Inovação: Estudo aponta 19 medidas para promover TICE nacionais
Julho 26, 2011 by Inovação & Marketing
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Foi divulgado um estudo que analisa e projecta oportunidades para as indústrias portuguesas das Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica (TICE). O documento faz um diagnóstico do sector e compara dados nacionais e internacionais, alinhando 19 recomendações estratégicas.
Aumentar os incentivos fiscais para as empresas que investem em inovação ou internacionalização é uma das sugestões dos autores do estudo. Na mesma linha, o documento defende um reforço dos instrumentos de apoio à I&D e à inovação, como a duplicação do peso dos Vales I&DT e Inovação nos sistemas de incentivos empresariais, por exemplo. Também preconiza um maior esforço de acompanhamento dos projectos apoiados, propondo que o valor final dos incentivos financeiros e fiscais concedidos ao sector seja condicionado à concretização das metas previamente propostas.
Noutros domínios, como a educação/formação ou os movimentos associativos, o estudo também faz sugestões. Relativamente à educação defende um “alargamento dos numerus clausus nas áreas TICE, devidamente articulado com um ajustamento mais efectivo entre a oferta formativa e as necessidades previamente inventariadas das empresas”, pode ler-se no sumário executivo que resume o trabalho. Na área específica da formação frisa-se a importância de formar ou reconverter recursos humanos com um nível de habilitações intermédio para o sector TICE.
Os autores do estudo, da responsabilidade da Augusto Mateus e Associados e do Pólo de Competitividade das Tecnologias de Informação Comunicação e Electrónica (Tice.pt), também defendem que seria vantajoso para o país que existisse uma aproximação forte ou mesmo uma fusão, entre estruturas associativas do sector TICE nacional até 2015.
Dados do sector
O estudo sublinha que desde 1996 o valor do comércio internacional das TICE aumentou cerca de 160%, representando em anos recentes cerca de 15% do total do comércio de mercadorias.
Na economia portuguesa a sua expressividade ainda é “moderada”, em termos directos. Em 2008 representava 6 por cento das exportações, 2 por cento do emprego e 8 por cento do investimento. Contudo, afirma-se como um dos sectores mais relevantes em termos de I&D empresarial, com uma quota de 24 por cento.
Os dados apurados pelo estudo mostram ainda que por segmentos, é o dos equipamentos que mais contribui para as exportações no sector (98 por cento). O software e serviços TI é o mais relevante em termos do número de empresas (93 por cento) e um dos mais importantes em termos de emprego (60 por cento).
Os maiores volumes de investimento, criação de valor e geração de volume de negócios continuam, no entanto, a ser assegurados pelas empresas de telecomunicações. Estas asseguram 79 por cento do investimento do sector, 62 por cento do valor acrescentado e 54 por cento do volume de negócios.
Fonte: Sapo TeK
Inovação: 6 tecnologias que ainda vão revolucionar esta década
Julho 26, 2011 by Inovação & Marketing
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A década mal começou e já são grandes as expectativas sobre o que a tecnologia poderá nos oferecer durante os próximos anos. Pensando nisso, a equipe do Tecmundo selecionou seis prováveis inovações que devem alterar a maneira que vivemos ou marcar a evolução da humanidade. Confira a seguir o que pode (ou não) revolucionar o seu futuro.
1. Carros do Google sem motorista
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde publicados em 2011, o trânsito é responsável por mais de 1 milhão de mortes todos os anos no mundo. Agora, você deve estar se perguntando: essa estatística é culpa dos motoristas ou dos automóveis?
Infelizmente, o fator de risco está muito mais associado à pecinha que se encontra atrás do volante do que propriamente à engenharia dos carros. Para o bem da humanidade e para tentar dar um basta nessa situação, adivinhe quem resolveu comprar essa briga: ninguém menos do que o Google.
Os carros sem motorista já vêm sendo testados — e com sucesso — desde 2010 nos Estados Unidos. Atendendo pelo nome de Google Cars, os veículos rodaram mais de 1,5 mil km sem nenhuma intervenção humana e cerca de 230 mil km (o suficiente para dar quase cinco voltas em torno do raio da Terra) com eventuais participações do motorista.
Todo esse percurso foi feito de maneira segura, graças a um software de inteligência artificial capaz de detectar toda a área em volta do carro e copiar as decisões feitas por um ser humano. Ironicamente, o único acidente foi culpa de um motorista de outro carro, que atingiu o Google Car na traseira quando este parou em um semáforo.
