Inovação: A inovação no ambiente corporativo

Setembro 24, 2011 by  
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Estamos diante de ambientes corporativos com características multigeracionais. Profissionais da “Geração Y” – com idades entre 20 e 29 anos – têm ascendido a postos de trabalho e se tornado líderes e gestores de produtos, serviços e marcas conduzidos por funcionários de outras gerações (em especial a X). Todos os funcionários – inclusive os que têm deficiências – estão inseridos em um novo ambiente de trabalho que requer uma combinação de habilidades pessoais, profissionais e sociais.

Viver em rede hoje parece ser essencial. Pessoas estão em redes, empresas valorizam equipes em rede, cada vez mais dependemos uns dos outros. Ainda assim, diferenças entre as pessoas continuam no epicentro da desagregação. Em redes também, nos amarramos a determinadas ideias, posturas e maneiras de agir, fincamos raízes e dali não arredamos pé. Por que temos imensas dificuldades em lidar com as diferenças? Deficiente visual e diferente pelos próprios padrões da sociedade, me confrontei com essa resistência ao novo, quando meu primeiro cão-guia se aposentou. E, por muito pouco, quase sucumbi à intransigência, ao conservadorismo.

Em todos os ambientes, inclusive no corporativo, posturas que resistem à inovação lançam barreiras difíceis de transpor: dificultam a percepção das habilidades de cada um, atravancam o desenvolvimento (“eu já sei como se faz, por que preciso aprender mais ou fazer de outra maneira?”), anestesiam os sentidos e comprometem a adaptação a mudanças e a saudável – e produtiva – integração. Essa é uma ameaça real e eu vivenciei essa experiência. Quando o cão-guia Diesel entrou em minha vida, estava acostumada ao brilhantismo de meu primeiro cão, o Boris – nossa integração era total. Em perfeita sintonia, formávamos uma equipe bem preparada e extremamente ciente do dever a cumprir.

Boris conduzia todas as situações – e me conduzia – com seriedade; ao menor gesto, compreendia a situação como se lesse a minha mente. Em 10 anos, nossa pequena equipe desafiou padrões sociais injustos. Estabelecemos um diálogo rico, transparente, para enfrentar um cotidiano cheio de adversidades com posturas inovadoras, bem-humoradas e flexíveis. Estávamos motivados pela coragem de sempre buscar a superação. Na disputa que durou seis anos com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Boris foi um protagonista de peso – carismático e destemido!

Chegou então o dia da aposentadoria de Boris. E surgiu o Diesel. Bem estabelecida na minha zona de conforto, resisti ao novo, à mudança. Como mudar uma equipe tão bem sucedida? Embora houvesse uma necessidade real de abrir espaço para a inovação, deparei-me com a dificuldade de aceitar um outro cão-guia. Resistência intuitiva ao novo, medo do desconhecido, a crença absoluta de que é impossível alcançar os mesmos objetivos com práticas diferentes São muitos os fatores que, como barreiras invisíveis, nos afastam das mudanças, do que é diferente. Deixamos de olhar para cada situação com a esperança de resolvê-la ou melhorá-la; deixamos de sentir que o diferente também pode nos conduzir a resultados muito positivos.

Diesel, a despeito da minha resistência inicial, revelou-se um excelente profissional e um companheiro excepcional. Diferente, sim! Mas, excepcional e inteligentíssimo. Por muito pouco, não me deixei levar pelas aparências. Se persistisse na intransigência e no conservadorismo, certamente teria feito fenecer habilidades e competências que Diesel sempre teve e que eu demorei a descobrir.

