Marketing: Lojas sem vitrine atraem consumidores

Junho 1, 2011 by  
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Uma loja sem vitrine. A princípio, é difícil de imaginar, mas esta tem sido a estratégia de marcas como Havaianas, Chilli Beans, Santa Lolla e Puket, que já nasceram com pontos de venda neste formato. Por em prática uma iniciativa como essa exige das empresas a observação de alguns cuidados, que vão desde a disposição dos produtos até o treinamento dos vendedores para proporcionar uma experiência de compra diferenciada ao consumidor.

A vitrine tradicional tem o objetivo de atrair os olhos dos clientes, seja com lançamentos, contando a história das marcas ou produtos. Algumas vezes, ela pode ser subentendida como uma barreira entre o consumidor e a loja. Por isso, há empresas que preferem trabalhar com o conceito de lojas sem vitrine para dar mais liberdade ao consumidor e facilitar o acesso aos produtos.

Com essa proposta, a Havaianas iniciou sua empreitada em 2009, quando começou a investir em franquias e lojas próprias. Atualmente, com 250 pontos de venda no Brasil e unidades em países como Estados Unidos, França e Espanha, a empresa investe em lojas com elementos do local onde o ponto de venda está inserido. Na Califórnia, por exemplo, a unidade possui design e produtos voltados para o surf.

Cores são chamarizes para consumidores
Um dos atrativos visuais que as lojas da marca oferecem são os painéis de cores montados nas paredes com as Havaianas Top. “Este modo de exposição dos produtos só pode ser montado devido ao crescimento do portfólio da marca. Há 17 anos, comercializávamos apenas um tipo de sandália e hoje contamos com mais de 80 modelos”, diz Rui Porto, Consultor de Comunicação e Mídia da Alpargatas, empresa que detém a marca Havaianas, em entrevista ao Mundo do Marketing.

A Santa Lolla também utiliza alguns artifícios visuais para capturar as consumidoras nas ruas ou nos shoppings. Todas as lojas seguem um projeto fixo, porém, a cada nova coleção, são feitas alterações nas bases expositoras, que acompanham as tonalidades dos lançamentos. As prateleiras são mais baixas para favorecer o acesso aos produtos, que são dispostos em blocos de cores em degradê, semelhante ao que faz a Havaianas.

Além de usar as cores como chamariz, a marca de calçados femininos muda com frequência a exposição dos produtos, de modo que os consumidores possam visualizar todos os itens da coleção. “Toda semana colocamos produtos diferentes nas prateleiras e a cada 15 dias também alteramos o display interno da loja. Desse modo, os clientes sempre encontram novidades, sem necessariamente haver um lançamento oficial”, afirma Marcela Bussamra, Coordenadora de Marketing da Santa Lolla, em entrevista ao portal.

Estratégias para aumentar o ticket médio
Outra marca que opera de maneira parecida é a Chilli Beans. O diferencial que a empresa pretende oferecer é priorizar a experiência de compra, sem a abordagem direta do vendedor. O projeto da loja é voltado para estimular o autosserviço. Ao entrar nas lojas, os clientes devem se sentir à vontade para escolher entre os modelos de óculos e acessórios comercializados pela marca.

“Entendemos que a loja inteira deve ser uma vitrine. Não queremos simplesmente empurrar os produtos para os clientes, e por isso, treinamos os vendedores para oferecer uma consultoria de moda no ponto de venda. O consumidor precisa entrar na loja, encontrar algo a seu gosto e sair satisfeito”, afirma Denis Sullivan ao Mundo do Marketing, responsável pelos pontos de venda da Chilli Beans em Goiânia, que seguem o mesmo padrão em todo o país.

Seguindo o conceito de Fast Fashion, a cada semana, as lojas da Chilli Beans recebem 10 modelos de óculos e armações. A variedade de produtos disponíveis em pouco tempo e a liberdade dos consumidores para experimentá-los, sem o intermédio direto dos vendedores, podem gerar uma indecisão, o que acaba por beneficiar as empresas.

“Permitindo que o consumidor toque os produtos e os experimente ele pode ter dúvidas sobre qual modelo ou peça levar. Para não ficar infeliz, o cliente acaba comprando os dois, o que colabora para aumentar o ticket médio das lojas”, diz Heloísa Omine, membro do Núcleo de Varejo da ESPM e especialista em ponto de venda, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Interatividade no ponto de venda
Um dos benefícios de investir neste modelo de loja é tangibilizar a imagem mental que os consumidores têm dos produtos e também torná-los parte do ambiente. Para isso, os pontos de venda devem transmitir uma sinergia entre o conceito da marca e os itens comercializados. É pensando assim que a Puket busca criar uma atmosfera convidativa para os clientes.

