Inovação: Grafeno poderá substituir silício nos chips
Agosto 6, 2011 by Inovação & Marketing
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O grafeno parece ter vindo do planeta Krypton: é o material mais forte e um dos que melhor conduzem eletricidade. Poderá substituir o silício nos chips.
Um brasileiro é o autor do mais recente trabalho sobre o grafeno, o material mais forte e impermeável do mundo que, além disso, possui velocidade de condução elétrica dezenas de vezes maior do que o silício. Essa característica foi estudada por Daniel Elias em um trabalho publicado na Nature Physics. O dado só confirmou o que a indústria da computação já sabia: o grafeno é o futuro da tecnologia.
Descrito na década de 40, o material só foi realmente obtido pela primeira vez em 2004 por uma dupla trabalhando na Universidade de Manchester. Andre Geim e Konstantin Novoselov ganharam o prêmio Nobel de Física em 2010 por terem conseguido produzir uma camada única de átomos de carbono, arranjados em hexágonos, como em colmeias de abelha – o grafeno.
Foi justamente para trabalhar ao lado de Geim que o brasileiro Elias, de 33 anos, deixou a Universidade Federal de Minas Gerais. A pesquisa recém-publicada é um dos resultados de seu pós-doutorado, um trabalho que conta com a participação dos dois prêmios Nobel. Da Inglaterra, ele falou à INFO Online.
O que o grafeno tem de tão especial?
Elias — Em 2004, quando fizeram a descrição experimental do grafeno e das suas propriedades elétricas, percebeu-se algo excepcional. Ele tem alta mobilidade de elétrons (tempo em que o elétron se desloca pelo material sem colidir com nada) a temperatura ambiente. Isso é muito raro, pois a maioria dos materiais perde mobilidade quando aumentamos a temperatura. Ele é o material mais impermeável do mundo, capaz de segurar até mesmo o Hélio, um átomo dificílimo de se conter por ser pequeno e leve. Também é o mais forte do mundo. Dentro das suas proporções, é mais forte que diamante.
No grafeno, a velocidade dos elétrons é altíssima. No primeiro estudo, ela foi estimada em 1.000 quilômetros por segundo, cerca de 60 vezes maior que o silício. Neste novo trabalho, observamos que essa velocidade pode triplicar, chegando a 3.000 quilômetros por segundo. Mas, para ter essa velocidade, é preciso uma qualidade de cristal muito boa.
Elias — Para obtê-lo no laboratório, usamos a técnica da fita adesiva, que garante os melhores cristais. A fabricação começa com cristais de grafite de boa qualidade. Você coloca um pedacinho em uma fita adesiva e vai dobrando a fita e esfoliando o grafite – que, na verdade, é composto por camadas de grafeno. Isso é feito até que se obtenha uma camada de carbono de apenas um átomo de espessura. Essa foi a técnica original, descrita em 2004. Mas embora garanta os melhores cristais de grafeno, ela é inviável para uso industrial, pelo menos por enquanto.
As empresas estão de olho nessa tecnologia?
Elias — Sim. Todas as empresas de eletrônica estão investindo no grafeno. Em dois anos nós já teremos telas sensíveis ao toque produzidas com ele. O grafeno tem potencial de aumentar incrivelmente a velocidade dos computadores. O silício está chegando ao seu limite e precisará ser substituído por outro material. Então, por que não o grafeno? É claro que ainda existem problemas que terão de ser resolvidos nessa substituição.
Quais são os principais problemas?
Elias — O principal é a maneira como os transistores funcionam hoje. Eles precisam de um salto de energia no silício, uma barreira que diferencia a situação na qual ele conduz eletricidade daquela em que ele não conduz. E o grafeno não tem esse intervalo de energia. Então alguma coisa precisa ser mudada, no grafeno ou no funcionamento do transistor. Se conseguirem, vai ser um salto histórico.
Como estão as pesquisas com grafeno no Brasil?
Elias — O país tem crescido bastante nessas área – vejo pelas pesquisas da própria UFMG. Além disso, um dos maiores pesquisadores de grafeno do mundo, Antonio Castro Neto, é brasileiro (formado pela Unicamp e professor da Universidade de Boston).
E como você foi parar em Manchester?
Elias — Comecei na UFMG, tentando reproduzir as ideias do primeiro artigo sobre grafeno. Meu doutorado era com a “bolsa sanduíche” do CNPQ (bolsa de estudos que permite fazer parte das pesquisas fora do Brasil). Meus orientadores de mestrado e doutorado conheciam o Andre Geim. Em 2006, ele me aceitou como pesquisador. Depois de concluir meu doutorado, fui convidado a voltar e trabalhar com eles, fazendo meu pós-doutorado. Meu contrato dura mais um ano.