Os ambientes corporativos contemporâneos são cenários de histórias parecidas com a minha, porém, muitas delas sem final feliz. A construção de uma nova parceria produtiva é proporcional à coragem de encarar o novo sem comparações descabidas. Lidar com as diferenças no ambiente de trabalho – e não estou falando apenas da inclusão de pessoas com deficiência – requer ouvir com atenção; entender aquilo que se está ouvindo; colocar-se na posição do outro; colocar prós e contras na balança; discordar, quando for o caso, esclarecendo a sua posição; abrir espaço para a comunicação fluida, transparente; e investir na superação. Será que as empresas brasileiras estão investindo na superação? Líderes e liderados devem ser parceiros no desafio de superar resistências pessoais e estigmas.

Estamos diante de ambientes corporativos com características multigeracionais. Profissionais da “Geração Y” – com idades entre 20 e 29 anos – têm ascendido a postos de trabalho e se tornado líderes e gestores de produtos, serviços e marcas conduzidos por funcionários de outras gerações (em especial a X). Todos os funcionários – inclusive os que têm deficiências – estão inseridos em um novo ambiente de trabalho que requer uma combinação de habilidades pessoais, profissionais e sociais. Nesse cenário de plena transformação, não há espaço mais para o conservadorismo, para o medo da mudança. O diferente, em todas as suas versões – comportamentais, espaciais, culturais, profissionais – exige mentes abertas, motivadas, inspiradas e capazes não só de lidar mas de catalisar o que há de melhor nas diferenças, buscando caminhos inovadores.

Como podemos atender às necessidades de nossos clientes quando sequer percebemos as necessidades daqueles que estão próximos; daqueles, inclusive, que atuam em nossa equipe? Em palestras que ministro em empresas, ONGs e estabelecimentos de ensino, ressalto que a almejada inovação – o “Eldorado” de organizações de segmentos distintos – é possível somente mediante uma postura agregadora. Ser inovador é aprender a aprender com as diferenças. Ser inovador é expandir limites e possibilidades. É construir um sonho corporativo coletivo. Ser inovador é tornar as diferenças sinônimo de diferenciais competitivos, associando-as ao crescimento pessoal, profissional e coletivo.

Fonte: Bagari

Inovação: Conheça cinco tecnologias LED que vão dominar o mundo

Setembro 24, 2011 by  
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Olhe para esta pequena luz verde ou azul que indica que seu monitor, notebook ou tablet está ligado. Perceba como ela é precisa, controlada e pequena o suficiente para caber, muitas vezes, dentro do próprio botão “power”.

Agora imagine se, no lugar dessa luz, houvesse uma lâmpada incandescente igual àquelas mais antigas: um bulbo de vidro quente e amarelado com dois centímetros de diâmetro no mínimo e que precisa ser substituído a cada ano. É assim que seria o mundo sem os LEDs.

Esse é apenas um exemplo de como os LEDs já mudaram o mundo atual, mas ainda podemos citar milhares de aplicações para esse pequeno componente eletrônico capaz produzir luz (quase) sem emitir calor. Mas que mudanças o LED ainda pode trazer para o futuro?

O que é um LED?
Assim como já explicamos anteriormente, o Diodo Emissor de Luz (“Light Emitting Diode”, em inglês) é um componente eletrônico que tem a capacidade de produzir luz através da eletroluminescência, fenômeno em que fótons são liberados depois que uma corrente elétrica passa por um campo que excita e separa os elétrons.

Esse método tem várias vantagens se comparado às primeiras lâmpadas incandescentes inventadas por Thomas Edison há mais de um século. A primeira é a eficiência: menos de 10% da energia consumida por uma lâmpada comum é usada para produzir luz, o restante é desperdiçado em forma de calor. Já nos LEDs, essa eficiência ultrapassa os 80%.

Além disso, LEDs podem ser fabricados em tamanhos muito menores, além de serem mais confiáveis: a maioria dos primeiros LEDs fabricados nos anos 80 e 90 estão em uso até hoje. Ainda assim, esses componentes são utilizados mais como indicadores luminosos do que como fontes de iluminação para locais com pouca luz, mas isso está mudando rapidamente.

