Marketing: Empresas portuguesas estão presentes em 163 países
Novembro 15, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Portugal vende para 163, um número impressionante, tendo em atenção que a ONU reconhece 193 países como independentes.
Portugal é uma economia pequena e com falta de competitividade à escala global, mas os empresários portugueses vendem os seus produtos praticamente para todo o mundo. O Diário Económico foi saber com quantos países as empresas portuguesas mantêm relações comerciais e chegou à conclusão que são 163. Um número impressionante, tendo em atenção que a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhece 193 países como independentes. Ou seja, as empresas portuguesas têm uma presença praticamente em todo o mundo ao exportar para 84% dos países. Mas os dados não se ficam por aqui, já que Portugal ainda vende para 42 regiões e países autónomos não reconhecidos como países pela ONU. Refira-se que esta organização mundial identifica, entre países, países declarados independentes e autónomos, o número de 265.
Contudo, são dados que contrastam com o peso das exportações na riqueza nacional que se fica em apenas 30%. Álvaro Santos Pereira, ministro da Economia e do Emprego, já traçou o objectivo para as exportações: “Portugal deverá ter a ambição de exportar cerca de 50% do PIB daqui a cinco anos, “chegando aos 70 ou 80% daqui a 20 anos”, afirmou recentemente.
Claro que o principal mercado exportador das empresas lusas é o Europeu, liderado pela Espanha, Alemanha e França, com mais de 27,5 mil milhões de euros em 2010, o que representa cerca de 75% das exportações totais.
Um dado que pode comprometer o objectivo traçado pelo ministro da Economia, já que paira sobre a Europa uma verdadeira nuvem negra com a crise das dívidas soberanas, liderada pela Grécia. Uma crise que também está a contagiar o mundo. Contudo, e de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros cinco meses de 2011 as exportações portuguesas de bens ascenderam a 17,3 mil milhões de euros, o que corresponde a um crescimento nominal em valor de 18%, relativamente ao período homólogo de 2010. Mas isso não impediu os empresários portugueses de procurarem uma presença em outros mercados, nomeadamente naqueles em que se perspectiva um forte crescimento económico, como Brasil, Índia, China, México, África do Sul, com um volume de negócios que já ultrapassa os 1,1 mil milhões de euros. Pouco ainda, mas essencial para abrir as portas para muitas mais empresas. No entanto, e segundo o INE, os países terceiros diminuíram a sua participação nas exportações globais em 0,2 ontos percentuais (de 24,4% em Janeiro/Maio de 2010, para 24,2% em 2011), registando uma contribuição de 4,2 pontos percentuais para o crescimento total.
Fundamental apostar na cooperação
É sabida a inter-ajuda entre os emigrantes portugueses, algo que as empresas, entre elas, também poderão usar. Aliás, multiplicam-se os exemplos de empresas portuguesas que têm uma operação a uma verdadeira escala global como a Sogrape, Corticeira Amorim, Amtrol-Alfa, Silampos ou a fábrica de chocolates Imperial e que poderão apoiar novos negócios para outras empresas. O conhecimento do mercado, da cultura e a legislação são fundamentais para as PME que têm menos capacidade financeira para contratar consultores.
Acresce a necessidade de se aproveitarem as oportunidades que existem na diáspora portuguesa ao nível do empreendedorismo inovador para que Portugal possa potenciar o crescimento das suas exportações. Também estes empresários portugueses espalhados um pouco por todo mundo podem ajudar através dos seus contactos como agentes facilitadores de um aumento das exportações. Ou seja, constituírem-se como verdadeiros agentes da divulgação dos produtos portugueses e contribuir para o reforço da rede de contactos entre empresas portuguesas.
A par destes dados do mundo empresarial, também o Estado português tem uma presença em 77 países através das suas embaixadas, tendo ainda presença diplomática assegurada através de oito missões permanentes. Às quais acrescem as 50 delegações da AICEP em 44 países. Uma verdadeira rede que coloca Portugal no mundo.
Empresários procuram novos mercados
Os empresários portugueses estão à procura de outros mercados, nomeadamente naqueles em que se perspectiva um forte crescimento económico, como Brasil, Índia, China, México, África do Sul, com um volume de negócios que já ultrapassa os 1,1 mil milhões de euros. Pouco ainda, mas essencial para abrir as portas para muitas mais empresas.
Fonte: Económico
Inovação: Primeira rede social em Google Earth é portuguesa
Novembro 14, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
YoubeQ é o nome daquela que os responsáveis garantem ser “a primeira rede social a correr no Google Earth”. O projeto foi desenvolvido de raíz pela iNovmapping, uma startup nascida na Universidade de Coimbra, que agora anuncia o lançamento do serviço.
