Inovação: Tendência de mudanças para 2012

Janeiro 22, 2012 by  
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Todas as operações do varejo possuem uma finalidade: melhorar os serviços, fazendo mais com menos. Assim, a lógica é justamente aproveitar o desenvolvimento tecnológico atual nas mais diversas áreas, enfrentando com maior inteligência os desafios e buscando novas oportunidades de ação.

Para 2012, o cenário no setor deverá ser cheio de mudanças, mas também de consolidação de tecnologias, ferramentas e soluções para os negócios, possibilitando cada vez mais a otimização dos processos. Além disso tudo, Eduardo Terra, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar) e diretor Geral da UBS – União Business School, acredita em um ano turbulento, com disputas acirradas, fusões e grandes compras.

“Vamos ter um aumento na consolidação do mercado, com grandes empresas comprando médias ou se juntando com outras grandes, trazendo ganho de eficiência e as tornando mais competitivas”, afirma. Para ele, isso traz consequências para as áreas de Tecnologia da Informação e automação, resultando em ganho logístico e com operações.

Especificamente para a TI, o Varejo deverá ter um grande investimento em soluções de CRM, segundo Terra. Outra vertente em evidência nos próximos meses, ainda de acordo com o executivo, é a parte de Business Intelligence para a área comercial e operacional. “A operação no setor é complexa, podendo acontecer erros e desajustes logísticos. O BI traz inteligência ao negócio, corrigindo cada um desses problemas”, diz.

A consequência de operações internas com melhor execução é ter a frente de loja agindo melhor, trazendo mais eficiência a toda a cadeia de processos. No entanto, é preciso cuidar dessa área, pois é de onde a informação sobre o cliente vem com maior precisão. “Cansei de ver situações nas quais a empresa tinha uma estrutura parruda por trás, mas uma frente de loja deficiente”, revela o executivo.

Mobilidade

Uma tendência inevitável não só para 2012, mas ainda para os próximos anos, é a inclusão de dispositivos móveis de forma definitiva no Varejo. Uma delas é o RFID (do inglês “Radio-Frequency Identification”), tecnologia que deverá substituir o código de barras para dar maior precisão e agilidade na movimentação de mercadorias. “A cada ano, há um barateamento das etiquetas e antenas. Ele já está andando mais forte em logística e estoque, mas na frente de loja ainda é tímido”, afirma Eduardo Terra.

Já o NFC (sigla em inglês para “Comunicação por Proximidade de Campo”), permite a utilização de celulares para realizar pagamentos, também garantindo uma flexibilidade e rapidez ao processo, principalmente o de alto giro. “Ele já é utilizado em táxis e pedágios em Nova York e traz uma solução para processar meio de pagamento eletrônico com velocidade e custo básico”, diz. Por esse lado, no entanto, há também a dependência de fabricantes de aparelhos introduzirem os dispositivos aos consumidores no mercado brasileiro.

Ainda assim, os tablets e smartphones atuais já dispõem de aplicativos que permitem a interação com o consumidor. “Pelo menos 80% dos varejistas com operações de e-commerce têm projetos para levar a loja ao mobile commerce”, estima o vice-presidente do Ibevar. Outro uso é como instrumento de trabalho nas empresas do setor. Com ele, é possível acessar informação e gerar automação, transformando-o em um coletor de dados, garantindo maior agilidade.

Finalmente, Terra acredita em um grande salto da utilização de redes sociais para o comércio eletrônico. “Com iniciativas principalmente pelo Facebook, temos o caso do Magazine Luiza, que começou muito bem com o projeto “Magazine Você” e gerou um grande insight para quem está desenvolvendo soluções”, diz. “Este ano já veremos isso virando realidade”, finaliza, ressaltando o potencial do social commerce. Dessa forma, não vão faltar oportunidades para inovações em 2012 no Varejo – só depende dos investimentos agora.

Fonte: Decision REPORT