Aplicação
São raros os produtos eletrônicos produzidos atualmente que não utilizam nenhum LED, indo desde pequenos dispositivos Bluetooth USB até os sinalizadores nas asas dos aviões. Lâmpadas LED capazes de substituir as florescentes e fosforescentes ainda têm um preço de aquisição relativamente caro, mas esse valor é compensado em longo prazo, na forma de economia na conta de luz.

Na verdade, a produção em massa hoje barateou tanto os custos desses componentes que os LEDs são usados mesmo em locais que quase nunca são vistos por ninguém, como no interior dos computadores. Outros produtos mais complexos são derivados dos LEDs, como os diodos de lasers e a fibra ótica.

Além de servirem como indicadores luminosos e iluminação básica, os LEDs também têm substituído as lâmpadas convencionais em outras áreas, como nas famosas “TVs de LED” vendidas hoje. Essas telas (que não são feitas de LED) passaram a usar a luz do diodo para iluminar a imagem que aparece logo à frente no painel LCD, substituindo as lâmpadas brancas.

O Futuro do LED

Iluminação pública e semáforos
Muitas das maiores cidades do mundo estão substituindo as lâmpadas convencionais dos postes nas ruas por dispositivos LED, assim como já tem acontecido em São Paulo e Curitiba. Essas lâmpadas ainda custam mais que o dobro do preço se comparadas com as convencionais, mas a economia de energia e o custo de manutenção reduzido têm compensando cada vez mais.

Empresas como a Philips e a Pansonic têm trabalho incessantemente para desenvolver lâmpadas LEDs cada vez mais baratas e eficientes. Um exemplo é a EnduraLED, apresentada pela Philips no começo do ano, que tem o brilho equivalente à uma lâmpada incandescente de 60 Watts, mas consumindo 80% menos e durando até 25 vezes mais.

Os semáforos de trânsito também estão sendo beneficiados pela tecnologia, tendo suas lâmpadas substituídas por centenas de pequenos pontos de LED. Além de serem mais econômicos, os novos sinalizadores de trânsito produzem as luzes coloridas com muito mais brilho, não sendo ofuscadas pelo sol.

OLED
Diferentemente das TVs LCD com LED backlight, telas com o OLED podem ser chamadas de “TVs de LED” sem nenhum problema. Essa tecnologia usa uma versão melhorada do LED com compostos orgânicos de carbono, permitindo produzir uma infinidade de cores e ainda ser flexível.

Além de ser mais brilhante, uma tela de OLED dispensa completamente a luz de fundo, resultando em painel mais fino que qualquer outra tecnologia. Outro ponto notável do OLED é o contraste, que pode chegar aos 100%. Enquanto que o LCD usa pixels com um tom escuro de cinza para simular o preto, os pixels de OLED podem ser desligados individualmente, produzindo a ausência real de luz.

Alguns problemas não sanados, como o tempo de vida reduzido e distorção da cor azul, impedem que o OLED entre no mercado de vez, além do custo mais elevado que qualquer tecnologia nova possui. Ainda assim, gadgets modernos, como o PlayStation Vita, já estão apostando nas telas de diodo orgânico.

Quantum Dots
Um dos principais problemas que muitos fabricantes enfrentam com o OLED é a perda gradual da cor azul. Isso ocorre porque os diodos azuis usados para produzir o espectro de cor de cada pixel se desgastam mais rápido que o vermelho e o verde. É aqui que o “Quantum Dots OLED” entra.

Em vez de usar a junção de três diodos para formar todas as cores básicas (RGB), displays com a tecnologia Quatum Dots realizam variações nanométricas no tamanho do espaço por onde os pacotes de quantum passam, produzindo qualquer cor entre o vermelho e o violeta.

Dessa forma, o espaçamento entre cada pixel da tela pode ser menor, permitindo resoluções maiores sem alterar o tamanho do aparelho. Outra vantagem é o consumo de energia ainda menor que o do OLED.

