Inovação: Criatividade impulsiona negócios

Julho 28, 2011 by  
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O uso da criatividade por parte dos funcionários com contacto directo com clientes pode ser um factor decisivo para o aumento da competitividade, o sucesso comercial e o crescimento da economia nacional.

Quem o afirma é Filipe Coelho, investigador da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que tem vindo a estudar estas matéria em empresas e instituições portuguesas.

«Em muitas áreas de actividade, a satisfação dos clientes depende dos funcionários que com eles interagem, que dão a cara, sejam funcionários de cadeias de retalho, bancários ou enfermeiros», explica Filipe Coelho, acrescentando que «a criatividade é essencial para a competitividade, seja pela prestação de serviços mais customizados, pelo desenvolvimento de novos produtos ou pela mudança de práticas e rotinas organizacionais».

São vários os exemplos de criatividade recolhidos pelo investigador da Universidade de Coimbra no seu trabalho.

Entre outros, destaca o caso do bancário que, para atingir os objectivos de vendas para um novo produto de protecção do rendimento, desenvolveu uma abordagem de vendas que teve tanto sucesso que o director comercial acabaria por disseminar essa prática a todas as agências do banco.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

Inovação: Indústria têxtil aposta na inovação

Julho 28, 2011 by  
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Várias empresas portuguesas estão a apostar na inovação têxtil. Um dos exemplos é a empresa Gathergy, em Coimbra, que desenvolveu um casaco térmico com capacidade para aquecer 30 graus face à temperatura ambiente ou arrefecer 20 graus.

O vestuário inteligente, também conhecido como i-wear, está a surgir como um conceito inovador na indústria de confeções. O vestuário Gathergy enquadra-se no conceito de inovação, uma vez que é o único sistema capaz de refrigerar e aquecer o interior do casaco conforme as necessidades específicas do utilizador.

O vestuário Gathergy aposta na “integração de um sistema de controlo térmico ativo, capaz de proporcionar conforto térmico ao utilizador mesmo nas mais extremas condições atmosféricas”, explicou Abel Mendes, responsável pelo desenvolvimento do produto ao Boas Notícias.

Abel Mendes referiu ainda que “o produto tem um grande conjunto de mercados alvos nas áreas de equipamento de proteção e desporto. Numa primeira fase o produto esteve direcionado para a área militar mas, neste momento, dirige-se também para os restantes mercados.”

A grande apresentação deste produto foi em maio deste ano, na Feira Techtextile, em Frankfurt, onde a empresa obteve reações positivas recebendo algumas propostas. Para já, “a marca está patenteada e à procura de potenciais interessados no licenciamento do produto”.

Neste projeto, a Gathergy está “a trabalhar com o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) e a empresa Damel para o desenvolvimento da parte têxtil e produção massificada do produto”, sublinha ainda o responsável.

Outras empresas, outras inovações

Além da Gathergy, outras empresas têxteis nacionais têm apostado na  inovação. É o caso da Euronete, na Maia, que está a produzir um novo fio leve e resistente, com propriedades antibalísticas, para revestir  veículos militares e malas de viagem.

Este produto, denominado por Pure, é direcionado para os mercados do desporto e marinha. O Pure é um produto 100 por cento em polipropileno (resina termoplástica produzida a partir do gás propileno) e tem  múltiplas propriedades. É muito resistente a grandes impactos mesmo em  baixas temperaturas, sendo também totalmente reciclável.

Também a empresa portuguesa Cordex apresentou, em Frankfurt, tecidos  inovadores com fibras e fios multifilamentares de polipropileno de  alta tenacidade para aplicação nas indústrias da segurança, construção  e cordoaria, ráfia de polipropileno para aplicar em geotêxteis e Cordsteel para reforço de cimentos.

Fonte: Boas Notícias

Inovação: Quem precisa da banca quando pode obter financiamento da multidão que está online?

Julho 27, 2011 by  
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O crowdfunding ganhou força com o colapso dos mercados e a falta de liquidez dos bancos. Chegou finalmente a Portugal com dois novos projectos.

A “culpa” talvez tenha sido dos Marillion, banda britânica que em 1997 deixou de ter dinheiro para pagar uma tournée nos Estados Unidos. Mark Kelly, teclista, deu a má notícia aos fãs na Internet e o resultado foi surpreendente: 60 mil dólares (cerca de 41 mil euros) chegaram às mãos da banda graças a donativos. Problema resolvido.

Mais de uma década anos depois, o fenómeno do crowdfunding – acção de cooperação colectiva em que pessoas financiam online iniciativas e projectos que podem ser lucrativos ou não – ganhou força com o colapso dos mercados e a falta de dinheiro da banca. Mobiliza centenas de sites e milhares de pessoas em todo o mundo e chegou finalmente a Portugal pela mão de duas novas empresas, a Orange Birds e a Massivemov.

