Inovação: Brasil tem de ir além da pesquisa para impulsionar inovação
Outubro 18, 2011 by Inovação & Marketing
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Governo tem de criar um ambiente de colaboração entre universidades e setor privado, avalia Robert Wolcott, diretor do Kellogg Innovation Network
Não adianta somente destinar recursos à pesquisa se a intenção é fomentar a inovação no país. O governo tem de ir além e promover o intercâmbio entre universidades e empresas. Desta maneira, o conhecimento gerado na academia contribuirá para expandir a produtividade e o potencial de crescimento de longo prazo de uma nação. Incorporar essa lógica é um dos desafios do Brasil. A avaliação é de Robert Wolcott, diretor do Kellogg Innovation Network – fundação voltada à inovação da Kellog School of Management – e especialista no tema.
Para Wolcott, que também é conselheiro do Centro de Inovação Nórdico, o país deveria se inspirar na Noruega, Suécia ou Finlândia, que, como o Brasil, têm forte presença estatal na economia, mas souberam usar essa característica para induzir a inovação. Contudo, é imprescindível não se prender a um modelo específico. “O correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para a economia brasileira”, avalia. O caminho, em sua visão, é a combinação das lições de outros países com as vantagens competitivas nacionais. “Aí, sim, começa a se construir um ganhador”, prevê.
Wolcott – que vem a São Paulo em novembro para participar de debate da revista inglesa The Economist sobre o futuro do país – falou com exclusividade ao site de VEJA.
Países que destinam valores semelhantes para pesquisa têm resultados muito diferentes quanto aos números de patentes que registram. O que explica essa disparidade?
Essa é uma questão extensa. As pessoas tendem a assumir que basta destinar fundos para pesquisa para produzir inovações no mercado. Isso não é necessariamente verdadeiro. É claro que é muito bom ter um setor de pesquisa forte. Contudo, a realidade é que existem outros pontos críticos para traduzir conhecimento científico em sucesso mercadológico. Não é uma ação natural. Depende em grande parte da existência de empreendedores e de grandes empresas capazes de levar novos conceitos e tecnologias ao mercado, e assim enriquecê-los. Muitos governos ao redor do mundo têm dificuldades de incorporar essa lógica às suas políticas.
Em que bons exemplos o Brasil poderia se inspirar para que, um dia, possamos sonhar com um Vale do Silício brasileiro?
Escrevi recentemente um artigo sobre essa ideia de se criar um Vale do Silício brasileiro. Várias nações, na verdade, tentam recriar o Vale do Silício. A realidade, entretanto, é que isso não vai acontecer em outro país nem outras regiões dos Estados Unidos. O Vale do Silício é um ecossistema único e peculiar. Certamente, há muitas coisas que podemos aprender com ele, mas não deveríamos tentar replicá-lo. Em vez de olhar apenas para um modelo específico, quer seja o desta região, de Israel, quer seja de Cambridge, o correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para cada local.
O Brasil tem um setor público forte e tributos elevados. Considerando a forte presença do estado na economia, o governo poderia olhar para a experiência dos países nórdicos (Dinamarca, Suécia, Finlândia, Islândia, Noruega). Eles também têm impostos altos, mas dispõem de excelentes serviços públicos e gastam muito tempo e dinheiro apoiando empreendedorismo e inovação na região. Não tem sido perfeito, mas eles têm alcançando resultados de longo prazo muito bons e têm ajudado a criar companhias de tecnologia bem-sucedidas.
O correto é retirar de cada experiência o que seria mais eficiente para a economia brasileira. Quando se combinam as características de um país com as lições aprendidas de outros, aí, sim, começa a se construir um ganhador.
Quais são os passos necessários para o Brasil avançar neste campo?
Empreender no Brasil é muito difícil em função das leis trabalhistas que impõem custos pesados ao empregador e outras regulações. Essas estruturas legais, aliadas à burocracia, criam desafios enormes aos pequenos empresários. O primeiro desafio é trabalhar essas leis.