Para estimular os consumidores a entrarem nas lojas, as portas são geralmente grandes, facilitando a circulação. A estrutura é pensada para comportar as cerca de duas mil opções de produtos diferentes, entre meias e roupas íntimas. Como resultado, cerca de três milhões de pessoas passam pelas mais de 90 lojas da marca a cada ano. “Antes de iniciar a experiência de venda, damos um espaço de tempo para os consumidores sentirem o clima da loja, visualizarem e tocarem os produtos” afirma Andrea Mendes, Diretora de Franquias da Puket.

A estratégia não funciona apenas na dimensão física de disposição dos itens. O desafio para as marcas está em oferecer a melhor experiência ao consumidor. No momento em que entra na loja, o cliente precisa sentir que não existe uma barreira entre ele os produtos desejados. Por outro lado, para dar mais liberdade ao visitante nos pontos de venda, é preciso orientar os vendedores sobre a abordagem mais adequada.

Fonte: Mundo do Marketing

Inovação: “Fornecedores têm que ser mais agressivos na inovação”

Junho 1, 2011 by  
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O líder da Autoeuropa faz um quadro sobre a capacidade das empresas portuguesas e deixa um aviso: “Se não conseguem, têm de perceber porque é que não conseguem”

Além de director-geral de uma das maiores exportadoras nacionais, António Melo Pires é júri no concurso, promovido pelo Negócios, que visa sublinhar o sucesso das empresas nacionais na exportação e internacionalização. Foi nessa dupla condição que concedeu esta entrevista.

Referiu recentemente que os fornecedores portugueses não estão preparados para competir na indústria automóvel. O que falta?
De uma maneira geral falta dimensão. Parte das empresas são de pequena dimensão o que limita logo à partida o alcance das condições mais favoráveis para serem fornecedores da Volkswagen. Uma empresa de pequena dimensão, como grande parte das nossas empresas são, tem logo à partida uma desvantagem pelo facto de comprarem a matéria-prima mais cara. É uma questão de escala. Nós temos ofertas em que as pessoas dizem: “isto não paga sequer o preço da matéria-prima”.

Nesse sentido a exportação e a internacionalização são o caminho para adquirirem a tal escala de que fala…
Para ganharem volume, para ganharem escala e sobretudo para potenciar uma organização das empresas em estrutura vertical. Se olharmos para o modelo japonês, por exemplo, eles começam a fazer o projecto, constroem a ferramenta, entregam a peça e entregam o sub-conjunto, o que lhes permite acrescentar valor em toda a cadeia e não só no produto final. Isso, grande parte das nossas empresas não tem. Por exemplo, o grupo Simoldes, que talvez seja um exemplo pela positiva, integra várias valências dentro do grupo, o que lhes permite fazer essa verticalização do processo.

Empresas da dimensão da Autoeuropa têm o dever de ajudar as empresas com quem têm relações a, também elas, se internacionalizarem? Como a Autoeuropa fez, em parte, com a Sodecia…
Temos procurado fazer isso. Aliás temos uma pessoa só dedicada especificamente a apoiar tecnicamente os fornecedores. Mas os fornecedores não têm sido muito proactivos nesse aspecto.

A que é que acha que isso se deve? É uma questão cultural?
Também é uma questão cultural. Quando se coloca uma oferta à frente do fornecedor, eles vêem que não conseguem competir e acabam por abandonar e cair em descrédito. Acho que têm que ser um pouco mais agressivos do ponto de vista da inovação. Não basta dizer: “eu não consigo competir com este peço”. Se não conseguem têm de entender porque é que não conseguem.

Que medidas defende para potenciar a componente exportadora das empresas?
Existem alguns programas que estão em vigor mas que na minha opinião ainda não são suficientes. Nós tomámos a iniciativa, juntamente com o AICEP, de desenvolver um programa qualificado para exportar, precisamente para apoiar as pequenas e médias empresas sobretudo do ponto de vista da gestão. Já fiz a sugestão várias vezes de criar um consórcio que pudesse apoiar as empresas em questões de marketing, em questões de centrais de compras, para que essas empresas pudessem beneficiar de reduções de custo. Essa iniciativa tem que partir, em grande parte, do sector privado.