A Orange Birds lançou o seu site no início de Julho e espera “com entusiasmo” reacções e sugestões. Na plataforma PPL (abreviatura em inglês de pessoas, em www.ppl.com.pt) será possível encontrar projectos de empreendedores de áreas que podem ir desde o cinema a aplicações para telemóveis.

Paulo Silva Pereira, consultor de serviços financeiros durante 13 anos na Accenture, Yoann Nesme, engenheiro de sistemas electrónicos que fez carreira na Microsoft, Pedro Domingos, que passou pela Capgemini e Timwe, e Pedro Oliveira, investigador e professor auxiliar na escola de Gestão e Economia da Universidade Católica, conheceram-se durante o The Lisbon MBA e apaixonaram-se “pelos temas de colaboração colectiva e pelo potencial de inovação que existe em cada indivíduo”.

Com o PPL, querem apoiar projectos e ideias “onde quem contribui é gratificado através de prémios criativos e participações no projecto ou ideia”, referem, numa resposta conjunta, enviada por e-mail. Resumindo, um apoiante escolhe a ideia que mais lhe agrada, faz o seu donativo financeiro – sem limite mínimo nem máximo – e, em troca, recebe uma recompensa. Se o projecto em causa é para apoiar a encenação de uma peça de teatro poderá receber um convite para assistir à estreia, por exemplo.

O PPL cobra uma comissão de cinco por cento, mas apenas nos projectos que conseguirem obter o total do financiamento pretendido. Caso o montante definido pelo promotor não for atingido dentro de um prazo previamente estabelecido, os apoiantes recebem todo dinheiro de volta. A comissão do PPL serve para “promover o crowdfunding em Portugal”.

“Faltam incentivos ao empreendedorismo, nomeadamente a projectos pequenos e médios que consigam ultrapassar as actuais barreiras rígidas ao financiamento e à iniciativa em geral”, defendem os empreendedores, que preferiram não avançar dados concretos do investimento que fizeram no lançamento do negócio.

Alternativa às burocracias

No Porto, o Massivemov começou pelo Facebook e também já está online. O site (www.massivemov.com) estreou dia 7 de Julho já com projectos específicos. Gabriela Marques, 32 anos, e João Marques, 34 anos, venderam recentemente a Pecofil, empresa que detinham no sector do comércio de combustíveis, e decidiram investir 20 mil euros na criação da plataforma colaborativa.

“Estamos em tempos de crise e esta tem de ser contornada com novas formas de empreendedorismo. Todos podem ter uma oportunidade de concretizar os seus projectos através do financiamento cooperativo”, defende Gabriela Marques. O Massivemov, continua, é uma alternativa “às burocracias e dificuldades”. O site será gerido como uma empresa, mas não cobra qualquer comissão pelos valores angariados. A intenção é conseguir um patrocinador oficial e exclusivo.

No Massivemov os donativos começam a partir dos cinco euros e o pagamento será feito através do sistema Paypal. “É a única plataforma que permite que os apoiantes façam uma promessa de pagamento”, explica Gabriela Marques. O valor só é debitado na conta Paypal de quem apoia se o projecto conseguir, pelo menos, 80 por cento do financiamento pretendido.

“Um dos projectos que temos é o de duas pessoas que constroem mobiliário em cartão. Em troca de financiamento dão descontos na aquisição do produto ou uma peça de mobiliário, dependendo dos montantes”, conta Gabriela. Também há um designer que quer lançar uma linha de T-shirts e uma quinta no Douro que precisa de um forno para cozer barro.

Pedro Oliveira, professor de Paulo, Yoann e Pedro no MBA onde todos se conheceram, tem vindo a investigar o papel do utilizador no processo de inovação e no financiamento de novos projectos, e há pouco tempo apresentou o seu trabalho na NASA. Em tempos de contracção financeira, também a prestigiada instituição procura novas formas de obter capital. Em conjunto com Miguel Pina e Cunha, professor na Universidade Nova de Lisboa, identificou 183 plataformas de crowdfunding em todo o mundo, desenvolvidas por utilizadores das redes sociais.

“A multidão pode ser uma melhor fonte de apoio financeiro do que as formas tradicionais”, dizem os investigadores, num estudo que ainda está em fase de elaboração sobre o nascimento e desenvolvimento deste fenómeno.

O que começou como uma forma de fotógrafos, realizadores de cinema, músicos e outros artistas angariarem capital para os seus trabalhos artísticos, depressa se estendeu a outros sectores. E “foram os utilizadores que criaram todo um novo sector que cada vez mais compete com os serviços financeiros e a banca”, notam.

Há três formatos de crowdfunding: apoio a projecto onde quem contribuiu recebe uma recompensa através de prémios (é o caso do PPL e do Massivemov); empréstimos de pessoas a pessoas, com um lucro financeiro predefinido (como a britânica Zopa) e, finalmente, investimento em troca de uma participação na empresa, lucros ou partilha de receitas.

