Inovação: Rússia constrói nave para enviar turistas ao espaço a partir de 2014
Agosto 17, 2011 by Inovação & Marketing
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A corporação espacial russa Energuia, fabricante das Soyuz, anunciou nesta segunda-feira que está construindo uma nova nave tripulada para enviar turistas para a órbita da Lua a partir de 2014.
“A construção está em fase inicial”, afirmou Vitali Lopotá, presidente e engenheiro chefe da Energuia, à agência “Interfax”, destacando que as novas naves Soyuz estarão especialmente equipadas para “a realização de programas comerciais com tripulantes não profissionais”.
A Energuia já negocia o orçamento do projeto, o número de turistas que viajarão em cada voo e o preço que terão que pagar para fazer parte da odisseia espacial.
No caso da Soyuz com os turistas a bordo se limitar a rodear a Lua e retornar à Terra, o voo se prolongaria durante 8 ou 9 dias; se a viagem incluir uma visita à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), duraria até três semanas.
No começo do ano, a companhia Space Adventures (SA), organizadora de voos espaciais turísticos, anunciou a venda de uma passagem na nova Soyuz para uma celebridade por US$ 150 milhões, mas não divulgou seu nome.
A ISS já abriu suas portas para sete turistas espaciais: o americano Dennis Tito (2001) foi o primeiro a viajar à plataforma, seguido pelo sul-africano Mark Shuttleworth (2002) e pelo americano Gregory Olsen (2005).
A americana de origem iraniana Anousha Ansari foi a primeira turista mulher a viajar para a estação em 2006, seguida do americano de origem húngara Charles Simonyi (2007) e de Richard Garriott, filho do ex-astronauta americano Owen Garriott.
Simonyi foi o único turista a repetir a experiência em março de 2009, enquanto o fundador do Cirque du Soleil, o canadense Guy Laliberté, foi o último amador a visitar a ISS, desde onde dirigiu um espetáculo realizado nos cinco continentes para alertar o mundo sobre o problema da escassez de água.
A Rússia recorreu ao turismo espacial no início da década passada devido à grave crise de financiamento que afetou seu programa especial após a queda da União Soviética, a primeira potência a enviar um homem ao espaço em abril de 1961.
Em 2009, o país decidiu suspender as visitas devido à falta de espaço, uma vez que a tripulação da ISS duplicou para até seis tripulantes, e à decisão dos Estados Unidos de interromper os voos de suas naves.
Fonte: Exame
Marketing: Google adquiriu a Motorola por 9 mil milhões de euros
Agosto 17, 2011 by Inovação & Marketing
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O gigante americano da internet Google comprou a unidade de telemóveis da Motorola, a Motorola Mobility, por 12,5 mil milhões de dólares, cerca de 9 mil milhões de euros, com o objectivo de dar mais um impulso ao seu sistema operacional Android. A Motorola Mobility foi um dos primeiros fabricantes de telemóveis a optar totalmente pelo Android, um sistema de operação aberto, ao contrário do seu grande rival, a Apple. A operação teve o apoio unânime do conselho administrativo dos dois grupos e os seus dinamizadores esperam concluí-la entre o fim de 2011 e o início de 2012.
O negócio marca também a chegada do grupo Mountain View, da Califórnia, ao mundo do hardware, uma revolução, já que até o momento dominava apenas a área de software e serviços. “A aquisição da Motorola Mobility, parceira devota do Android, vai permitir ao Google reforçar o ecossistema do Android e vai intensificar a concorrência na comunicação móvel”, fez notar o grupo americano em comunicado, citado pela AFP. Recorde-se que a Motorola viu a sua posição, antes dominante no mercado, desafiada pela Nokia, e depois pelos fabricantes de smartphones, como a Apple e a RIM (BlackBerry). No entanto, apesar desta operação, a Google assegurou que o Android permanecerá aberto a todos os fabricantes de telefones.
Fonte: Meios & Publicidade
Inovação: Propriedade intelectual, o desafio das patentes no cenário da inovação
Agosto 17, 2011 by Inovação & Marketing
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Conhecida por transformar mercados e proporcionar o progresso técnico-científico, a inovação (tecnológica) possui um papel amplamente reconhecido pela sociedade, especialmente em indústrias de alta tecnologia. A Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) é alvo de elevados investimentos e, por ser um fenômeno pouco preciso e incerto, é constantemente submetida a metodologias, processos e ferramentas a fim de aumentar a probabilidade de sucesso futuro ou diminuir riscos. Uma das ferramentas para gestão de riscos e “proteção” destes investimentos é a Gestão da Propriedade Intelectual, ou simplesmente PI.
