Inovação: Cientistas produzem antimatéria em laboratório

Abril 28, 2011 by  
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Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) utilizou núcleos de átomos de hélio-4 – as chamadas partículas alfa – para demonstrar que os átomos têm sua carga positiva concentrada num pequeno núcleo. A descoberta foi o pontapé inicial da física nuclear.

Exatos 100 anos depois da criação do modelo atômico de Rutherford, um grupo internacional de cientistas, com participação brasileira, descreve pela primeira vez a observação e medição de antipartículas de núcleos de hélio-4. Trata-se da antimatéria mais pesada já produzida e medida em um laboratório.

De acordo com os autores, a detecção tem consequências importantes para a futura observação de antimatéria no Universo. Segundo eles, o estudo sobre as antipartículas é fundamental para o avanço do conhecimento em aspectos fundamentais da física nuclear, da astrofísica e da cosmologia.

O experimento, realizado pela Colaboração Star – que reúne 584 cientistas de 54 instituições em 12 países diferentes –, foi produzido no Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC, na sigla em inglês), localizado nos Estados Unidos. Os resultados foram publicados neste domingo (24/4) na seção Letters da revista Nature.

Os coautores brasileiros são Alexandre Suaide, Alejandro Szanto Toledo e Marcelo Munhoz, todos professores do Departamento de Física Nuclear do Instituto de Física (IF) da Universidade de São Paulo (USP); Jun Takahashi, professor do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); e seus orientandos de doutorado Rafael Derradi de Souza e Geraldo Vasconcelos.

Com a participação do mesmo grupo, o experimento já havia rendido, há um ano, a primeira evidência experimental de um anti-hipernúcleo. Isto é, os cientistas haviam obtido um núcleo que não faz parte da tabela periódica. O estudo foi publicado em março de 2010 na revista Science.

De acordo com Suaide, no trabalho de 2010, as antipartículas foram submetidas à coalescência – um processo análogo à condensação –, agregando dois antinêutrons e um antipróton, formando um antitrítio – isto é, um núcleo de antimatéria correspondente ao do átomo de trítio –, o isótopo do hidrogênio que possui dois nêutrons e um próton. No trabalho atual, os pesquisadores conseguiram produzir um anti-hélio, com dois antiprótons e dois antinêutrons.

“Observando pela primeira vez o anti-hélio – uma partícula alfa de antimatéria –, demos mais um passo em direção à construção de uma nova tabela periódica. Tratava-se de uma tarefa difícil, porque a possibilidade de haver coalescência decresce à medida que aumenta a complexidade do antinúcleo”, disse Suaide.

No experimento Star, segundo o cientista, foram realizadas colisões de núcleos de átomos de ouro em velocidade próxima à da luz, em temperatura altíssima, criando uma densidade de energia semelhante à que existiu alguns microssegundos após o Big Bang. Tanto no laboratório como no início do Universo, as colisões resultam na formação de uma quantidade equivalente de matéria e antimatéria.

“Teoricamente, acreditamos que o Big Bang surgiu de uma grande concentração de energia numa singularidade. A partir de modelos teóricos, concluímos que esse processo deve ter produzido muita antimatéria. No entanto, quando olhamos o Universo quase não encontramos a antimatéria. O experimento poderá ajudar a entender o que aconteceu nesses instantes iniciais”, disse Suaide.

Para detectar as antipartículas, os cientistas utilizam detectores sofisticados – o maior deles tem 10 metros de largura por 15 metros de comprimento – que medem a trajetória das partículas e, a partir dela, tenta identificar o tipo de partícula observada. O armazenamento e a análise da imensa quantidade de dados produzida, segundo Suaide, exigem o envolvimento de dezenas de instituições em todo o mundo e uma poderosa infraestrutura computacional.

“Produzimos, no experimento, um número de colisões de núcleos de ouro da ordem de 1 bilhão. Cada uma delas produz milhares de partículas diferentes. De todos esses trilhões de partículas, conseguimos encontrar 18 núcleos de anti-hélio. A dificuldade envolvida na tarefa explica por que as partículas antialfa jamais haviam sido observadas, embora a partícula alfa já tenha sido identificada há um século”, disse.

A partir dos estudos sobre as antipartículas em laboratórios, segundo Suaide, os cientistas buscam as condições necessárias para a observação futura da antimatéria no cosmos. “Esses estudos nos ajudam a saber o que se espera observar. Ao medir o anti-hélio 4, também contribuímos para que os cosmólogos façam previsões sobre como e onde procurar a antimatéria”, explicou.

