Inovação: Artista português cria um robô pintor e poeta

Janeiro 4, 2011 by  
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O artista plástico Leonel Moura vai levar um robô pintor e poeta à Techfest 2011, um dos maiores festivais de tecnologia da Ásia, que se realiza entre 07 e 09 de Janeiro em Bombaim, na Índia.

A Techfest, que reúne centenas de empresas de tecnologia de todo o mundo, possui uma área de exposições que este ano irá dar especial destaque à robótica, com várias criações de robôs de companhia, entretenimento e investigação.

No sítio online do evento (www.techfest.org) surge uma descrição do robô de Leonel Moura, o ISU, desenvolvido com um «cérebro» para criar pinturas e poemas.

O ISU também possui um conjunto de sensores que lhe possibilita construir uma composição e determinar quando o trabalho está acabado, e consegue ainda assinar a sua própria obra.

Para pintar, o robô começa ao acaso e então o processo evolui para um modo de feedback positivo, procurando criar grupos de cores, enquanto que, para criar poesia, escolhe uma primeira letra ao acaso e depois escolhe uma outra que faça sentido.

O resultado final do poema é semelhante ao automatismo surrealista ou na linha da poesia concreta.

Ainda segundo o texto do festival, «o ISU, e outros robôs no género, desafiam o nosso conceito de arte e de criatividade. Na verdade, estes robôs sugerem a possibilidade de gerar criatividade artificial no quadro da noção actualmente aceite de inteligência artificial».

Desde os anos 1990 que Leonel Moura se dedica à bioarte e à inteligência artificial, com especial interesse na área da robótica, criando robôs artistas.

Um dos robôs criados por Leonel Moura foi colocado em 2007 na nova Sala da Humanidade do Museu de História Natural de Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde continua a desenhar perante os visitantes.

O artista defende a tese de que os robôs são uma nova espécie de vida com a qual começamos a partilhar o planeta, «com todas as implicações, positivas e negativas, que daí advêm».

No ano passado lançou um livro de 30 poemas escritos por um robô para provar que as máquinas podem criar arte, resultado, no seu entender, de «uma expressão sensível ou de carácter emocional, mas também uma expressão de carácter matemático ou científico».

No festival Techfest, além da apresentação de engenhos, jogos, competições, workshops, e cinema de animação, está prevista uma série de conferências com a presença de Harold Kroto, Nobel da Química (1996), Michael Jones, fundador do Google e o físico Holger Nielsen, criador da Teoria das Cordas.

Fonte: Tvi 24

Inovação: Tecnologia inovadora reduz impacto ambiental

Janeiro 4, 2011 by  
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Tecnologia a favor do meio ambiente. Foi com essa premissa que o engenheiro e professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Ricardo Franci Gonçalves, elaborou um projeto para tratamento de água no estado. A idéia era pesquisar e desenvolver fontes alternativas para o reaproveitamento de água e esgoto. Os estudos saíram do papel e ganharam vida com a Fluir Engenharia, pequena empresa de base tecnológica, instalada em Vila Velha (ES) e especializada no desenvolvimento de técnicas de reutilização de água.

Preocupada com a preservação da qualidade das águas e do meio ambiente, a Fluir oferece soluções inovadoras para sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de controle da poluição hídrica de origem industrial. Basicamente, são soluções racionalizadoras do uso da água em áreas urbanas, mais especificamente voltadas para o setor imobiliário.

O carro-chefe da empresa é a Estação de Tratamento de Águas Cinza, proveniente do uso de lavatórios, chuveiros, banheiras e máquinas de lavar roupas, reutilizada para fins não-potáveis, como descargas sanitárias, jardins e lavagens de pisos e de veículos. “A utilização desse sistema pode reduzir até 30% o consumo de água potável e poluir menos o meio ambiente”, explica o professor.

De consultoria a microindústria
Toda a idéia do projeto surgiu da experiência em uma companhia de saneamento na França, onde Franci trabalhou. Mas a empresa nasceu tempos depois, há nove anos, quando o professor convidou duas ex-alunas de mestrado, Renate Wanke e Giovana Martinelli, a montar uma empresa de consultoria e prestação de serviços em engenharia de tratamento de águas. O trio elaborava os projetos e terceirizava o trabalho de produção dos sistemas.

Isso ocorreu até que, há quatro anos, o proprietário de um hotel de luxo em Macaé (RJ), comprou a idéia e resolveu aplicar no empreendimento o projeto dos engenheiros. Com seis meses de funcionamento, o tanque de água do hotel, elaborado por outra empresa contratada pela Fluir, rompeu, causando grandes prejuízos.

“Há males que vêm para bem. A partir desse dia, decidimos que não iríamos mais terceirizar a produção. Resolvemos produzir os nossos próprios sistemas”, conta o professor.

Naquele momento, a microempresa de consultoria tornou-se uma microindústria. Pouco tempo depois, a Fundação de Pesquisa do Espírito Santo manifestou interessou em apoiar a empresa e orientou sobre a necessidade de desenvolvimento de um plano de negócios e estudo de viabilidade tecnológica.

Os engenheiros procuraram o Sebrae, que disponibilizou um consultor para apoiá-los na construção do planejamento. “Foram os nossos primeiros passos como uma indústria”, diz Franci.

