Inovação: Economia já recebeu nove mil milhões dos fundos comunitários

Abril 11, 2012 by  
Filed under Notícias

Em cinco anos, o actual quadro comunitário de apoio (QREN 2007-2013) tem uma taxa de execução de quase 40%. Empresas estão no fundo da tabela.

A economia nacional já recebeu nove mil milhões de euros em pagamentos comunitários. Este valor, que diz respeito a dados de meados de Março, corresponde a uma taxa de execução de 41,5%.

Os dados avançados ao Diário Económico pelo gabinete do secretário de Estado adjunto da Economia e a do Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, dão conta de um pequeno avanço na taxa de execução do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) relativamente ao final do ano passado (39%, o que corresponde a um volume de despesa de 8,3 mil milhões de euros), mas ainda são provisórios, ou seja, estão por consolidar, já que os valores do Fundo Social Europeu vão alterar os resultados finais. O desempenho modesto é ainda justificado pelas autoridades com o facto de os dois primeiros meses do ano serem tradicionalmente fracos em termos de actividade empresarial, já que muitas empresas os aproveitam para fazer gestão de stocks. Além disso, os 9,06 mil milhões de despesa têm ainda em conta os cerca de 250 milhões de euros que foram pagos aos promotores através de adiantamentos.

As empresas são precisamente a área que tem a taxa de execução mais baixa dos fundos comunitários. Com cerca de 37% de execução, o Programa Operacional Factores de Competitividade está na base da pirâmide, contrastando com os 51% do Programa Operacional Potencial Humano que se ocupa do financiamento da formação profissional e outras iniciativas de promoção do emprego – uma área vital na economia, confrontada com uma taxa de desemprego de 14,5% este ano e que, segundo a Comissão Europeia continuará nos 12,4% em 2015. Já os programas operacionais regionais do continente apresentam uma taxa de execução de 35%, enquanto nas ilhas se eleva para 51%.

Numa óptica diferente, a das taxas de compromisso – ou seja, o dinheiro que já está reservado para projectos que receberam luz verde para obter financiamento comunitário – a taxa global eleva-se para 83%, mais uma vez, um valor muito semelhante ao registado no final do ano. A este nível as empresas (PO Factores de Competitividade) têm uma taxa de aprovação de 91%, os sistemas de incentivo têm uma taxa de 100%, as regiões do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve de 92% e Açores e Madeira de 85%. As taxas superiores a 100% justificam-se com o facto de os fundos funcionarem numa lógica de ‘overbooking’ para que acha projectos em ‘pipeline’ caso se verifique alguma desistência, mas também para garantir que projectos de qualidade não fiquem à margem.

No entanto, até ao final deste mês deverá ficar concluída a “operação de limpeza”, iniciada a 14 de Março e que tem por objectivo libertar 1,15 mil milhões de euros em verbas que foram consignadas a projectos que não executados. O Ministério da Economia anunciou a “reavaliação e cancelamento de financiamentos contratualizados há mais de seis meses sem qualquer execução, aprovados mas sem contrato celebrado (por razões imputáveis ao promotor) ou com um nível de realização financeira igual ou inferior a 10% do montante aprovado”. Em causa estarão cerca de 2.200 projectos dos quais 310 com baixa execução (num limiar igual ou inferior a 10%), num volume de aproximadamente 350 milhões de euros de financiamento atribuído.

Com o desfecho da “operação limpeza” é dado mais um passo para a conclusão da reprogramação estratégica do QREN e serão libertados recursos financeiros para novas apostas a definir na referida reprogramação. “Esta operação é vital para relançar a execução do QREN e apoiar investimentos que animem a competitividade da economia, a criação de emprego e o desenvolvimento regional”, disse Almeida Henriques quando anunciou o arranque da operação de limpeza. Ao fim de 30 dias serão ainda conhecidas as várias excepções de projectos que pelo seu relevo merecem manter o financiamento ainda que os prazos de execução não estejam a ser cumpridos.

