Marketing: A democratização do Luxo

Setembro 8, 2011 by  
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Nos últimos anos o crescimento do Brasil levou milhares de pessoas a consumir marcas, serviços e categorias de produtos antes inacessíveis à maior parte da população brasileira. O aumento da população da elite somada à melhora da renda e ao crédito gerou uma forte mudança no perfil do consumidor.

O consumo do Luxo foi democratizado, o que nos leva a uma reflexão sobre o comportamento de consumo. O surgimento de uma nova classe consumidora trouxe ao mercado de Luxo um novo cliente, aquele que tem acesso às mesmas categorias de produtos diferenciados, mas que traz em sua bagagem outras referências estéticas, comuns aos emergentes que representam mais da metade do consumo nacional dos dias atuais.

A classe média aumentou substancialmente no Brasil e hoje representa 50% da população brasileira. Esses consumidores possuem uma maior acessibilidade às informações e um poder de compra 13 vezes maior que a elite brasileira. Uma classe que em 2002 era representada por apenas 522 mil pessoas e hoje é representada por mais de 1 milhão de brasileiros. Esses novos consumidores são responsáveis por 78% do consumo em supermercados, 60% das mulheres que vão a salões de beleza, 70% dos cartões de crédito no Brasil e 80% das pessoas que acessam a internet, segundo dados do instituto de pesquisa Data Popular.

Essa nova classe média apresenta um novo perfil de consumo. É uma classe otimista, que valoriza sua origem, de signos próprios que são inerentes à sua cultura, história e identidade. Possui diferentes padrões de beleza e comportamento, e não se preocupam em entender todos os signos que o produto adquirido carrega.

Além do fenômeno dos consumidores emergentes com um comportamento de compra aspiracional, o próprio dinheiro mudou de mãos. A cesta de produtos das classes também é semelhante, o que muda é a frequência de compra. O acesso foi democratizado. Produtos de Luxo, antes restritos a elite, já fazem parte da classe média brasileira, como viagens internacionais, perfumes e cosméticos, bebidas importadas, entre outros.

Um forte exemplo da democratização das marcas é a Giorgio Armani. Com o intuito de tornar a marca mais acessível, a Armani lança a Armani Exchange, uma linha de apelo democrático, moderna, urbana e casual, que mantém a elegância e sofisticação da marca Armani. A grife italiana foi uma das primeiras marcas no mundo a reconhecerem a necessidade de tornar seus produtos mais acessíveis. Uma estratégia inovadora que tornou seus produtos antes inacessíveis ao alcance dessa nova classe de consumidores que aspira a consumir a marca.

Vislumbramos ainda a democratização do acesso às informações, onde a internet democratiza o espaço de compra de produtos de Luxo e motiva o consumo aspiracional. É um movimento de R$ 273 bilhões na internet por ano, onde 50% das vendas realizadas no varejo tradicional são influenciadas por pesquisas de preço, opinião e informações sobre os produtos, realizadas na internet. A revolução do consumo, da informação e do acesso ao conhecimento.

E estamos preparados para atender a essa nova demanda? As marcas de Luxo precisam absorver novos conhecimentos se quiserem aproveitar o potencial de consumo da classe emergente brasileira para aumentar sua lucratividade. Para se aproximar destes consumidores, é preciso se democratizar, ser influentes, próximas e amigáveis, mas, principalmente, entender os consumidores e o que desejam.

As empresas podem tornar os produtos e serviços mais acessíveis aos consumidores emergentes sem perder o prestígio e o status de diferenciação. Educar os consumidores de classes aspiracionais a se aventurarem pelo consumo de marcas tradicionalmente ligadas ao segmento de Luxo e Premium.

Visando apoiar as marcas a respeitarem simultaneamente os códigos desses consumidores, bem como seu comportamento de consumo, a MCF Consultoria & Conhecimento, especializada na Gestão do mercado de Luxo e o Data Popular, referência em mercados emergentes, iniciaram uma parceria estratégica e inédita, divulgada durante o ATUALUXO BRASIL 2011.

A parceria tem como objetivo auxiliar as empresas a tornar os produtos e serviços mais acessíveis e educar os consumidores de classes aspiracionais a se aventurarem pelo consumo de marcas tradicionalmente ligadas ao segmento. Ambas as empresas farão uso de toda experiência adquirida nos últimos 10 anos, criando um formato único de Consultoria Estratégica no mercado Brasileiro.

No país da ascensão social, da democratização do consumo e da diversidade, as marcas que prosperam são as marcas verdadeiramente democráticas. Existe um novo hábito de consumo, um consumo diferenciado e fortemente impactado por um novo consumidor, gerando ainda mais oportunidades.

