Marketing: Games para celular e tablet tomam mercado de consoles
Novembro 16, 2011 by Inovação & Marketing
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Sony e Nintendo perdem espaço para dispositivos da Apple e com Android, sistema operacional do Google.
A penetração acelerada de tablets e smartphones com os sistemas operacionais Android, do Google, e iOS, da Apple, estão dificultando a vida de empresas consagradas no mercado de consoles portáteis. Nesta quinta-feira, a empresa de pesquisas de mercado Flurry Analytics apresentou dados preocupantes para gigantes do setor como Sony e Nintendo nos Estados Unidos. De acordo com o documento, 58% do mercado de games para dispositivos móveis é dominado por aparelhos que utilizam um dos os dois sistemas rivais – um crescimento de 24% em relação à 2010.
Os consoles da série Nintendo DS ocupam hoje uma fatia de 36% do mercado, ante aos 57% do ano anterior. Já a Sony, com seu PSP, domina apenas 6% do setor, caindo 3% em relação a 2010. Os produtos das duas empresas estão em declínio desde 2009, quando houve um “boom” na produção dos chamados celulares inteligentes. A Flurry aponta ainda que, até o fim de 2011, os consumidores irão gastar cerca de 3,3 bilhões de dólares com jogos para dispositivos móveis, ante os 2,7 bilhões captados pela indústria em 2009.
De certa forma, a Sony conseguiu amenizar o efeito desse resultado ao estar presente no setor de tablets e smartphones com o sistema operacional do Google. Recentemente, a empresa lançou oficialmente no Brasil o celular Xperia Play, que além de uma tela sensível ao toque, traz controles similares ao dos consoles da linha PlayStation. Já a Nintendo não tem participação nesse setor específico – algo que pode ser levando em consideração pela direção da companhia japonesa para os próximos anos.
Enquanto isso, a Apple se gaba de seu iPod Touch, divulgando que o dispositivo é o mais indicado do mercado para quem gosta de jogos on-line. Ao todo, a companhia oferece em sua loja de aplicativos – a App Store – mais de 100.000 títulos criados por desenvolvedores independentes e gigantes da indústria dos games.
Fonte: Exame
Marketing: Adobe e Facebook dão a conhecer o ROI de um “like”
Novembro 16, 2011 by Inovação & Marketing
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A Adobe e o Facebook estão a desenvolver em conjunto uma ferramenta que permite a medição económica do valor do botão “Like” da rede social de Mark Zuckerberg, bem como de outros espaços, como páginas web e anúncios.
Segundo afirma o Marketing News, a ferramenta que afere o valor das campanhas em redes sociais seria uma mais valia para os anunciantes já que, por agora, é difícil discriminar o retorno do seu investimento (ROI).
De acordo com a Adobe, a ferramenta permitirá aos anunciantes aceder a métricas que lhes revelam o valor monetário de cada clique no botão “Like” do Facebook em cada conteúdo, saber quais os fãs mais influentes e benéficos para a marca, e conhecer o impacto da campanha em outras redes, como o Twitter e a plataforma de blogues WordPress.
O Facebook e a Adobe colaboraram também na criação de um código de boas práticas para as marcas que queiram optimizar o “Like” nas suas páginas e perfis da rede social. Nele é explicada a melhor forma de utilizar o botão e como medir o ROI de cada clique.
Fonte: Marketeer
Marketing: Algumas marcas são dinossauros. E elas vão desaparecer
Novembro 16, 2011 by Inovação & Marketing
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Um dos gurus mundiais da neurociência, A.K. Pradeep conta as lições que o cérebro ensina às empresas que querem seguir exemplos de sucesso como o da Apple.
Pose de guru, roupa de guru, jeito de falar de guru. Se você é mulher, enquanto lê essas palavras, provavelmente seu cérebro tenha imaginado uma pessoa de turbante, com terno brilhante e fala cheia de previsões. Se você é um homem, é bem possível que seu olhar tenha passado da leitura da primeira frase direto para a foto (ao lado) de A.K. Pradeep, presidente mundial da NeuroFocus.
Bem, tirando o turbante, o indiano Dr. Pradeep faz valer o título de guru mundial da neurociência. E essa explicação de como o cérebro de homens e mulheres reagem é dele.
Autor do best-seller “The Buying Brain” (O Cérebro que Compra), com lançamento no Brasil previsto para o primeiro semestre do ano que vem, Preadeep é especialista em ajudar as empresas a entenderem o cérebro humano para, assim, influenciarem suas decisões de compra.
Pradeep contou à Época Negócios que o segredo do sucesso da Apple é que a empresa soube exatamente como agradar nossos cérebros. Ele deu dicas sobre como tirar proveito da neurociência nos negócios de companhias dos mais diferentes segmentos e fez um alerta. “Há muitas marcas gigantes que estão sendo varridas do planeta pelo ponto de vista do neurodesign.”