Suaide conta que o grupo brasileiro faz parte do experimento Star há 15 anos e desempenhou um papel importante no desenvolvimento e na construção dos detectores principais. “Os pesquisadores do Brasil tiveram uma participação ativa no experimento, participando intensamente da coordenação dos subgrupos nos quais se dividem os trabalhos. Neste último trabalho, participamos diretamente da revisão do artigo”, afirmou.

Fonte: Exame

Marketing: Porsche cria carro “Facebook”

Abril 28, 2011 by  
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Porsche cria carro para comemorar a marca de mais de um milhão de fãs em sua página no Facebook. Cerca de 27 mil fãs da marca na rede social tiveram seus nomes pintados na lataria da edição especial do 911 GT3 R Hybrid. O carro pode ser encontrado no New York Auto Show e depois irá para o museu da empresa em Stuttgart, na Alemanha.

Fonte: Época Negócios

Marketing: Portugal é excelente plataforma para entrar nos países de expressão portuguesa

Abril 28, 2011 by  
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Entrevista a Joanna Kuenssberg O’Sullivan

Depois do vinho e da cortiça são nomes como os de José Mourinho, Cristiano Ronaldo ou o novo CEO do banco Lloyds, Horta Osório, que têm favorecido a imagem de Portugal em terras de Sua Majestade.

Os números provam o bom relacionamento comercial entre o Reino Unido e Portugal. As exportações portuguesas aumentaram cerca de 23% no último ano.

Qual a imagem que Portugal tem no Reino Unido enquanto país exportador?
Longe vão os dias em que Portugal era visto pela opinião pública apenas como um exportador de vinho do Porto e cortiça. O facto de existirem algumas personalidades portuguesas lá fora, como José Mourinho, Cristiano Ronaldo ou o novo CEO do banco Lloyds, Horta Osório, ajuda a mudar a imagem de Portugal também a nível financeiro. E em Londres os projectos portugueses que têm chegado são novos e interessantes, funcionando como ‘plataforma’ de divulgação das empresas portuguesas.

Como se pode classificar o relacionamento dos dois países no que se refere a trocas comerciais?
As relações comerciais entre os dois países mantêm-se muito saudáveis, tendo em consideração o período de crise económica e financeira que atravessamos. Portugal é o 11º mercado para as exportações do Reino Unido a nível europeu e o trigésimo em termos mundiais, representando vendas de bens e serviços na ordem de 1.7 mil milhões de libras em 2010.

A crise teve impacto no peso do Reino Unido para as exportações de Portugal?
Mesmo numa situação de crise económica, as exportações do Reino Unido para Portugal aumentaram cerca de 18% e as exportações portuguesas também aumentaram, cerca de 23% no último ano. Estes dados ajudam a consolidar uma percepção que temos de uma forma directa quando contactamos directamente com as empresas e os seus projectos. E este facto foi referido com muito ênfase pela Sua Alteza Real o Príncipe Carlos quando se dirigiu a cerca de 200 empresários durante a sua visita a Portugal, ao afirmar que pôde constatar, durante a sua visita, o grau de inovação e os investimentos que as empresas portuguesas e britânicas, muitas vezes trabalhando em conjunto (como o projecto InnovCity em que estão envolvidas entre outras a EDP e a Logica), têm desenvolvido em ambos os mercados.

Já há sectores que se destacam?
Existe uma forte colaboração entre Portugal e o Reino Unido nas áreas das energias renováveis, tecnologias de Informação e comunicação, transportes, segurança, saúde, entre outros. Consideramos também Portugal como uma excelente plataforma para entrar nos países de expressão de língua portuguesa, como Angola, Brasil entre outros.

E quais as empresas portuguesas que já dão cartas no mercado britânico?
Existem neste momento cerca de 80 investidores portugueses no Reino Unido entre os quais a EDP, a RAR (Vitacress), Grupo Sonae, Logoplaste, grupo BES, grupo Pestana, e muitas outras empresas, com destaque para um número crescente de tecnológicas, saúde e microgeração energética.

Quais as medidas que poderiam ser implementadas para impulsionar o crescimento das empresas portuguesas no Reino Unido?
O Reino Unido é o mercado da Europa mais aberto em termos fiscais e o novo orçamento do país prevê a redução da tributação para as empresas que querem investir no Reino Unido. O departamento ‘UK Trade & Investment’ da embaixada, cá em Portugal, é uma das equipas mais fortes e dinâmicas da rede internacional do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que apoia as empresas que investem no Reino Unido. Com o evento UKTI Business Awards, este ano na IV edição, pretendemos reconhecer e agradecer aos empresários portugueses.