Atualmente, a Fluir fatura, em média, R$ 2 milhões por ano e registra um crescimento anual de cerca de 30%. A empresa conta com 20 empregados e possui contratos com instituições públicas e privadas, além de ter bolsas dos Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE), do Ministério da Ciência e Tecnologia. “Para o próximo ano, as perspectivas são ainda melhores, com apoio e investimentos de órgãos de fomento”, revela Franci.

Fonte: Pequenas empresas & Grandes negócios

Marketing: Descubra as tendências ‘high-tech’ para 2011

Janeiro 4, 2011 by  
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A massificação dos ‘smartphones’, o aumento do número de ‘tablets’ e o ‘cloud computing’ são as tendências tecnológicas para este ano.

No início de 2010 eram poucos os que tinham ‘smartphones’, o mercado das aplicações começava a desenvolver-se, o acesso à Internet pelo telemóvel era um luxo e o conceito de ‘cloud computing’ só existia para os especialistas ou grandes empresas. Em apenas 12 meses, conceitos e tecnologias de nicho tornaram-se as grandes tendências que vão marcar o próximo ano.

E, apesar da crise e estagnação, nunca o desenvolvimento de novas tecnologias esteve tão activo. “Não obstante a crise económica em Portugal, para a IDC, três grandes tendências tecnológicas marcarão o mercado nacional de TIC em 2011, com as redes sociais, a mobilidade e os serviços na “nuvem” a tornarem-se no novo paradigma”, diz Gabriel Coimbra, responsável da consultora IDC Portugal.

Os gestores do sector concordam com esta visão. João Picoito, responsável da Nokia Siemens Networks para o Sul da Europa, destaca a quarta geração móvel (LTE), os novos equipamentos terminais e os programas de ‘outsourcing’ de serviços para operadores de telecomunicações. No que toca ao LTE, “é uma tendência que vai ser uma realidade, ainda que nalguns casos em regime experimental. Portugal também começará com os projectos-piloto”. O responsável refere ainda “o crescimento dos ‘smartphones’, nomeadamente, em sectores etários mais jovens” e “a convergência com computadores”.

Já Carlos Brazão, director-geral da Cisco Portugal, salienta o ‘cloud computing’, o vídeo ‘online’ e as redes inteligentes. É que estas redes “afirmam-se como plataforma para o desenvolvimento de serviços inovadores”. Um exemplo é o vídeo ‘online,‘ já que as redes “cada vez mais potentes, combinadas com a disseminação de terminais evoluídos suportam formas de vídeo-comunicação cada vez mais elaboradas”, defende.

Os terminais são, de resto, uma tendência consensual entre os responsáveis contactados. A massificação dos ‘smartphones’ e a entrada dos ‘tablets’ no mercado vão levar ao “desenvolvimento de novas aplicações destinadas a estes dispositivos”, diz Paulo Barreto, director-geral da Google Portugal. Também Mário Vaz, administrador da Vodafone com o pelouro comercial refere que quer os ‘smartphones’ quer os ‘tablets’ vão levar à “continuação da revolução dos dados móveis”.

Por isso mesmo, os operadores de telecomunicações vão investir no LTE, “cujo lançamento comercial dependerá do calendário a definir pelo regulador”. E partilha da opinião de João Picoito no que toca à convergência de plataformas, fenómeno que se vai “acentuar em 2011”. Até porque o cada vez maior número de aplicações disponibilizadas para dispositivos inteligentes vão permitir uma nova experiência de utilização dos terminais e até mesmo substituir “os dispendiosos pacotes de ‘software'” actualmente utilizados. Vão surgir várias opções no que toca a modelos de ‘tablets’ e será o ano da “nuvem”.

O ‘cloud computing’ é uma das linhas que orienta a estratégia da Microsoft para 2011, como explica Cláudia Goya, directora-geral da Microsoft Portugal. “O novo paradigma que está a mudar o sector tecnológico tem já, dentro e fora do país, muitos adeptos e cada vez mais curiosos.” A tendência para o ‘cloud computing’ também é destacada por José Duarte, presidente da SAP para a Europa, Médio Oriente, África e Índia. “Assistiremos cada vez mais à disponibilização de soluções de gestão empresarial sob a forma de serviço”.

A Microsoft refere ainda o foco no consumo, já que o utilizador de tecnologia é cada vez mais exigente e procura novas formas de entretenimento. “A nova abordagem vem dar resposta à evolução do mercado de consumo e à real percepção de que a tecnologia não se encontra apenas no local de trabalho”, diz Cláudia Goya.

Aliás, é a expansão da tecnologia para fora das fronteiras do escritório, com cada vez maior mobilidade, que potencia a implementação e massificação de muitas das inovações que veremos singrar no próximo ano: dispositivos móveis inteligentes com acesso à Internet em mobilidade, permitindo a visualização de vídeos ou a realização de videochamadas e a utilização de aplicações, que obrigarão a uma maior capacidade da rede e a uma alteração no paradigma do armazenamento de dados. “A mobilidade e o acesso às soluções de apoio à gestão, de forma remota, ‘online’, em qualquer momento e local e em todo o tipo de dispositivos” também ganhará terreno, diz José Duarte.

A revolução não fica por aqui, garante Gabriel Coimbra: “em 2011, pela primeira vez, a indústria produzirá mais terminais móveis do que PC e serão descarregadas 25 mil milhões de aplicações”. A relação com a tecnologia é, definitivamente, feita em mobilidade.

Fonte: Económico