A passagem pelo país tem a ver com a abertura de um centro de pesquisas por aqui. Comprada pela Nielsen, em fevereiro de 2008, a NeuroFocus atuava no Brasil de forma mais tímida. A aposta agora é maior. Por isso, Pradeek quis ele mesmo dar início ao processo de contratação da equipe, composta por cientistas, consultores de negócios e neurofisiológicos. “Esse é um mercado muito competitivo, singular e economicamente rápido. Haverá muito para aprendermos aqui e estou muito ansioso por isso”, avaliou.
Se depender do entusiasmo do especialista com o tema, a nova investida, ao que parece, promete. “Estou trilhando o mesmo caminho que filósofos por muitos anos trilharam. Mas tenho sensores cerebrais. Consigo hoje medir isso de fato. Essa é minha pequena aventura.”
É possível traçar um perfil do consumidor hoje, do ponto-de-vista da neurociência?
Os consumidores querem a estética e a funcionalidade juntas. Não é suficiente que um produto funcione bem apenas. Por isso, o design se tornou uma parte muito importante. Eles querem uma relação multisensorial. Há ainda a primazia pela origem. O consumidor quer saber de onde algo vem. Se você está comendo um saco de batatas fritas, por exemplo, quer ver uma batata. Além disso, estão começando a dizer aos publicitários e marcas “desenvolva isso para mim”. É a personalização. Nada que eles pedem é impossível de se realizar, mas até hoje poucas marcas conseguiram atingir isso. Em suma, o consumidor é o mesmo, o cérebro é o mesmo. Mas os valores da mente humana é que parecem estar mudando com o passar dos tempos.
A personalização é um desafio que a neurociência pode ajudar a resolver?
Personalização não significa delegar ao consumidor a escolha de cada cor, cada botão ou menu. Eles não querem isso. Se você vai pedir um sanduíche e o garçom começar a perguntar “Qual o pão? Com manteiga ou sem? Tostado ou não? Qual recheio?”, em algum momento vai dizer, “por favor, só quero um sanduíche”. Personalização significa dar a escolha do que realmente é significativo. Mas significativo é o mesmo para todo mundo ou cada pessoa tem uma visão diferente do significativo? E é aí que a neurociência entra.
Como saber o que o consumidor quer escolher nesse processo?
É preciso oferecer um pequeno pacote de escolhas significativas. Se a empresa não fizer isso, vai colocar um monte de produtos no mercado que ninguém vai tocar, porque ofereceram demais. E se forem poucas escolhas, as pessoas ficam frustradas. A chave é descobrir esse equilíbrio. Alguns modelos de automóveis hoje são um bom exemplo. Há tantas opções de personalização que você precisa de um livro que te ensine a usar o sistema elétrico. Conforme você dá a opção de escolha pergunte-se o que é intuitivo e o que não é. De quanto tempo você precisa para aprender a usar um iPhone? Intuitividade é uma métrica da neurociência, aliás.
Alguma marca conseguiu atender às exigências do cérebro do consumidor?
Há uma marca que tem influenciado os consumidores por todo o mundo. Essa marca é a Apple. Ela mudou a maneira como os consumidores enxergam as coisas, revolucionou a noção de design, estética e simplicidade, ao aprimorar a visibilidade, arredondar os formatos e dar um status de moda a seus produtos. Como consumidor, você começou a olhar para um produto ou uma embalagem e, no fundo do seu cérebro, goste ou não, há a expectativa pela simplicidade do iPhone e a pureza do design Apple. Ninguém até hoje satisfez o consumidor como a Apple. A empresa criou um desafio fascinante para as companhias a incorporarem a nova estética do consumidor.
Por falar em Apple, Steve Jobs dizia que não acreditava em pesquisar o consumidor e que a grande sacada seria criar uma demanda. Você concorda com isso?
Sim, ele estava completamente certo. Ele acreditava que o mercado tradicional de pesquisas não sabia de nada e ele estava muito certo. O modo como as pessoas percebem mentalmente alguma coisa é muito similar, mas como os humanos se expressam em relação a alguma coisa é bem diferente. É por isso que os conhecidos focus groups não funcionam.
Dentro desse cenário, qual o principal erro das empresas na relação com o consumidor?
Muitos de meus clientes têm percebido que o comprador primário em muitos casos é a mulher. No entanto, a maioria dos anúncios e das mensagens é feita por homens para homens. Antes, costumava ser assim: “qualquer coisa que você desenvolva, apenas acrescente um pouquinho de rosa e as mulheres vão comprar”. Eu digo que isso é uma ofensa. Tentar entender o cérebro feminino e começar a desenvolver produtos e serviços e mensagens para a mulher é uma grande necessidade.
Como influenciar, então, o cérebro feminino?