Fonte: Económico

Marketing: 10 sugestões para quem está aborrecido no emprego ou… precisa de arranjar novo

Abril 11, 2012 by  
Filed under Notícias

Numa altura em que muitos portugueses arriscam procurar a sua sorte lá fora, a CNN, que acredita que o mundo é global também na procura de empregos, dá uma série de sugestões, que o Dinheiro Vivo aproveita para destacar aqui.

1 – Instrutor de mergulho na Malásia. Se é um nadador experiente, confiante e bem treinado, com mais de 18 anos, esta é uma ótima opção. Mas é preciso acreditação, sendo uma das melhores a atribuída  pela PADI (Professional Association of Diving Instructor), para arranjar emprego nos resorts, centros aquáticos, marinas e linhas de cruzeiros. O ordenado ronda os 382 mil euros/mês.

2 – Ensinar inglês na Tailândia. É a grande oportunidade do momento neste país, sendo preciso ter o certificado TESL (Teaching English as a Second Language). Ser professor de inglês pode dar um rendimento mensal 763 euros por mês, mais casa para morar.

3 – Trabalhar num cruzeiro nas Caraíbas. Há vagas para serviços gerais, fotógrafos, rececionistas, caixas, engenheiros, canalizadores, carregadores, administradores, pessoal de cabine, animadores de crianças, artistas, médicos, assistentes de loja e esteticista. Só precisa de estar preparado para trabalhar 7 dias por semana e a todas as horas para ganhar, num contrato de seis meses, entre 705 euros/mês (empregado de mesa) e 1.294 euros/mês, como membro da tripulação, com funções de organizar atividades para os passageiros.

4 – Ser rancheiro nos Estados Unidos. É preciso saber montar  a cavalo, ter boa condição física e sentido de humor. E se gostar de usar chapéu de cowboy, melhor. Aos wranglers cabe a função de tratar dos cavalos e cela-los para que grupos de pessoas possam andar em circuitos próprios. Trabalha-se muitas horas, estando-se sempre em contacto com a poeira. A época alta deste emprego é entre maio e setembro, sobretudo nos EUA, Canadá e Austrália. Os ordenados  vão dos 1.221 euros/mês, com alojamento incluído.

5 – Agricultor da Serra Leoa. Esta opção é mesmo para quem não olha ao dinheiro e quer abraçar uma causa nobre, pois para se tornar agricultor tem de contatar o Worldwide Opportunities on Farms (WWOOF), que aceita voluntários em quintas de produção biológica. O alojamento é oferecido para quem trabalha seis horas por dia.

6 – Skiper em França. É a função mais baixa na hierarquia do meio náutico. No entanto, os benefícios de ser marinheiro são óbvios: um bom salário, que pode rondar os 1.908 euros/mês, incluindo comida e alojamento, além de andar quase sempre em águas calmas e sítios paradisíacos. Os contras são as longas horas de enjoo, exigindo a presença dos skippers.

7 – Instrutor de esqui na Áustria. Para muitos pode ser a possibilidade de juntar o útil ao agradável: praticar um desporto de que se gosta, num ambiente agradável de trabalho. Um instrutor é apenas pago pelas aulas que dá, estimando-se 15,3 euros/hora, sendo que os preços variam de país para país. Para se fazer pagar bem, há que obter a certificação da International Ski Instructor Association (ISIA), que lhe permite trabalhar em muitos países que pagam bem.

8 – Guia turístico em África. Indicado para pessoas que gostam de viajar e têm um temperamento calmo, capacidade para resolver situações de crise, bons conhecimentos de  geografia, facilidade de comunicar e falar diferentes línguas. Tudo isto para levar grupos de turistas pelas dunas da  Namíbia ou pelo Masai do Quénia. Neste emprego, como guia turístico, irá organizar itinerários, acompanhar grupos de turistas, tomar conta da viagem, dormindo e comendo o que for possível, enfrentar qualquer emergência que surjam, com a vantagem de fazer novos amigos. Por tudo isto, poderá receber 70 euros/dia, com comida e alojamento pagos.