Propriedade Intelectual (PI) de uma forma genérica são os direitos inerentes à atividade intelectual nos domínios industrial, científico, literário e artístico. Por serem direitos, é comum que boa parte das pessoas os associem como um assunto para advogados cuidarem, o que é um equívoco, pois muito mais do que um assunto meramente jurídico, a PI é um assunto essencialmente de negócios.
Uma empresa que desenvolve e protege seus produtos ou processos por meio de patentes, na verdade, cria um ativo intelectual com potencial de se tornar uma ferramenta de ação estratégica para manter a vantagem competitiva. Se as palavras inovação e propriedade intelectual estão associadas ao desenvolvimento sócio-econômico das nações, não seria incorreto pensar que fazem, hoje, parte das políticas públicas das principais economias mundiais. Que o diga o próprio governo brasileiro, que enxerga na inovação tecnológica uma das saídas para evitar a “desindustrialização” e aumentar a competitividade internacional das empresas nacionais.
Conquistas como a estabilidade macroeconômica, as recentes Leis de Inovação e do Bem e os demais programas governamentais permitiram ao Brasil avançar 21 posições, saltando da 68ª posição para a 47ª no ranking de inovação elaborado pela Confederação da Indústria da Índia, em parceria com o instituto de administração europeu Insead e com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). Entretanto, os resultados referentes ao número de pedidos de patentes depositados, um dos 50 indicadores avaliados, continua a desejar. O Brasil permanece responsável por apenas 0,3% dos pedidos de patente internacionais (OMPI, 2009), apesar de o português ser incluído como língua oficial de depósitos no PCT (Patent coperation Treaty, ou Tratado de Cooperação em matéria de Patentes) e o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) ser reconhecido como autoridade Internacional de Busca e Exame de Pedidos no âmbito do PCT desde 2007.
De acordo com o índice, dentre os países mais inovadores do mundo estão: Suíça, Suécia, Singapura, Coréia do Sul, Finlândia, Dinamarca, Estados Unidos, Canadá, Holanda e Reino Unido. E o que eles têm em comum? Pelo menos, a maioria desses países possui importantes empresas no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), como Ericsson, Nokia, Research In Motion (RIM), Apple, Microsoft, Philips, Flextronics e Zetax. Curiosamente, nos EUA, o maior mercado, os principais depositantes de patentes pertencem ao setor de TIC com destaques para Samsung, IBM, Sony e Microsoft. Consequentemente é o setor que mais sofre com processos de infração ou com acordos de licenciamento. Eis um dos males do modelo de monopólio temporário da tecnologia. Eric Maskin, Nobel de economia em 2007, que o diga.
Peguemos, por exemplo, a principal empresa “case” de inovação tecnológica dos últimos anos: a Apple. Responsável por uma das maiores mudanças técnicas, sociais e culturais nos países onde possui presença com seus produtos, sofreu inúmeros processos de infração de patentes por parte de pequenas e grandes empresas do setor que a acusavam de incorporar soluções “patenteadas” em seus iPads, iPhones e iPods. As empresas Kodak, Nokia e HTC são algumas das vencedoras de processos que custaram a cabeça de seu diretor de patentes. A Nokia, por exemplo, conseguiu um acordo de licenciamento da ordem de 1 a 2% da receita do iPhone, calculada aproximadamente em US$ 43 bilhões este ano, de acordo com uma pesquisa da Reuters. Essas ações podem levar empresas verdadeiramente inovadoras à falência, de um dia para o outro.
Devido ao grande risco das empresas de TIC sofrerem ações judiciais, elas frequentemente recorrem às licenças cruzadas, que nada mais são do que um acordo segundo o qual duas ou mais partes concedem uma licença à outra para a exploração do objeto reivindicado em uma ou mais patentes. Um escambo dos tempos modernos onde a patente é uma “moeda de troca” para sobrevivência. Mas isso somente ocorre se ambas as partes possuírem ativos para trocar, pois sem eles não há negócio, principalmente quando quem rege esse sistema chama-se inovação.
Fonte: Ti Inside Online