Marketing: Internet imune à crise
Janeiro 31, 2012 by Inovação & Marketing
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Em apenas seis anos, a riqueza gerada pela Web deverá duplicar nos países do G20. Uma previsão da Boston Consulting Group, apresentada aos líderes mundiais reunidos em Davos.
A riqueza gerada pela Web nos países do G20 deverá duplicar em 2016, passando dos 2,3 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) contabilizados em 2010 para 4,2 mil milhões (3,2 mil milhões de euros). Por esses dias, quase 50% da população mundial acederá à Internet, sobretudo através de dispositivos móveis.
Estas previsões constam de um estudo da consultora Boston Consulting Group (BCG), encomendado pela tecnológica norte-americana, Google.
Segundo o estudo, a maior parte dos 200 milhões de pessoas que anualmente se estreiam na Net já não estará a usar tradicionais computadores de secretária mas smartphones.
Na medida em que os telemóveis com funcionalidades avançadas estão cada vez mais baratos – já é possível comprar um desses exemplares com menos de 100 euros -, os especialistas da BCG acreditam que, dentro de quatro anos, 80% dos internautas acederão à Net a partir deste tipo de equipamentos.
Era uma vez um luxo…
“O acesso à Web deixará de ser um luxo e a maioria dos internautas viverá em mercados emergentes. Dentro de quatro anos, viverão na China 800 milhões de internautas, mais do que nos Estados Unidos, Índia, França, Alemanha e Reino Unido, juntos”, pode ler-se no documento apresentado em Davos, Suíça.
“Compreender o potencial económico da Web deve ser um prioridade para os líderes mundiais”, afirmou Patrick Pichette da Google, citado pela BBC.
Mas a gigante da Internet, não será a única a ganhar, já que os especialistas identificam diversos “ecossistemas” que farão tudo para reter os internautas, como por exemplo a Amazon, Apple, Facebook, Google, Yandex (motor de pesquisa russo), Baidu (motor de pesquisa chinês) e Tencent (programa de mensagens instantâneas chinês).
Inovação: Inovar não basta, é preciso ser empreendedor e exportar
Janeiro 31, 2012 by Inovação & Marketing
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Ter ideias inovadoras não chega. É preciso transformá-las em bons projetos, com visão empreendedora, e pensar sempre na internacionalização dos produtos. O mercado nacional é demasiado pequeno para os investimentos que a inovação exige por parte das empresas. Foram estas algumas das conclusões do quinto debate Made in Portugal organizado pelo DN, dedicado ao tema “A Inovação em Portugal”. O painel contou com Sérgio Simões (Bluepharma), Miguel Pina Martins (Science4you), José Mendes (Universidade do Minho), Sérvulo Rodrigues (ES Ventures) e Manuel Teixeira (ANJE). Os intervenientes defenderam que Portugal deve apostar no sector para subir no ‘ranking’ da inovação e… das exportações
Para inovar, comecemos pelo futuro: Portugal tem de investir no empreendedorismo, estreitar as relações entre universidades e empresas em matéria de inovação e fazer do mundo o seu mercado. Estas foram algumas das ideias deixadas pelo painel sobre a “Inovação em Portugal”, em mais um debate promovido no auditório do DN no âmbito da iniciativa Made in Portugal.
“A inovação tem de ter valor económico, senão não passa de uma curiosidade”, defendeu o presidente executivo da ES Ventures, empresa de capital de risco do Grupo Espírito Santo. Sérvulo Rodrigues explica ainda que uma empresa da área da inovação não pode resumir-se a produzir para consumo ‘interno’: “O mercado nacional é bom como ‘piloto’, mas estas empresas têm sempre de pensar no mercado global.”
Inovar. Empreender. Exportar. É esta a cadeia que tem de ser seguida no campo da inovação, sob pena de haver desperdícios numa crise que é, como explicou Sérvulo Rodrigues, “omnipresente”.
A necessidade de fomentar o empreendedorismo esbarra na tradição empresarial portuguesa e em algumas lacunas que ainda subsistem nas empresas e naqueles que continuam a ser um dos maiores focos de inovação do País: as universidades.
Outro dos intervenientes do debate – moderado por António Perez Metelo, redator principal do DN – foi o vice-reitor da Universidade do Minho, José Mendes, que alertou para o “défice de conhecimento na transferência da tecnologia”. “Muitas vezes falta o know how para, por exemplo, saber como vender uma patente”, acrescenta. Já Sérgio Simões, vice-presidente do conselho de administração da Bluepharma, defendeu que é preciso “tempo e investimento”. Sérgio Simões garante que em termos de criatividade “há muitas ideias, mas falta um método”.
“Existe algum dinheiro para investir nos projetos, mas há carência de bons projetos e investimento sério. Uma coisa é colocar 100 mil euros numa empresa, outra é colocar 5 milhões de euros. E muitas vezes as empresas precisam desse dinheiro para ganhar escala”, explica Sérgio Simões.
Sérvulo Rodrigues ripostou dizendo que a ES Ventures investiu 250 milhões de euros na empresa desde 2000 e que “todas as semanas” são-lhe apresentados 11 projetos de pessoas que procuram o investimento da ES Ventures, metade dos quais portugueses.
Todos os intervenientes do debate concordaram que as empresas da área de inovação precisam de ter uma escala global e serem direcionadas para a exportação. Caso contrário, tudo não passará de uma brincadeira. Foi, no entanto, com brinquedos (científicos), que Miguel Pina Martins, presidente do conselho de administração da Science4you, conseguiu atingir o sucesso e começar a exportar.