9 – Barman em Inglaterra. Se tem conhecimentos que lhe permitem distinguir um brandy de uma caipirinha, é bom ouvinte e não se importa de trabalhar aos fins de semana até altas horas, então esta é uma hipótese viável. Um barman em Londres pode ganhar entre 24,5 mil euros e 29 mil euros por ano, consoante a experiência e o talento.

10 – Massagista nas Seychelles. Primeiro é preciso decidir qual a especialidade a adotar: massagem indiana, desportiva ou sueca. Empenhe-se em tirar um certificado oficial e depois é só comprar o material (óleos, toalhas, uma mesa de trabalho) e mãos à obra, literalmente. Um massagista no início de atividade pode ganhar desde 46 euros/hora, mas se for bom pode ganhar entre 382 euros e 764 euros por mês no Egipto ou nas Seychelles.

Extra … Figurante num filme de Bollywood. Recebe-se pouco (7,6 euros/dia) e às vezes também se trabalha poucos dias. Em Inglaterra paga-se melhor, 92 euros/dia. Os responsáveis pelo casting dos filmes na Índia tentam encontrar estes “walk-on artists” em pequenos hostels ou através de agências via online. Em Mumbai, o Leopold’s Café, onde foi rodado o filme “Shantaram”, circulava o rumor de que o realizador procurava novos rostos de todas as nacionalidade.
A CNN deixa estas sugestões que, apesar de parecerem exóticas, estão ao alcance de qualquer um.. bom dos mais aventureiros, pelo menos.

Fonte: Dinheiro Vivo

Marketing: Qual o caminho do Marketing Digital para PMEs?

Abril 11, 2012 by  
Filed under Notícias

O crescimento constante da internet e do e-commerce no Brasil tem representado uma oportunidade para os que querem empreender, mas também um desafio. Como se destacar em um cenário que caminha para o amadurecimento e testemunha a disputa cada vez mais acirrada de players de todos os tamanhos – desde os que nasceram originalmente no universo digital até os grandes varejistas que também apostam na internet?

Não só no varejo eletrônico, o Marketing Digital mostra-se uma ferramenta importante para as pequenas e médias empresas que querem crescer e ganhar notoriedade no mercado. Em uma era direcionada para o relacionamento, quem não tem verba para investir pesado na comunicação tradicional ganha espaço com criatividade e um diálogo certeiro com o consumidor na web.

“As empresas fogem cada vez mais do caminho do branding tradicional e optam pelo relacionamento, pelo bate-papo com os clientes. Trabalhar bem as mídias sociais é um dos principais meios. Exige mais criatividade e estratégia do que dinheiro”, acredita Flávio Horta, Diretor da Digitalks, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Nem tudo que está na moda é adequado
Os modismos, no entanto, devem ser vistos com cuidado quando o assunto é internet. Há quatro anos em operação, a Doce Beleza opera exclusivamente online vendendo cosméticos, especialmente produtos para os cabelos. Em um primeiro momento, a prioridade foi investir em mecanismos que dessem visibilidade à marca.

“A grande vitrine para negócios baseados na internet é o Google, com adwords e busca orgânica. É daí que vem quase toda a visibilidade que a empresa pode ter, independente do porte. Obviamente, quanto mais verba, mais visível ela tende a estar”, conta Celso Vistra, Gerente de Marketing da Doce Beleza, em entrevista ao portal.

Foram necessários dois anos para que a empresa desse um novo passo e investisse em mídias sociais. A estratégia da Doce Beleza nestes canais, entretanto, não é orientada para vendas, e sim para o relacionamento. A intenção sempre foi ter um espaço para que as consumidoras discutissem, tirassem dúvidas e falassem sobre assuntos relacionados ao universo da beleza.

A importância de um diagnóstico correto
Agora, o investimento é ainda maior. A Doce Beleza está reformulando os canais existentes, como Linkedin, Facebook, Twitter e Youtube, e criando novos perfis no Pinterest e no Tumblr, além de um blog. Tudo para incentivar ainda mais a conversa e fortalecer a marca, contribuindo para o aumento do faturamento da empresa, que em 2011 cresceu 55%, atingindo R$ 12 milhões. Para a Doce Beleza, as mídias sociais devem manter-se como um canal de relacionamento e deixar as vendas a cargo da loja virtual.

