Inovação: O carro digital

Maio 18, 2011 by  
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Dez inovações que vão mudar a nossa vida

Já pensou como poderá o automóvel fazer parte da sua vida digital? Os construtores já o fizeram e estão a trabalhar nisso. Dentro de três anos, conduzir vai ser talvez a parte menos importante da relação com o seu carro. Saiba quais são as dez inovações que vão mudar tudo.

Se o leitor não desistir de andar de carro nos próximos anos, pode ter a certeza de que vai passar cada vez mais tempo fechado dentro do seu automóvel. As principais marcas sabem disso e querem tornar a convivência do condutor e dos passageiros com o automóvel bem mais variada do que apenas ouvir música, ver DVD e falar ao telefone. Para isso acontecer, estão a trabalhar numa série de inovações para integrar completamente o carro na sua vida digital. A ideia é fazer com que o tempo passado dentro de um automóvel (muitas vezes parado nas filas de trânsito) seja mais divertido, mais interessante ou mais produtivo.

A ligação do automóvel à internet, directa ou indirectamente, é o ponto fulcral, e a chave para conseguir isso parece vir a passar pelos smartphones. As marcas de automóveis estão a trabalhar sobre o pressuposto de que os smartphones, obviamente com o iPhone à cabeça, estarão generalizados entre a população dentro de três anos. Entretanto, desenvolvem aplicações de todo o género, que promovem a ligação entre os seus automóveis e os smart­phones dos seus clientes. Mas, como a vida digital de cada um (ainda) não se fica pelos telemóveis, por mais “smart” que sejam, há outro tipo de interligações em desenvolvimento.

Nas próximas páginas, vai ficar a conhecer dez inovações que vão revolucionar o relacionamento com o seu automóvel. Fique a saber que vai poder responder ao seu correio electrónico enquanto conduz, por exemplo de manhã a caminho do emprego e sem precisar de usar um teclado; vai poder continuar a ouvir no carro o álbum que começou a escutar em casa, sem ter de levar um CD ou um leitor MP3 na mão; vai poder controlar à distância um conjunto de funções do seu automóvel e vai até saber qual a melhor altura para o estacionar e continuar o percurso noutros meios de transporte, depois de ter localizado um lugar de estacionamento, consultado os horários e comprado os bilhetes. Tudo sem sair do carro.

Mas talvez o mais interessante seja perceber que toda esta revolução se passa ao nível do software, ou seja, ao nível da inteligência humana. Não vai ser preciso comprar mais dispositivos caros para aceder às novas possibilidades, além do smartphone, é claro!

Pelo menos no que diz respeito aos construtores de automóveis mais envolvidos neste assunto – entre os quais é da mais elementar justiça destacar a BMW, que se tem mostrado a mais aberta a partilhar o seu trabalho publicamente –, dentro de três anos, guiar vai ser talvez a parte menos importante do seu relacionamento com o automóvel.

 

Controlo à distância

Esqueça o comando à distância que faz abrir as portas ou, no máximo, os vidros do seu carro. Aqui, trata-se de poder controlar muitas outras funções a uma distância muito maior do que o alcance dos ultrassons. Uma aplicação para o iPhone, devidamente protegida com palavra-passe, permite confirmar se as portas do carro ficaram mesmo fechadas, a qualquer distância: basta que o telemóvel tenha rede. É também possível programar a temperatura interior, de modo a que, à hora a que o condutor prevê que chegue ao carro, esteja no valor desejado. Mas como o condutor pode não saber se o carro está ao Sol ou à sombra, é o próprio sistema de climatização do automóvel que decide se precisa de aquecer ou arrefecer o habitáculo e quando deve começar. Outra função é a localização do carro estacionado num parque público. O iPhone descarrega a planta do parque estacionamento de um site apropriado e traça nela a localização do automóvel, guiando o condutor até ao carro. O alcance máximo é de 1500 metros. Também podem ser actuadas as clássicas funções de acendimento dos faróis ou da “buzinadela” para ajudar a encontrar o carro. Outra possibilidade é escolher, através do smartphone, no Google, pontos de interesse a visitar e descarregá-los directamente para o sistema de navegação do automóvel, como destinos. Assim, o condutor já tem o sistema de navegação programado quando chega ao carro. Mais tarde, será possível aceder a outros dados do estado do veículo, como níveis de combustível e de óleo ou o número de quilómetros que faltam para a próxima revisão.

