Inovação: impressões digitais vão revelar mais do que identidade

A nova tecnologia de recolha de impressões digitais foi desenvolvida na Sheffield Hallam University , em Inglaterra, e permite detetar o tipo de substâncias que estiveram em contacto com a pele dos criminosos. Com este método é possível determinar o perfil mais exato dos suspeitos e facilitar a resolução dos crimes.

“Vamos ser capazes de saber muito mais acerca dos suspeitos em comparação ao que sabíamos até aqui”, explica Simona Francese, biomédica e responsável pelo estudo na Sheffield Hallam University, à BBC .

Os cientistas envolvidos na descoberta projetam que a nova tecnologia possa estar ao serviço da polícia num período de três anos. Entretanto, o UK Home Office já investiu 80 mil libras (cerca de 92 mil euros) na continuação do projeto.

Como funciona esta tecnologia?

Enquanto os métodos atuais apenas identificam o padrão da impressão e o comparam com bases de dados, agora é possível armazenar os fragmentos de pele que restam da impressão digital e examiná-los.

Testada em materiais como vidro, madeira, metal e cabedal, esta forma de recolha assenta no uso de um determinado conjunto de químicos. Identifica se a pessoa a quem pertence a “marca” tocou em substâncias como drogas, explosivos ou produtos de cosmética.

“Permite também detetar substâncias que a pessoa tenha ingerido”, esclarece Simona Francese à BBC. “Tinha bebido café e quando fiz um teste a mim mesma o resultado identificou cafeína”.

Apesar de tudo, acrescenta, “a relevância deste avanço será sempre relativa, uma vez que nem todos os criminosos constam nas bases de dados e é sempre possível distorcer uma impressão digital”.

Fonte: Expresso

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Fonte: Portal Impresa