As cores do QD-OLED também são mais reais, isso porque ele não precisa de combinações do verde, vermelho e azul para produzir espectros diferentes. Cada cor produzida pelos LEDs é pura, com muito mais definição.

LED na moda
O baixo consumo de energia e o tamanho reduzido do LED o tornaram próprio para ser usado como vestuário. Vários fabricantes estão empregando as luzes em roupas recreativas, como vestidos de festas e camisetas de balada.

Os japoneses são ainda mais ousados e estão utilizando o LED para deixar qualquer um com um sorriso realmente brilhante, colocando LEDs atrás dos dentes. A popularização desse tipo de moda iluminada pode parecer improvável hoje, mas é possível que aconteça de forma mais discreta e gradual no futuro.

Projeção de imagens
Um dos principais fatores que fazem os projetores ainda serem caros é o preço de suas lâmpadas. Elas não só têm um alto valor de aquisição, mas também exigem um aparato eletrônico complexo para ativá-las e resfriá-las, além de ter uma vida útil bastante curta. Isso pode mudar no futuro, graças ao LED.

LEDs já são usados para construir projetores de imagem muito menores que os seus predecessores que usam filamento de tungstênio jamais seriam, como é o caso do “nHD PICO”, da Texas Instruments. Outros fabricantes, como a Sony, já anunciaram câmeras que não se limitam à apenas filmar em HD, mas que também podem projetar a imagem em alta resolução sem precisar de qualquer aparelho adicional.

A presença do LED em projetores de maior porte, como os do cinema, ainda é tímida, dado o alto custo que as lâmpadas de alta capacidade ainda têm. Mas, assim como já vem ocorrendo com a iluminação pública, é inevitável que as lâmpadas incandescentes na retroprojeção sejam aposentadas em poucos anos.

Fonte: Terra

Marketing: A nova era da música na web

Setembro 23, 2011 by  
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Com as conexões rápidas presentes em celulares, tablets, TVs e notebooks, o conteúdo multimídia se libertou do disco rígido dos PCs.

Com seus espalhafatosos paletós prateados, topetes e óculos escuros gigantes, a banda The Buggles foi a primeira a ter um clipe exibido na transmissão de estreia da MTV, no dia 1º de agosto de 1981. O motivo da escolha? A ligação entre o momento que a cultura pop começava a viver e a mensagem clara que o grupo passava com a música Video Killed The Radio Star.

É muito provável que você nunca tenha ouvido falar dos Buggles, mas isso não chega a ser um problema. Basta digitar o nome da banda no app do YouTube no seu celular para assistir ao clipe ou entrar no GrooveShark para ouvir de graça todas as faixas que o grupo gravou na vida. Percebeu? Nos tempos atuais, o título seria “Internet Killed The Video Star”.

Com as conexões rápidas presentes em celulares, tablets, TVs e notebooks, o conteúdo multimídia se libertou do disco rígido dos PCs. Tudo está na web à distância de um clique, sem a necessidade de download, cadastro ou pagamento. Apple, Amazon, Google, Microsoft e Sony começam a levar a sério essa tendência e, com uma diferença de poucos meses, anunciaram serviços que consolidam a diversão 100% online.

Como de costume, o anúncio da Apple foi o que mais fez barulho. Com o iTunes Match, que custará 25 dólares anuais, todas as músicas presentes no Mac do usuário serão transferidas para os servidores da Apple, chamados de iCloud, e ficarão disponíveis para serem ouvidas em qualquer aparelho com a marca da maçã. “Vamos rebaixar o PC a apenas mais um dispositivo. Mudaremos o centro da sua vida digital para a nuvem”, disse Steve Jobs no anúncio oficial do iCloud, no meio de junho.