 

Acesso a conteúdos

Hoje em dia, a maioria dos filmes, vídeos, músicas e outros conteúdos estão armazenados no computador que temos em casa. A ideia é sincronizar o suporte digital de casa com o disco rígido do carro. Para isto acontecer, há duas vias: estacionando o carro perto de casa e usando o servidor que é usado em casa, através de uma ligação Wi-Fi, ou através de um provider na internet, que disponibiliza uma área personalizada para onde o condutor pode descarregar todos os seus conteúdos, para depois a eles aceder através da ligação do carro à internet. Assim, todos os conteúdos estariam simultaneamente disponíveis no carro e em casa. Estão a ser pensadas três funções base para esta interligação ser bem aproveitada. A primeira é a procura agregada, em que basta ao condutor digitar a primeira letra para que a biblioteca de conteúdos liste de imediato todos os vídeos, filmes e músicas cujo título começa por essa letra. A segunda função é o histórico inteligente de consulta, ou seja, o sistema memoriza o local (seja o minuto do filme ou a faixa de um álbum) que se estava a ver ou ouvir em casa, para continuar no carro precisamente no mesmo sítio. Finalmente, uma função de browsing permite navegar pela biblioteca de conteúdos.

 

Playlist da boa-disposição

A música tem um efeito emocional e está directamente ligada ao estado de espírito, isso todos sabemos. A música pode até induzir um determinado ânimo, por um lado, ou pode ser o ânimo de cada momento a “pedir” uma determinada música. Hoje, a disponibilidade de ficheiros de música na internet é infindável. Surge então o problema: como encontrar a melhor música para cada momento? A Mood-based Playlist resolve a questão fazendo uma selecção de músicas, algumas seguramente desconhecidas do condutor, segundo vários estados de espírito, oferecendo assim mais escolhas do que os temas que o condutor já conhece e de que se farta rapidamente. Este pode ainda escolher critérios de selecção como o género ou a década da gravação original. Os quatro estados de espírito propostos são “angry”, “peaceful”, “celebrating” e “hopeless”. As escolhas do condutor são transmitidas a um fornecedor na internet, que usa a tecnologia Gracenote Music Mood Analysis. Esta, em função do ritmo e do tipo de voz, entre outros critérios, consegue catalogar cada música de acordo com os quatro estados de espírito referidos e propor uma playlist. No futuro, seria até possível, usando a informação do GPS, a hora e os hábitos de selecções musicais do condutor, determinar que tipo de tema ele prefere quando vai de manhã para o trabalho, quando conduz depressa na auto-estrada ou quando está parado no trânsito e propor de imediato esse tipo de música, sempre com faixas novas. Uma espécie de rádio hiperpersonalizado.

 

iPod out

Aqui, trata-se de proporcionar ao condutor a mesmo interface de controlo do iPod quando o liga ao automóvel. O computador de bordo do automóvel passa a mostrar os comandos habituais do iPod, de forma a que o condutor não tenha de se habituar a novos gráficos e novas interfaces. Para isso acontecer, é preciso que o iPod ou o iPhone pertençam à segunda ou terceira geração e que disponham do sistema operativo iOS4.1. O sistema cria ainda novas funções como a Genius Playlist, que cria listas de temas similares aos que tem guardados nos terminais iPod/iPhone. Mas a maior vantagem deste sistema é que, como o software de comando está no aparelho da Apple, de cada vez que é actualizado em casa, quando se liga ao site da Apple, o terminal leva essa actualização para o automóvel. Nunca seria possível à marca do automóvel actualizar o seu software de maneira tão rápida como esta, nem, muito menos, instalar as novas aplicações que surgem diariamente.

