Inovação: China busca liderança no setor de carros sustentáveis
Outubro 20, 2011 by Inovação & Marketing
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De líder em volume a líder em inovação. Esse é o anseio da China, maior país fabricante de veículos do mundo.
Com estratégia focada no desenvolvimento de novas tecnologias, a indústria automotiva chinesa quer aliar qualidade, segurança e, principalmente, questões ambientais, reservando menor atenção a recordes de produção.
Somente no ano passado, a China produziu 18.264.700 veículos, enquanto o Brasil fabricou 3.648.358 unidades, conforme dados da Organização Internacional dos Fabricantes de Veículos (OICA).
Dados mais recentes mostram que, de janeiro a agosto deste ano, a produção do gigante asiático somou 11.855.200 veículos.
O plano traçado pela indústria local prevê alcançar vendas de 1 milhão de carros verdes até 2015, integrando as tecnologias de carros elétricos e híbridos. Com isso, a expectativa é que em 2020 a China seja o país número um no mercado de veículos com nova fonte de energia. O governo chinês gastará 10 bilhões de iuanes por ano para apoiar a indústria.
“O ano de 2011 marca um momento de transição. Nos últimos 10 anos, a indústria automotiva chinesa vem se desenvolvendo. Agora, chegou a hora em que é preciso inovação para continuar progredindo”, afirmou Wang Xia, presidente do Conselho do Comitê de Promoção do Comércio Internacional de Automóveis da China, durante o Fórum Global Automotivo 2011, em Chengdu, China, que comemorou os 10 anos de participação do país na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Além do aumento das emissões de gases poluentes, a preocupação da indústria automotiva da China com a mobilidade sustentável considera a cadeia de fornecimento de petróleo.
“A lacuna entre oferta e demanda está gradualmente aumentando, por isso temos que diversificar os combustíveis”, afirmou Katsuaki Watanabe, assessor sênior da Toyota Motor Corporation no Japão.
Para desenvolver tecnologias inovadoras e, consequentente, melhorar a imagem de seus veículos, ainda ligeiramente defasados em relação aos carros europeus, americanos e japoneses no que diz respeito à tecnologia e ao design, a indústria automotiva da China acredita que uma das mudanças será o preço dos veículos.
Após anos apostando em preços competitivos no mercado internacional, a indústria chinesa percebeu que esta não é a única maneira de ganhar participação de mercado, tendo em vista que seu efeito é restrito e limita o desenvolvimento.
“Temos preços baixos, mas não é bom o suficiente. Qualidade é a chave para o crescimento das marcas chinesas”, disse Xu Liuping, presidente da Chang’an Automobile Group.
Diferentes apostas
Sem um modelo de energia limpa definido, a busca das montadoras é pelo desenvolvimento ou aprimoramento de tecnologias já existentes, caso dos veículos elétricos (EV) e híbridos, por exemplo.
“Vamos entrar em uma era de mega competição”, destaca Osamu Masuko, presidente da Mitsubishi Motors.
Com prioridade na preservação do meio ambiente, a aposta da empresa japonesa é no carro elétrico. A justificativa para a escolha está na flexibilidade de obtenção de energia para esses veículos.
Por sua vez, a compatriota Toyota vê futuro para a tecnologia híbrida, que permite efetuar longos percursos sem necessidade de recarga – uma limitação dos veículos elétricos.
“Buscamos a solução certa, no momento certo e para o veículo certo”, afirmou Watanabe.
Fonte: Económico
Marketing: 7 razões porque você precisa de uma estratégia de Branding na sua empresa
Outubro 19, 2011 by Inovação & Marketing
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Uma estratégia de Branding gera atratividade e lealdade para a sua marca. Agrega valor a sua empresa e gera valor percebido. E o consumidor está disposto a pagar mais por isto.
Você pode já ter se dado conta de que sua empresa precisa de comunicação, porque se ficar em silêncio ninguém saberá que ela existe. Pode até ter percebido que precisa sempre lançar novos produtos para permanecer no mercado. Mas nos dias de hoje, estas táticas não bastam. Você sabia que somos bombardeados por mais de 3.000 mensagens comerciais por dia e que em 2008 foram lançados no Brasil 231,2 mil produtos novos? Como sobreviver neste ambiente caótico, saturado e altamente competitivo? Veja sete respostas para estas questões.