Miguel Pina Martins aponta como um dos entraves ao crescimento da inovação o facto de o povo português não ser “naturalmente empreendedor. Temos de conseguir contornar que os jovens tenham menos aversão ao risco e começar a ser também um País exportador”. O presidente da comissão executiva da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), Manuel Teixeira, concordou dizendo que a crise “obrigou-nos a mudar de vida”, criticando algumas das decisões políticas que não travaram a troca de uma aposta “nas fábricas pela construção civil”.
Manuel Teixeira defendeu ainda que se contratem jovens, não só portugueses como também “quadros estrangeiros” para as empresas da área da inovação, que tenham conhecimento dos mercados para potenciarem as exportações.
O vice-reitor da Universidade do Minho, José Mendes, refere que “Portugal está em 30.º lugar no índice de inovação, mas devia estar em 15.º ou 16.º e as exportações não deveriam representar 32% do PIB, mas 50%”.
Por sua vez, Manuel Teixeira deu como exemplo a compra de uma participação da EDP por parte de uma empresa chinesa como um sinal de que “Portugal pode ser uma lancha rápida entre Brasil, Europa e China”.
Os participantes no debate do Diário de Notícias veem na crise uma oportunidade para mudar o País. “A austeridade, que sofremos de vez em quando, aguça-nos a criatividade”, lembrou José Mendes. Miguel Pina Martins afirmou que “a crise deve ser vista pelo lado positivo, pois vai ajudar a criar métodos” que permitam ter sucesso no futuro.
Universidades grandes aliadas
Só juntando as empresas e as universidades é que a inovação poderá atingir o sucesso. Daí que todos os intervenientes no debate tenham lembrado o importante papel destes estabelecimentos de ensino na área.
Sérvulo Rodrigues acredita que “as universidades estão cada vez mais mobilizadas para que os trabalhos académicos incluam o empreendedorismo.” Embora a relação entre as empresas e as universidades nem sempre seja fácil, Sérgio Simões deu como exemplo a Bluepharma – uma empresa que exporta 73% daquilo que produz – e que beneficia de uma parceria com a Universidade de Coimbra.
Miguel Pina Martins admite igualmente que ainda era estudante quando teve a ideia de criar a Science4you e que foi o facto de os seus produtos “terem o selo da Faculdade de Ciências que levou ao seu sucesso, uma vez que é um selo de qualidade”.
Já o vice-reitor da Universidade do Minho defende uma alteração do paradigma. “Devia ser o capital de risco a ir para a universidade. Porque não colocar empresas de capital de risco no campus?”, propôs José Mendes.
Em matéria de inovação e empreendedorismo, há ainda um longo caminho a percorrer. O painel de convidados concordou que não basta ter uma boa ideia. É preciso torná–la num projeto que traga valor acrescentado. E depois: trabalhar. Como disse Sérgio Simões: “Tudo tem de ter 5% de inspiração e 95% de transpiração.”
Fonte: Diário de Notícias
Marketing: Governo inglês quer “catapultar” empresas para a era digital
Janeiro 31, 2012 by Inovação & Marketing
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Vince Cable, secretário inglês para a Economia, anunciou planos para financiar um centro Catapulta para a Economia Digital (Connected Digital Economy Catapult), com o objectivo de ajudar a impulsionar a inovação e a adopção de novas tecnologias pelas empresas do Reino Unido.
O centro Catapulta actuará como um “’hub’ para as melhores inovações no sector digital”, e vai realizar investigação em sustentabilidade, consumerização e o impacto que as novas tecnologias estão a ter sobre as plataformas existentes, de acordo com o Department for Business, Innovation and Skills (BIS).
Servirá também como elo entre as indústrias digitais e as empresas que estão menos inclinadas para a tecnologia. As empresas tecnológicas serão incentivados a ajudar as organizações a utilizarem as novas tecnologias de forma inovadora para desenvolverem modelos de negócios rentáveis, e a partilhar conhecimento em questões que afectam a economia digital, como a propriedade intelectual.
O centro vai baseiar-se na iniciativa governamental TechCity, projecto de mais de 475 milhões de euros destinado a estabelecer uma versão britânica do Silicon Valley no East End, em Londres. Cable fez o anúncio durante uma visita à empresa de realidade aumentada Holition, em Shoreditch, que usa tecnologia digital 3D para fornecer publicidade no sector do retalho.
“Temos liderança mundial e empresas inovadoras no domínio das TIC, sectores digital e criativo com considerável potencial de crescimento”, disse Cable. “Por exemplo, há alguns anos atrás, havia apenas 15 ‘startups’ de tecnologia em Old Street e Shoreditch – agora, existem centenas de empresas de alta tecnologia nestas áreas.
“O Connected Digital Economy Catapult é uma forma prática na qual o governo pode apoiar a indústria para manter a sua vantagem competitiva”, acrescentou.
O governo já destacou o potencial da comunidade de “startups” na Tech City de Londres para atrair novos investimentos no Reino Unido e ajudar a economia a crescer. Na semana passada, uma delegação de empresas de media digital e de jogos de Austin (EUA) visitou a Tech City com o objetivo de identificar potenciais parcerias e oportunidades de crescimento na área.
O programa do centro Catapult será gerido pelo Technology Strategy Board como parte de um pacote mais amplo de apoio à inovação. O financiamento virá de um fundo de quase 240 milhões de euros reservados para uma rede de novos centros Catapult – conhecido anteriormente como Centros de Tecnologia e Inovação – para diferentes sectores da indústria.
“O centro vai permitir que as empresas utilizem recursos que só poderiam sonhar ter por conta própria”, acrescentou o ministro das Indústrias Criativas, Ed Vaizey. “Isto vai ajudar as empresas a perceberem novas ideias e a transformá-las em novos produtos, novos empregos e num novo crescimento”.
Fonte: Computerworld