 

A micropausa

O objectivo é aproveitar o tempo em que se está parado no trânsito para utilizar a aplicação da micropausa, que pode ser de entretenimento ou de trabalho. Para começar, é preciso estimar o tempo que o carro vai estar parado, o que, no caso dos semáforos, poderia ser feito através de uma comunicação ad-hoc entre o automóvel e o semáforo. Claro que existe o problema de os sistemas de semáforos variarem de cidade para cidade. Há ainda outras situações de paragem em que a estimativa do tempo de espera é mais complicada e ainda está em estudo. Mas, depois de a ter, a aplicação micropausa sugere ao condutor ocupar o tempo vendo um vídeo (por exemplo, do YouTube) ou ouvir notícias seleccionadas, música ou mesmo entreter-se com um jogo estilo Pacman ou Flipper, que seria disponibilizado no painel de instrumentos. Ao mesmo tempo, é afixado um cronómetro regressivo que indica o tempo estimado para a paragem do trânsito terminar, podendo assim o condutor saber quando deve parar de jogar e voltar a conduzir. Cinco segundos antes de isso acontecer, a micropausa termina, para não fazer atrasar o trânsito. Estão a ser estudadas ligações breves ao Facebook, em que, por exemplo, o condutor pudesse ver as fotos mais recentes dos seus amigos.

 

Outlook ao volante

Esta é uma funcionalidade virada para aumentar a produtividade enquanto se viaja de automóvel. O condutor passa a ter acesso integral ao servidor do seu Outlook, tendo acesso a todas as funções (email, lista de contactos e calendário), mesmo com o automóvel em movimento e sem necessidade de configurações complexas ou as limitações de tempo de bateria típicas de um PC portátil. Assim que o condutor entra no carro, é feito o login ao Mail Exchange Server: o único requisito é ter um cartão SIM no veículo. O condutor passa a ter avisos de chegada de novos emails e depois tem a opção de ler apenas o assunto ou toda a mensagem. Mas, como isso distrai da condução, esta segunda possibilidade só está disponível com o carro parado. Para resolver o problema, vai ser possível ao sistema passar o texto escrito a falado e ler ao condutor o conteúdo da mensagem. Este pode depois marcar o email como lido ou eliminá-lo, tal e qual como faz no seu computador, à secretária. O próximo passo é evoluir o sistema de reconhecimento de voz, que hoje já permite fazer alguns comandos simples dentro do carro (escolher estações de rádio ou destinos no GPS), para um ambiente de comando por voz quase total. Por exemplo, responder a um email, ditando o seu conteúdo que é depois enviado para um site especializado na sua conversão em texto escrito e imediatamente devolvido ao automóvel, para ser enviado para o destinatário.

Outras funções em desenvolvimento são a interligação entre a agenda do Outlook e o sistema de navegação do carro. Isso permitiria, por exemplo, enviar mensagens de adiamento ou cancelamento de reuniões, caso o sistema concluísse que, dado o posicionamento do automóvel e o endereço e a hora marcada no Oultook, não fosse possível cumprir o que estava agendado.

 

Navegação urbana

A navegação em cidade levanta sempre problemas. É difícil prever, quando se selecciona um percurso, se o tempo de viagem vai ser afectado por imprevistos como acidentes, obras na estrada, tráfego intenso, eventos públicos ou outras demoras. Para resolver a questão, é preciso incorporar conhecimento local na navegação, o que já é feito no que diz respeito à intensidade de tráfego, mas, muitas vezes, os percursos alternativos rapidamente ficam também saturados de trânsito e torna-se difícil prever quando isso vai acontecer. A navegação adaptativa parece ser a solução. Ela tem em consideração o histórico das ocorrências que uma dada estrada tem, e que podem fazer atrasar a viagem, e também o histórico da precisão do sistema de informação de tráfego local. Com base nesta informação estatística, prevê três horas de chegada ao destino, uma normal, uma optimista e uma pessimista. O condutor pode assim estar mais bem prevenido. Outro aspecto que está em desenvolvimento é a integração nos sistemas de informação de trânsito, que depois é enviada para os sistemas de navegação dos automóveis, dos dados que as autoridades locais têm sobre calendários de obras a fazer na via pública, marcação de eventos públicos que impliquem corte de estradas e outras obstruções da via que possam criar congestionamento. Se esta informação for passada aos automóveis em devido tempo, há até a possibilidade de evitar que os congestionamentos se formem. As autoridades locais têm aqui um papel fundamental, pois são também elas que conhecem os melhores percursos alternativos a cada hora, o que um simples mapa nunca poderá descobrir.