Apesar do tom profético do presidente da Apple, para muitos, os verbos dessa afirmação deveriam ser conjugados no presente. “Como muitos jovens brasileiros, nunca fui de comprar CD ou música online”, diz Paulo da Silva, 24 anos, engenheiro de software sênior do Grooveshark, serviço musical online com sede em Gainesville, Flórida. “Antes do Grooveshark, eu usava o Kazaa e tinha mais de 100 GB de MP3 no meu computador. Hoje não tenho nenhum arquivo de música no HD”, afirma Silva, o primeiro funcionário registrado do Grooveshark, que tem hoje um time de 34 pessoas.

Se num primeiro momento essa migração para a nuvem parecia radical, o cenário atual é de adoção em massa de serviços de música por streaming, como o Deezer, o Last.fm, o Spotify, o Pandora e o próprio Grooveshark. Todos acumulam dezenas de milhões de usuários ao redor do mundo e batem seus próprios recordes de audiência.

Um exemplo recente: o Pandora, que conta com 90 milhões de usuários no eixo Europa-Estados Unidos, estreou em junho na Bolsa de Valores americana com uma oferta de ações no valor de 3,2 bilhões de dólares. Trata-se de um número expressivo, mas que parece pequeno diante do YouTube, com seus 3 bilhões de visitas por dia e 48 horas de vídeo enviadas por minuto. Sem dúvida, a nuvem está carregada de conteúdo e o público, os artistas e as empresas estão adorando isso.

Depois de uma década com mais erros do que acertos na internet, a indústria do entretenimento, enfim, começa a adotar uma postura mais amistosa com os serviços online. Além de negociar o licenciamento do conteúdo para exibição em várias plataformas, já é forte a presença oficial dos donos de copyright nos serviços musicais e nos portais de vídeo como YouTube, Vimeo e DailyMotion. Há também o Vevo, portal tocado por uma parceria entre as gigantes Universal, Sony, EMI e Warner.

Essa fase paz e amor das gravadoras em nada lembra a onda de processos contra seus próprios consumidores na era Napster ou a insistência nos mecanismos contra cópias do tipo DRM, que mais atrapalhavam a vida de quem pagava para baixar músicas do que combatia a pirataria online. O antigo comportamento erodiu as receitas das maiores empresas do ramo.

De acordo com números da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, o lucro dos 50 álbuns mais vendidos no mundo desabou 77% entre os anos 2003 e 2010. Por isso, iniciativas como a da Apple e seu iCloud são bem-vindas para as gravadoras.

No modelo de negócios do iCloud, 58% da receita das vendas fica com a gravadora, 12% com a editora e 30% com a Apple. As gravadoras começam ainda a usar a web como uma poderosa plataforma de divulgação para os trabalhos que produzem. “Elas estão se adaptando mais rapidamente a esse cenário e contam hoje com planejamento e métricas para criar estratégias mais fortes de lançamentos pela web”, afirma José Peña, responsável pela operação digital da gravadora EMI na América do Sul. “Além disso, faturam com publicidade na página de exibição dos vídeos, lucram com shows patrocinados e com a divulgação de suas marcas.

A cantora Katy Perry usou o YouTube para publicar um teaser do videoclipe no qual ela interpreta uma adolescente tímida dos anos 80. Depois, foram criados perfis da personagem no Twitter e no Facebook. Resultado: fãs espalharam de graça o lançamento da multinacional EMI.

Ao vivo e em HD

Além da íntima ligação com redes sociais como Twitter e Facebook, o conteúdo por streaming tem suas próprias particularidades, tanto no formato quanto no conteúdo. A Last.fm fez fama por comparar o gosto musical dos usuários e sugerir novos artistas com potencial para agradar aos ouvintes. No caso dos vídeos, está comprovado que menos é mais.

