Marketing: Empresários precisam de ir à escola
Junho 11, 2011 by Inovação & Marketing
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Se o bloqueio das qualificações coloca Portugal numa situação desconfortável e pouco competitiva face aos seus parceiros europeus, os níveis de instrução do empresariado são um garrote à inovação.
A falta de qualificações é uma herança pesada da sociedade portuguesa, com raízes no período anterior ao 25 de Abril. Só em 1986 passou a ser obrigatório o ensino até ao 9º ano de escolaridade e, em 2009, prolongou-se a obrigatoriedade até ao 12º ano ou até aos 18 anos de idade. Uma análise ao longo do tempo permite-nos concluir que a evolução dos níveis de escolaridade foi muito significativa: em 1960, segundo os dados publicados na Pordata , dois terços dos portugueses com 15 ou mais anos eram analfabetos. Atualmente, esse valor é de 10%, incidindo mais entre os idosos, em especial as mulheres. Mas, apesar dos avanços significativos, o défice de qualificações persiste. Por exemplo, cerca de um terço (29%) dos jovens portugueses entre os 18 e os 24 anos já não está a estudar nem possui o secundário completo (na União Europeia a média é metade: 14%). Por outro lado, apenas 14% da população entre os 15 e os 64 anos tem o diploma do ensino superior (a média da OCDE é o dobro: 28%). Por último, 72% da população da União Europeia com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos havia concluído pelo menos o ensino secundário, enquanto em Portugal apenas 30% da população se encontrava nessas condições. Se estes valores são preocupantes, ainda mais se tornam quando se analisam as qualificações dos empresários portugueses, bem menores, aliás, que a dos assalariados. Em 2010, cerca de um em cada dois trabalhadores por conta própria (54%) não tinham mais do que a antiga 4ª classe e quatro em cada cinco (82%) atingira, no máximo, o 9º ano de escolaridade. Na União Europeia, verifica-se uma inversão total destes valores: em termos médios, apenas 27% dos trabalhadores por conta própria (empresários e trabalhadores independentes) se haviam ficado pelo correspondente ao 9º ano de escolaridade. Por outro lado, 25% dos residentes na União Europeia que trabalham por conta própria detém um diploma do ensino superior, enquanto em Portugal apenas 9% das pessoas nessa situação o possuem. Note-se ainda que em toda a União Europeia se verifica uma discrepância entre as qualificações dos trabalhadores por conta própria e os trabalhadores por conta de outrem, sendo que estes últimos são, regra geral, mais qualificados. Contudo, a diferença em Portugal é bastante superior à da que se regista, em termos médios, na União Europeia.
Na era da informação e do conhecimento, a educação é uma componente-chave do sucesso económico e social, representa um fator decisivo de enriquecimento humano. Assim, se o bloqueio das qualificações coloca Portugal numa situação desconfortável e pouco competitiva face aos seus parceiros europeus, os níveis de instrução do empresariado são um garrote à inovação. Por isso, estes baixos níveis de qualificação dos empresários, mais do que surpreendentes, são de uma enorme gravidade. A sociedade e economia portuguesas precisam que os empresários vão à escola.
Fonte: Visão
Inovação: Empreendedorismo na diáspora pode ajudar aumento das exportações
Junho 11, 2011 by Inovação & Marketing
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O empresário Filipe de Botton defendeu a necessidade de se aproveitarem as oportunidades que existem na diáspora portuguesa ao nível do empreendedorismo inovador para que Portugal possa potenciar o crescimento das suas exportações.
“Nós temos dificuldades devido à crise do país, mas podemos maximizar as oportunidades [no âmbito do empreendedorismo inovador] que podem existir nos cinco milhões de portugueses que estão fora do país”, disse o presidente do júri do 4.º “Prémio Empreendedorismo Inovador na Diáspora Portuguesa” que visa distinguir portugueses com sucesso no estrangeiro.
Filipe de Botton falava à agência Lusa à margem do encontro que decorre no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, organizado pela Cotec Portugal, e que tem o Alto Patrocínio Presidência da Republica, Cavaco Silva que encerrará o evento.
O empresário explicou também que os empreendedores portugueses na diáspora podem ajudar através dos seus contactos como agentes facilitadores de um aumento das exportações.
Filipe de Botton considerou que os empreendedores portugueses na diáspora na área da inovação “estão muito bem inseridos nas suas sociedades de acolhimento”, pelo que podem ser igualmente agentes da divulgação dos produtos portugueses e contribuir para o reforço da rede de contactos entre empresas portuguesas.
O empresário e presidente do júri de seleção do prémio explicou à Lusa que a “grande razão” da existência deste galardão, pela quarta edição, tem a ver com a aproximação de Portugal à diáspora e a diáspora a Portugal.
Esta edição vai distinguir os que mais apostaram na inovação e empreendedorismo, num total de 112 candidaturas oriundas de 30 países dos cinco continentes.
“Há um grande entusiasmo. Se olharmos para os mais de 50 encontros que foram solicitados por empresas portuguesas para estarem com estes nossos colegas [empreendedores inovadores na diáspora] demonstra bem o sucesso e o interesse em se aproximarem”, destacou.