Fonte: Exame
Marketing: Tecnologias de reconhecimento facial desafiam limites da privacidade
Agosto 6, 2011 by Inovação & Marketing
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É possível que dentro de pouco tempo qualquer pessoa possa ser sujeita a um controlo de reconhecimento facial, não apenas por parte das autoridades mas por parte de qualquer pessoa munida de um smartphone. As novas tecnologias de reconhecimento facial, aliadas a gadgets discretos, motores de busca e redes sociais, estão a desafiar os limites da privacidade dos cidadãos.
Para o Mundial de Futebol que o Brasil vai organizar em 2014 estão já a ser preparados uns óculos especiais munidos com mini-câmaras que ajudarão os agentes a fotografar a cara de elementos presentes na multidão e a compará-las com bases de dados de criminosos, relata a “The Economist”. Para proteger multidões, os estados democráticos passam a fazer uso de técnicas dignas de regimes totalitários, comentam os críticos. Imagine-se se esta tecnologia estivesse já disponível em países como a Síria e a Líbia, em que as autoridades poderiam comparar as imagens captadas na hora com bases de dados de activistas dos direitos humanos ou membros da oposição.
Numa utilização mais “democrática”, que perigos comportam estas novas tecnologias de reconhecimento facial para os cidadãos de sociedades ocidentais, onde a liberdade de expressão não está ameaçada?
Amanhã será apresentado um estudo na conferência Black Hat, em Las Vegas, levado a cabo por três investigadores da Universidade americana Carnegie Mellon – Alessandro Acquisti, Ralph Gross e Fred Stutzman – que explicará, através de três experiências, a forma como estas novas tecnologias podem violar a privacidade.
Na primeira experiência, os investigadores recolheram imagens de cerca de 5000 perfis de pessoas num popular site de encontros online numa cidade em particular. Muitas destas pessoas registam-se no site sob pseudónimo. Os três investigadores usaram depois um programa de reconhecimento facial (já descontinuado) e compararam estas imagens com outras 280 imagens que tinham encontrado depois de usarem um motor de busca para identificarem perfis de Facebook de pessoas da mesma cidade. Cruzando as imagens através do software de reconhecimento facial, cerca de um décimo das pessoas que se apresentavam através de pseudónimo no site de encontros foram identificadas pelo nome verdadeiro através do perfil de Facebook.
Pode não parecer uma percentagem elevada, mas à medida que os softwares de reconhecimento facial evoluírem, mais rigorosas serão as comparações.
Os investigadores conduziram depois uma segunda experiência: tiraram fotografias com uma webcam a 93 estudantes do seu campus, com a autorização expressa dos próprios. Estas imagens foram fornecidas ao software de reconhecimento e comparadas com cerca de 250 mil fotografias disponíveis publicamente no Facebook. Cerca de um terço dos estudantes foram identificados desta vez.
Ainda mais perturbantes são os resultados de uma terceira experiência: através de recursos disponíveis publicamente online, incluindo perfis de Facebook e dados governamentais, os investigadores puderam identificar pelo menos um interesse de cada um dos estudantes fotografados no campus e, em alguns casos, os cinco primeiros dígitos do número de segurança social destes beneficiários.
De acordo com a “The Economist”, tudo isto ajuda a explicar as preocupações em torno dos softwares de reconhecimento facial nos quais o Google e o Facebook estão tão interessados. Ambas as empresas têm adquirido nos últimos tempos firmas especializadas neste campo. O Google, por exemplo, comprou recentemente a empresa Pittsburgh Pattern Recognition, que criou o programa que os investigadores usaram nos seus estudos.
Recentemente, o Facebook anunciou que iria pôr em marcha uma tecnologia que permite o reconhecimento facial automático das pessoas presentes em fotografias que são publicadas na rede. Quem não quiser ser identificado automaticamente tem de fazer opt out nas definições de privacidade.
A UE já fez saber que irá escrutinar esta função da rede social que conta com mais de 750 milhões de utilizadores em todo o mundo, ao passo que os activistas americanos – preocupados com a violação das liberdades individuais e dos direitos civis – já anunciaram que irão apresentar uma queixa formal contra o Facebook às entidades que regulam o sector.Dada a polémica, o Google decidiu não lançar a página que permite reconhecimentos faciais. Eric Schmidt, CEO da empresa, admitiu que algumas pessoas poderiam usar esta ferramenta de uma forma “muito, muito má”.
Mas os métodos de reconhecimento facial estão para ficar. De acordo com um dos autores do estudo, Alessandro Acquisti, a partilha de fotografias identificadas online “abriu as portas” para um mundo onde a privacidade está cada vez mais limitada.