Ou seja, quanto mais direto e objetivo, mais o conteúdo vai dar audiência. “Cada plataforma deve ter uma linguagem específica. Seguindo esse raciocínio, o celular, com tela no formato 4 por 3, terá seu produto exclusivo e tempo de não mais que três minutos”, afirma Giuliano Chiaradia, fundador da produtora Set Experimental e diretor de programas como Estação Globo, Malhação ID e Big Brother Brasil, da Rede Globo.

As transmissões de conteúdo ao vivo por streaming também ganham em audiência e importância. O Google transmitiu partidas de futebol da Copa América ao vivo pelo YouTube. O portal Terra mostrou em tempo real o show de Paul McCartney no Rio de Janeiro, em junho. Cada vez mais os eventos ganham cobertura online e gratuita. “Investir em outras plataformas é fundamental.

Não queremos que aconteça conosco o mesmo que se deu com a indústria fonográfica”, diz Sérgio Lopes, vice-presidente comercial do Esporte Interativo, canal que usou o Facebook para divulgar sua transmissão online do jogo entre Real Madrid e Barcelona, em maio.

O investimento faz sentido. De acordo com números da empresa britânica Sandvine, as transmissões de conteúdo de entretenimento por streaming representarão entre 55% e 60% de todo o tráfego na internet até o final de 2011. Assim, o conteúdo oficial transmitido por canais e gravadoras conseguirá, enfim, vencer a pirataria. O mesmo estudo mostra que a troca de dados por BitTorrent deverá responder, até dezembro, por 10,37% do tráfego global.

Nuvens carregadas

Mas nem tudo é festa para as companhias que embarcaram na onda do conteúdo na nuvem. Começa a surgir um dilema: as empresas que conquistam mais clientes são também as que mais investem. Isso acontece pelo custo crescente com servidores para armazenar e transmitir os dados para os usuários. Para equilibrar essa conta é preciso experiência e até um pouco de sorte.

“Usamos quantidades enormes de banda no nosso serviço. Isso é uma bênção e uma maldição. Gastamos cada vez mais, mas também conseguimos descontos na compra de banda pelo volume de tráfego que geramos”, afirma Ben Westermann- Clark, porta-voz do GrooveShark.

A mesma situação se repete em sites como Pandora e YouTube. Ninguém pode afirmar com certeza que o aumento dos gastos para atender mais gente pode ser bancado pelos lucros com publicidade ou com a venda de assinaturas premium.

A recente entrada de gigantes como Apple, Amazon, Google, Microsoft e Sony nessa onda dá uma pista de que distribuir conteúdo de graça por streaming não é bom apenas para os consumidores. Mostra-se também como um negócio promissor num futuro nada distante. Como dizia a letra dos Buggles: “we can’t rewind we´ve gone too far” (fomos muito longe, não podemos retroceder).

Fonte: Exame

Inovação: Confira 15 projetos de ambientes mais baratos e sustentáveis

Setembro 23, 2011 by  
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Bancos com assento de bicicleta, banheira antiga transformada em sofá, luminária feita com garrafas pet, escultura de folhas de jornal. Estes são alguns dos itens reciclados encontrados na decoração dos 58 ambientes da mostra Morar Mais por Menos, que começa neste sábado (17), em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Além da sustentabilidade, os projetos dos 95 profissionais participantes se enquadram nos conceitos “chique que cabe no bolso”, tecnologia, inovação e brasilidade, priorizando produtos regionais.

Confira detalhes de 15 espaços, como Sala de Cinema da Estilista, Sala de Jantar, Quarto da Filha Estudante de Moda e Quarto do Casal.

Sala de Cinema da Estilista – idealizada por Samira Ader e Andréa Medeiros, conta com bancos com assento de bicicleta, sofá jeans, mesa com tampos de rolos de filmes, tapete de retalhos e parede acústica com papelão cortado em anéis.

Sala de Jantar – projetada por Mauricio Bomfim, é moderna, clean e sofisticada. Foi criada em homenagem ao jogador Richarlyson. Um painel feito de engradado de motores destaca o compromisso com a sustentabilidade.

