Marketing: Aicep desafia pequenos empresários a diversificar mercados de exportação
Maio 26, 2010 by Inovação & Marketing
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Estados Unidos, China, Rússia ou o Brasil são mercados potencialmente estratégicos para os produtos portugueses.
Num momento crucial para as empresas portuguesas, que terão de procurar nos mercados externos o seu motor de crescimento, Eurico Brilhante Dias, administrador executivo da Aicep Portugal Global, desafia as PME a diversificar os destinos das suas exportações. Eurico Brilhante Dias, que falava na abertura do Dia da Internacionalização, uma iniciativa integrada na 2ª Semana Europeia das PME e que decorreu ontem, no Porto, recordou que 75% das exportações das empresas portuguesas concentram-se em apenas oito mercados. Esta “concentração obriga a que a Aicep defina prioridades”, como sensibilizar as empresas para a necessidade de diversificar o risco, disse.
E, por isso, o evento centrou-se na exploração de seis ‘novos’ mercados, tendo por base “a diversificação das exportações” e o facto de “Portugal ter um desempenho que não é satisfatório” nesses países. Estados Unidos, China, Brasil, Rússia, Cabo Verde e Turquia são “mercados estratégicos para Portugal”. E se “os Estados Unidos já foram o primeiro mercado extra-comunitário português”, neste momento, “a quota das nossas exportações é muito baixa”, frisou Eurico Brilhante Dias. Segundo Luís Moura, responsável da agência e com conhecimento real dos EUA, oportunidades não faltam. Desde os têxteis-lar, em que Portugal continua a ser um grande fornecedor, aos materiais de construção. Já dentro das medidas Obama, as infra-estruturas, a biotecnologia e as energias renováveis oferecem muitas oportunidades às empresas portuguesas.
Fonte: Económico
Marketing: Internet ganha peso na estratégia das marcas
Maio 26, 2010 by Inovação & Marketing
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Reconhecimento na Web é cada vez mais importante para o sucesso das marcas originais.
A adaptação à Internet e às redes sociais, como o Facebook, deverá ditar o sucesso futuro das marcas originais. Foi esta uma das principais conclusões da conferência organizada pela Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca (Centromarca), que decorreu ontem, em Lisboa.
Para Clara Moura Guedes, administradora da Saloio, os números falam por si: segundo um estudo da Nielsen Wire, divulgado em Janeiro, os portugueses passavam sete horas por mês no Facebook; cinco meses depois, são já 70 os minutos diários dedicados à maior rede social do mundo.
Os media social são já a terceira maior força na Internet, depois dos motores de busca e dos sites de informação. Cerca de 31% dos consumidores procuram informação ‘online’ sobre produtos. Perante estes valores, Clara Moura Guedes assume que “a marca Saloio é uma contradição, começando logo pelo nome”. Por isso, as estratégias das marcas na Web não são competir com os rivais, mas torná-los irrelevantes. O que quer dizer que as empresas não devem ambicionar clientes, mas fãs.
Fonte: Económico
Marketing: Mercado de genéricos vai triplicar até 2015
Maio 26, 2010 by Inovação & Marketing
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As necessidades de poupança na factura da saúde obrigam Estado, utentes e empresas a apostar mais nos genéricos.
Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Esta máxima resume o arranque do mercado de genéricos em Portugal há cerca de 20 anos. Numa primeira fase, a desconfiança dos médicos e utentes aliada a alguma má publicidade ditaram um início pouco auspicioso para as fabricantes de medicamentos genéricos. Até ao ano 2000 o volume de vendas deste segmento era quase inexistente. Mas depois de se ter chegado à evidência científica de que os genéricos tinham resultados iguais aos de marca “já não se pode dizer que não são bons”, como afirma o presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN). Paulo Lilaia diz que se tivermos em conta a tendência demográfica de envelhecimento da população portuguesa, é inevitável que, para se tratar as pessoas todas bem, a única hipótese é comprar um volume maior de medicamentos por um preço unitário mais baixo que, neste caso, oscila entre os 30% e os 35% a menos.
Na União Europeia a quota de mercado em embalagens já ultrapassou a fasquia dos 50%, pelo que, em Portugal, ainda há potencial de crescimento nos próximos cinco anos e mesmo espaço para triplicar a actual quota.
