Ciência: Clima, Padrão global activo há milhões de anos

Uma investigação internacional publicada na Science afirma ter detectado um “padrão global” no clima da Terra, ligado a uma sequência com um mínimo de 2,7 milhões de anos. Os cientistas fazem uma outra afirmação de importância: esse mecanismo global está ligado ao dióxido de carbono (CO2).

O professor Timothy Herbert, da Universidade de Brown, em Rhode Island, nos EUA, que trabalhou com equipas no Reino Unido e na China, baseia a conclusão no estudo de sedimentos recolhidos no fundo de oceanos, em quatro pontos diferentes do planeta. A análise química dos restos de plantas e animais permitiu calcular variações de temperatura global.

Nos últimos 2,7 milhões de anos, estas variações de temperatura no hemisfério norte ocorreram em simultâneo com as dos trópicos. Esta é a primeira prova de um padrão global nas alterações climáticas do planeta nos últimos três milhões de anos, afirmam os autores.

Na descrição dos cientistas, o aquecimento tropical causado por níveis elevados de CO2 produziu uma série de efeitos que resultaram em mais gases com efeito de estufa, processo de auto-alimentação responsável pelo mecanismo geral de aquecimento e arrefecimento.

Fonte: Diário de Notícias

Economia: Funcionários públicos serão menos e mais qualificados

O secretário de Estado da Administração Pública considera que nos próximos anos os trabalhadores do Estado vão passar por uma redução do número, um envelhecimento e uma maior taxa de qualificações, num sector onde o número de mulheres vai crescer.

Em declarações à Lusa, Castilho dos Santos afirma que são estas as principais tendências e os desafios para os próximos anos, em termos de gestão dos cerca de 700 mil trabalhadores do Estado.

«Antecipo a continuação de uma gradual redução do número de trabalhadores em funções públicas», um aumento da «pressão demográfica decorrente do envelhecimento gradual da sociedade», um «reforço do peso relativo da taxa de feminização» e um «aumento do nível de tecnicidade/licenciados», sublinhou o secretário de Estado.

De acordo com o governante, só será possível fazer uma contabilização precisa do número de funcionários públicos e da média de remunerações do Estado quando for actualizada, em Setembro, no Boletim do Observatório de Emprego Público, mas «neste momento, cerca de 49 por cento dos trabalhadores da Administração Central do Estado são licenciados», o que revela um aumento de 200 por cento nos últimos treze anos.

A média etária, continua o governante, «oscila entre os 41 e os 42 anos» e «cerca de 44% dos trabalhadores em funções públicas são mulheres». Quanto ao vínculo laboral, Castilho dos Santos afirma que «83% dos trabalhadores detêm o vínculo de contrato de trabalho em funções públicas» (depois de transição de vínculo em 1 de Janeiro de 2009).

Já sobre o valor médio de remuneração, a resposta é mais difícil: «Estando a decorrer vários processos de revisão de carreiras e corpos especiais, a questão sobre valor médio de remuneração não é passível de ser respondida com o rigor que a matéria aconselha. Para termos dados agregados, intersectorialmente, e comparáveis, teremos de esperar mais uns meses pela estabilização dos processos de revisão de carreiras especiais, que detêm um peso significativo na escala remuneratória geral da Administração Pública».

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Twitter já tem tweets patrocinados

O Twitter já colocou em linha o seu primeiro tweet patrocinado. A ideia é divulgar informações sobre produtos e serviços aos utilizadores da rede social. Coube à Disney/Pixar inaugurar o campo publicitário das mensagens de 140 caracteres. O «produto» escolhido foi o novo filme Toy Store 3.

O filme estreou nos EUA e no Brasil na passada quinta-feira. A plataforma de Promoted Tweets foi anunciada em Abril pelo Twitter, durante a AdAge Digital, em Nova York, de acordo com a «Terra Brasil».

Os anúncios do Toy Story 3 estão a ser divulgados como prometido: aparecem nos resultados das buscas efectuadas no Twitter.com. Mas, claro, com a indicação de que são mensagens patrocinadas.

Os anúncios surgem na zona dos Trending Topics da página principal do Twitter, perfeitamente identificados como tweets patrocinados.

«Existe uma grande diferença entre um tweet patrocinado e um convencional. A publicidade deve atingir um maior nível, deve ecoar entre os usuários. Isso significa que se os usuários não interagem com um tweet promovido, ele poderá desaparecer», explicou um dos fundadores do microblog, Biz Stone.

