Marketing: Mídias sociais geram nova cultura entre usuários e empresas

Fevereiro 16, 2011 by  
Filed under Notícias

O que é esse fenômeno das mídias sociais? O que elas realmente agregam para empresas e usuários?

Começou ontem o Social Media Week (SMWSP), evento de mídias sociais que acontece simultaneamente em nove cidades no mundo. No Brasil a série de discussões sobre os rumos das redes acontece na FAAP, em São Paulo. Presente nos eventos mais relevantes de empreendedorismo, tecnologia e inovação, o Pensando Grande acompanhou o primeiro dia do Social Media Week que trouxe temas como poder do usuário, papel social das mídias, relevância de temas e gestão de marcas em tempo de redes sociais.

Assim como religião e futebol, a gestão de marcas feitas por empresas e agências sempre será um assunto polêmico. Para discutir o tema alguns executivos de comunicação do mercado estiveram presentes no SMWSP e trouxeram importantes questões para a roda: cases interessantes, consumidor X empresa, marketing e reclamações pelas redes.

Marcelo Trípoli, executivo da agência iThink, abriu a palestra comentando o caso Gap. No ano passado a tradicional marca de roupa reestruturou seu logo que representava a marca há mais de 20 anos. Esse “passo rumo à expressão mais moderna” não agradou os clientes que utilizaram as redes sociais para manifestar o descontentamento coletivo. A marca então voltou atrás e retornou ao logo antigo. Segundo Marcelo essa atitude foi louvável pois a empresa teve mente aberta para ouvir os consumidores: “Atitudes assim são legais, mas podem ser evitadas. Se a Gap tivesse incluído os consumidores desde o início da reestruturação, principalmente os que tem relação emocional com a marca, certamente a reação seria outra. É preciso entender que quanto antes a marca incluir o cliente, melhor”, comenta Marcelo.

Para o executivo da Pepsico, Edmar Bulla, a marca é patrimônio dos consumidores e funciona como um código cultural. O que antes era um monólogo das empresas para os clientes agora é um monólogo do consumidor para a marca. “Relaxem empresas! Foi-se o tempo em que vocês controlavam e regiam o gosto dos clientes. Agora eles são mais expressivos e emitem a opinião na hora. Tem uma questão que é vital: não é gestão de marca e sim gestão de cultura”, afirma Edmar que também classificou os presidentes das empresas como “maestros” diante da orquestra que formam os consumidores: “mas deve ser uma maestro afinado”.

Outro ponto importante da discussão foi levantado pelo executivo da Thymus Branding, Ricardo Guimarães. Para ele a empresa é uma pirâmide e exerce a filosofia de comando. O topo da pirâmide deve interagir com a base, criando um fluxo de informações constante. “Você começa a olhar a empresa como um sistema aberto, um organismo vivo interagindo com a sociedade. Na verdade estamos o tempo todo interagindo e nesse movimento a empresa tem que capacidade de aprender a se adaptar. Quando mais cedo você percebe a mudança de cenário, mais você deixa de ser um coadjuvante e se torna protagonista”, afirma Ricardo. O executivo também diz que as empresas estão iludidas pensando que tem controle da informação, mas que na verdade a informação está fluindo a todo tempo.

Edmar Bulla fechou a conversa com uma frase de grande incentivo, principalmente para as pequenas e médias empresas: “Sempre os menores microrganismos foram mais resistentes. Vemos muitas companhias de grande porte que patinam ao implementar algo ultrapassado. O que importa nisso tudo é não ter medo de fazer algo novo e de inovar, ser honesto consigo e com os clientes e de saber que o erro aprimora qualquer trabalho.”

Fonte: Administradores



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