Ciência: Japoneses querem converter a Lua num painel solar gigante

Junho 11, 2010 by  
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Anel de painéis solares que capta energia para a Terra
Anel de painéis solares que capta energia para a Terra

Parece uma ideia tirada de um filme de ficção científica mas uma empresa japonesa especializada em grandes construções apresentou o projecto: fazer da Lua uma poderosa fonte de energia limpa para a Terra.

Trata-se de um anel de painéis solares que rodearia o equador lunar, destinado a gerar energia que seria irradiada para o nosso planeta através de laser e microondas. O sistema, denominado Luna Ring, seria construído por robôs.

Os mecanismos que a humanidade utiliza para produzir energia, queimar combustíveis fosseis ou fissão nuclear, apresentam graves problemas de contaminação ambiental.

A ideia não é nova: se queremos continuar a consumir energia em grandes quantidades, temos de produzir de forma mais limpa e barata. A Shimizu Corporation parece ter a solução com a ideia de construir um painel solar gigante na Lua.

Plano de transporte de energia do Sol até à Terra  <br> (clique na imagem para ampliar)
Plano de transporte de energia do Sol até à Terra
(clique na imagem para ampliar)

O projecto elaborado pelos japoneses pretende rodear o satélite com uma franja de painéis solares, cobrindo onze mil quilómetros lineares do equador da Lua.

As instalações, montadas por robôs, recolheriam a energia irradiada pelo Sol para convertê-la em electricidade.

Transporte de microondas e laser

Os responsáveis da empresa japonesa também fizeram um projecto de um sistema de transporte baseado no uso de microondas e raios laser para irradiar a energia para a Terra.

Existem alguns projectos similares com painéis solares na órbita do nosso planeta, que também utilizariam estes mecanismos para transferir a energia através do espaço.

Os engenheiros da Shimizu explicam que “o Luna Ring inicialmente poderia ter uma largura de poucos quilómetros e posteriormente estender-se até 400 quilómetros”.

Orçamento torna projecto impossível

Mas vamos a contas. Se instalar um par de painéis solares no tecto de casa, que cobre três ou quatro metros do telhado, já tem um preço relativamente alto, quando custará forrar uma superfície de 55 mil quilómetros quadrados com o mesmo mecanismo?

Os argumentos da empresa são totalmente válidos cientificamente mas a realização da ideia pouco provável nos dias de hoje.

Instalação seria construída por robôs
Instalação seria construída por robôs

Se a NASA tentasse instalar painéis solares para cobrir apenas um quilómetro quadrado da superfície lunar, esgotaria o seu orçamento durante vários anos.

A Shimizu tem ainda outros projectos, como uma cidade-pirâmide, uma ilha botânica artificial e um hotel espacial, que possivelmente podem ser construídos no futuro.

No entanto, tal como o Luna Ring, ficam na gaveta até à humanidade desenvolver uma tecnologia que permita fazer “quase tudo”. Mas também é possível que nessa época o Homem já tenha encontrado outra fonte de energia e que o Luna Ring deixe de fazer sentido.

Fonte: Ciência Hoje

Energia: Portugal exportou “pela primeira vez” mais eletricidade do que importou

Junho 11, 2010 by  
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A balança comercial de energia elétrica foi “pela primeira vez positiva” nos primeiros cinco meses do ano, o que “é um fortíssimo indicador de tendência”, disse hoje à Lusa o secretário de Estado da Energia e da Inovação.

De acordo os dados recolhidos pela REN — Redes Energéticas Nacionais relativos ao balanço energético de janeiro a maio, “Portugal importou 946 GWh e exportou 982 GWh”, o que resulta num saldo positivo de 36 GWh, quando no mesmo período de 2009 Portugal tinha um saldo negativo de 2.127 GWh.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado da Energia e da Inovação afirmou que “pela primeira vez Portugal tem um saldo exportador de energia elétrica”, o que, defendeu, “é resultado de uma aposta muito forte nas energias renováveis”.

Fonte: Agência Lusa

Empreendedorismo: Capital de risco duplica e já representa 2% do PIB

Junho 11, 2010 by  
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Dados da CMVM revelam que os montantes geridos pelos operadores de capital de risco nacionais aumentaram 111% em 2009, face ao ano anterior, para 3,1 mil milhões de euros.

No seu “Relatório Anual da Actividade de Capital de Risco” de 2009, o regulador adianta que o capital de risco passou a representar cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, quando em 2008 o peso não atingia 1%. O PIB nacional ronda os 160 mil milhões de euros.

Já a expressão dos investimentos realizados em capital de risco no PIB, de 0,2%, esteve em linha com o verificado na Europa, informa a CMVM.

Por operadores de capital de risco nacionais devem entender-se as sociedades de capital de risco e outras entidades legalmente habilitadas para o efeito e fundos de capital de risco, nota a CMVM.

O capital de risco é uma forma de financiamento em que a entidade financiadora, a Sociedade de Capital de Risco (SCR), assume uma participação no capital da empresa.

A relação com as empresas participadas, que pode ser temporária ou de médio/longo prazo, passa pela tomada de uma posição minoritária na sua estrutura accionista, que poderá ter lugar numa fase de criação ou expansão da sua actividade.

A CMVM nota ainda que o aumento da actividade de capital de risco “assume especial relevância para o desenvolvimento da economia nacional”, materializado, nomeadamente, em ganhos de produtividade e numa maior dinâmica do sector exportador.

Fonte: Económico