O gestor referiu também que o empreendedorismo inovador entre a diáspora e Portugal tem sido “mal trabalhado e tratado”, mas que há que ser otimista: “Tudo tem de ser feito com persistência, leva tempo, mas vale a pena”, concluiu.
Fonte: Sic Notícias
Marketing: Até 2015, usuários devem baixar 48 bilhões de aplicativos
Junho 11, 2011 by Inovação & Marketing
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O número de aplicativos baixados até 2015 deve chegar a 48 bilhões, aponta pesquisa divulgada nesta terça-feira pela companhia americana de análise de mercado In-Stat. O documento estima que a demanda pelos programas é consequência da popularização dos dispositivos com telas sensíveis ao toque – como tablets e smartphones.
De acordo com a empresa, até o fim de 2011, cerca de 90% dos smartphones fabricados no mundo terão tela sensível ao toque presente. Em sete anos, a estimativa é que esse número chegue a 100%. A pesquisa também sugere que os usuários dos sistemas operacionais Android, do Google, e iOS, da Apple, tendem a fazer mais downloads de programas. Só a Apple disponibiliza em sua loja virtual cerca de 500.000 aplicativos, ante 350.000 do Google.
De acordo com a consultoria Forrester Research, o valor desse mercado deve chegar a 38 bilhões de dólares até 2015. Na última segunda-feira, Steve Jobs, presidente-executivo da Apple, afirmou que a empresa repassou cerca de 2,5 bilhões de dólares aos desenvolvedores independentes de programas que criam atrações para os dispositivos da marca. Os aplicativos são vendidos pela Apple, que fica com uma porcentagem do preço pago pelo usuário.
Fonte: Exame
Inovação: Peles de sapos podem tratar mais de 70 doenças, dizem cientistas
Junho 11, 2011 by Inovação & Marketing
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Cientistas da Queens University, em Belfast, na Irlanda do Norte, ganharam um prêmio pela pesquisa sobre o uso de pele de anfíbios como pererecas e sapos, que pode levar à criação de novos tratamentos para mais de 70 doenças.
A pesquisa, liderada pelo professor Chris Shaw, da Escola de Farmácia da universidade, identificou duas proteínas nas peles dos anfíbios que podem regular o crescimento de vasos sanguíneos.
Uma proteína da pele da perereca Phyllomedusa sauvagii (Hylidae) inibe o crescimento de vasos sanguíneos e pode ser usada para matar tumores cancerígenos.
Shaw informou que a maioria destes tumores apenas pode crescer até um certo tamanho, antes de precisarem de vasos sanguíneos fornecedores de oxigênio e nutrientes.
“Ao paralisarmos o crescimento dos vasos sanguíneos, o tumor terá menos chance de crescer e, eventualmente, vai morrer”, disse. “Isto tem o potencial de transformar o câncer de doença terminal em condição crônica”, acrescentou.
Na segunda-feira, os cientistas receberam o prêmio Medical Futures Innovation, em Londres.
Crescimento
A equipe de pesquisadores também descobriu que o sapo Bombina maxima (Bombinatoridae) produz uma proteína que pode estimular o crescimento de vasos sanguíneos, o que pode ajudar pacientes a se recuperar de ferimentos e operações muito mais rapidamente.
“Isto tem o potencial para tratar uma série de doenças e problemas que precisam do reparo rápido dos vasos sanguíneos, como a cura de feridas, transplantes de órgãos, ulcerações diabéticas e danos causados por derrames ou problemas cardíacos”, disse Shaw.
Segundo o professor, os cientistas e companhias farmacêuticas do mundo todo ainda não conseguiram desenvolver um medicamento que possa, de forma eficaz, ter como alvo o controle do crescimento de vasos sanguíneos, apesar dos investimentos em torno de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões por ano.
“O objetivo de nosso trabalho na Queens (University) é revelar o potencial do mundo natural – neste caso, as secreções encontradas na pele de anfíbios – para aliviar o sofrimento humano”, disse Shaw.
“Estamos totalmente convencidos de que o mundo natural tem as soluções para muitos de nossos problemas, precisamos apenas fazer as perguntas certas”, acrescentou.
Ao comentar o trabalho da equipe de Chris Shaw, o professor Brian Walker e o Dr. Tianbao Chen, do painel julgador do prêmio Medical Futures Innovation, afirmaram que querem estimular os pesquisadores, para que eles progridam com seus trabalhos.
“Muitas das grandes descobertas ocorreram através do acaso e a ideia do professor Shaw é, sem dúvida, muito inovadora e animadora”, afirmou o painel. “É importante perceber que a inovação está em primeiro estágio e é necessário muito trabalho para tornar isto em uma terapia clínica.”
