Marketing: Part-time aumenta em tempos de crise, mas diminui em Portugal

Janeiro 26, 2011 by  
Filed under Notícias

Organização Internacional do Trabalho prevê que existirão mais 15 milhões de desempregados em 2010 do que em 2007, só nos países desenvolvidos.

O trabalho em tempo parcial (part-time) aumentou nos países mais atingidos pela crise, mas diminuiu em Portugal, revela o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Nesta análise sobre as tendências mundiais do emprego para este ano, intitulado «Tendências Mundiais do Emprego 2011», a OIT destaca o rápido crescimento do trabalho em part-time nas economias desenvolvidas durante a crise e salienta que esta tendência se tem mantido, apesar da recuperação económica, «contrariamente ao que seria de esperar, tendo em conta a natureza contra-cíclica» deste tipo de emprego, como se lê no documento citado pela Lusa.

Nos países que foram fortemente afectados pela crise, a taxa de part-time aumentou consideravelmente: a Estónia, a Letónia e a Turquia estão entre os países cujo Produto Interno Bruto (PIB) mais diminuiu e registaram também grandes aumentos na taxa de emprego a tempo parcial.

No entanto, em Portugal, tal como em França e na Alemanha, a taxa de emprego em tempo parcial recuou.

Economia recupera, mercado laboral não

Além disso, o estudo adianta que a recuperação do mercado de trabalho está a ser mais lenta do que o crescimento económico, apontando para a existência de 205 milhões de desempregados em 2010.

Este número é praticamente idêntico ao do ano anterior, com a taxa de desemprego a manter-se nos 6,2%, acima dos níveis pré-crise de 2007 (5,6%).

A elevada taxa de desemprego contrasta, no entanto, com a recuperação económica evidenciada por indicadores como o PIB, o consumo privado, o investimento bruto e as trocas comerciais que ultrapassaram os níveis pré-crise em 2010.

«Muitas economias não estão a gerar suficientes oportunidades de trabalho para absorver o aumento da população em idade activa», refere a OIT, destacando que o rácio que mede a capacidade de gerar emprego de um país ou região desceu de 61,7% em 2007 para 61,2% em 2009, estimando-se que fique nos 61,1% em 2010.

Só nos países desenvolvidos, a taxa de desemprego subiu 8,8% no ano passado, sendo os jovens os mais afectados pela crise.

Houve uma recuperação desigual dos mercados de trabalho, com o desemprego a aumentar na União Europeia, Canadá, EUA, Austrália, Nova Zelândia, Israel, Japão, Islândia, Noruega e Suíça. Já na maioria dos países em desenvolvimento o cenário é de estabilidade ou melhoria ligeira.

A OIT prevê que o desemprego deve descer ligeiramente em 2011, mas ainda assim existirão mais 15 milhões de pessoas sem trabalho nos países desenvolvidos do que em 2007.

Fonte: Agência Financeira



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