Sala de Almoço – idealizada por Glória Gomide e Isabella Aguiar, investe no conceito de sustentabilidade. Uma banheira antiga foi transformada em sofá. Os espelhos são sobras de recortes. A madeira da mesa é de demolição e a iluminação do ambiente é de LED.

Ambiente Estar Multiuso – projetado por Alex Meneses e Christiana Gontijo, conta com cores neutras e escuras para criar aconchego e sofisticação. Madeira ecológica tratada está presente nas estantes. Os adornos são feitos com materiais reciclados.

Quarto da Filha estudante de moda – assinado por Renata Afonso e Rosane Guedes, aposta em materiais reutilizados, como fundos de garrafas pet, lona de caminhão e tubos de papelão utilizados para embalagem de tecido.

Ambiente Banho do Casal/Espaço Bel Lar – assinado por Maristela Broilo, usa materiais tecnológicos e ecológicos. Porcelanatos substituem o limestone e a madeira. Pastilhas de vidro reciclado e madeira de demolição proporcionam aconchego. Completando o ambiente, iluminação em LED e artesanato revisado.

Quarto do Casal – nele, materiais recicláveis como garrafas pet se tornam uma luminária, folhas de jornal são transformadas em uma escultura moderna e MDF cru dá vida a um mobiliário decorativo. O projeto é assinado por Claudia Martins, Jackeline Aguiar, Mara Fernandes e Vanessa Barbosa.

Quarto do Ciclista – no projeto de Rousani Pereira, houve preocupação com a sustentabilidade e a criatividade ao usar piso de madeira, iluminação de baixo consumo, móveis fabricados com comprometimento socioambiental, tapete de tiras de couro, peças de sucata como utilitários e escultura de artista mineiro.

Ambiente Escritório da Casa – assinado por Natália Botelho e Paola Corteletti, traz um painel feito com rolos de papel higiênico que enfeita a parede.

Ambiente Estar do Restaurante – de Fátima da Matta, o projeto une sofisticação e sustentabilidade. Entre os itens decorativos, estão tecidos de linho e fibra de algodão, bancada de MDF preta, garrafas coloridas reutilizadas sobrepostas em cubos de vidro iluminados por LED.

Lavanderia – assinado por Élian Pérsia e Gabriela Hoepers, o projeto faz uso de materiais simples, como compensado cru e uma luminária artesanal. Mesmo assim, não perde a sofisticação por meio das pastilhas e dos demais objetos.

Sala de Leitura – de Fernanda Ferreira, a sala tem lâmpadas LED e tecidos de fibras naturais reforçam o caráter sustentável da mostra. Atelier da Casa – assinado por Dulciele Sales, conta com parede revestida de renda, pufe artesanal feito com flores de feltro e mesa de MDF pintado.

Sala de Relaxamento – traz peças exclusivas, criadas com material reciclado, que alertam para sustentabilidade, inclusão social e brasilidade. Cores calmas, madeira, pedra, água, argila e linho se completam criando a atmosfera desejada. O projeto é de Alessandra Nicácio, Lu Abreu e Mariângela Costa.

Biblioteca do Futuro – de Paola Camargo, o projeto mescla tecnologia com sustentabilidade. O foco são duas TVs pelas quais é acessada a biblioteca do IBook. O visitante escolhe o livro pelo iPad, evitando gastos com papel. Entre os itens decorativos estão móvel de madeira sustentável, poltronas confortáveis, mesinhas em fibra de vidro, mesa em madeira de demolição, cortina de linho e carpete antialérgico, que não propaga chamas.

Fonte: Terra

Marketing: O papel social das marcas em crise

Setembro 23, 2011 by  
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Ganhou as manchetes, durante a segunda quinzena de agosto, a notícia de que trabalhadores em regime de escravidão foram encontrados costurando roupas para a marca Zara. Isso nos faz refletir sobre a repercussão que essa informação teria caso a grife em questão não tivesse o conhecimento e o prestígio que essa marca tem entre os consumidores. Se em vez de Zara, a nome fosse de uma pequena confecção, ficariam todos estarrecidos e o assunto estaria sendo discutido na mesma magnitude?