Fonte: Publico
Marketing: Os actores mais bem pagos de Hollywood são…
Agosto 6, 2011 by Inovação & Marketing
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Leonardo DiCaprio surpreende tudo e todos ao tornar-se no actor mais bem pago de Hollywood no ano passado. A «Forbes» divulgou a lista dos mais ricos no meio cinematográfico e o protagonista de filmes como «Shutter Island» ou «Inception» saltou directamente do quinto para o primeiro lugar.
DiCaprio (77 milhões de dólares) promete continuar a dar que falar, até porque vai voltar este ano em «J. Edgar», uma película sobre o famoso director do FBI, realizada por Clint Eastwood.
No Segundo lugar da lista da Forbes surge o destronado Johnny Depp (50 milhões de dólares), que tem arrastado multidões às salas de cinema em papéis de animação ou na pele do pirata mais famoso das Caraíbas. Este ano volta no filme «Dark Shadows», realizado pelo já familiar Tim Burton.
O pódio fica completo com Adam Sandler (40 milhões). Este actor, que está habituado a ver em filmes de comédia, pode não deliciar a crítica, mas delicia o público e os estúdios que apostam nos seus filmes, geralmente sucessos de bilheteira. O último, «Just Go With It», fez a módica quantia de 214 milhões de dólares.
No quarto lugar está Will Smith (36 milhões de dólares), que tem andado arredado dos ecrãs, enquanto se dedica à carreira dos filhos. Produziu o mais recente «Karate Kid», onde o seu filho Jaden é o protagonista, e está a desenvolver um remake de «Annie», para a filha Willow. Pelo meio, no entanto, teve tempo para fazer «Men in Black III», que lhe rendeu um bom pagamento. O filme sai em Maio do ano que vem.
A fechar o top 5 está Tom Hanks (35 milhões de dólares). O último filme do actor, «Larry Crowne», não arrasou e ficou-se pelos 100 milhões de dólares em receitas de bilheteira, mas Hanks achou uma mina de ouro ao dar voz a Woody, o cowboy de «Toy Story». O terceiro filme de animação protagonizado por brinquedos para todos os gostos foi um verdadeiro. Da próxima vez que vir este actor, será provavelmente a contracenar com Sandra Bullock, em «Extremely Loud and Incredibly Close».
No mês passado tinha sido divulgada a lista das actrizes mais bem pagas de Hollywood. Angelina Jolie e Sarah Jessica Parker lideram, com cerca de 30 milhões de dólares cada.
Fonte: Agência Financeira
Marketing: Apelo tecnológico leva consumidor a pagar pelo que não usa
Agosto 5, 2011 by Inovação & Marketing
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Já foi o tempo em que ter eletroeletrônicos com tempo longo de vida era motivo de orgulho e status. Antigamente, quem tinha a geladeira que durava mais de 15 anos podia se gabar de ter comprado o melhor produto. Agora, aqueles que quiserem se destacar por causa do aparato tecnológico atualizado precisam investir em novos dispositivos, pelo menos, de dois em dois anos.
Essa é a regra oculta da atual indústria da inovação, que estabelece um curto período de vida útil aos aparelhos eletrônicos para que o consumidor sinta a necessidade de estar em dia com toda a tecnologia disponível e, por isso, abandone equipamentos em perfeito estado para ter acesso a recursos que muitas vezes nem são usados.
Entram em cena os gigantes televisores de LCD e LED com conexão à internet, os tablets e notebooks com recursos audiovisuais avançados, os smartphones com acesso à web e suporte a uma infinidade de aplicações e geladeiras com comandos automáticos.
Perdem espaço aqueles eletrodomésticos que às vezes não têm tanto tempo de uso, ainda funcionam e que, se bem conservados, poderiam ser aproveitados ainda por muito tempo.
Um dos quartos do apartamento do ortopedista Jorge Ferraz, 29 anos, que mora em Ipatinga, em Minas Gerais, é destinado a tudo que ele não usa mais. Entre roupas e sapatos, estão dois televisores, uma de tubo de 29 polegadas e outra de LCD, 32 polegadas, um desktop com tela plana de 18 polegadas, um notebook, um aparelho de som com toca-discos e fitas, além de um microondas.
Ele assume que todos ainda podem ser muito bem aproveitados e confessa que não conseguiu resistir à renovação porque os equipamentos oferecidos atualmente são bem mais atraentes, tanto pelo design quanto pelas tecnologias envolvidas.