Fonte: BBC Brasil
Marketing: O Facebook não é só para jovens
Junho 11, 2011 by Inovação & Marketing
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Isabel Moreira tem 74 anos e, tal como muitos cibernautas em Portugal, já deixou de ir ao Hi5, a rede social que em tempos foi uma grande sensação na Internet portuguesa. Agora vai ao Facebook. Todos os dias. Isabel é uma excepção. Apenas 33 mil perfis do Facebook criados em Portugal são de pessoas que têm, ou dizem ter, mais de 65 anos. Isto corresponde a um por cento do total de contas – os números são do Social Bakers, um serviço que agrega estatísticas sobre esta rede social.
Porém, para Isabel, a informática está longe de ser uma novidade: começou a mexer em computadores há 30 anos. Depois de criar três filhos, resolveu arranjar um emprego. E, para isso, fez “uns cursos de informática e programação”. Acabou por conseguir emprego como secretária e ficou a gostar de computadores. No início da década de 1990, e em desacordo com o marido, gastou 150 contos (“o ordenado todo”) num computador, cerca de 750 euros.
Desde então, sempre teve um computador em casa e o interesse pela tecnologia perdurou – é, aliás, um dos temas sobre os quais partilha links no Facebook. Actualmente, está a frequentar um curso sénior de Ciência, Tecnologia e Cidadania na Universidade Técnica de Lisboa. Com os colegas, montou uma rede social na plataforma Ning, um serviço que permite a qualquer pessoa criar uma rede social própria. E também já fizeram um livro electrónico.
Foi a filha de Isabel Moreira que a convenceu a aderir às redes sociais, na altura em que o Hi5 ainda estava na moda. Porquê? “Por causa dos meus netos. Uma pessoa tem de controlar um bocadinho o que os jovens fazem”, responde. Mas também é útil para partilhar notícias e ver o que os outros partilham, reconhece. E já serviu para encontrar uma ou outra pessoa dos tempos da escola e do liceu, acrescenta.
Acompanhar os netos foi também um dos motivos que levaram Maria do Céu Encarnação a abrir conta no Facebook. Começou a notar que “toda a gente falava do que via no Facebook” e sentia-se de fora das conversas. Por isso, resolveu entrar no mundo das tecnologias e foi tirar um curso de informática na junta de freguesia da zona onde vive, em Lisboa. Foi há quatro anos e Maria do Céu tinha então 80.
O curso serviu-lhe de iniciação; de seguida, os netos ofereceram-lhe um computador e ensinaram-na a fazer o resto. “Eu aponto o que eles me dizem. Nesta idade, uma pessoa já não se lembra, tem de escrever. Mas depois é fácil.”
Maria do Céu não se ficou pela rede social. Tem email criado pelos netos (vozita@…); usa o Skype, sobretudo para falar com uma neta que está em Inglaterra; acha os blogues “o máximo”; faz pesquisas várias no Google e passa algum tempo a jogar online: puzzles – “já os fazia quando era miúda, mas com peças”, palavras cruzadas, mahjong (um jogo de origem chinesa). Mas “o Farmville não”. Graças a tudo isto, passou a sair menos de casa. “Antes saía muito mais. Agora, faço-o de manhã e passo tardes inteiras na Internet, vou ao Facebook, ao Google…”
A ideia de que o Facebook é para jovens não é errada. Em Portugal, a maioria dos utilizadores está na faixa etária entre os 13 e os 24 anos. De seguida, estão os utilizadores entre os 25 e os 44, de acordo com as estatísticas do Social Bakers (que é distinguido pelo próprio Facebook como um serviço de confiança). Os números vão caindo à medida que se sobe na idade. Acima dos 54 anos, estão apenas quatro por cento dos utilizadores.
Estes dados estão dependentes da informação inserida pelos próprios utilizadores e têm em consideração contas que podem ter pouca actividade. Mas os números estão em linha com o estudo A Utilização da Internet em Portugal 2010, feito por várias instituições de investigação e com o apoio da UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento.
Segundo esta investigação, os mais velhos são também os mais reservados. A partir dos 55 anos (é tida em conta a faixa etária mais velha pelo relatório no que diz respeito ao uso de redes sociais), há 12 por cento que nem sequer divulgam o nome. E o número de “amigos” também tende a ser mais reduzido do que entre os jovens.Francisco, de 71 anos, é daqueles que preferem manter-se discretos e não querem ser identificados com o apelido, embora o tenha no perfil do Facebook. “Já bastam as pessoas que me pedem para ser amigo e eu nunca as vi na vida. Não quero que leiam no jornal e andem lá à procura”, justifica. Só ocasionalmente partilha alguma coisa. Quase sempre, apenas um link para uma notícia que leu. De resto, comenta “de vez em quando” o que os outros publicam e segue a vida dos “mais ou menos 40” contactos que tem online, boa parte são familiares.
Francisco não publica nada pessoal. E muito menos fotografias, o tipo de conteúdo que é quase sinónimo de estar no Facebook. Três em cada quatro utilizadores em Portugal colocam fotos suas nas redes sociais. Mas, na faixa etária mais elevada, este número cai para um pouco menos de metade. Isabel Moreira, que publicou “duas ou três” fotos no perfil do Facebook, tem uma explicação pronta: “As pessoas mais velhas não gostam de se ver. Não se acham tão giras como as novas.”
Fonte: Público



