Marketing: Norte tem de apostar em factores distintivos

Maio 28, 2010 by  
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Tal como um produto ou serviço, também as cidades e as regiões devem ser trabalhadas como marcas para chegar aos seus públicos.

Carlos Melo Brito, professor da Faculdade de Economia do Porto, explica as vantagens que uma estratégia de marketing pode trazer à afirmação dos atributos da região Norte.

Porque devem as regiões apostar na utilização do marketing?

As regiões (e cidades) competem entre si e o marketing é um instrumento necessário para a sua promoção, de modo a realçar características únicas e distintivas.

Podem “vender-se” como marcas?

Porto, Guimarães ou Norte de Portugal são marcas. E valem tanto mais quanto forem conhecidas. É preciso trabalhar a sua imagem e isso passa pela promoção e criação de eventos, para se ter pólos de atracção e criar afectividade junto de moradores ou visitantes.

Para promover a região Norte, qual seria o seu argumento de venda?

O modo mais simples de pensar é nos recursos. Temos o Vinho do Porto, o Douro e um património arquitectónico rico que pode ser aproveitado. Mas mais do que recursos, precisamos de competências. Temos têxteis, calçado, mobiliário e algumas indústrias de ponta, mas não chega. Actualmente, as cidades e as regiões competitivas são as mais criativas. O Norte tem esse desafio: o da inovação e criatividade.

É algo que começa a aparecer…

Ser criativo é essencial para dar a volta à actual conjuntura. No Reino Unido, cidades como Glasgow ou Manchester, outrora dependentes da indústria transformadora, mudaram a trajectória. Em Bilbao, a aposta na criatividade (impulsionada com o Guggenheim) trouxe riqueza à cidade.

A cidade do Porto terá capacidade para percorrer esse caminho?

Só depende das pessoas e do seu espírito empreendedor. Será importante ter mais empresas inovadoras a arrastar outras. Temos de pegar no que temos de bom, para levar outras coisas atrás.

E qual o papel do marketing aqui?

O Porto tem três tipos de público: turistas, investidores e habitantes/trabalhadores. Uma cidade má para viver também não é boa para investir ou visitar. É necessário trabalhar estes públicos de forma diferente, mas integrada, para ter capacidade de atracção.

É assim que se deve pensar a promoção turística?

Há que definir os mercados prioritários onde vale a pena promover. Os eventos ajudam a colocar as cidades no mapa e o Porto tem acautelado isso melhor com a Red Bull Air Race, Circuito da Boavista, concertos e exposições. Há pouco tempo tinha apenas um evento marcante: a noite de São João. Era muito pouco.

Disse uma vez que não se captam turistas com centros comerciais…

Ninguém vai a uma cidade para ver o mesmo que tem perto de casa. O que atrai um turista estrangeiro são factores distintivos como zonas históricas e comércio tradicional. Nesse aspecto, o Norte tem centros históricos que permitem uma oferta diferenciadora.

Também referiu que o Porto parte com 30 anos de atraso…

Porque não há um plano de marketing para a cidade. E já devia ter havido. Veja-se a quantidade de marcas que tem o Porto. Cada um trabalha para o seu lado e não há uma estratégia comum. É por isso que estamos atrasados.

O Porto é a capital da euroregião Galiza-Norte de Portugal?

Acho que assume esse papel e é importante que tenha uma estratégia de reforço dessa posição. Tem uma dimensão e oferta que não se compara com as cidades da Galiza. Muitos espanhóis vêm mesmo apanhar um avião ao Porto ou comprar móveis ao IKEA.

Mas há algo a aprender com os galegos no marketing das regiões?

Sim. O espanhol está mais evoluído, porque aprendeu a importância da criação de valor. Um sítio bom para atrair turistas tem de ser bom para viver e investir. Nós também podemos chegar lá.

Está optimista?

Tenho de estar. Não somos menos que os outros e não temos menos recursos. O sucesso depende de cada um de nós.

Fonte: Jornal de Notícias

Ciência: Ministérios de Portugal e Espanha abrem concurso de mobilidade em e-ciência

Maio 28, 2010 by  
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Braga, 27 mai (Lusa) – Os Ministérios da Ciência de Portugal e de Espanha vão abrir, em simultâneo nos dois países, um concurso luso espanhol de mobilidade em e-Ciência, disse hoje fonte universitária.

O professor Alberto Proença da Universidade do Minho adiantou, numa informação divulgada à comunidade académica, que os dois países assumiram igualmente a intenção de abrir brevemente um concurso comum aos dois países Ibéricos para projetos científicos de colaboração na área de e-Ciência”.

Segundo o docente, o anúncio foi feito pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Mariano Gago, e pelo representante da ministra de Espanha para a Ciência e Inovação, o diretor Geral de Investigação, José de Labastida, que estiveram presentes em Braga na conferência científica IBERGRID que hoje terminou.

Fonte: DN

Inovação: OCDE aposta na inovação como estímulo de crescimento e emprego

Maio 28, 2010 by  
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A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou nesta quinta-feira sua estratégia de inovação como uma ferramenta chave para estimular o crescimento e a criação de emprego.

“O saber é o principal motor da economia mundial atual”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Ángel Gurría, durante a apresentação de uma estratégia que classificou de “chave” para melhorar o nível de vida dos países.

A OCDE, que nestas quinta e sexta celebra sua conferência anual ministerial, pede aos Governos de seus países-membros que adotem medidas para dinamizar a inovação com o objetivo de enfrentar os desafios como a mudança climática e as doenças infecciosas que requerem investimento no longo prazo.

“Os Governos devem seguir tendo um papel de guia e investir na pesquisa nesses âmbitos”, mas também devem “fazer mais para coordenar as políticas” além de suas fronteiras, assinala a organização em comunicado.

Isso envolveria promover mecanismos internacionais para compartilhar o custo da inovação através da cooperação e a transferência de tecnologias entre os diferentes países.

A atual crise torna necessária a reforma destinada para aumentar a capacidade de inovação das sociedades, segundo a OCDE.

Gurría lembrou que vários Governos decidiram aumentar despesas em ensino e pesquisa no marco de seus programas de reativação econômica, algo que considera uma medida muito acertada.

A OCDE recomenda “medidas simples” como acelerar as formalidades administrativas e reformar as universidades com o objetivo de dar maior independência para melhorar a eficácia dos gastos públicos em inovação.

Racionalizar e simplificar as políticas de apoio à inovação pode ajudar a desencadear a mudança produtiva neste âmbito, assinala em sua estratégia de inovação.

Fonte: EFE