Fonte: Público

Marketing: Amazon vai alugar livros no Kindle

Julho 27, 2011 by  
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A Amazon arrancou com um programa de aluguer de livros com o Kindle como parceiro. O livro pode ser emprestado por um determinado período, que varia de 30 a 360 dias, sendo o valor cobrado de forma proporcional ao tempo de empréstimo, refere o Blue Bus. Desta forma será possível aos estudantes pouparem algum dinheiro já que só têm que pagar pelo livro pelo tempo em que realmente o utilizarem. A Amazon assegura que as anotações feitas pelos estudantes ficam disponíveis para o utilizador mesmo depois de findo o período de aluguer.

Fonte: Marketeer

Inovação: Empreendedorismo tecnológico é o futuro

Julho 27, 2011 by  
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O livro de Pedro Manuel Saraiva baseia-se em casos práticos de sucesso.

Raúl Santos sonhava criar uma empresa. Ganhou um concurso de ideias na Universidade de Coimbra (UC) e nasceu a Crioestaminal. Hoje a empresa conta com 40 mil clientes, emprega perto de 90 colaboradores altamente qualificados e tem uma facturação anual acima dos dez milhões de euros. Este é apenas um dos exemplos do empreendedorismo de base tecnológica, um tipo de empreendedorismo que faz todo o sentido em Portugal, segundo Pedro Manuel Saraiva, autor de “Empreendedorismo”.

“Dentro das várias vertentes do empreendedorismo, todas elas sendo válidas, este [o empreendedorismos de base tecnológica] é aquele que pode ajudar-nos a caminhar mais rapidamente para o progresso que queremos percorrer: competitividade à escala global, incremento das exportações, mão-de-obra altamente qualificada”, considera Pedro Manuel Saraiva.

Mas, para isso, Portugal tem ainda um longo caminho a percorrer. Uma das formas de crescer é apostar nas chamadas “empresas-gazela”, ou empresas “jovens mas que estão a crescer muito rapidamente porque são intensivas em conhecimento e que trabalham, normalmente, em mercados à escala global”, explica Saraiva. “Temos apenas cerca de 300 “gazelas” em Portugal e o número não tem crescido muito ao longo da última década”, continua o autor e professor da UC. No entanto, defende, “se o país em vez de ter 300 “gazelas”, tivesse 600, seríamos bastante diferentes em termos dos indicadores que queremos ver evoluir rapidamente, como o crescimento do PIB e criação de postos de trabalho qualificados”.

E é também na criação destas empresas que as universidades podem ter um papel fundamental, sustenta Pedro Manuel Saraiva. “Falar do empreendedorismo, em 2011, obriga-nos a falar do papel vital que as instituições do ensino superior devem nele desempenhar. Desde logo, pela vertente da sensibilização e da formação na área”, resume o autor.

Além do ensino e da produção de conhecimento, a universidade tem agora uma terceira missão: a de encorajar a inovação e o empreendedorismo. Esta é a visão de Pedro Manuel Saraiva e, já agora, também a do novo governo, que quer incentivar a educação para o empreendedorismo. Pedro Manuel Saraiva pensa sobretudo na universidade, onde defende que “não [devia] haver nenhum aluno a frequentar o ensino superior em Portugal, independentemente do curso, sem ter alguma exposição, através de um módulo ou outro tipo de experiência, que o tornasse mais conhecedor do que é o empreendedorismo”.

Os portugueses são mais empreendedores do que eram há uma geração, mas ainda há questões a resolver, lembra Saraiva. “Temos de trabalhar aspectos de atitude, porque tudo passa por aí, somos ainda um país onde tipicamente não se gosta de arriscar muito e onde quem erra, por vezes, ainda que errando bem intencionalmente, é excessivamente penalizado e esses são traços culturais que gradualmente temos de combater”, sugere.

Casos práticos para seguir as pistas

O livro, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, tem dois meses e já esgotou a primeira edição. Um dos motivos talvez seja os muitos casos práticos que vai apresentando, ou o site associado (www.uc.pt/imprensa_uc/empreendedorismo), que permite “navegar para aprofundar o que entender em cada um desses casos”, segundo o autor. No entanto, não deixa de ser um livro técnico, um manual de “como fazer” para interessados em empreendedorismo, que já pressupõe algum interesse no tema. “Não quero dizer que, seguindo o livro passo-a-passo, uma ideia de negócio vai ser necessariamente [transformada numa realidade], mas ficam as pistas dadas, do ponto de vista técnico, para que essa transição seja eficaz e para que se diminua a probabilidade de insucesso”, diz Pedro Manuel Saraiva. O autor é professor catedrático na UC e já criou várias empresas, a primeira das quais em 1993. Observou também de perto a realidade das ‘spin-offs” da UC.

Fonte: Económico

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