“Após os primeiros dias de lançamento”, a rede social a 3 dimensões “conta já com utilizadores oriundos de 83 países”, escreve a instituição, num comunicado à imprensa.
As diferenças entre este serviço e sites como o Facebook ou LinkedIn reside na forma como é feito o contacto social, descrevem os responsáveis pelo projeto. “No youQ a abordagem é feita de forma inovadora porque é estabelecida uma relação das pessoas com os locais, permitindo conhecer o mundo através de viagens virtuais”, afirmam.
Segundo a empresa, formada por ex-alunos da Faculdade de Letras, trata-se de uma rede social muito intuitiva, “mais próxima da realidade”.
Enquanto, por exemplo, no Facebook são criadas páginas de uma instituição ou de um local, na YoubeQ os locais, monumentos, etc, são apresentados em modelação 3D, descreve Rogério Coelho, da iNovmapping.
A entrada na rede social tem como cenário o Central Park, em Nova Iorque, e o utilizador é representado através de um avatar. Quando este percorrer o local vai cruzar-se com todos os outros avatares de utilizadores no mesmo local, podendo desencadear interações e estabelecer amizades.
A qualquer momento é possível teleportar-se para qualquer outro ponto do planeta ou convidar um amigo a teleportar-se para determinado local para uma visita em conjunto, “permitindo a troca de impressões sobre os locais visitados”, destaca o responsável.
“A YoubeQ permite explorar o mundo rodeado de outras pessoas, que o vão ajudar a saber mais sobre os diversos locais do planeta, num ambiente 3D, com base no Google Earth”. Aqui “todos os utilizadores serão guias, pois poderão ajudar os outros a conhecer melhor o mundo onde vivem”, conclui Rogério Coelho.
O serviço está, para já, disponível para utilização a partir dos browsers do computador, estando prometida para breve uma versão para acesso a partir de smartphones.
Fonte: Sapo TeK
Marketing: Google pode lançar serviço de música na quarta-feira
Novembro 14, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
O Google está a planear um evento misterioso para quarta-feira onde se espera que apresente um novo serviço de música.
Os convite que chegaram à imprensa tinham por título «These go to eleven» («Estes vão ao nível 11»), fazendo alusão ao filme «This is Spinal Tap».
Na obra, que é sobre uma banda britânica, um dos protagonistas diz que o volume dos amplificadores chega ao nível 11, enquanto o de outros grupos vai apenas até 10. Aparentemente, a Google pretende «amplificar» seu serviço de música online, segundo o IDGnow.
O Google lançou em Maio a versão beta do serviço baseado em nuvem (cloud). A empresa permite que os utilizadores façam upload de 20.000 faixas e as envie para vários dispositivos.
Especula-se que o novo serviço seja integrado no Google+. É possível que a empresa permita que os utilizadores ouçam as músicas de amigos gratuitamente, uma vez que um deles tenha comprado uma faixa
Fonte: Diário Digital
Marketing: Imobiliária vende imóveis por tablets, celulares e mídias sociais
Novembro 14, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
O mercado virtual nasceu com a comercialização de bens de consumo simples, como livros e CDs, mas amadureceu de tal maneira que hoje serve de plataforma para a venda de imóveis. Essa evolução atende às necessidades do próprio consumidor, cada vez mais sem tempo de sair em busca do imóvel por conta da rotina diária atribulada. “Este canal proporciona aos clientes conforto na hora da compra, segurança, praticidade e credibilidade. Por conta disso, atualmente, mais de 80% das vendas são feitas através dos meios eletrônicos”, conta Alexandre Oliveira, diretor da imobiliária AE Patrimônio.
O empresário Wilson Guedes, 44, sócio-diretor de uma empresa de comércio exterior com sede em Sorocaba/SP, sempre optou pela internet na hora de pesquisar as melhores oportunidades de negócios no mercado imobiliário e até já adquiriu alguns imóveis pela rede mundial de computadores. “Com a correria do dia-a-dia, apenas durante o final de semana é que consigo olhar as oportunidades de imóveis na rede. Pela internet, já cheguei, inclusive, a deixar o negócio totalmente encaminhado no domingo para que, na segunda, apenas fosse conferida a documentação”, diz
Para Wilson, a internet é uma facilidade que ganha, cada vez mais, força no mundo contemporâneo. “Mesmo a compra do carro da empresa eu já fiz pela internet”, comenta. Pensando nesse comportamento atual de consumo, a AE Patrimônio tem apostado no e-commerce e desenvolveu aplicativos de venda e locação de imóveis e terrenos via tablets e smartphones, como iPads e iPhones, e mídias sociais, como Facebook e Twitter, para que os clientes recebam as novidades, ofertas e oportunidades de negócio direto no computador ou celular.