Desde que chegou à Autoeuropa que tem colocado muita ênfase na aposta em fornecedores locais, no sentido de reduzir os custos de transporte das matérias-primas. O que é que já foi feito?
Conseguimos alguns fornecedores e neste momento estamos com uma carteira para os próximos cinco anos de cerca de 23 milhões de euros de fornecedores nacionais, mas na nossa opinião ainda é muito pouco. Com o que nos temos deparado é que grande parte das ofertas que são colocadas no mercado, a maioria dos nossos fornecedores não tem capacidade e nem concorrem. Seria necessário que essas empresas subissem na cadeia de valor acrescentado, apostando em novos processos e na inovação de forma a conseguir concorrer no mercado com preços concorrenciais e com a qualidade necessária.

No que toca a destinos de exportação, defende que se elejam destinos em particular?
Eu acho que sim. Obviamente que o grande destino vai ser sempre a União Europeia (UE), sobretudo no sector automóvel.

Mas não acha que um redireccionamento das nossas exportações deveria ser equacionado tendo em conta, por exemplo, a “explosão” dos BRIC?
O grande problema dos BRIC é que grande parte ainda tem o mercado protegido. A indústria automóvel tem que se virar essencialmente para a UE até por uma questão de competitividade. Porque os mercados mais exigentes em termos de qualidade e custo são necessariamente os mercados europeus e isso também é necessário para forçar as empresas a serem concorrenciais.

Mas a Autoeuropa oferece-nos um exemplo paradigmático do aproveitamento dos BRIC, com o crescimento das exportações para a China…
Ainda não lançámos o Sharan na China. Vai ser lançado na última semana de Junho, e na semana anterior lançamos o EOS. Por isso esperamos que esse aumento seja maior no futuro.

Perfil

19 anos de dedicação à “causa Volkswagen”

Natural da região de Setúbal, António Afonso de Melo Pires tornou-se, no dia 1 de Setembro de 2010, no primeiro português a liderar os destinos da fábrica portuguesa da Volkswagen, ao suceder a Andreas Hinrich.

Antes de assumir a Autoeuropa, o engenheiro, formado pelo Instituto Superior Técnico em Engenharia Aeronáutica, conta com 19 anos “de casa”. Começou em 1992 na unidade de carroçarias da fábrica de Palmela, onde permaneceu durante 11 anos, e de onde saiu para dirigir a área de carroçarias da fábrica de Navarra, Espanha.

Em 2006 assumiu a liderança da fábrica de São Bernardo do Campo, São Paulo, tendo sido nomeado director-geral da fábrica de Curitiba, no ano seguinte.

Entre os trabalhadores é muito apreciada a simplicidade e acessibilidade com que lida com todos os quadros. A política da fábrica prevê mesmo o “Café Com O Director” – período em que é dada aos trabalhadores a possibilidade de exporem ao líder as suas preocupações.

Fonte: Jornal de Negócios

Inovação: Samsung quer conhecer os iPad e iPhone que a Apple está a desenvolver

Junho 1, 2011 by  
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Samsung exige conhecimento técnico do próximo iPhone para não correr risco de ser acusada de copiar a Apple. As amostras do iPad estão a sofrer uma disputa de patente.

A Samsung Electronics pediu uma ordem ao tribunal para forçar a Apple a divulgar os modelos de desenvolvimento do iPhone e do iPad, reivindicando a sua necessidade de conhecer essa informação para se defender contra alegações de cópia, de acordo com a Bloomberg.

A Samsung pretende ver as versões finais do iPhone e do iPad para “avaliar se existe a probabilidade de confusão” entre os produtos da Apple e da Samsung, que irão ser postos à venda ao mesmo tempo, de acordo com documentos do tribunal federal da Califórnia.

A Samsung está a pedir à Apple para entregar as amostras dos seus dispositivos a 13 de Junho, de modo a ter tempo de registar a patente e evitar qualquer confusão de cópia de aparelhos.

Este episódio acontece um mês depois da Apple ter pedido ao tribunal para ordenar à Samsung a divulgação dos produtos que ainda não estão à venda.

A solicitação da Samsung faz parte de uma disputa legal entre as duas empresas, que teve início em Abril, quando a Apple afirmou que os produtos da Samsung Galaxy copiavam “descaradamente” a tecnologia e o design do iPad e do iPhone.

