Marketing: Neurociência cresce como ferramenta

Junho 24, 2010 by  
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Um comercial passa na televisão e prende a atenção do telespectador. As cores agradam, os personagens parecem familiares e, ao final de 30 segundos, o produto ganha espaço na memória do consumidor. Mais do que um processo criativo, a propaganda hoje é um trabalho científico. Utilizando recursos da neurociência – estudo do sistema nervoso –, empresas conseguem analisar as reações causadas por suas ações de marketing e direcioná-las para tirar melhor proveito delas.

Segundo dados do instituto Ibope, mais de 50 empresas globais já utilizam a neurociência nas ações de marketing. O aumento do uso desta ferramenta no mundo foi superior a 100% nos últimos quatro anos. Segundo Pedro Waengertner, professor de comunicação interativa da ESPM, o chamado neuromarketing ainda é desconhecido para muitas empresas, mas deve se tornar uma ferramenta importante nos próximos anos. “As utilizações são ilimitadas”, diz ele.

A Millward Brown, especializada em pesquisas de propaganda, combina diversas ferramentas de neurociência em suas análises. Uma delas, que propõe ao consumidor perguntas aparentemente aleatórias, pretende identificar ideias ativadas por uma marca ou anúncio. Outra tecnologia, denominada Eye-Tracking, utiliza dispositivos para captar o movimento dos olhos da pessoa que assiste a uma propaganda e assim registrar quais elementos atraem ou não sua atenção. Um terceiro recurso tem o objetivo de fazer o diagnóstico emocional e cognitivo do consumidor por meio da análise das ondas cerebrais.

“Uma ferramenta não existe sem a outra”, afirma Mauro Fusco, diretor de desenvolvimento e inovação da Millward Brown. A combinação dos recursos permite saber quando a propaganda gera um estímulo e se este é positivo ou negativo, além de indicar se o consumidor entendeu ou não a mensagem proposta pela marca. No ano passado, a empresa testou mais de 130 comerciais, de acordo com Fusco.

Além de analisar a publicidade na televisão, é possível fazer uso da neurociência também no estudo de outras mídias, como anúncios impressos, e até para saber a reação das pessoas dentro do supermercado. “A tendência é que os testes sejam mais sutis para o consumidor”, diz o professor Pedro Waengertner. Para facilitar o desenvolvimento de testes, a Millward Brown utiliza um equipamento simplificado para medir as ondas cerebrais, que necessita de menos fios ligados à cabeça do consumidor no momento de recolhimento dos dados. Segundo Mauro Fusco, a facilidade de utilização do aparelho permite pesquisas mais abrangentes.

Neurociência dentro da empresa

O Grupo Triunfo, empresa de consultoria e treinamento de pessoas, encontrou na neurociência soluções para gerenciar equipes. Com dados do sistema nervoso, são identificados problemas como estresse e distúrbios do sono. Para melhorar o bem estar do funcionário, um equipamento pode auxiliar na regulação da respiração, por exemplo, indicando o tempo ideal para inspirar e expirar. “Ele condiciona a pessoa por meio de exercícios”, afirma Scher Soares, presidente da marca. “Tal qual numa academia você treina o músculo, com o Biofelling (nome da ferramenta da empresa), você treina o seu estado interno.”

Segundo Soares, a vantagem da utilização de métodos de neurociência é um resultado mais preciso das reações em comparação com a análise simplesmente verbal, tanto dentro da empresa quanto na publicidade. “Há um aumento da procura por essas ferramentas e as empresas estão preocupadas em serem efetivas em sua comunicação”, afirma.

Fonte: Último Segundo

Ciência: Clima, Padrão global activo há milhões de anos

Junho 24, 2010 by  
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Uma investigação internacional publicada na Science afirma ter detectado um “padrão global” no clima da Terra, ligado a uma sequência com um mínimo de 2,7 milhões de anos. Os cientistas fazem uma outra afirmação de importância: esse mecanismo global está ligado ao dióxido de carbono (CO2).

O professor Timothy Herbert, da Universidade de Brown, em Rhode Island, nos EUA, que trabalhou com equipas no Reino Unido e na China, baseia a conclusão no estudo de sedimentos recolhidos no fundo de oceanos, em quatro pontos diferentes do planeta. A análise química dos restos de plantas e animais permitiu calcular variações de temperatura global.

Nos últimos 2,7 milhões de anos, estas variações de temperatura no hemisfério norte ocorreram em simultâneo com as dos trópicos. Esta é a primeira prova de um padrão global nas alterações climáticas do planeta nos últimos três milhões de anos, afirmam os autores.

Na descrição dos cientistas, o aquecimento tropical causado por níveis elevados de CO2 produziu uma série de efeitos que resultaram em mais gases com efeito de estufa, processo de auto-alimentação responsável pelo mecanismo geral de aquecimento e arrefecimento.

Fonte: Diário de Notícias

Economia: Funcionários públicos serão menos e mais qualificados

Junho 24, 2010 by  
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O secretário de Estado da Administração Pública considera que nos próximos anos os trabalhadores do Estado vão passar por uma redução do número, um envelhecimento e uma maior taxa de qualificações, num sector onde o número de mulheres vai crescer.

Em declarações à Lusa, Castilho dos Santos afirma que são estas as principais tendências e os desafios para os próximos anos, em termos de gestão dos cerca de 700 mil trabalhadores do Estado.

«Antecipo a continuação de uma gradual redução do número de trabalhadores em funções públicas», um aumento da «pressão demográfica decorrente do envelhecimento gradual da sociedade», um «reforço do peso relativo da taxa de feminização» e um «aumento do nível de tecnicidade/licenciados», sublinhou o secretário de Estado.

De acordo com o governante, só será possível fazer uma contabilização precisa do número de funcionários públicos e da média de remunerações do Estado quando for actualizada, em Setembro, no Boletim do Observatório de Emprego Público, mas «neste momento, cerca de 49 por cento dos trabalhadores da Administração Central do Estado são licenciados», o que revela um aumento de 200 por cento nos últimos treze anos.

A média etária, continua o governante, «oscila entre os 41 e os 42 anos» e «cerca de 44% dos trabalhadores em funções públicas são mulheres». Quanto ao vínculo laboral, Castilho dos Santos afirma que «83% dos trabalhadores detêm o vínculo de contrato de trabalho em funções públicas» (depois de transição de vínculo em 1 de Janeiro de 2009).

Já sobre o valor médio de remuneração, a resposta é mais difícil: «Estando a decorrer vários processos de revisão de carreiras e corpos especiais, a questão sobre valor médio de remuneração não é passível de ser respondida com o rigor que a matéria aconselha. Para termos dados agregados, intersectorialmente, e comparáveis, teremos de esperar mais uns meses pela estabilização dos processos de revisão de carreiras especiais, que detêm um peso significativo na escala remuneratória geral da Administração Pública».

Fonte: Agência Financeira