Segundo o economista e professor da ESAMC Sorocaba Alexandre Itria, a web já é considerada uma vantagem competitiva das empresas, o que se aplica também a setores antes não introduzidos no meio, como o imobiliário. “Com a internet, o mercado de todas as empresas ampliou muito. Neste caso, uma pessoa que está pensando em se transferir para outra cidade pode fazer uma pesquisa à distância e até fechar negócio com o consultor online. Isto porque ela tem a seu alcance uma quantia relevante de informações”, explica Itria.
Fonte: Exame
Inovação: Geração de conhecimento nas empresas é essencial para inovação
Novembro 13, 2011 by Inovação & Marketing
Filed under Notícias
Conhecimento nas empresas
Um erro comum no Brasil costuma atrapalhar a relação entre empresas e universidades: supor que o sistema de inovação de um país funciona com instituições acadêmicas gerando integralmente o conhecimento e empresas apenas recebendo as novas tecnologias.
Ao contrário: a empresa é um local privilegiado para gerar conhecimento.
A análise foi feita por Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, durante evento promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e pela Academia Brasileira de Ciências (ABC).
durante o Workshop FAPESP-ABC sobre Pesquisa Colaborativa Universidade-Empresa, que teve início nesta segunda-feira (7/11), em São Paulo.
Pesquisadores das empresas
Na abertura do evento, Jacob Palis, presidente da ABC, contou que uma série de simpósios sobre a relação academia-empresa começou a ser realizada há dois anos, por iniciativa da entidade.
“A ideia é fomentar o entrosamento do cientista com a indústria instalada no Brasil. Essa relação às vezes sofre com preconceitos de lado a lado. O cientista é visto como alguém dedicado somente a assuntos abstratos e a empresa como desinteressada pela pesquisa. Queremos mostrar que academia e empresas não têm mais interesses divergentes”, disse.
“A empresa é um lugar muito privilegiado de produção de conhecimento. Nos países desenvolvidos isso fica evidente. Mesmo quando não há um centro de pesquisa formal, há gente resolvendo problemas e gerando conhecimento o tempo todo. No entanto, esse pesquisador que trabalha na empresa está sempre interagindo com as universidades, que auxiliam nas soluções de problemas dentro de uma pauta formulada pela própria empresa”, disse Brito Cruz.
Os pesquisadores das empresas, em um bom sistema de inovação, não estão isolados, segundo ele, pois a universidade continua sendo um referencial que eles trazem consigo.
“Antes de trabalhar na empresa, esse profissional estudou em algum lugar. E, quando tem um problema para resolver no laboratório, ele aciona sua rede de contatos, buscando auxílio com os colegas, professores e grupos de pesquisa que ele sabe que podem ter as respostas”, disse.
Pouco investimento em inovação
Brito Cruz traçou um retrato do setor de inovação no Brasil e, em particular, das relações entre universidades e empresas.
O dispêndio total de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil em 2008 foi de 1,09% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 23 bilhões. Desse total, 54% vieram de fontes públicas e 46% do setor privado.
“Podemos verificar que a porcentagem do PIB que o Brasil aplica em P&D fica abaixo dos países com os quais queremos competir. No entanto, há uma grande heterogeneidade no país e, se observarmos os números de São Paulo isoladamente, vemos que o estado tem um dispêndio de 1,7%, maior que o da Espanha, da Itália e do próprio Brasil”, destacou.
Quando são comparados os quadros de dispêndio em P&D apenas no setor público, no entanto, as diferenças não são muito grandes entre os países. No dispêndio governamental, o Brasil investe 0,7% do PIB e nenhum país passa muito de 1%. “Como se vê, a restrição de investimentos governamentais não é o principal problema para nosso sistema de inovação”, disse Brito Cruz.
É no dispêndio do setor privado que se encontra a principal diferença entre os países. Enquanto o dispêndio empresarial em São Paulo é de 1% do PIB, nos Estados Unidos e Alemanha o investimento é de cerca de 2% e países como Japão, Coreia do Sul e Suécia investem mais de 2,5%.
“Entretanto, nesses países as empresas não enfrentam as graves restrições que as empresas brasileiras precisam encarar”, disse Brito Cruz. Segundo ele, as três principais restrições são o custo tributário gigantesco, o custo dos juros e de um câmbio anômalo – vale mais a pena investir em aplicações que em pesquisa – e um custo trabalhista imenso.
