Inovação: de ponta ao serviço das empresas

Maio 19, 2010 by  
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Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, em Guimarães, é responsável pela criação de novos materiais e produtos na indústria nacional e internacional.

No berço de Portugal, em Guimarães, opera um dos institutos científicos nortenhos de maior prestígio. Especializado na investigação e desenvolvimento (I&D) em engenharia de materiais, o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) tem trabalhado em múltiplas inovações empresariais.

“O desafio para a criação do PIEP, em 2001, partiu da indústria”, conta o seu director-geral, Rui Magalhães. A prévia colaboração do Departamento de Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho com o meio empresarial levou à criação de “uma infra-estrutura que desse resposta às necessidades de I&D das empresas, desenvolvendo novos materiais e produtos inovadores”.

Com apoio do IAPMEI, foram investidos sete milhões de euros na construção das actuais instalações, onde hoje trabalha uma equipa de 30 pessoas, especializada em diferentes áreas.

Boa parte do trabalho do PIEP incide sobre o sector dos plásticos e materiais compósitos. A garrafa Pluma, vendida pela Galp, terá sido o projecto mais mediático em que esteve envolvido, ao conceber uma aplicação inovadora no reservatório de gás.

Mas há várias iniciativas em que este centro de investigação está a dar cartas. Uma delas é o projecto “Mala Segura” da ANA, que está em testes e pretende rastrear malas em aeroportos através de sistemas de radiofrequência.

No domínio da aeronáutica, a iniciativa Aerocork, que visa a integração de compósitos de cortiça em aviões ultraleves, e a presença num consórcio para a produção de componentes do primeiro avião ultraleve não tripulado para missões civis, são metas em que o PIEP está empenhado.

E não é só dentro de portas que as competências do instituto têm saltado à vista. A colaboração com a Johnson & Johnson, na área médica, e a Shell são prova disso. “Já exportámos ‘know-how’ para empresas europeias, brasileiras e dos EUA”, revela Rui Magalhães.

No entanto, o director-geral do PIEP ambiciona mais. “A meta internacional ainda não foi alcançada. Queremos captar mais projectos de I&D. O mercado europeu, pela proximidade, é prioritário”. A Galiza tem sido um mercado explorado, com parcerias na área automóvel, por exemplo.

Nas salas do PIEP, tudo é analisado ao pormenor. Os componentes de plástico produzidos são previamente simulados de forma virtual, o que permite verificar a sua performance em estruturas para automóveis e componentes de electrónica. Só em fase avançada é criado o protótipo físico na oficina do instituto.

E numa actividade em que a inovação é requisito “sine qua non” para vingar, impera a obrigação de estar actualizado nos domínios emergentes. “Os nanomateriais e suas aplicações, a integração de electrónica em plásticos e a funcionalização de materiais são áreas em que queremos investir no futuro”, aponta Rui Magalhães.

O PIEP não é apenas uma referência no domínio da inovação, também a gestão é exemplar, já que a sua sustentabilidade financeira assenta nos projectos em que vai trabalhando. “A nossa estratégia é clara: tentar que o mercado perceba o valor da actividade de I&D e transferir esse conhecimento. Temos um negócio que tem de ser olhado como tal”, conclui o director-geral.

Fonte: Jornal de Notícias

Inovação: Redes inteligentes controlam trânsito

Maio 19, 2010 by  
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Lisboa vai ter um sistema diferente na gestão de semáforos, que poupa 30% do tempo gasto no trânsito.

O objectivo é fazê-lo poupar 30% do tempo que gasta no trânsito. Trata-se de uma nova tecnologia que permite controlar o tráfego de toda uma cidade e través de redes inteligentes diminuir ou aumentar o tempo dos semáforos. E além disso, ajuda a combater as emissões de CO2. O sistema vai ser aplicado em Lisboa, depois de ter sido assinado um protocolo, na sexta-feira, entre a câmara municipal e a Siemens, empresa que desenvolve a tecnologia.

“Com um controlo feito por algoritmos inteligentes, consegue–se gerir o trânsito. Este é analisado em tempo real por câmaras espalhadas pela cidade, que controlam os semáforos de forma a optimizar o trânsito”, explicou ao DN Francisco Rauter, especialista em soluções de trânsito da Siemens. Assim é possível saber quais e como se comportam os fluxos de veículos a certas horas, se há acidentes, obras ou outras situações que dificultem o trânsito.

A tecnologia, que funciona em tempo real, já é aplicada nos EUA, Alemanha e Reino Unido. Com a monitorização inteligente, o tempo de espera tem baixado em 30%. A Siemens não adianta a data de implementação do novo sistema na capital do País, mas admite estar para breve.

Se estas mudanças forem feitas ao mesmo tempo que se altera a alimentação de combustível para electricidade, o caminho para a melhoria da sustentabilidade pode estar traçado. Em Portugal, o Governo espera que, em 2020, 10% dos veículos em circulação usem esta energia limpa, o que pode significar a redução de 25% das emissões de CO2.

Outra das tecnologias que pode ser implementada em Lisboa chama-se ELV (Extra Low Voltage) e consiste em semáforos que funcionam a baixa voltagem. “Em vez dos convencionais 200 volts, estes funcionam só com 48. As poupanças energéticas são imensas”, diz o especialista da Siemens. Outra vantagem é a segurança: com baixa voltagem elimina-se o perigo de electrocussão caso um veículo bata no semáforo.

“Cada vez se fala mais nas cidades sustentáveis e o trânsito é um factor fundamental para a qualidade de vida, ambiente e competitividade”, diz o perito.

Fonte: Diário de Notícias

Tecnologia: TIC permitem poupanças potenciais de mais de dois mil milhões

Maio 19, 2010 by  
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A aposta nas tecnologias de informação e comunicação nas empresas permite reduzir em cerca de 15% as emissões de gases com efeito de estufa, com economias potenciais de 2,2 mil milhões de euros.

“Portugal continuar a estar em condições para se posicionar como um país inovador nas TIC mas o progresso tem sido modesto. Apesar da consciencialização dos decisores políticos é preciso promover esta consciência na opinião pública”, disse Jorge Vasconcelos, comissário da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações para a Energia e coordenador do grupo de trabalho TIC e Energia, na apresentação do estudo.

O responsável avançou algumas recomendações para a área da eficiência energética, com base no estudo. “Há que melhorar o nível de informação à opinião pública e é preciso melhorar a legislação e a regulamentação, com sistemas de incentivo mais claros e coerentes”.

Jorge Vasconcelos apontou o sector da energia como sendo o com maior capacidade económica para avançar com esta redução, “articulando a eficiência energética e a promoção das energias renováveis”.

Fonte: Económico