Segundo os engenheiros responsáveis pelo projeto, robôs reagem mais rápido do que humanos, têm percepção de 360º, não ficam com sono nem embriagados. Além disso, a câmera integrada consegue captar movimentos de pedestres, ciclistas ou o que mais estiver no caminho, ajudando assim a esquiva do veículo.
No final de junho de 2011, o Estado de Nevada, nos Estados Unidos, foi o primeiro a regulamentar a circulação de carros com piloto automático e sem condutor — um grande passo para o início do comércio desse tipo de automóvel. Será que até 2020 vai ser comum olhar para o lado e não ver ninguém na boleia?
Se depender do Google, no futuro cada um terá seu próprio motorista… Ou, bem, quase isso.
2. Construções que voam
Direto da Austrália, em meio a cangurus e coalas, vem surgindo uma nova tecnologia que promete revolucionar o fluxo aéreo. Um balão gigantesco, em formato de disco, foi projetado para transportar até 150 toneladas de uma vez só — para se ter uma ideia, o peso suportado seria capaz de mover mansões, hospitais, estátuas ou até uma centena de carros.
Inflado com hélio (mesmo composto usado em dirigíveis), o objeto tem 150 metros de circunferência trefega a até 83 km/h, com autonomia para cruzar até 2 mil km — o que equivale a mais ou menos uma viagem entre São Paulo e Salvador.
Com a evolução da tecnologia, poderia ser possível transportar edifícios, teatros e estruturas inteiras pelos céus, sem a necessidade de construir ou reconstruir nada — uma verdadeira maravilha para o show business e construção civil.
Outra aplicação interessante para o Skylifter seria na questão de ajuda humanitária. Hoje, um helicóptero consegue carregar 20 toneladas de suprimentos, 7,5 vezes menos do que o balão conseguirá comportar
.A diferença entre o protótipo australiano e os clássicos dirigíveis está justamente na forma como o disco consegue elevar os compartimentos. Através do guindaste e cordas externas, edificações ou reservatórios enormes podem ser alçados, mais ou menos da forma como acontece com um container em um caminhão.
A área de turismo é outra que deve se beneficiar. Sobrevoos na selva amazônica ou no safári africano a bordo de um hotel de luxo móvel com certeza seriam experiências desejadas por quem pudesse pagar por elas.
Entretanto, pelas expectativas, ainda não veremos os megainfláveis tão cedo. Os primeiros testes já foram realizados com miniaturas, e o Skylifter em tamanho integral deve estar pronto somente em 2013. Bem que um teste poderia ser realizado aqui no Brasil na abertura da Copa do Mundo em 2014, não é mesmo?
3. Telas estilo pergaminho
Se você acompanha o TecMundo, sabe que esse tipo de tecnologia, apesar de ainda não ter chegado ao mercado, não é novidade. Depois da corrida pela tela mais fina, várias empresas vêm se empenhando em desenvolver telas flexíveis e mais resistentes.
Imagine quando você puder pegar uma TV de 32 polegadas, enrolá-la e colocá-la na mochila para levar até a casa de um amigo. Chegando lá, é só desenrolar, ligar e aproveitar. Provavelmente você também estará conectado à internet e terá canais de TV fechada sem precisar de cabos — mais prático impossível.
Isso será possível graças à tecnologia OLED, que consegue exibir imagens de alta qualidade em superfícies com apenas 0,1 mm de espessura. Claro que algo tão fino não poderia ser totalmente rígido. Por isso, as telas poderão ser dobradas e enroladas.
Como se pode esperar, os monitores desse tipo devem fazer parte de vários dispositivos, como smartphones, tablets e video games portáteis. No entanto, outra ideia que circula é a de combinar o conceito touchscreen com OLED para recriar páginas impressas — o que poderia sepultar, aos poucos, jornais e revistas.
Até 2020, é quase garantido que veremos displays animados em OLED estampando paredes, prédios, lojas, outdoors, veículos e onde mais a criatividade humana conseguir colocá-los.
4. Turismo espacial
O homem foi pela primeira vez ao espaço há mais de 50 anos. Naquela época, as projeções do futuro apontavam que até a virada do milênio existiriam bases na Lua e o ser humano estaria conquistando todo o espaço. Como você e eu sabemos, a história não foi bem assim.