Há diferenças enormes entre os cérebros feminino e masculino. As mulheres lêem, os homens não. Os homens gostam de imagens. O cérebro feminino quer informação. Seu cérebro diz “não tente me vender, conte-me”. Elas gostam que fatos sejam apresentados de uma maneira que permita que elas cheguem a uma conclusão de compra. Elas não gostam de ser pressionadas, reagem negativamente ao estresse, não gostam de imagens sexualmente explícitas, simplesmente porque não faz parte de como elas percebe as coisas. São tantos aprendizados…
E como aplicar esses aprendizados à estratégia comercial de uma empresa?
Sistematicamente, toda vez que uma marca for reinventada, um produto lançado ou que uma embalagem, um sistema de preços, um anúncio e uma promoção forem criados, absolutamente tudo isso precisa estar alinhado ao cérebro feminino. Daí você estará servindo seu grande cliente.
Como as empresas podem tirar vantagem da neurociência?
Em todos os pontos de contato com o consumidor. Há neurocientistas, neurofisiologistas e consultores de negócios, toda uma equipe para tratar disso. Primeiro vem a pesquisa. Depois, os laboratórios desenham, redesenham e testam infinitamente os produtos e anúncios. É um ciclo. As empresas precisam fazer pequenos projetos de neurociência e depois criarem seus próprios laboratórios, porque essa é uma vantagem estratégica, não pode ficar nas mãos de outra empresa ou consultoria.
Quanto a propaganda realmente afeta os consumidores?
Sempre houve propaganda. Seus pais, familiares, professores e amigos sempre falaram com você sobre algum produto ou serviço. Sempre houve propaganda por todo lugar, desde que os seres humanos estão vivos. A única diferença é que hoje temos a mesma coisa acontecendo em canais diferentes de comunicação. O número de escolhas e acesso a materiais e conteúdo mudou. Se você não estiver enviando um SMS pelo seu iPhone para alguém a 500 km de distância, você estará conversando com alguém do seu lado.
O senhor apontou a Apple como um exemplo bem sucedido do uso da neurociência. Seria esse o segredo do sucesso da empresa?
Pegue qualquer produto Apple. Você consegue me mostrar uma ponta? Não existem pontas, tudo é arredondado. Isso se chama “avoidance response” e consiste em um comportamento no qual toda vez que ele olha para algo pontiagudo, envia uma mensagem inconsciente para que você se proteja ou evite aquilo. Até os carregadores Apple são curvos. O modo como o menu do iPhone se acomoda na tela quando você o movimenta, isso se chama física natural. O cérebro ama isso porque ele prevê o que vai acontecer e, quando aquilo acontece, fica muito feliz. Antes mesmo de o neuromarketing aparecer, a Apple usava os princípios do neurodesign.
Existem empresas que apliquem tão bem esses conceitos?
A Clinique tem uma abordagem espetacular em suas embalagens e anúncios impressos. Eles seguem um princípio do cérebro chamado “numerosidade”. Basicamente, o cérebro gosta de enxergar de três a cinco grupos de imagens. Se você se ativer a três, será ainda melhor. Qualquer material impresso da Clinique tem sempre três grupos de imagens. Isso é disciplina. Quando eles fazem isso, tornam fácil para o cérebro processar aquilo mentalmente. O cérebro ama aquilo e o consumidor nem sabe ao certo porque gosta tanto da embalagem. Mas gosta. Eles são tão disciplinados quanto a este conceito, que usam também três passos para descrever o modo de usar de seus produtos.
Há mais casos?
Alguns varejistas nos EUA seguem rigorosamente os princípios da neurociência. Dentro de suas lojas, eles têm grandes pôsteres com anúncios. As imagens estão sempre à esquerda e os textos, à direita. Eles nunca violam essa regra, pois é o jeito como o cérebro processa as informações. O lado esquerdo do cérebro processa melhor as palavras e o direito, as imagens. Como as informações chegam invertidas a ele, a posição usada pelos varejistas é a disposição correta. Por isso, se você desrespeita essa regra, o cérebro passa por uma situação de desconforto. No frigir dos ovos, isso se traduz em menos vendas.
Quais as dicas que você daria às outras marcas que não atingiram esse nível?
É uma questão de sobrevivência. Todas as empresas e marcas que ainda não fizeram isso desaparecerão. Se observarmos a Nokia, ela parou de inovar. Eles disseram “talvez não tenhamos que nos esforçar tanto assim”. E hoje a empresa está em apuros. A BlackBerry notou que havia problemas com a maneira como apertávamos as teclas do celular. Então, eles foram atrás da inovação. Mas a quantidade de inovação que um iPhone trouxe com o deslizar de um dedo é muito maior que o que a BlackBerry atingiu. Marcas que não inovam – não apenas com ideias bacanas, mas na maneira de surpreender e deleitar o consumidor – vão simplesmente sumir. Você não vê dinossauros andando por aí. Algumas marcas são dinossauros. E elas vão desaparecer.
Fonte: Época Negócios