Marketing: Economia da zona euro deverá crescer 1,5% em 2011
Janeiro 21, 2011 by Inovação & Marketing
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Os peritos sustentam que os planos de austeridade e a crise de dívida vão continuar a penalizar o crescimento dos países periféricos.
O PIB da zona euro deverá crescer 1,5% este ano e expandir-se 1,7% em 2012, segundo uma ‘poll’ de economistas sondados pela “Reuters”. Este ritmo de crescimento está em linha com as projecções de Dezembro, em que antecipavam progressões de 1,5% em 2011 e de 1,8% no próximo ano.
Apesar da divulgação de indicadores económicos bastante promissores para a Alemanha, a maior economia da zona euro, são poucos os analistas que acreditam que isto se traduzirá num impulso para os restantes países da região.
Os economistas consultados pela “Reuters” antecipam que a média de crescimento dos 17 deverá situar-se entre 0,3% e 0,4% por trimestre durante a primeira metade do próximo ano, antes de ganhar força e passar um ritmo de expansão trimestral de 0,5% durante os últimos seis meses de 2012.
Estes especialistas dizem ainda que as medidas de austeridade, assim como a crise de dívida soberana, centrada na Irlanda e na Grécia, vai justificar a enorme divergência entre as taxas de crescimento das maiores economias (Alemanha e França) e os países periféricos, onde o crescimento económico vai continuar fraco.
Para Silvio Peruzzo do Royal Bank of Scotland, “a capacidade da região para gerar um consumo sustentado que responda às perspectivas de crescimento nos próximos anos vai continuar baixa”. Este economista considera, no entanto, que apesar do consumo dentro do espaço comunitário continuar fraco, os seus membros vão beneficiar da expansão económica dos outros países, como é o caso dos EUA.
Portugal vai ter de pedir ajuda internacional
Ainda segundo a mesma ‘poll’, a maioria dos economistas está convencida de que Portugal vai ceder às pressões do mercado e acabar por recorrer ao mecanismo de estabilização europeu. No total, 70% dos 22 analistas que responderam à questão extra sobre a situação portuguesa, acreditam no pedido de ajuda ainda na primeira metade deste ano, quando numa análise de 6 de Janeiro, apenas 44% dos 51 inquiridos acreditava neste cenário.
“Nós esperamos que a procura por títulos de dívida portuguesa diminua nas próximas semanas, o que eventualmente forçará o Governo a seguir os passos da Grécia e da Irlanda e pedir ajudar externa”, afirma Azad Zangana da Schroders, citado pela “Reuters”.
No que toca a Espanha, as perspectivas são bem diferentes, sendo que apenas 2% defende que o país vai aceder ao fundo de resgate europeu.
Fonte: Económico
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