Inovação: AICEP aposta em indústrias inovadoras, após impulso nas exportações

Março 2, 2011 by  
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O AICEP vai lançar nos Estados Unidos uma campanha de promoção de indústrias inovadoras, como energias renováveis ou mobilidade elétrica, depois de um impulso nas exportações em 2011 para o mercado.

Para Rui Boavista Marques, delegado na América do Norte da agência para o comércio externo, o mercado dos Estados Unidos “encaixa na perfeição” nos objetivos de aumento de exportações e diversificação de destinos para os produtos portugueses.

“É a maior economia mundial, com taxas de crescimento elevadas e com uma enorme apetência de novos produtos e serviços, que Portugal tem em carteira”, disse à Lusa em Nova Iorque.

Entre as apostas para este ano estão os setores das energias renováveis, mobilidade elétrica, tecnologias de informação, indústria farmacêutica, biotecnologia e novas aplicações para a Saúde.

Com a presença do presidente do AICEP, Basílio Horta, e do novo embaixador em Washington, Nuno Brito, será lançada a 8 de março em Nova Iorque uma nova campanha para o mercado norte-americano, com a assinatura “Portugal Innovate With Us”.

Com esta “bandeira”, será lançado um conjunto de iniciativas para dar visibilidade às empresas portuguesas e proporcionar contactos com entidades norte-americanas em todo o país, como a visita a uma feira automóvel em Detroit (abril) e a participação em eventos de energia eólica em Nova Iorque e Califórnia, em maio.

O setor das “ciências da vida” será alvo de ações em Nova Iorque, Nova Jérsia e Washington em junho, enquanto em setembro se realizará um seminário de apresentação da oferta nacional em tecnologias de informação, em São Francisco, na Califórnia.

Nova Iorque e Washington serão palco em novembro de ação semelhante sobre a oferta nacional na área das infraestruturas e logística, outra aposta do AICEP, numa altura em que no país se prepara um novo pacote de investimentos de 500 mil milhões de dólares (Transit Act).

Estão ainda previstas participações nas semanas em Nova Iorque do Design (maio) da decoração do lar (setembro), além de promoção agroalimentar, que passa pela participação na Feira de Vinhos da mesma cidade, já este fim de semana.

Boavista Marques afirma que, mesmo com a aposta na inovação, não serão esquecidos setores tradicionais como têxteis, calçado, bens alimentares e vinho, que registaram todos aumentos de exportações para o mercado norte-americano no ano passado.

“São setores onde as empresas portuguesas já tiveram melhores quotas de mercado, se ressentiram com a crise de 2008/2009, mas nos quais há sinais claros de retoma no consumo”, disse à Lusa.

Os últimos números do INE indicam que em 2010 as exportações para o mercado norte-americano aumentaram 31,7 por cento, para 1,33 mil milhões de euros, ainda assim longe dos valores pré-crise (2,1 mil milhões de dólares em 2006).

As vendas de combustíveis e minerais representaram a maior fatia do total, 367,6 milhões de euros, registando um aumento de 91,5 por cento em relação ao ano anterior.

Entre os setores com maior peso exportador estão ainda máquinas e aparelhos, têxteis, madeira e cortiça, mas o maior aumento foi registado pela celulose e papel (400 por cento) e veículos e material de transporte (102 por cento).

Quanto aos serviços, as exportações subiram 5,6 por cento, para 856 milhões de euros, com um contributo importante do turismo (mais 24,5 por cento, para 301 milhões de euros).

Fonte: Sic



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