Desde os anos 90, algumas pessoas comuns tiveram a oportunidade de ir ao espaço para contemplar a Terra enquanto estavam em órbita. Quer dizer, na verdade os psuedoastronautas nem eram tão “comuns” assim — o ticket de cada um custou ente US$ 20 e US$ 30 milhões.
Quem pretende mudar essa realidade é o multiempresário Sir Richard Branson. O proprietário da Virgin Galactic foi responsável pelo primeiro voo comercial realizado no mundo, em 2004. Ao contrário do que acontece com os projetos da NASA, a nave da Virgin é mais simples e não tem seu lançamento feito a partir de uma plataforma.
A SpaceShipTwo levanta voo desligada, acoplada a um avião carregador. A dupla segue até uma altura de 15 km quando, subitamente, a nave se solta e cai. Depois de alguns segundos de queda livre, os propulsores são ligados e a SpaceShipTwo segue até uma altura de mais de 100 km do solo, entrando em subórbita.
Quando a nave deixa a atmosfera terrestre, seus motores são desligados, deixando os passageiros à vontade para aproveitar uma sensação de gravidade zero e contemplar a imensidão da Terra lá do alto.
Já estão sendo construídos locais especiais (“espaçoportos”) para pouso e decolagem espacial nos Estados Unidos, Dubai e Suécia. Enquanto isso, os 300 primeiros bilhetes para viajar através da SpaceShipTwo já foram pré-vendidos a US$ 200 mil — 1% do que a NASA cobrou em suas operações.
O próprio Branson acredita que, até 2020, com outras companhias operando voos desse tipo e o interesse maior do público, será possível a realização de viagens ao espaço pelo custo de US$ 20 mil. Nada exorbitante, quando se comparado ao preço atual e outros destinos terrenos.
Daqui a dez anos, talvez, a dúvida sobre o que fazer para comemorar a lua de mel poderá girar em torno de sete dias no Caribe ou uma viagem inesquecível ao espaço.
5. Edifícios de 1 km de altura
No começo de 2011, na cidade de Dubai, foi inaugurado o edifício Burj Khalifa. O gigante de 828 m de altura ganhou o posto de estrutura mais alta já construída pelo homem, ao mesmo tempo em que também impressionou pela rapidez com que foi erguido: apenas cinco anos.
Se faltou pouco para os árabes atingirem 1 km de altura com o seu monumento, isso não deverá ser problema para outros engenheiros nessa década. Hoje, já existem mais de 20 prédios sendo construídos que excederão a barreira de 500 m de altura e quase uma dezena de projetos para edifícios que superarão os 1000 m.
Quem deve iniciar essa era é o Mubarak al-Kabir, que tem sua inauguração planejada para 2016. O colossal prédio será levantado no Kuwait em uma grande área de 250 km² e terá 1001 m de altura, em homenagem à lenda das mil e uma noites — se tudo ocorrer bem, o mundo ganhará um novo topo daqui a cinco anos.
Também em Dubai, está projetado um arranha-céu de fazer sombra ao Burj Khalifa. Em sua planta, o Dubai City Tower conta com a incrível estatura de 2,4 mil metros — é como se empilhássemos os quatro maiores prédios de hoje um em cima do outro.
O design, inspirado na Torre Eiffel, prevê 400 andares e elevadores que imitarão trens verticais, podendo chegar à velocidade máxima de 200 km/h. Junto a tudo isso, os arquitetos ainda têm a intenção de transformar a construção em sinônimo de sustentabilidade, garantindo que o suprimento de energia venha de fontes solares, termais e eólicas.
Outra edificação que deve literalmente cutucar o céu é o Kingdom Tower (anteriormente Mile High Tower), na Arábia Saudita. Com sua construção já autorizada pelo governo, ele deve ter uma milha de altura (1,6 km). A pretensiosa obra deve ficar pronta antes de 2020, enquanto a Dubai City Tower está prevista apenas para 2025. Pelo visto, o futuro vai ser vertiginoso.
6. Roupas invisíveis
Eis aqui uma tecnologia que, ao mesmo tempo em que é legal, também preocupa. O que fazer quando as pessoas e coisas conseguirem ficar invisíveis? Quando saber se você está sozinho? E se essa inovação cai nas mãos de ladrões e gente mal-intencionada?
