Marketing: Os seis perfis de empresas que falham na hora de pagar

Março 20, 2011 by  
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São as empresas da região Centro que menos falham na altura de pagar. Já na região de Lisboa estão as empresas menos bem comportadas, diz a Intrum Justitia.

Cerca de 1/4 das empresas portuguesas são selectivas com as suas obrigações na hora de pagar as facturas. Esta é uma das conclusões do estudo feito em 2010 pela empresa de gestão e recuperação de créditos Intrum Justitia, e que define e contabiliza o perfil do devedor nacional, de empresas a particulares.

1. Selectivos
Cerca de 25% das empresas analisadas as que elegem “a prioridade e a ordem com que faz os pagamentos”. A sua estratégia é simples: “em primeiro lugar pagará as facturas dos fornecedores estratégicos para a sua actividade. Em segundo lugar presta atenção às facturas que tenham impacto em termos de imagem e reputação”. A Intrum Justitia dá um exemplo concrecto: “A empresa Z tem um acordo privilegiado com o seu transportador. A sua actividade de exportação exige que a qualidade deste serviço seja constante e excelente, O seu fornecedor de material de escritório é, sem dúvida, menos estratégico e quando reclama uma factura vencida há seis meses, não lhe prestam demasiada atenção”.

2. Insolventes
Logo a seguir na lista do tipo de empresas que dão problemas na hora de pagar estão as insolventes. São 16% e a razão por que não pagam é essa mesmo: não têm capacidade financeira. “A sociedade W encontra-se com problemas após uma redução drástica da sua actividade. Esta situação afectou directamente a sua liquidez, de forma que se vê impossibilitada de pagar aos seus fornecedores e fazer face a todas as suas dívidas”.

3. Sinceras
As empresas “sinceras” surgem se seguida, sendo 16% das empresas que pior pagam. São empresas que não têm, de facto conhecimento do valor pendente ou que têm um desacordo com a empresa a quem devem sobre o valor a pagar. É o caso das facturas duplicadas quer por vezes de recebe: “O departamento de compras da empresa Y recebeu vários pedidos de pagamento do seu fornecedor de matéria-prima. O sr. V explicou a esta empresa que a facturafoi paga há três meses. E não tem intenção de a pagar duas vezes”, exemplifica a Interum Justitia no estudo já referido.

4. Especialistas
Com 13% da percentagem de empresas estão as chamadas “especialistas”, tendo mesmo uma estratégia de não-pagamento. “A empresa atrasa habitualmente o pagamento das suas facturas e não cumpre as suas promessas de pagamento, esperando sistematicamente até ao final do mês para tratar das facturas. Depois, finge que não recebeu e pede uma cópia do contrato. Estes sucessivos atrasos podem ter como objectivo não pagar aos fornecedores ou alterar as condições de pagamento no último momento.

5. Nómadas
Com 13% estão as empresas nómadas, ou seja, aquelas que nunca estão na morada indicada. Estas empresas podem ter mudado a sua morada fiscal ou de corresponência sem informar ninguém voluntariamente, avisando apenas os principais fornecedores para não deixarem de receber a matéria-prima. Quanto aos outros a quem vão deixar de pagar, a Intrum Justitia resume: “A poupança irá ajudar a resolver os problemas de liquidez.” Mas esta mudança de residência pode ter acontecido também por piores razões: a empresa pode ter, pura e simplesmente, encerrado a sua actividade.

6. Dominantes
6% das empresa são chamadas de “dominates”. Ou seja, consideram-se “superiores” face aos outros e pagam aos fornecedores sempre com atraso. “É uma estratégia habitual para ganhar liquidez”, mantendo assim os seus fornecedores numa “situação de dependência”. “Este cliente representa 80% das suas vendas e não pode por em risco uma relação comercial tão importante para a sua actividade”, exemplifica a Intrum.

Fonte: Económico



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