 

Micronavegação

Os sistemas de navegação dos automóveis são cada vez mais precisos, mas ainda não funcionam em espaços fechados. Por exemplo, como encontrar a saída ou o elevador pretendido, dentro de um estacionamento de um centro comercial? A micronavegação é a resposta. O sistema funciona da seguinte maneira: antes de sair de casa, o condutor procura no site do centro comercial a que vai se existe um micromapa do local, incluindo entradas, saídas e parques de estacionamento. Faz o download desse mapa directamente para o sistema do seu automóvel, incluindo o local exacto (elevador ou loja) para onde quer ir. Claro que será possível fazer tudo isto a partir do próprio carro, desde que estacionado. A informação é integrada no sistema de navegação, que assim guia o condutor até ao lugar de estacionamento mais próximo do elevador pretendido. A partir daí, o micromapa é transferido para o smartphone e a navegação até à porta da loja continua a ser feita a pé. Claro que o regresso ao automóvel e à saída do parque seria feito pela ordem inversa. Utilizando as câmaras de vídeo já instaladas no carro para outros fins e cruzando essa informação com coordenadas GPS e detalhes do mapa, o sistema consegue resolver um dos problemas mais sensíveis da navegação, que é a diferenciação do posicionamento entre vários níveis, neste caso, os vários andares do parque de estacionamento.

 

Assistente de mobilidade

Muitas vezes, o automóvel não chega para atingir o destino pretendido, particularmente dentro de uma cidade. Para chegar a tempo a alguns destinos, é preciso saber por antecipação onde há um lugar de estacionamento perto de um meio de transporte público que possa de forma mais eficaz ajudar a cumprir um horário. Para resolver esta questão, o assistente de mobilidade, uma aplicação para o iPhone, permite personalizar a navegação usando vários modos de transporte. Quando é inserido um destino no sistema de navegação, o assistente de mobilidade mostra várias possibilidades de o atingir, seja por carro, por transportes públicos locais ou pela combinação de ambos. O ponto-chave desta ideia é criar itinerários pessoais que combinem a condução com a possibilidade de estacionar o carro e seguir viagem de autocarro, metro ou comboio. O utilizador só tem de inserir os pontos de partida e chegada e escolher o modo de transporte para obter do sistema várias opções para a deslocação, com indicação do número de mudanças de meio de transporte, tempos de espera entre eles, duração de cada troço, incluindo os pedestres, indicação em tempo real de disponibilidade de estacionamento e até localização e disponibilidade de pontos de recarga para automóveis eléctricos. Os parâmetros podem ser alterados a meio do percurso, por exemplo se o utilizador se deparar com um acidente, obtendo uma nova sugestão para cumprir o horário pretendido. Numa fase posterior, será possível reservar e pagar os bilhetes dos transporte públicos através do assistente de mobilidade. Um protótipo deste sistema está já a ser testado por um grupo de utilizadores-cobaias, em Berlim.

 

Chave multiusos

Hoje, as chaves dos automóveis já fazem mais do que abrir as portas e colocar o motor em marcha. Algumas já armazenam informação relativa ao estado da mecânica, mas essa informação só é descarregada num terminal apropriado, na oficina da marca. As melhores podem memorizar preferências do utilizador, como estações de rádio ou ajustes eléctricos do banco do condutor. No futuro, as chaves vão poder armazenar bilhetes virtuais para meios de transporte público, fazer pagamentos de baixo valor e até efectuar reservas de hotel, podendo mesmo servir para abrir a porta do quarto sem passar pela recepção. O requisito fundamental para este tipo de utilização é a existência de uma interface NFC (Near Field Communication) e de um controlador de segurança. O NFC é um tipo de comunicação sem fios baseada em identificação por radiofrequência, com alcance máximo de dez centímetros. Este princípio é já hoje usado em alguns tipos de cartões de acesso e adapta-se particularmente bem à chave de um automóvel, até pelo mais elevado nível de segurança que permite, quando comparado a outros terminais, como os próprios smartphones. As funções que podem ser integradas numa chave podem passar pelo armazenamento de um bilhete de transporte público ou de um espectáculo, comprado online através da ligação do seu automóvel à internet. Chegando ao transporte ou à entrada da sala de espectáculos, basta aproximar a chave do carro de um terminal NFC, descarregar o bilhete virtual e obter a autorização de entrada. Outra possibilidade é consultar os dados sobre o estado do automóvel em qualquer lugar, desde que se tenha um smartphone com NFC. A informação está protegida por password e não pode ser transferida da chave, funcionando o smartphone apenas como um monitor de leitura. A terceira área de utilização da chave multi­usos é a dos pagamentos de baixo valor, até 25 euros, bastando aproximá-la de um terminal com NFC. Outra hipótese ainda é a integração da função cartão de crédito na chave, o que permitiria fazer compras online a partir do carro em movimento, sem tirar as mãos do volante.