1. Uma estratégia de Branding cria vínculos emocionais e marcas fortes. Se sua marca desenvolver uma ligação afetiva com seu público, ficará muito difícil uma cópia chinesa tomar seu lugar na mente e no coração das pessoas. Veja o caso da Harley Davidson. Suas motocicletas não têm a melhor tecnologia nem suas máquinas o melhor desempenho. No entanto, esta marca tem uma ligação emocional tão forte com seu público que a idolatra, que a tribo dos “Harleiros” não a troca por nenhuma outra.
2. Hoje nos deparamos com o excesso de tudo, e a escolha pelo melhor produto ou serviço se tornou cansativa e desmotivante. Neste cenário, nossa mente filtra quase tudo e retém apenas aquilo que é muito interessante ou muito útil. Uma estratégia de Branding cria associações com emoções e significados importantes para as pessoas. Assim sua marca se mantém na mente e no coração das pessoas.
3. No trabalho de identificação da identidade de sua marca, diferenças e promessas exclusivas definirão o DNA da marca. Além de ficar muito claro quem você é e que diferença você faz na vida das pessoas, será transmitida sempre uma mesma percepção de marca em qualquer ponto de contato; seja um anúncio, o design de um produto, uma vitrine ou um evento que sua marca patrocina.
4. Branding cria confiança, o maior atalho para a compra. Imagine que você irá comprar uma TV hoje e tentará tomar sua decisão comparando atributos racionais. “Preciso de 1080, ou basta 720p? 120Hz ou a nova 240Hz? LCD? LED? Oled? Ou Plasma? Esqueça. Esta TV tem um bom design, um belo som. A imagem é muito boa. E Sony é uma ótima marca. É esta que vou levar.
5. Uma estratégia Branding projeta o design da experiência total do consumidor. Este projeto leva em conta desde o primeiro contato que ele tem com a marca – o nome da marca – passa pelo design do produto ou serviço, pela interação do produto com o consumidor, pela embalagem, pelo design gráfico, pela arquitetura do espaço físico onde este produto será comercializado, pelo treinamento das pessoas que respondem pela marca, pelo espaço virtual da marca – seu site, a forma como as pessoas irão se relacionar com ele, o e-commerce, a mídia social e assim por diante. A idéia é que seu consumidor tenha sempre uma experiência única e completa cada vez que entrar em contato com sua marca. Assim sua marca será relevante para seu público e a experiência completa e única. Pense na Apple: seus produtos, nomes, embalagens, lojas, design gráfico, etc. Sempre uma experiência única em nossa mente e coração.
6. Isto que você ouve por aí, é verdade. “O mundo mudou”. O consumidor do século 21 não é mais parte de uma massa amorfa, com quem as empresas se comunicam através de via de mão única. O consumidor de hoje cobra valores das empresas e não tolera mais comportamentos que danem o meio ambiente – como o caso recente da British Petroleum no Golfo do México – ou que sejam socialmente inaceitáveis – a exemplo da Zara terceirizando sua produção a um empregador que contrata mão de obra escrava. O consumidor quer atitudes autênticas das marcas. Uma estratégia de Branding desenha um plano de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e estuda quais os projetos que estão alinhados com o DNA de sua marca. Hoje os acionista se beneficiam mais quando o CEO e o board maximizam valor para a sociedade do que apenas focam no acionista. E certos bancos exigem práticas sustentáveis das empresas para conceder empréstimos. Fazem isto não por bom-mocismo, mas porque acreditam que haja risco para o negócio. Acreditam que empresas que adotam práticas não sustentáveis podem apresentar um lindo balanço, mas oferecem o risco de estar fechadas dentro de alguns anos.
7. Finalmente, uma estratégia de Branding gera atratividade e lealdade para a sua marca. Agrega valor a sua empresa e gera valor percebido. E o consumidor está disposto a pagar mais por isto.
Fonte: Mundo do Marketing
Inovação: Designers criam carregador solar para carros
Outubro 19, 2011 by Inovação & Marketing
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Ter todos os dispositivos eletrônicos com as baterias sempre carregadas não é tarefa simples, principalmente para as pessoas que passam horas nas ruas – longe de uma tomada. Para solucionar este problema, os designer da “Quirky community” criaram o Ray, um carregador solar para carros.