“Não se trata de dizer que as empresas brasileiras não sabem ou não querem investir em pesquisa. O que ocorre é que elas não conseguem, porque o peso dessas restrições é muito grande. O ambiente é hostil. Em São Paulo a situação é um pouco melhor, porque as empresas da região têm mais competição internacional”, afirmou.
Pesquisadores nas empresas
Uma das dificuldades enfrentadas pelo sistema brasileiro é o número de pesquisadores nas empresas: são poucos e com tendência de redução. “Temos cerca de 133 mil pesquisadores no Brasil, sendo 57% em universidades e 37% em empresas. A Pintec 2010 mostra uma redução na quantidade de pesquisadores na empresa”, disse Brito Cruz.
O número de pesquisadores nas empresas no Brasil aumentou até 2005, quando atingiu 50 mil – e caiu entre 2005 e 2008. “O Brasil tem hoje 45 mil pesquisadores em empresas. A Coreia do Sul, com um sétimo da população, tem 166 mil. E os Estados Unidos têm 1,1 milhão. Nosso pequeno dispêndio em P&D se manifesta concretamente no pequeno número de pesquisadores”, afirmou.
As patentes em empresas também são um indicador no qual o Brasil deixa a desejar. A China, segundo Brito Cruz, teve um crescimento espetacular nesse aspecto: o número de patentes em empresas foi multiplicado por 10 entre 1994 e 2004.
“O número de patentes chinesas registradas nos Estados Unidos em 2004 era de 404 e em 2009 passou para 1.655. O Brasil teve 106 patentes registradas nos Estados Unidos em 2004 e apenas 103 em 2009. Podemos verificar uma tendência à estagnação, nesse aspecto, a partir de 2003. A Espanha, que tem o mesmo número de pesquisadores que o Brasil, tem três vezes mais patentes”, disse.
Brito Cruz destacou que a relação entre universidades e indústria não se limita aos estudos conjuntos. “Além de pesquisas conjuntas, as universidades e empresas também estabelecem suas relações na forma de um fluxo de estudantes, de contatos informais com pesquisadores da universidade e da empresa, de conferências, de revistas especializadas, de copublicação, de mobilidade de pesquisadores – que tiram licença para trabalhar na empresa, ou para fazer um doutorado -, de contratos de pesquisa, de contratos de patente e licenciamento, de spin-offs e da construção conjunta de laboratórios de pesquisa”, disse.
Biorreatores de leveduras
Gonçalo Amarante Guimarães Pereira, coordenador do Laboratório de Genômica e Expressão do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apresentou a palestra “Rotas verdes para o Propeno”, sobre um projeto PITE FAPESP-Braskem.
Segundo Pereira, o projeto de pesquisas foi motivado porque a Braskem tinha o objetivo de chegar a 2012 entre as dez maiores empresas do setor de petroquímica. “Em 2010, a empresa já havia chegado à quarta posição no mundo em seu setor. Uma empresa desse porte não sobrevive sem inovação”, disse.
O primeiro contato entre a Braskem e o grupo de pesquisas da Unicamp foi induzido pela empresa, em 2007. “Já estava em desenvolvimento uma tecnologia de polietileno verde que, do ponto de vista químico, é uma coisa simples”, disse.
“Hoje, a Braskem tem uma planta de 200 mil toneladas produzindo polietileno verde. Mas, no caso do propeno, não havia tecnologia simples, nem complexa. Chegou-se à conclusão de que, para produzir o propeno, seria preciso investir em ciência”, explicou.
O projeto utilizava biologia sintética para utilizar leveduras como biorreatores para produção de glicerol a partir do caldo de cana. Com um novo biorreator, uma bactéria, eles passaram a produzir propanol.
“Os resultados objetivos do projeto foram a formação de mestres e doutores, seis patentes – sendo uma delas nos Estados Unidos -, alguns artigos e o desenvolvimento de um organismo industrial e de um processo. Tudo funcionou tão bem que a Braskem, uma empresa de petroquímica, resolveu investir no desenvolvimento de um laboratório de biotecnologia”, afirmou.
O novo laboratório da Braskem terá 40 pesquisadores até o fim do ano, segundo Pereira. “Um aspecto importante é que esse projeto abriu postos para doutores e pós-doutores na empresa. Como esses estudos exigem sigilo, a tendência é que os pesquisadores se desliguem da universidade para trabalhar na empresa. Por outro lado, há também uma tendência de manter relações de longo prazo”, disse.
Fonte: Inovação Tecnológica