Fonte: Mundo do Marketing

Marketing: Portugueses criam película comestível para alimentos

Setembro 8, 2011 by  
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Uma película comestível, invisível e que permite embalar os alimentos, preservando a sua conservação, promete revolucionar a indústria alimentar. É uma das mais recentes inovações do Instituto para a Biotecnologia e Bioengenharia (IBB) da Universidade do Minho(UM).

O Nanopacksafer, nome atribuído ao projeto do IBB, surgiu da necessidade de desenvolver uma “embalagem que permitisse a conservação dos alimentos e que ao mesmo tempo fosse comestível e biodegradável”, explica ao Boas Notícias, José Teixeira, investigador da UM, que coordena a equipa de cinco pessoas que desenvolveu esta inovação.

A equipa da UM iniciou o projeto em 2005, através da pesquisa de materiais que “pudessem ser usados como base” para a criação de uma película capaz de melhorar a conservação dos alimentos mas evitando os problemas típicos da “utilização das embalagens sintéticas para alimentos”.

Da investigação nasceu o Nanopacksafer: uma solução líquida que cobre os alimentos. A película contém uma nanopartícula que, depois de seca, cria um revestimento protetor, impedindo que microrganismos contaminem os alimentos.

A matéria-prima biológica

A principal matéria-prima que está na origem da película tem base biológica, sendo extraída da biomassa. “Os principais materiais usados são os polissacarídeos, tais como galactomananos extraídos de sementes de leguminosas (ex: semente de alfarroba), carragenanas, agaranas extraídas de algas, e também quitosano obtido da carapaça dos crustáceos”, explica José Teixeira.

A equipa também já testou “algumas proteínas do leite e gorduras de vegetais na forma isolada ou combinadas com os polissacarídeos”.

O revestimento e o sabor

Segundo adiantou José Teixeira ao Boas Notícias, os materiais utilizados “não têm sabores detetáveis pelo paladar humano”. Porém, “existe a possibilidade de usar materiais e compostos que possam ter sabores”, o que permite “alterar ou enaltecer os sabores dos alimentos de uma forma natural, para uma maior satisfação do consumidor”.

Uma vez que não tem sabor, o revestimento não altera o sabor dos alimentos. A única alteração prevista, segundo o responsável pelo projeto, é a “melhoria da qualidade dos alimentos durante o armazenamento”.

A película preserva os alimentos aumentando o tempo de prateleira e reforçando a sua segurança alimentar. José Teixeira adianta que o revestimento “pode ser usado para substituir as embalagens sintéticas usadas comercialmente”.

Devido à sua simplicidade e segurança, a película vem permitir por exemplo, no caso dos frutos, “uma aplicação do revestimento no próprio produtor”, aquando da colheita.

Outras vantagens e comercialização

Outra das características da película é que esta “pode tornar-se um veículo para a incorporação de compostos bioativos nos alimentos, como antioxidantes ou antimicrobianos”.

Para já a comercialização do Nanopacksafer “está dependente do interesse das empresas em aplicar esta tecnologia nos seus produtos”, salienta José Teixeira.

A tecnologia desenvolvida no IBB já foi publicada em revistas internacionais de referência. E o grupo de investigadores da UM afirma que tem “todo o interesse em colaborar com os empresários”, existindo já algumas empresas de laticínios interessadas em aplicar a película em queijos.

Fonte: Boas Notícias

Marketing: Media sociais alteram consumo de TV

Setembro 8, 2011 by  
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Os media sociais têm impactado a forma como os consumidores vêem televisão. A conclusão, noticia a Exame brasileira, é do estudo anual “TV & Video Consumer Trend Report 2011″, desenvolvido pelo ConsumerLab da Ericsson.

De facto, mais de 40% dos inquiridos afirmaram recorrer a redes sociais em vários dispositivos, como smartphones e tablets, enquanto vêem televisão. A maior parte das famílias, com destaque para as dos EUA, combinam a TV com o uso do Twitter, Facebook, mensagens de texto, chamadas de voz e fóruns de discussão sobre o que estão ou estiveram a assistir. A interligação de plataformas é ainda mais notória quando se tratam de reality shows e programas desportivos. «Esta comunicação agrega uma nova dimensão à experiência de TV», referiu Anders Erlandsson, conselheiro sénior do Ericsson ConsumerLab.

O estudo demonstra ainda que os consumidores passam cada vez menos tempo a assistir a transmissões televisivas programadas, e cada vez mais tempo a assistir à TV online via streaming e on demand.

O “TV & Video Consumer Trend Report 2011″ reuniu dados recolhidos na Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, Holanda, Reino Unido, Rússia, Suécia e Tailândia, englobando cerca de 400 milhões de consumidores.

Fonte: Marketeer