Na construção do carregador os designers pensaram em uma maneira de criar um modelo que tenha aproveitamento máximo da luz solar, sem muito esforço por parte do usuário.
Utilizando uma porta USB adaptada para inúmeros aparelhos portáteis, o carregador solar possui uma bateria compacta, que armazena energia suficiente para carregar completamente um telefone celular.
Sua ventosa pode ser usada em qualquer superfície de vidro, como janelas de casas, carros e aviões. No carro, a utilização durante a condução (como sugerido pela imagem) é uma ideia que pode não ser muito utilizada, dada a prevalência de carregadores no acendedor no carro. Mesmo assim, esta é uma alternativa mais eficiente e ecologicamente correta, já que depende apenas da energia do sol para funcionar. O dispositivo também possui uma luz indicativa de LED para mostrar o status de bateria.
O Ray é o resultado do trabalho colaborativo da Quirky community, e é o 137º produto desenvolvido desde o lançamento do projeto, em junho de 2009.
O dispositivo está disponível para pré-venda e custa 39,99 dólares. A produção não começará até que dois mil pedidos sejam feitos. Até agora foram feitas 908 encomendas.
Fonte: Exame
Inovação: Nova tecnologia pode carregar carros elétricos em 10 minutos
Outubro 19, 2011 by Inovação & Marketing
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Recarregar a energia de um veículo antes mesmo de uma lasanha ficar pronta no micro-ondas. Essa é a proposta da Nissan para os carros do futuro. Meses depois de revelar um carregador para veículos elétricos bastante eficiente, a montadora anunciou que está trabalhando para aperfeiçoar a tecnologia e criar uma ferramenta capaz de carregar veículos elétricos em, no máximo, 10 minutos.
O trabalho tem sido desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade de Kansai, no Japão. A empresa ressalta que pode conseguir isso graças ao capacitor do recarregador, substituindo o eletrodo de carbono por um composto que mistura óxido de tungstênio e óxido de vanádio.
Fontes ligadas à indústria, contudo, são unânimes em afirmar que uma tecnologia como essa não chegaria ao mercado em escala comercial antes de 10 anos.
Fonte: Terra
Inovação: Brasil tem de ir além da pesquisa para impulsionar inovação
Outubro 18, 2011 by Inovação & Marketing
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Governo tem de criar um ambiente de colaboração entre universidades e setor privado, avalia Robert Wolcott, diretor do Kellogg Innovation Network
Não adianta somente destinar recursos à pesquisa se a intenção é fomentar a inovação no país. O governo tem de ir além e promover o intercâmbio entre universidades e empresas. Desta maneira, o conhecimento gerado na academia contribuirá para expandir a produtividade e o potencial de crescimento de longo prazo de uma nação. Incorporar essa lógica é um dos desafios do Brasil. A avaliação é de Robert Wolcott, diretor do Kellogg Innovation Network – fundação voltada à inovação da Kellog School of Management – e especialista no tema.
Para Wolcott, que também é conselheiro do Centro de Inovação Nórdico, o país deveria se inspirar na Noruega, Suécia ou Finlândia, que, como o Brasil, têm forte presença estatal na economia, mas souberam usar essa característica para induzir a inovação. Contudo, é imprescindível não se prender a um modelo específico. “O correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para a economia brasileira”, avalia. O caminho, em sua visão, é a combinação das lições de outros países com as vantagens competitivas nacionais. “Aí, sim, começa a se construir um ganhador”, prevê.
Wolcott – que vem a São Paulo em novembro para participar de debate da revista inglesa The Economist sobre o futuro do país – falou com exclusividade ao site de VEJA.
Países que destinam valores semelhantes para pesquisa têm resultados muito diferentes quanto aos números de patentes que registram. O que explica essa disparidade?
Essa é uma questão extensa. As pessoas tendem a assumir que basta destinar fundos para pesquisa para produzir inovações no mercado. Isso não é necessariamente verdadeiro. É claro que é muito bom ter um setor de pesquisa forte. Contudo, a realidade é que existem outros pontos críticos para traduzir conhecimento científico em sucesso mercadológico. Não é uma ação natural. Depende em grande parte da existência de empreendedores e de grandes empresas capazes de levar novos conceitos e tecnologias ao mercado, e assim enriquecê-los. Muitos governos ao redor do mundo têm dificuldades de incorporar essa lógica às suas políticas.