Eu adicionaria, no entanto, um ponto a essa discussão em que o Brasil está indo bem. Quando se olham os rankings das universidades da América Latina, a Universidade de São Paulo (USP) aparece sempre no topo. Ter universidades fortes não é o único ingrediente para fomentar um setor empreendedor, mas é um elemento crítico. O ideal é nutrir essas universidades não somente para fortalecer a pesquisa, mas também com plataformas onde haja encontros que permitam a criação de novos negócios. Isso tem sido feito de várias maneiras ao redor do mundo.
Recentemente, o governo anunciou o Plano Brasil Maior, que reduz impostos da folha de pagamento de alguns setores. Na ocasião também foi anunciada a intenção de se criar uma agência de inovação. Como isso poderia impulsionar o investimento em inovação no país?
Eu não sei detalhes dos planos, mas posso falar de maneira geral que há muitos casos ao redor do mundo em que países criaram agências para administrar o investimento em pesquisa e inovação. Algumas, como a de Taiwan, foram bem-sucedidas. Lá, a agência funciona como uma rede de encontros entre empresas e universidades. Há também casos, no entanto, em que os governos colocaram muito dinheiro nestas agências, que, no limite, podem até ter gerado mais produção acadêmica, mas que não converteram necessariamente o investimento em crescimento de longo prazo. Eu vejo como uma saída mais adequada ter o governo como um criador de condições para essas redes fluírem.
Segundo o IBGE, as estatais investem mais em inovação que as empresas privadas no Brasil. Por que isso acontece?
Uma organização que tem acesso mais fácil a um capital com menos risco estará mais disposta a inovar. Mas a questão é o desempenho desses investimentos. Há várias companhias que investem menos em inovação e têm melhores resultados.
Uma pesquisa realizada em 2009 pelo Global Entrepreneurship Monitor mostrou que os empresários brasileiros estão pouco familiarizados com a inovação. O senhor acha que isso acontece porque o país tem um imenso mercado interno e as empresas nacionais ainda não são forçadas a competir globalmente?
Tradicionalmente, essa tem sido a razão. Em lugares cada vez mais abertos ao mercado global, a situação tem mudado. Vamos ver um pouco mais dessa mudança acontecendo no Brasil nos próximos anos porque as empresas nacionais estão não apenas procurando competir em outros mercados como também tem visto o interesse de estrangeiras no país crescer. Isso será paradoxalmente positivo para o Brasil no sentido de que empresas locais terão desafios e oportunidades de ficarem mais inovadoras. Se ninguém vê necessidade de mudar, é difícil de fazer as pessoas perseguirem mudanças.
Fonte: Veja
Empreendedorismo: O valor de um profissional empreendedor
Outubro 18, 2011 by Inovação & Marketing
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Você, reconhece em si mesmo características empreendedoras? Essas competências já são muito valorizadas pelas melhores empresas do mercado de trabalho. Além disso, o profissional empreendedor é percebido como um verdadeiro talento nos ambientes organizacionais.
Outro dia, pela manhã, saí para uma reflexão pessoal. Enquanto apreciava a paisagem do Rio São Francisco, no Cais de Januária-MG (não é merchandising, mas é um belo lugar), encontrei um amigo e tivemos um “papo de carreira” interessante, exatamente sobre o tema que apresentei em Outubro na UNIMONTES.
Ele começou dizendo ter visto a divulgação da palestra “Eu, Minha Carreira e o Empreendedorismo”, e que gostaria muito de participar. Falei um pouco sobre a proposta do evento, e ele imediatamente afirmou: “Eu preciso assistir essa palestra”.
E me confessou a situação atual de sua carreira: trabalha em uma empresa da cidade, e recentemente começou a fazer um curso superior, fato que desagradou o proprietário da empresa.
Segundo ele, o empresário apesar de ser uma pessoa com um bom nível de instrução, demonstra claramente não admitir a ocupação do tempo disponível de seus funcionários com os estudos. Acredito que o empresário pensa estar remunerando seus colaboradores também pela disponibilidade integral.
Meu amigo continuou: disse ter feito várias propostas de melhoria na empresa, que demonstra grande potencial de crescimento. Mas o empresário diz que investir em informatização e novas tecnologias são gastos, e não investimentos.