Fonte: Jornal de Negócios

Inovação: Carro faz mais de 2.500 km com 1 litro de gasolina

Junho 1, 2011 by  
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Um veículo protótipo da Universidade de Coimbra conseguiu percorrer 2.568 quilómetros com apenas um litro de gasolina. E graças a esse feito arrebatou o 3.º lugar no Shell Eco-marathon 2011, realizado na Alemanha. A equipa responsável pelo projecto é a melhor a nível nacional e da Península Ibérica.

O grupo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que reuniu alunos de engenharia automóvel e de engenharia mecânica, e teve como piloto a estudante de economia Ana Rita Lopes, melhorou a distância percorrida desde a última edição, onde percorrera 2.204 quilómetros.

Com apenas um litro de gasolina sem chumbo 95, a uma velocidade média de 30 km/h, o Eco Veículo da FCTUC conquistou o 3.º lugar na categoria (Protótipos de combustão interna) e o 4.º lugar na classificação geral da Shell Eco-marathon Europe 2011, que decorreu nos últimos três dias no Circuito de Lausitz, na Alemanha.

Um veículo em constante aperfeiçoamento

Pedro Carvalheira, docente que coordena esta equipa, referiu que em termos de classificação a sua equipa perdeu um lugar, pois classificara-se em segundo na edição anterior, onde tinha beneficiado da má prova de uma favorita, e da desistência de uma outra candidata aos primeiros lugares.

«Melhorámos bastante e aproximámo-nos dos primeiros», afirmou o docente, citado pela Lusa, referindo que os grandes benefícios introduzidos no protótipo desde há um ano ficaram a dever-se às alterações no aerodinamismo e à introdução de uma nova peça no motor, que transfere calor da cabeça para o cárter.

Nesta prova, que reuniu cerca de 250 participantes nas várias categorias, de diversos países do mundo, a vencedora foi uma equipa francesa, que percorreu 3.688 quilómetros com um litro de gasolina. A segunda portuguesa foi a da Universidade do Minho, com 1.273 quilómetros percorridos também com um litro de gasolina.

A primeira de Espanha ficou-se pelo 11.º lugar, ao conseguir percorrer 1.455 quilómetros com um litro daquele combustível.

Recorde ibérico

A equipa do Eco Veículo, da Universidade de Coimbra, participa em provas de economia de combustível desde 1999 e detém o recorde absoluto da Península Ibérica desde o ano de 2001.

Para Pedro Carvalheira, o Eco Veículo é uma forma de os alunos do segundo ciclo desenvolverem trabalho prático todo o ano, e encontrarem nele «um motivo para estudar as coisas».

Fonte: Agência Financeira

Marketing: Pirateiem meus livros, pede Paulo Coelho

Junho 1, 2011 by  
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O escritor Paulo Coelho publicou um texto, neste domingo, defendendo a livre circulação de ideias em detrimento de regras “ganaciosas” de direito autoral.

No texto publicado no jornal Folha de S. Paulo, o escritor brasileiro mais vendido no mundo disse que ao longo de sua vida a pirataria só ajudou a divulgar sua e atrair novos fãs e leitores. Coelho traçou paralelos entre os evangelistas da Bíblía e os revolucionários russos do início do século XX.

Na avaliação de Coelho, estas pessoas tinham como preocupação não ganhar dinheiro, mas sim fazer suas ideias circularem. Ao espalhar seus textos livremente, ajudaram a mudar o mundo com suas ideias, o que talvez não fosse possível seu cobrassem direitos autorais de quem os quissse ler.

O escritor diz ainda que artistas precisam de dinheiro para sobreviver, mas defendeu que a não restrição de suas obras é a melhor forma de divulgarem suas obras e, consequentente, atraírem receita. “Quando você come uma laranja, precisa voltar para comprar outra”, anotou.

Paulo Coelho mantém na internet um site que incentiva o pirateamento de sua obra, o “Pirate Coelho” com links para serviços de torrent e trocas de arquivos peer to peee de PDFs de sua obra. Coelho definiu os críticos da livre circulação de ideias com as palavras “ignorância” e “ganância”.

Nesta semana, um encontro com líderes do G8, o grupo das maiores economias do mundo, defendeu que a internet seja livre de censura, mas possua vigilância contra abusos, como disseminação e racismo e pedofilia.

No encontro, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu regras rígidas para a proteção do copyright de obras intelectuais.

Fonte: Exame

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