No lugar do aparelho de som, está um dockstation portátil com entrada para iPhone e iPod. Ao invés da tevê de 29, um televisor de LED de 42 polegadas com conexão à internet. O notebook comprado em 2006 foi substituído por um mais novo, lançado em 2010, e também pela primeira versão do iPad. Um smartphone Motorola com plano de dados 3G tomou o lugar do celular que tinha apenas tecnologia WAP para acesso à web. E o que ele faz com tudo que está guardado no quarto? Nada.
– Sei que não é bom acumular esse tanto de aparelhos. Já pensei em vender, mas alguns amigos já disseram que vai ser difícil alguém comprar, porque estão ultrapassados e, hoje, existe uma facilidade muito grande para adquirir os novos.
Ferraz, que está pensando em doar o material “aposentado” a instituições ou pessoas que se interessarem.
Antes de substituir aparelhos, um dos fatores que os consumidores devem observar é justamente o destino dos equipamentos usados, na análise do professor especialista em Tecnologia, Alan Alencar.
– Se eu pegar a minha tevê velha e jogar no lixo, o serviço de coleta não vai apanhá-la, pois é composta por materiais tóxicos.
Como solução par ao descarte, ele indica o que na Europa tem sido chamado de “Consumo Colaborativo”, que seria uma espécie de aluguel dos aparelhos usados para quem precisa usar por um tempo determinado.
– Atualmente é comum, por exemplo, as pessoas comprarem uma tevê nova só porque vão receber hóspedes por alguns dias. Com o consumo colaborativo, seria apenas um aluguel de alguém que já tem.
Alencar diz que, dessa forma, o meio ambiente seria poupado de uma quantidade significante de lixo eletrônico.
Para o especialista, outro problema, que vai além do acúmulo de aparelhos que poderiam ser melhor reaproveitados, é o fato de as pessoas comprarem simplesmente por causa do encanto pela tecnologia.
O consumidor é cada dia mais bombardeado com um leque de novas funcionalidades e, na maioria das vezes, vai no embalo dos lançamentos sem saber o que está comprando. Alencar alerta para outro detalhe antes da compra: será que realmente todos os recursos comprados são consumidos?
Fonte: R7
Marketing: Android já tem quase 50% do mercado mundial de smartphones
Agosto 5, 2011 by Inovação & Marketing
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Segundo levantamento, sistema da Google vendeu mais 50 milhões no último trimestre para alcançar essa marca; Apple é maior fabricante de smartphones.
Um estudo da consultoria Canalys aponta que foram vendidos 51,9 milhões de smartphones com o sistema da Google no 2º trimestre (encerrado em junho), respondendo assim por 48% do mercado mundial – número quase cinco vezes maior do que o alcançado pela plataforma no mesmo período de 2010. Além disso, o Android foi o maior sistema operacional em 35 dos 56 mercados analisados.
Apesar de a plataforma iOS, da Apple, aparentemente ter ficado bem atrás do rival Android, com 19% dos smartphones vendidos no 2º trimestre, sua participação é bastante impressionante se considerarmos que o sistema roda apenas no iPhone. No último trimestre, a Canalys estima que a Apple tenha vendido 20,3 milhões de iPhones, o que colocou a companhia pela primeira vez a frente dos aparelhos da Nokia, com o agora falecido sistema Symbian.
Com o declínio da Nokia, a Canalys descobriu que a Apple é agora a maior fabricante de smartphones do mundo. Essa informação vem de encontro com os números lançados pela Nielsen na última semana mostrando que a companhia de Steve Jobs havia se tornado a maior fabricante de “telefones inteligentes” dos EUA, com 28% do mercado. O principal analista da Canalys, Chris Jones, prevê que a posição da Apple vai crescer de forma “ainda mais forte” na segunda metade do ano, com a provável chegada do iPhone 5.
O Android alcançou o topo dos rankings da Canalys de sistemas operacionais de smartphones pela primeira vez no último mês de janeiro quando a consultoria descobriu que os telefones com o sistema da Google correspondiam a 32% de todos os smartphones vendidos no último trimestre de 2010, contra apenas 9% das vendas registradas no mesmo período do ano anterior. O Symbian, por outro lado, registrou queda de 44,4% para 30,6% do 4º trimestre de 2009 para o mesmo período no ano seguinte.
O crescimento do Android no mercado de sistemas operacionais tem constantemente superado as expectativas, uma vez que a consultoria Gartner previu há dois anos que o Symbian ainda seria o maior sistema operacional em 2012. Apesar de a Gartner ter aumentado suas expectativas em relação ao Android no ano passado, a empresa de pesquisar ainda projetava que o Symbian seria o maior sistema operacional do mundo no 4º trimestre de 2010.
Fonte: IDG Now