Fonte: Agência Financeira

Economia: Toyota vai cortar preços em 30% para enfrentar concorrentes

Na tentativa de se tornar tão competitiva quanto Hyundai e Volkswagen, montadora japonesa tenta reduzir custos.

A Toyota Motor planeja cortar preços de automóveis em 30% até 2013, por meio de uma estratégia de redução de custos, para melhor competir com rivais como a Hyundai. A afirmação é do diretor sênior de compras da montadora japonesa, Takeshi Shirane.

A Toyota, até recentemente a montadora de crescimento mais rápido no mundo, tem sido pressionada para ser mais competitiva que Volkswagen e Hyundai.

“Comparados com carros coreanos, nossos veículos são 30% mais caros em termos mundiais”, avalia Shirane. “Então, o que temos dito é que precisamos trabalhar para atingir essa meta”, explica.

Com base nesse plano, batizado de RR-CI, a montadora está incumbindo engenheiros e equipe de compras a trabalharem juntos. O objetivo é encontrar a melhor maneira de se projetar e produzir 165 componentes, com metas únicas de redução de custo para cada um. Fornecedores também estão sendo chamados para contribuir com ideias.

Mudança. O plano, iniciado no fim do ano passado, marca uma mudança importante na prática da Toyota de definir equipes de projeto para cada modelo de veículo. Anteriormente, segundo o executivo, um modelo fabricado e vendido globalmente, como o Corolla, tinha um projeto que requeria os mesmos designs de componentes em todo o mundo. Apesar de ser eficiente para algumas peças do veículo, esse esquema não é bom para outras, diz Shirane.

Com o plano RR-CI – uma referência a “ryohin” (qualidade), “renka” (preço baixo) -, a Toyota quer obter um projeto de veículo que, por exemplo, aproveite materiais mais baratos e disponíveis localmente, mesmo que isso resulte na existência de uma série de designs para o mesmo componente.

“Será preciso muito trabalho. A meta (de 30%) é muito difícil”, analisa ele. “Mas acredito que até o fim deste ano teremos as melhores soluções para cada uma das 165 partes.” A meta prevê que esses esforços rendam frutos na próxima fase de renovação de veículos, por volta de 2013, diz Shirane.

A alemã Volkswagen, que tem como objetivo superar a Toyota como maior montadora de veículos do mundo até 2018, já possui uma bem-sucedida plataforma de automóveis e esquemas de compartilhamento de componentes entre muitas das marcas do grupo, incluindo Porsche, Audi e Skoda.

Urgência. Para ressaltar a urgência da Toyota, Shirane explica que a empresa enviou 150 engenheiros e executivos de compras da companhia para a China, em novembro, para observarem e aprenderem com fabricantes locais de componentes automotivos. “Sempre tivemos essa noção de que somos número 1 em corte de custos. Eu quero que eles vejam por eles mesmos que enfrentamos dura competição”, diz o executivo.

A Toyota vem perdendo espaço no mercado automotivo este ano. As vendas dos seus veículos aumentaram 8,9% até agora – metade da média do setor. A fatia de mercado caiu 13,3%, segundo a consultoria Autodata.

Fonte: Estadão

Economia: Empresas criam consórcio para exportar o e-Escola

Portugal deu mais um passo para criar a escola do futuro. Ontem, várias empresas, juntamente com o Governo português, assinaram um documento que visa a criação do consórcio E-XAMPLE, que dará origem à segunda fase do Plano Tecnológico para a Educação.

“O objectivo deste consórcio passa pela internacionalização do modelo tecnológico criado nas escolas portuguesas. E ainda pela implementação de uma segunda fase que incidirá na criação de conteúdos digitais que permitam aos alunos e professores utilizar as tecnologias que já estão disponíveis”, explicou Rogério Carapuça, ‘chairman’ da Novabase, na conferência “A Escola do Futuro na Era da Economia Digital”, realizada pelo Diário Económico.

A segunda fase do Plano Tecnológico para a Educação vai contar com o envolvimento de 47 empresas, que vão criar um ‘cluster’ empresarial em Portugal com a finalidade de desenvolver um conjunto de soluções nacionais e expandi-las para o exterior. PT Inovação, Critical Links, Novabase, Leya, Microsoft e Cisco são algumas das empresas que fazem parte deste acordo. “O papel das multinacionais como a Cisco e a Microsoft neste consórcio é extremamente importante. Pois fazemos parte de uma rede mundial que dá valor acrescentado a estes programas”, realçou Carlos Brazão, director-geral da Cisco Systems Portugal.

Fonte: Económico

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