Fonte: Económico

Marketing: A Apple já fatura mais que a Nokia com smartphones

Abril 28, 2011 by  
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Nokia ainda é a maior fornecedora de smarpthones em volume de vendas, mas perdeu o posto de líder em receita para a Apple no primeiro trimestre deste ano. Segundo levantamento da consultoria Strategy Analytics, a companhia finlandesa vendeu 108,5 milhões de smarpthones, que tiveram receita de US$ 9,4 bilhões, enquanto a Apple vendeu 18,6 milhões de aparelhos, que alcançaram receita de US$ 11,9 bilhões.

Segundo o analista da Strategy Analytics, Neil Mawston, o movimento ocorreu por conta do maior preço médio dos aparelhos da Apple, que também contam com ecossistemas de hardware, software e serviços completamente “proprietários”. Enquanto um smarpthone da empresa americana custa, em média, US$ 638, um aparelho da Nokia custa, em média, US$ 87.

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a Apple registrou maior crescimento, tanto em volume de vendas quanto na receita de sua divisão de aparelhos móveis, do que a Nokia. Ao passo que a fabricante de eletrônicos viu o número de dispositivos vendidos saltar de 8,8 milhões para 18,6 milhões entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, o volume de vendas da companhia finlandesa cresceu apenas 0,6%, de 107,8 milhões para 108,5 milhões.

A receita da divisão da Apple também cresceu mais de duas vezes do ano passado para este, saindo de US$ 5,3 bilhões para US$ 11,9 bilhões. As vendas da Nokia para o setor saíram de US$ 8,9 bilhões e foram para US$ 9,4 bilhões, alta de 5,6%.

Fonte: Exame

Marketing: Marcas de automóveis de luxo encontram oportunidade de ouro no mercado chinês

Abril 28, 2011 by  
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Os carros de luxo começaram a sua época de ouro na China, o mercado que mais cresce no mundo, segundo os maiores fabricantes que participaram no salão automóvel de Xangai, alguns com encomendas superiores à capacidade de produção.

O director Executivo da Rolls Royce, Torsten Muller-Otvos, não esquece um episódio do salão de 2010 em Pequim, quando um cliente chinês surgiu entre os visitantes do seu stand carregando uma grande mala.

Abriu-a e Muller-Otvos disse que viu “milhões de renminbi”, usando o nome oficial do yuan, moeda chinesa. “Realmente, era inacreditável, ele comprou um Phanton”, modelo top de luxo da marca, que pela primeira vez lançou em estreia mundial um novo modelo na Ásia.

Nenhum saco de notas apareceu durante o salão automóvel de Xangai, que agora terminou, mas o negócio está em crescendo num momento em que a China se tornou o mercado que mais cresce, a nível mundial, para carros de luxo.

A Rolls Royce vendeu, mesmo antes do salão abrir ao público, dois Phantom, com o preço base de 9 milhões de yuans, ou 990 mil euros, e quatro modelos Ghost, por 5,1 milhões de yuans, ou 560 mil euros cada, apesar de um imposto de 145 por cento sobre os veículos importados.

A China superou no ano passado a Grã-Bretanha ocupando o segundo lugar no ranking de vendas da Rolls Royce, atrás dos Estados Unidos.

As vendas totais de carros de luxo na China devem aumentar este ano, para 909.900 unidades, contra 727.200 o ano passado, segundo previsões da IHS Automotive, que acredita que possam chegar a 1,6 milhões em 2015.

Esse crescimento reflecte a explosão de riqueza na economia mundial, segundo o qual tem 115 bilionários, segundo a revista Forbes.

“Há cidades com mais milionários na China do que na Europa agora”, disse à France Press Matthew Bennett, diretor para a Ásia-Pacífico da marca de luxo Aston Martin.

A Ásia é o mercado de maior crescimento para a Aston Martin, e a China ultrapassou o Japão para se tornar o principal mercado para a marca britânica naquela região, com mais de 100 veículos vendidos, número que Bennett espera dobrar em 2011.

A italiana Lamborghini acredita que a China também se vai tornar o seu maior mercado este ano.

China está a gerar ordens de compra mais rápido do que as marcas conseguem produzir alguns modelos e os clientes que vivem em Xangai foram informados que deveriam esperar até 2012 pelas entregas, segundo o China Business News.

Fonte: Económico

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