queda de quota de mercado foi sentida pelos hipermercados, que passaram de 26,1% em 2008 para os 24,4% no ano passado, uma descida de 1,7% na procura dos portugueses. No entanto, esta predominância dos supermercados em detrimento dos grandes formatos é uma tendência que se tem sentido nos últimos anos.

Segundo o barómetro de vendas da distribuição portuguesa apresentado pela APED, os consumidores foram menos vezes às compras e gastaram mais em cada ida ao supermercado. No entanto, o aumento do gasto por acto de compra (1,7%) foi inferior à queda do preço médio dos produtos (menos 3,5%) devido à deflação de preços vivida no ano passado.

No ano passado, as vendas dos bens alimentares cresceram 1% e as de bens não alimentares caíram 4%. O presidente da APED explica estes números pelo facto de “os produtos alimentares terem uma elasticidade reduzida, o que faz com que o sector alimentar não tenha sentido reflexos da crise”, explicou.

Nos produtos não alimentares, os únicos que cresceram foram os bens de entretenimento e os medicamentos não sujeitos a receitas médicas, que registaram um crescimento de 8% no total de farmácias, parafarmácias e áreas de saúde da grande distribuição.

A electrónica de consumo caiu 9%, sendo mais acentuada na informática (menos 17%) e nas telecomunicações (menos 12%). No entanto, a venda de televisores LCD e ‘smartphones’ (telemóveis inteligentes) cresceram 12% e 57% respectivamente, contrariando a explicação de adiamento de decisão de compra de produtos de consumo para manter o nível de vida nos bens alimentares.

Fonte: Económico



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