Marketing: Social Media, o que tira o sono do Google?

Maio 5, 2011 by  
Filed under Notícias

Na Bay Area, comenta-se cada vez mais nos corredores sobre algo que vem tirando o sono de muitos executivos do Google: o Facebook.

No início de março o Facebook bateu novo recorde, com mais de 400 milhões de usuários cadastrados, sendo que, de acordo com fontes da própria empresa, 50% desses usuários, ou seja, mais de 200 milhões de pessoas, entram no site todos os dias!

Além disso, mais de 1,5 milhões de empresas já criaram suas páginas dentro do Facebook. É um número bem modesto se comparado aos trilhões de Megabytes da internet, mas que vem aumentando significativamente a cada minuto.

Uma das causas da dor de cabeça do Google é que seus spiders, ansiosamente aguardados e recepcionados com tapete vermelho pelos profissionais de SEO, não conseguem “enxergar” esse todo esse conteúdo comercial disponível no Facebook.

É como se tivesse nascido uma nova internet dentro do Facebook, muito mais organizada e que vem crescendo em progressões geométricas. Só que o nosso onipresente buscador de páginas, ficou de fora da festa, olhando pela janela o pessoal comendo, bebendo e conversando alegremente.

Especula-se que tentativas de negociações para compra do Facebook já foram feitas por gigantes como Google e Microsoft, todas sem sucesso. O próprio Twitter vem sendo paquerado pelo Google há alguns meses e até a Apple mostrou interesse público na aquisição do microblog, que resiste bravamente às tentativas de aquisições.

Mas a cada dia que passa, o sonho de aquisição do Facebook vai ficando mais distante e muito mais caro, visto o impressionante aumento no número de usuários e acessos, que consequentemente, trazem mais receitas com publicidade e lhe dão mais fôlego financeiro para resistir às investidas de compra.

O lançamento do Google Buzz decepcionou não só seus executivos, pois não teve a adesão que era esperada, mas também os usuários, que esperavam mais de uma nova ferramenta criada pela maior empresa de internet do mundo.

Duas coisas apontam certo desespero do Google em quere participar logo dessas festas que acontecem dentro das redes sociais. A primeira é que o Google Buzz entrou no ar com gravíssima uma falha de segurança, que permitiu que os contatos do Gmail pudessem ser acessados por terceiros.

A segunda é que o próprio Google Buzz, numa ansiedade incontrolável de rapidamente aumentar seu market share no mercado de microblogs, fez com que os usuários de seus serviços (Gmail, Blogger, Orkut, etc) seguissem automaticamente uns aos outros, sem darem permissão. Eu mesmo, quando acessei o Google Buzz pela primeira vez, me assustei ao perceber que estava seguindo e sendo seguido por pessoas que não conhecia.

Após alguns dias esses problemas foram resolvidos e alguns meses depois de seu lançamento, o Google Buzz não conseguiu o buzz que queria.

Mas porque os microblogs são tão importantes para o Google ao ponto dele dar um tropeço desse tipo?

O maior pesadelo dos executivos de Montain View é: como as perguntas que fazemos atualmente no campo de buscas do Google, serão feitas num futuro bem próximo?

Já há tendência de que boa parte dessas buscas deixe de ser feitas para os bancos de dados viciados em SEO e passem a ser feitas para nossos amigos através das redes sociais. Isso significa perda significativa de receita com a venda de links patrocinados, sua maior fonte de renda.

Por exemplo, ao invés de eu entrar no Google e digitar “loja de flores rio de janeiro”, vou entrar no Facebook ou no Twitter e postar em meu perfil: “Ei, alguém poderia me indicar uma loja de flores no Rio de Janeiro?”

Pense nisso. A resposta para minha pergunta pode até não ser dada em 0,29 segundos, como acontece no buscador, mas provavelmente será dada alguém de minha rede de contatos, ou seja com uma confiabilidade muito maior.

Você deve estar se perguntando: alguém vai esperar por minutos ou horas por uma resposta se pode obtê-la em alguns segundos?

Quando analisamos do ponto de vista de alguém que queira comprar um produto ou serviço, a resposta é sim. Está mais que comprovado o quanto nos influencia as opiniões de outras pessoas antes de comprarmos algo.

Somado a isso, eis que o uso das redes sociais no mundo inteiro vem mostrando, ainda que timidamente, que essas espirais de relacionamento logo irão se fundir. Aos poucos, os sites de relacionamentos sociais vão abrindo janelas uns para os outros.

Por exemplo, no perfil do Linkedin é possível mostrar as postagens feitas no Twitter, automaticamente, ou seja, mesmo sem fazer login em sites diferentes é possível transmitir a mensagem em ambos. O mesmo acontece entre o próprio Facebook e o YouTube, onde consigo mostrar vídeos em minhas postagens. Esses são apenas alguns exemplos de aderências entre sites sociais.

Sendo assim, com a integração cada vez maior entre os ambientes, é possível que daqui a pouco, nossos perfis e postagens de conteúdos colaborativos estejam convertidos numa única grande rede social.

E será nessa grande rede que obteremos respostas às nossas perguntas. Com ainda mais clareza e objetividade e também com o maior diferencial: confiança no interlocutor.

Fonte: Segs



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