Nesta fase são cerca de trinta as empresas – portuguesas e multinacionais – que operam no segmento de genéricos, e cujas estratégias passam por aproveitar esta onda de crescimento no sector. É o caso da Bluepharma, que aspira a estar entre as empresas mais representativas do sector. Paulo Barradas, director geral da empresa, referiu que em 2010 o objectivo é atingir um volume de negócios de 25 milhões de euros face aos 13,7 milhões de 2009. O responsável explicou que já disponibiliza “medicamentos correspondentes a cerca de 40 princípios activos que cobrem a generalidade das necessidades terapêuticas.” Hoje está presente em mais de 35 países, sendo que conseguiu a certificação de qualidade FDA que abriu portas para o mercado exigente dos Estados Unidos da América.
Miguel Ruas, administrador do grupo Tecnimede, salientou que o segmento dos genéricos é inevitável e que sem ele “não poderão existir sistemas de saúde baseados na comparticipação do Estado.” O grupo não negligencia esta oportunidade e já disponibiliza mais de 80 moléculas distribuídas por nove áreas terapêuticas. A estratégia é transpor da 12ª posição do ranking global e estar no top 10 deste mercado. Para tal, está preparada para lançar por ano entre dez a 14 novas moléculas, aposta que consome cerca de 17% da facturação da empresa.
Se há 20 anos tudo se fazia para descredibilizar o mercado de genéricos, hoje este negócio tornou-se tão apetecível que mesmo as empresas farmacêuticas dedicadas aos chamados medicamentos originadores criaram também marcas neste segmento. Pfizer, grupo Novartis com a Sandoz, a Sanofi Aventis são algumas das grandes farmacêuticas que já estão a dar os primeiros passos no mercado de genéricos, havendo ainda notícias de um eventual interesse da Astra Zeneca em criar uma marca para alguns países onde está presente. A Associação Nacional das Farmácias (ANF) vê esta aposta como uma “reorientação estratégica”, já que hoje os genéricos deixaram de ser considerados medicamentos menores. Para Paulo Duarte, secretário-geral da associação, a lógica era de “vamos continuar a controlar o mercado onde actuamos, impedindo que se construam empresas de genéricos fortes que tenham capacidade económica para concorrer connosco.”
A introdução de nova legislação que incentivava o consumo, a partir de 2001, a par da comparticipação extra de 10% e uma forte campanha publicitária ajudaram a impulsionar o mercado. O segmento dos genéricos em Portugal tem vindo a ganhar volume de vendas, sendo que em 2009 atingiu uma quota de mercado de cerca de 17,79% em valor e 15,93% em unidades. Ainda no ano passado o sector sofreu um corte de 30% no preço o que fez com que mesmo que o mercado continue a crescer em unidades, em valor ainda estagna ou cai. Na venda a PVP o mercado de genéricos caiu 5%, mas o crescimento em unidades foi de 18,5%.
Perante este desempenho, o secretário-geral da ANF estima que um aumento em 20% na quota de mercado destes medicamentos implicaria uma poupança global de 70 milhões de euros, sendo 43 milhões para os doentes e 27 milhões para o Estado.
Empresas que mudaram a estratégia
1 – Pfizer
A meta da Pfizer nos genéricos é disputar a liderança do mercado. A farmacêutica tem vindo a alargar o portfólio tendo já mais de 100 genéricos disponíveis na América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia. Portugal não é excepção, onde através da marca Parke Davis e da sua solução de anti-depressivos quer estar nas primeiras três empresas do segmento.
2 – Novartis
Para o grupo farmacêutico “inovação e genéricos não são incompatíveis”, afirma Luís Rocha, director de relações externas e acesso ao medicamento da Novartis. Por isso, apostaram na Sandoz que desempenha um papel importante na estratégia da empresa ao oferecer uma vasta gama de genéricos de alta qualidade a preços acessíveis.
3 – Sanofi Aventis
A estratégia de diversificação do negócio e de crescimento nos países emergentes levou o grupo a apostar na aquisição de empresas fabricantes de genéricos. O portfólio das empresas Zentiva, Medley e Kendrick estão a contribuir para concretizar este objectivo. Esta aposta da Sanofi Aventis fez com que já seja líder de mercado neste segmento na América Latina e Central e Europa de Leste.
Fonte: Económico