Inovação: A força da inovação

Janeiro 12, 2012 by  
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Pouco antes do ataque japonês a Pearl Harbor, em 1941, a Du Pont se perguntava o que fazer com os produtos que havia desenvolvido para o esforço de guerra que se aproximava.

A empresa estava empenhada em produzir matéria-prima para roupas e paraquedas, entre outros usos. No final das contas, o nylon e a lycra resultaram em enormes lucros para a multinacional no pós-guerra, pois serviram para produzir inúmeros bens de consumo.

A DuPont é uma entre as centenas de empresas norte-americanas que demonstram imensa capacidade de inovar. Nos dias de hoje, talvez o exemplo mais evidente dessa capacidade seja a Apple, assim como, anos atrás, foram destaque a Microsoft, a IBM e a Xerox.

A Apple não deixa de apregoar que seus produtos, mesmo sendo feitos na China, seguem um design elaborado na Califórnia.

Muitas das inovações norte-americanas terminam com o carimbo “made in China” por conta dos custos, mas são produtos inventados nos Estados Unidos.

Enquanto o mundo apregoa a decadência dos Estados Unidos, milhares de empreendimentos desse país ainda produzem inovação. E vai continuar assim por muitos anos.

No xadrez mundial, os países têm que oferecer algo que seja consumido pelos demais. Sejam produtos industrializados, serviços ou commodities.

O Brasil se destaca no campo das commodities e até mesmo na exportação de alguns manufaturados.

Continuaremos a produzir petróleo e seremos um dos principais exportadores do produto em um planeta que continuará a consumir combustíveis fósseis. No entanto, não podemos prosseguir tão dependentes assim de commodities.

Uma boa notícia é que em 2011 foram solicitadas mais patentes no Brasil do que no ano anterior. Até o dia 20 de dezembro de 2011, havia 30.617 pedidos, contra 28.052 em 2010.

O mesmo sucedeu com o registro de marcas, que ultrapassou a marca de 140 mil solicitações. Apesar de nossos números estarem melhorando significativamente, ainda precisamos avançar mais.

Algumas iniciativas do passado, como a criação da Petrobras, da Embrapa, da Embraer, do CPQD, entre outras empresas no campo público e privado, nos trouxeram inovação e criatividade.

A fórmula deve ser aprofundada, assim como deve ser estimulada uma maior integração entre empresas, universidades e centros de pesquisa.

Os gastos das Forças Armadas deverão estar conectados a P&D no país.

O CNPq tem ampliado o número de bolsistas no Brasil e no exterior, e o programa Ciência sem Fronteiras, lançado no ano passado pela presidente Dilma Rousseff, é um incentivo para que os jovens brasileiros estudem mais e internalizem novas tecnologias.

Atualmente, apenas um brasileiro estuda tecnologia na Ucrânia. A China tem mais de 40 mil estudantes de pós-graduação naquele país.

O novo programa pretende colocar 100 mil brasileiros estudando no exterior até 2014. Uma ação excepcional.

O Brasil deve usar as oportunidades dos bons momentos para investir na produção de inovação e no estímulo à criatividade. É caminho que nos fará crescer com segurança, independência e desenvolvimento.

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Murillo de Aragão é cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas

Fonte: Económico

Marketing: Costuma falar (bem ou mal) de marcas nas redes sociais?

Janeiro 12, 2012 by  
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Enquanto que a maior parte dos marketeers continua a apostar no Facebook e no Twitter para comunicar com os seus clientes, não são muitos os consumidores que fazem comentários sobre empresas e marcas nas redes sociais, adianta o eMarketer. 57,8% dos utilizadores de Facebook nos EUA não faz referência a marcas nos seus updates de status desde Outubro de 2011, de acordo com dados da empresa de estudos de mercado AYTM. Mais motivante para os marketeers será talvez o facto de 0,5% dos utilizadores de Facebook terem feito apenas referências negativas sobre marcas naquela rede social, ao passo que 25,3% dos utilizadores falam das marcas de uma forma positiva, e 16,4% faz tanto referências positivas como negativas, continua a AYTM.

Os utilizadores do Twitter nos EUA alinham pela mesma postura que os do Facebook: 61,3% afirmou que não tem feito tweets sobre marcas. 25,4%, por sua vez, referiu que só fala de marcas em tweets positivos, enquanto que 0,4% admitiu fazê-lo apenas em tweets negativos. 12,9% faz tweets positivos e negativos.

Os consumidores não estão, no entanto, a aprender sobre novas marcas, produtos e serviços nas redes sociais. Uma percentagem de 6,5% dos utilizadores de internet nos EUA afirmou que toma conhecimento de novas marcas, produtos e serviços nestas plataformas, de forma frequente, e 26,5% apenas algumas vezes. 26% dos inquiridos garantiu nunca tomar conhecimento de novas ofertas através de social media.

Canais offline, como televisão, rádio e imprensa, foram os meios apontados pelos consumidores como aqueles onde mais frequentemente descobrem novas marcas, produtos e serviços. Também o word-of-mouth e as lojas físicas chamam a si um papel importante na transmissão destas informações. Elementos online – que não os social media -, como publicidade online e sites de e-commerce, são também meios através dos quais os utilizadores de internet naquele mercado ficam a par de novas ofertas, de uma forma mais frequente do que nos social media.

É um facto que os consumidores estão a usar cada vez mais estas plataformas, e que as marcas presentes nas redes sociais estão disponíveis para interagir. O desafio passará, no entanto, por levar os consumidores a falar sobre marcas e produtos nos seus status e tweets, o que aumentaria a influência dos social media na transmissão de informações sobre as ofertas das empresas.

Fonte: Marketeer

Inovação: UMinho cria sensor para monitorizar aneurismas

Janeiro 12, 2012 by  
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Uma equipa da Universidade do Minho está a desenvolver um sensor inovador para ser incorporado em cirurgias de correção de aneurismas com o objetivo de monitorizar os doentes no pós-operatório com custos mínimos.

O novo sensor baseia-se numa tecnologia apoiada por telemetria que poderá vir a ser utilizada em intervenções de reparação endo-vascular de aneurismas, as chamadas EVAR. Estas intervenções são postas em prática há cerca de 20 anos e constituem uma alternativa minimamente invasiva à cirurgia convencional, mas têm vindo a ser melhoradas.

Graças à incorporação do sensor, será mais fácil seguir os doentes após o procedimento, o que tornará o processo de monitorização mais simples para os médicos e, sobretudo, mais económico e menos incómodo para o paciente.

“As vantagens do projeto em que estamos a trabalhar estão no facto de se tratar de uma tecnologia de baixo custo, para além de fazer uma aposta num sensor muito fino e flexível”, explica o coordenador do projeto, Luís Alexandre Rocha, em comunicado.

Desta forma, o sensor pode ser colocado na própria cirurgia de correção do aneurisma, sem a necessidade de cirurgias complementares ou cateteres invasivos.

Segundo os responsáveis, esta inovação vai trazer “vantagens transversais”, já que “permite uma evolução ao nível da eletrónica industrial”, passando-se da utilização de materiais tradicionais, como os silícios, para o trabalho com nano-compósitos.

“Este projeto terá desenvolvimentos importantes em materiais simultaneamente flexíveis e condutores, que trabalhem com sensores aplicáveis noutros campos e áreas”, acrescenta Luís Alexandre Rocha.

O desenvolvimento do sensor está a ser apoiado pelo MIT Portugal, a FEUP e o Instituto Superior Técnico e conta com o apoio financeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia.

Fonte: Boas Notícias