A verdade é que, querendo ou não, as capas de invisibilidade podem sair do mundo de ficção de Harry Potter e fazer parte do nosso dia a dia daqui a alguns anos. Vários testes vêm sendo realizados por diferentes grupos de cientistas ao redor do mundo e os resultados têm sido bastante animadores.
Apesar das imagens do vídeo mostrarem um efeito de transparência, foram necessários vários aparatos (câmeras, projetores e computadores) para tornar a experiência possível — o que se vê realmente é uma distorção das imagens (o que também não deixa de ser um princípio da invisibilidade).
Ainda estamos engatinhando nesse quesito, mas os cientistas japoneses (da Universidade de Tóquio) e americanos (das universidades de Duke e Berkeley) garantem que uma boa evolução deve acontecer nos próximos dez anos, tornando possível o desenvolvimento de uma roupa invisível portátil e funcional.
Se isso de fato acontecer, também vamos precisar de cercas com radares e câmeras com detectores para proteger nossas residências.
…
E você, o que pensa de tudo isso? Preparado para as inovações desta década? Também sabe de algo novo que vai chegar para mudar totalmente nossas vidas? Conte para gente no espaço abaixo.
Fonte: Tecmundo
Inovação: Fundação Gates dá milhões a quem revolucionar as sanitas
Julho 25, 2011 by Inovação & Marketing
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Pode parecer um fait-divers mas está muito longe de o ser. As sanitas com descargas de água potável foram inventadas há 200 anos (uma inovação que permitiu salvar milhões de vidas), mas desde então não sofreram nenhuma alteração radical, apresentando-se agora como desadequadas em relação às questões ecológicas, para além de inacessíveis a um terço da população mundial.
O impacto dessa situação levou a que a fundação de Bill e Melinda Gates tenha anunciado, ontem, a criação de um fundo de perto de 30 milhões de euros para a reinvenção das casas de banho, através de uma solução barata, acessível e eficaz. O fundo foi distribuído por oito categorias e atribuído a universidades que estão a desenvolver projetos nessa área.
“(A sanita) é demasiado cara para as pessoas dos países em desenvolvimento; requer água e sistema de esgotos, que nem sempre existe, e não faz nada para, de facto, tratar os resíduos humanos”, declarou Frank Rijsberman, responsável da fundação Gates.
Doenças diarreicas
Cerca de 2,5 biliões de pessoas não têm acesso a sanitários, o que contribui para doenças diarreicas, que, segundo a Organização Mundial de Saúde, são responsáveis pela morte anual de 1,5 milhões de crianças.
“Pretendemos encarar os resíduos como uma matéria para reciclagem”, afirmou Rijsberman. “Pensamos ser possível reciclar a energia, os minérios e também a água. Queremos reinventá-la de modo a torná-la barata, que passe a custar apenas alguns tostões, e que as pessoas pobres queiram usar”, acrescentou.
Entre os projetos a serem desenvolvidos encontra-se uma casa de banho que gasificará os resíduos para depois os transformar em eletricidade (Universidade de Tecnologia de Delft na Holanda); um sistema que permita a higienização das fezes em 24 horas, de modo a não transmitirem doenças (Universidade de Toronto); uma casa de banho com energia solar, cujas células solares forneçam energia suficiente para o processamento dos resíduos, transformando-os em combustível para eletricidade (Instituto Tecnológico da Califórnia).
Marketing: Google, Yahoo e Apple disputam o Hulu
Julho 25, 2011 by Inovação & Marketing
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O serviço de streaming Hulu está sendo alvo de várias empresas de tecnologias.
Apple, Google e Yahoo!, de acordo com fontes do Hulu, estariam interessadas na compra da empresa.
Algumas dessas empresas de tecnologia, inclusive, já teriam feito ofertas milionárias pelo serviço.
O Hulu, que é tido como um forte rival ao YouTube nos EUA, pertence a um conglomerado de empresas, entre elas a Disney, News Corp e Comcast. O serviço exibe, via web, seriados completos e, também, filmes e está avaliado em dois bilhões de dólares.
Se o serviço for comprado por uma das gigantes da internet, não será uma surpresa. Recentemente, o CEO da Disney, Bob Iger, declarou que o Hulu pode ser vendido a qualquer momento, caso aparece um comprador disposto a pagar o quanto serviço vale.