Resumindo: ele está insatisfeito e se diz sem clima para o relacionamento com a empresa depois da postura negativa do empresário em apoiá-lo na sua busca por melhor qualificação profissional.
Aí pensei comigo: Puxa! Esse empresário vai perder um profissional empreendedor que poderia oferecer um conjunto de competências diferenciadas para a empresa e contribuir para o seu crescimento.
Muitos empresários não investem na formação empreendedora de seus colaboradores, por medo de que eles se tornem concorrentes ou mesmo que deixem suas empresas. Não conseguem reconhecer que pessoas deixaram de ser meros recursos para serem parceiras das organizações.
Acorda para as oportunidades empresário! Quem veste a camisa da empresa, é o colaborador que se sente valorizado e percebido como parceiro, como dono de parte do negócio.
Imagine os resultados de uma empresa, com uma equipe de profissionais dotados de competências empreendedoras! Pessoas criativas, persistentes, ousadas, dinâmicas, informadas, proativas, bem relacionadas, comprometidas, que sabem planejar e alcançar metas. E pense em profissionais de todas as áreas. Desde o auxiliar de limpeza, passando pelos vendedores, indo até a alta gerência e a presidência de qualquer organização. Fantástico, certo?
Enquanto meu amigo conversa, fiquei pensando sobre o valor que um profissional empreendedor pode agregar aos negócios de uma organização. E como esses profissionais podem dinamizar suas próprias carreiras.
No final de nossa conversa, enquanto o aluno da autoescola fazia a última volta nos obstáculos, o celular do meu amigo toca. Era a empresa concorrente convidando ele para se integrar a uma nova equipe.
Depois disso ele se despediu: “Está vendo? Tenho mesmo que ir ouvir sua palestra”.
E você, reconhece em si mesmo características de um profissional empreendedor? Essas competências já são muito valorizadas pelas melhores organizações do mercado de trabalho.
Agora se você é empresário, pare com o medo de investir na formação de sua equipe! Seus colaboradores querem se tornar parceiros do seu negócio.
Fonte: Administradores
Marketing: Facebook pisca o olho aos grandes anunciantes
Outubro 18, 2011 by Inovação & Marketing
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Mark Zuckerber e seus “amigos” querem conquistar os grandes investidores publicitários, nem sempre muito satisfeitos com as constantes alterações na rede social do momento.
Ao contrário do que se possa pensar, os anunciantes não andam lá muito satisfeitos com o Facebook. Afinal, audiência não é tudo. As constantes alterações no design e navegação da rede social da moda está a apanhar alguns anunciantes desprevenidos, incapazes de medir com rigor o impacto das suas campanhas.
A pouco mais de um ano de avançar para a Bolsa e numa altura em que detém (tão somente) 6,4% da publicidade online nos EUA, contra uns esmagadores 40,8% da Google, aí está um problema que a empresa de Mark Zuckerberg tem de resolver quando antes.
Vai daí, o Facebook reuniu na semana passada em Nova Iorque, pela primeira vez, o seu “conselho de anunciantes”, uma estrutura onde têm assento os seis principais investidores publicitários nesta rede social (como, por exemplo, a Coca-Cola, Walmart e Diageo) e algumas das maiores agências dos EUA (Aegis Media, Omnicom e WPP).
Anúncios especiais
Durante este encontro, que decorreu em Nova Iorque e no qual Zuckerberg participou por videoconferência, foi apresentado um novo formato de anúncio premium, feito a pensar nas grandes marcas, bem como uma versão revista e melhorada do “Insights”, a ferramenta disponibilizada para medir a audiência das campanhas publicitárias.
Segundo a “Advertising Age “, este novo anúncio premium é, essencialmente, “um misto de artigo patrocinado, que surge socialmente contextualizado por likes e comentários de amigos, uma peça de conteúdo publicitário servido na área nobre do site.”
O Facebook espera, assim, conquistar terreno ao seu mais direto competidor, a Google, mas também ao mercado televisivo norte-americano, que vale cerca de 60 mil milhões de dólares por ano.
Segundo a “Advertising Age”, a rede social da moda deverá encaixar 3.8 mil milhões de dólares em 2011 com a venda de publicidade.