Em que bons exemplos o Brasil poderia se inspirar para que, um dia, possamos sonhar com um Vale do Silício brasileiro?
Escrevi recentemente um artigo sobre essa ideia de se criar um Vale do Silício brasileiro. Várias nações, na verdade, tentam recriar o Vale do Silício. A realidade, entretanto, é que isso não vai acontecer em outro país nem outras regiões dos Estados Unidos. O Vale do Silício é um ecossistema único e peculiar. Certamente, há muitas coisas que podemos aprender com ele, mas não deveríamos tentar replicá-lo. Em vez de olhar apenas para um modelo específico, quer seja o desta região, de Israel, quer seja de Cambridge, o correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para cada local.
O Brasil tem um setor público forte e tributos elevados. Considerando a forte presença do estado na economia, o governo poderia olhar para a experiência dos países nórdicos (Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Noruega). Eles também têm impostos altos, mas dispõem de excelentes serviços públicos e gastam muito tempo e dinheiro apoiando empreendedorismo e inovação na região. Não tem sido perfeito, mas eles têm alcançando resultados de longo prazo muito bons e têm ajudado a criar companhias de tecnologia bem-sucedidas.
O correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para a economia brasileira. Quando se combinam as características de um país com as lições aprendidas de outros, aí, sim, começa a se construir um ganhador.
Quais são os passos necessários para o Brasil avançar neste campo?
Empreender no Brasil é muito difícil em função das leis trabalhistas que impõem custos pesados ao empregador e outras regulações. Essas estruturas legais, aliadas à burocracia, criam desafios enormes aos pequenos empresários. O primeiro desafio é trabalhar essas leis.
Eu adicionaria, no entanto, um ponto a essa discussão em que o Brasil está indo bem. Quando se olham os rankings das universidades da América Latina, a Universidade de São Paulo (USP) aparece sempre no topo. Ter universidades fortes não é o único ingrediente para fomentar um setor empreendedor, mas é um elemento crítico. O ideal é nutrir essas universidades não somente para fortalecer a pesquisa, mas também com plataformas onde haja encontros que permitam a criação de novos negócios. Isso tem sido feito de várias maneiras ao redor do mundo.
Recentemente, o governo anunciou o Plano Brasil Maior, que reduz impostos da folha de pagamento de alguns setores. Na ocasião também foi anunciada a intenção de se criar uma agência de inovação. Como isso poderia impulsionar o investimento em inovação no país?
Eu não sei detalhes dos planos, mas posso falar de maneira geral que há muitos casos ao redor do mundo em que países criaram agências para administrar o investimento em pesquisa e inovação. Algumas, como a de Taiwan, foram bem-sucedidas. Lá, a agência funciona como uma rede de encontros entre empresas e universidades. Há também casos, no entanto, em que os governos colocaram muito dinheiro nestas agências, que, no limite, podem até ter gerado mais produção acadêmica, mas que não converteram necessariamente o investimento em crescimento de longo prazo. Eu vejo como uma saída mais adequada ter o governo como um criador de condições para essas redes fluírem.
Segundo o IBGE, as estatais investem mais em inovação que as empresas privadas no Brasil. Por que isso acontece?
Uma organização que tem acesso mais fácil a um capital com menos risco estará mais disposta a inovar. Mas a questão é o desempenho desses investimentos. Há várias companhias que investem menos em inovação e têm melhores resultados.
Uma pesquisa realizada em 2009 pelo Global Entrepreneurship Monitor mostrou que os empresários brasileiros estão pouco familiarizados com a inovação. O senhor acha que isso acontece porque o país tem um imenso mercado interno e as empresas nacionais ainda não são forçadas a competir globalmente?
Tradicionalmente, essa tem sido a razão. Em lugares cada vez mais abertos ao mercado global, a situação tem mudado. Vamos ver um pouco mais dessa mudança acontecendo no Brasil nos próximos anos porque as empresas nacionais estão não apenas procurando competir em outros mercados como também tem visto o interesse de estrangeiras no país crescer. Isso será paradoxalmente positivo para o Brasil no sentido de que empresas locais terão desafios e oportunidades de ficarem mais inovadoras. Se ninguém vê necessidade de mudar, é difícil de fazer as pessoas perseguirem mudanças.
Fonte: Veja