Inovação: Experiência 3D sem óculos ainda é desafio tecnológico

Março 4, 2011 by  
Filed under Notícias

A tecnologia 3D é sem dúvidas uma das mais exploradas atualmente. A cada semana são novas estreias de filmes em três dimensões no cinema, além do surgimento de novos equipamentos, muitos deles já sem a necessidade do uso dos óculos, acessório até então indispensável. Esses aparelhos vão desde TVs, filmadoras, consoles para jogos e smartphone. Independente da tecnologia e do uso ou não dos óculos, o principal é o efeito 3D.

Um dos mais recentes lançamentos é o smartphone LG Optimus 3D, apresentado durante o Mobile World Congress, em Barcelona, Espanha, em fevereiro, que não requer o uso de óculos especiais. A técnica consiste em utilizar duas telas de LCD com um ângulo de inclinação entre as duas. “É como se essas telas estivessem entrelaçadas”, afirmou o gerente de produto e inteligência de mercado da divisão de Celulares da LG, Rodrigo Ayres. “Proporcionar a experiência 3D sem óculos em larga escala é ainda um grande desafio tecnológico”, completou.

No caso do aparelho citado, o ângulo de inclinação entre as telas é o responsável pelo efeito paralaxe, que dá a sensação de profundidade a partir das duas imagens geradas em perspectivas diferentes, provocando a visão 3D estereoscópica. A composição da imagem é como a visão que o ser humano tem normalmente, além disso, a “experiência da visualização é a mesma que ocorre com os óculos, mas não se torna cansativo”, explicou Ayres.

De acordo com o fabricante, uma das principais vantagens do aparelho é a experiência portátil do 3D. Além do conforto de não precisar usar óculos, o gerente destaca ainda a capacidade gráfica do smartphone, que comporta jorgos em alta definição, e a possibilidade de compartilhar conteúdos em 3D através do YouTube, já que o equipamento permite a gravação de vídeos em três dimensões. O canal de vídeos permitirá o upload de vídeos 3D feitos com smartphones, sendo o primeiro deles o novo modelo da LG.

Óculos, acessório fundamental na experiência 3D

O uso dos óculos tem sido motivo de queixa entre usuários e espectadores da tecnologia 3D, mas eles ainda são o acessório fundamental para o uso da maioria dos equipamentos que proporcionam a experiência em três dimensões. O primeiro modelo de óculos 3D tinha uma cor em cada lado (vermelho e azul) e utilizava o processo anáglifo. O sistema combinava duas imagens no mesmo espaço da tela utilizando cores complementares, cuja separação era feita por meio do uso dos óculos com lentes coloridas. Em 1922, o primeiro longa metragem em 3D – o que demonstra que a ideia de utilizar imagens em três dimensões não é nova – fez uso desse processo. The Power of Love, estreou em Hollywood.

O sistema de polarização surgiu na década de 1950 e é a evolução deste modelo o utilizado nos cinemas até hoje. Neste tipo de tecnologia passiva, um filtro é colocado sobre o LCD, criando o efeito 3D pela divisão da imagem. O usuário utiliza um par de óculos polarizados contendo dois filtros opostamente polarizados, uma para o olho direito e outro para o olho esquerdo. A luz de cada uma das duas imagens projetadas é polarizada e só pode passar pelo seu filtro correspondente criando, dessa forma, o efeito de profundidade.

Outra tecnologia é de LCD com 3D Ativo, quando as imagens da direita e da esquerda se alternam rapidamente na tela do monitor. Neste caso, o espectador olha para a tela com os óculos de matriz ativa (ou óculos com obturadores) e cada obturador é sincronizado para obstruir a imagem indesejada e transmitir a imagem desejada. Assim, cada olho vê somente sua visão na perspectiva apropriada.

Essa é a tecnologia utilizada na maioria dos televisores, como os lançados pela Samsung, por exemplo. “A TV envia duas imagens e o óculos ‘abre e fecha’, fazendo com que os olhos vejam apenas uma imagem”, explica o gerente Sênior de TVs da Samsung, Rafael Cintra. Até o momento, todas as TVs lançadas pela marca sul-coreana requerem o uso dos óculos, mas de acordo com a assessoria de imprensa da empresa, já há protótipos de aparelhos que dispensem o acessório.

Algumas diferenças podem ser apontadas entre os dois acessórios utilizados atualmente: o valor do óculos ativo é mais elevado que o passivo e o requerimento de sistema é menor no modelo passivo. O 3D Ativo necessita de mais recursos e capacidade dos equipamentos. Além disso, o 3D ativo pode causar desconforto com o uso prolongado, se comparado ao 3D Passivo.

Fonte: Terra



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