Provavelmente, não. Histórias envolvendo imigrantes ilegais vindos da Bolívia e Peru, e, até mesmo de cidadãos brasileiros sendo mantidos em regime de escravidão ou semiescravidão – há algum tempo, são denunciadas por ONGs e foram alvo de investigações das Polícias Civil e Federal. No entanto, quando uma grande marca é envolvida, a notícia ganha a relevância que deveria ter tido no passado.

Temos a tendência de relegar a um submundo, que julgamos não fazermos parte, histórias escabrosas que não nos afetam. E somente quando essas histórias nos atingem num nível pessoal, nesse caso com grifes que usamos e admiramos, nos sentimos impelidos a fazer alguma coisa a respeito, mesmo que seja para mostrar a indignação por meio de comentários nas redes sociais.

Foi assim também com a Nike, no início dos anos 2000, em que foram encontrados tênis da marca sendo feitos por crianças no Sudeste Asiático. Nesse caso, a opinião pública mundial se mobilizou para debater a situação em profundidade.  Até mesmo as ações da companhia perderam valor na bolsa de valores americana e a empresa prometeu aumentar o controle sobre os seus subcontratados e da mesma forma nos subcontratados de seus subcontratados.

Esse poder de repercussão que grandes marcas possuem pode ser visto como uma das principais responsabilidades sociais delas e propõe novos desafios aos seus executivos. A gestão das marcas deve até influenciar e ajudar a decidir assuntos que antes estavam muito longe de sua área de atuação, como a definição de fornecedores.

Essa perspectiva é muito positiva e deixa cada vez mais claro que a comunicação das empresas necessita se pautar por valores morais, éticos e responsáveis, valores esses que devem estar atrelados à missão e visão das organizações. É uma função social que as companhias precisam assumir perante a sociedade. Uma marca com esses valores pode, inclusive, em vez de gerenciar a crise a posteriori, levantar e discutir pontos que ainda não conseguiram a correta visibilidade da sociedade e liderar o caminho para que a indústria a qual faz parte possa ser mais justa com as pessoas, as comunidades e o meio ambiente.

Há alguns exemplos para isso. Hoje sabemos contar calorias em função da mobilização da indústria alimentícia. Aprendemos também pelas repercussões e publicidade dessa mesma indústria sobre a importância do consumo de fibras, os efeitos do colesterol e a evitar gorduras trans. Tivemos um pouco mais de conhecimento com o episódio da Nike a respeito da exploração e ambiente de trabalho de países cujos nomes não sabíamos antes do escândalo dos anos 2000. E ainda com a indústria de cosméticos, sobre a exploração do óleo de palma nas florestas africanas.

O papel das redes sociais se faz muito presente nesses assuntos. Afinal, se julgamos que elas pouco têm a fazer para diminuir a corrupção no governo, elas talvez causem estragos enormes na saúde das marcas. Nesse caso, um retweet ou um compartilhamento no Facebook começará, quem sabe, a mudar a nossa percepção de algumas marcas antes imaculadas.

Os executivos das principais empresas globais e brasileiras estão prontos para esses novos papéis que eles devem desempenhar? Eles estão aptos a discutir e abordar assuntos relevantes com os seus consumidores e a sociedade, em vez de focar nos benefícios de seus produtos? E as companhias sentem-se preparadas para que as áreas de comunicação assumam um papel ainda mais estratégico dentro das organizações, que podem inclusive conter a seleção de fornecedores? Se as respostas às perguntas acima forem negativas para a sua empresa, fica aqui o alerta: os consumidores já estão prontos!

Fonte: Mundo do Marketing

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