“Acompanhamos o social commerce e não descartamos a possibilidade, mas pensamos que não é uma plataforma adequada para o nosso negócio. A navegabilidade de um portal bem estruturado, como pesquisa de produtos, é infinitamente superior à da plataforma do Facebook, por exemplo”, diz Vistra, ressaltando que, no caso de empresas que estão começando, as vendas por meio de plataformas como o Facebook e sua Like Store podem ser uma alternativa rentável.

Antes de pensar em outros canais, no entanto, é importante fazer uma avaliação do próprio site e das ferramentas já utilizadas. Algumas mudanças simples podem trazer resultados satisfatórios. Foi o que aconteceu com o Instituto de Estudos Franceses e Europeus (IFESP). Depois de reformular toda a estratégia digital, o IFESP conseguiu passar de um faturamento de R$ 750 mil em 2009 para R$ 1,5 milhão em 2011 e gastar duas vezes menos com Marketing.

Mudanças que fazem a diferença
Em 2009, o IFESP contava com um site feito de maneira artesanal, mas com um bom posicionamento nas buscas orgânicas. Com a reformulação do portal, entretanto, a visibilidade diminuiu e aumentaram os gastos na compra de palavras-chave. “Desconhecendo as melhores práticas de Marketing Digital, percebemos que não iríamos muito longe e o custo seria alto”, explica Alexandrine Brami, Sócia-Diretora do IFESP, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O primeiro passo foi diagnosticar os problemas e transmitir para a equipe o que estava errado e precisava ser mudado. Em seguida, foi necessário ganhar notoriedade na internet para aumentar a taxa de conversão dos prospects em clientes. Foi o momento, então, de mudar mais uma vez o site, que passou a ser orientado para buscas orgânicas.

Como o maior problema era justamente a conversão de clientes, o instituto também investiu na melhoria do sistema de e-mail Marketing. “Enviávamos e-mail e as pessoas marcavam como spam ou pediam para sair do mailing. Encontramos uma empresa que não só oferecia a prestação de envio, como também a consultoria em otimização dos e-mails”, lembra Alexandrine, ressaltando que a medida mais que triplicou a taxa de abertura, passando de 6% para 20%, e expandiu de 10% para 35% o número de cliques dos e-mails.

Marketing Digital também demanda investimentos
Apesar de parecer pequeno, se comparado ao Marketing tradicional, o investimento em Marketing Digital deve ser cuidadoso e planejado para minimizar erros. “Para a pequena empresa, montar uma equipe de mídias sociais tem um custo alto. Utilizar os próprios funcionários acaba sendo um caminho mais viável”, sugere Horta, da Digitalks. “Os profissionais de Marketing precisam se adaptar a um mundo com mais números. Na internet, a ação vai para o ar e começa o trabalho de mensurar, entender, mudar e melhorar, de forma contínua”.

É exatamente a falta de estratégia um dos principais erros de quem investe em Marketing Digital. “Entrar na internet sem planejamento é um tiro no pé. Tem que estar preparado para o consumidor que vai falar de você, bem ou mal. O Santander, por exemplo, tem uma política de responder em até duas horas no Twitter e quatro ou cinco horas no Facebook. Pelo telefone, são cinco dias. Isso mostra a diferença do buzz que um consumidor insatisfeito pode causar nas redes sociais comparado ao telefone”, considera Horta.

Entre as próximas tendências, além das mídias sociais que já são mais do que exigência, está o mobile. “No futuro vejo tudo isso que estamos falando muito mais forte no mobile, que já é uma realidade. Os preços dos smartphones estão cada vez caindo mais e daqui a pouco os tablets serão mais baratos do que computadores. Veremos o boom do Brasil móvel”, destaca o Diretor da Digitalks.

Fonte: Mundo do Marketing