Para as empresas de tecnologia, a compra do Hulu pode ser positiva. O serviço tem exclusividade nos direitos de transmissão de diversas séries e programas da TV americana – entre eles, o hit Glee. E, por isso, tem uma base com mais de um milhão de assinantes que pagam para ter acesso a conteúdo exclusivo.
Neste ano, o lucro previsto para o Hulu é de US$500 milhões – quase o dobro dos US$263 milhões de 2010.
Fonte: Exame
Inovação: Empresária de 80 anos desenvolve produto inovador
Julho 25, 2011 by Inovação & Marketing
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Em 1998, chegou a hora de Sulamita Fejer se aposentar. A enérgica senhora argentina, que veio trabalhar no Brasil como representante de um centro tecnológico israelense, enfim poderia ter uma rotina mais tranquila. Só havia um problema. “Eu não sabia o que fazer com o resto do dia, depois do café da manhã”, afirma Sulamita. Assim, nos anos seguintes, ela usou o tempo livre para pesquisas e arrumou outras ocupações até que, em 2010, aos 80 anos, resolveu virar empresária.
Sulamita recebeu o iG no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), uma incubadora de empresas, na Universidade de São Paulo, onde 147 novas companhias estão sendo gestadas neste momento. A Initec, fundada por ela, não fica lá dentro, mas recebe ajuda deles para conseguir crédito, captar patrocínio, bolar planos de marketing, logotipo, banners e afins. Mas, afinal, o que ela vai vender? “O que vamos fazer, ninguém faz no mundo”, afirma com certo mistério. E saca da maleta um protetor bucal.
A Initec criou um novo protetor bucal esportivo – o que fará dela concorrente da Adidas, por exemplo. A novidade é que eles são customizados para cada atleta, melhorando o desempenho esportivo. A peça leva em conta as características da cavidade bucal e permite adaptações necessárias ao diferentes esportes.
Sulamita evita falar muito sobre o produto pois prefere resguardar supostas inovações exclusivas que ele traz. Mas explica que seus protetores requerem uma “moldagem”, processo em que o dentista tira a cópia da boca do paciente, para então produzir uma peça única – que irá protegê-lo mais e também permitir que respire melhor do que quando usa um protetor comum.
Mas, se ele é feito dessa forma quase artesanal, como produzi-lo em grande escala? Ela pensa em organizar mutirões. No momento, conversa com academias e federações esportivas. Garante que o processo é rápido e comercialmente viável. “Se 2 milhões de chineses quiserem usar, conseguimos fabricar”, diz. Sulamita também está criando uma rede de consultórios odontológicos parceiros, para descentralizar o processo.
Um protetor comum, conhecido como “aquece e morde”, pode ser comprado na farmácia por R$ 20. O dela, batizado de Sábio, custa R$ 180. Ela já vendeu algumas dezenas de unidades, mas afirma que o maior problema que enfrenta é cultural. “O atleta paga pela tatuagem, paga por uma camiseta de grife, mas não paga por sua proteção”, diz. “Para mim, o Sábio deixou de ser um produto e virou uma causa. O atleta brasileiro não está protegido da forma correta”.
“O protetor que ela criou dissipa o impacto, protegendo também a massa encefálica do atleta”, afirma Robson Bastos, diretor odontológico da Confederação Brasileira de Kickboxing e consultor da Initec. No Brasil, o uso do protetor é obrigatório no boxe e em lutas de contato. Nos EUA e na Europa, é usado num número maior de modalidades.
Alguns jogadores de futebol têm aderido aos protetores mais sofisticados, como Fábio, goleiro do Cruzeiro, e o atacante Cristiano Ronaldo, do Real Madrid. Mas, segundo pesquisas mostradas por Sulamita, 60% dos atletas não usam nenhum tipo de proteção bucal, 35% usam o tipo barato – o “aquece e morde” – e apenas 5% investem num modelo mais caro.
A empresária vê a Copa e as Olimpíadas que serão realizadas no Brasil como oportunidades de expandir a popularidade do protetor. Mas, sempre inquieta, reclama. “As autoridades estão preocupadas com aeroportos, estádios… E a saúde do atleta?” Será que isso, porém, fará uma senhora argentina torcer pelo sucesso do futebol brasileiro nesses eventos? “Sim, no futebol, eu choro quando vocês choram, aplaudo quando vocês aplaudem”, garante. E logo faz a ressalva: “só fico dividida em jogos contra a Argentina…”
Fonte: iG