Fonte: Super Interessante

Marketing: A bolha da vez, momento atual tem indícios de excesso no crescimento de empresas de internet

Maio 18, 2011 by  
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A compra do Skype pela Microsoft por US$ 8,5 bilhões, na semana passada, acendeu a luz amarela entre investidores e analistas do setor em todo o mundo. A forte valorização das empresas de internet – lista que inclui Facebook, Twitter, LinkedIn e Groupon – tem preocupado especialistas, que veem nessa alta de preços os primeiros sinais de uma nova bolha da internet. O motivo do alerta remete à crise que as companhias pontocom enfrentaram em 2000: crescimento acelerado, executivos cada vez mais bem pagos e uma enxurrada de recursos financeiros, informa a reportagem de Bruno Rosa, Bruno Villas Bôas e Fernanda Godoy.

Apesar do temor, os dois momentos guardam diferenças. No fim dos anos 90, as companhias do setor ainda atravessavam a fronteira entre os mundos físico e virtual, com pesados investimentos em infraestrutura, exigindo alto nível de endividamento, e sem garantias de receita futura. Hoje, o modelo de computação na nuvem e softwares abertos exigem menos gastos, a publicidade on-line está mais madura e o tráfego de usuários é infinitamente maior.

Ainda assim, Eric Schmidt, presidente do Conselho de Administração da Google, afirmou, em fevereiro, que há fortes sinais de que uma bolha está se formando, em resposta à valorização do rival Facebook. Em oito meses, o valor estimado pelo mercado para a rede social mais popular do mundo saltou de US$ 34 bilhões para US$ 100 bilhões. O Groupon, site de compras coletivas que prepara o lançamento de suas ações na Bolsa, teve valorização de US$ 1,3 bilhão para US$ 15 bilhões em um ano. O LinkedIn quase duplicou sua expectativa de captação, para US$ 315 milhões.

– A valorização de empresas de internet preocupa porque o retorno sobre o investimento e a receita futura são incertos – diz Carlos Affonso, coordenador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio.

Segundo ele, o risco também está no fato de a maior parte dos usuários desses sites ser aficionada por inovação. Ou seja, se a empresa não oferecer novidades o tempo todo, pode perder boa parte dos clientes.

– Quantos sites já não surgiram e acabaram? A compra do Skype pela Microsoft é interessante, pois a empresa não é lucrativa, e o valor foi acima de todas as expectativas do mercado – afirma Affonso.

Em vez de uma, várias bolhas

O assunto ganha força. Chegou a ser tema de capa da última edição da britânica “Economist”, prestigiada revista de negócios. Na reportagem, destaca-se que o Vale do Silício, sede de empresas de tecnologia, vive um momento oposto ao resto da economia americana, que ainda não conseguiu se recuperar da crise financeira de 2008.

Alguns analistas acreditam que a bolha é, por enquanto, concentrada em empresas de mídia social e compras coletivas. São companhias que têm sido assediadas por fundos de private equity, ansiosos por descobrir um novo Facebook ou Twitter. Existem, portanto, várias pequenas bolhas no mercado, afirma Paulo Veras, autor do livro “Por dentro da bolha”, sobre a crise da internet na década passada.

– Existem semelhanças entre o movimento da bolha passada e o atual, como o excesso de liquidez no mercado para empresas de internet. Elas estão recebendo muito dinheiro de investidores e isso aumenta o seu valor, mesmo que não tenham um modelo de negócio bem estabelecido. No fim dos anos 90, tínhamos a clara expectativa que uma hora a casa ia cair e a bolha estouraria. A geração de caixa pelas empresas era uma discussão muito distante – diz Veras.

Desde agosto de 2010, empresas sobreviventes da primeira bolha passaram por uma corrida na Nasdaq, a bolsa de valores que reúne companhias de tecnologia dos EUA. As ações da Apple, por exemplo, subiram 43,1% até a última sexta-feira. Também avançaram Yahoo! (25,9%) e Google (17,4%). Microsoft teve ganho de 6,56%.

O índice Nasdaq, no entanto, nunca se recuperou totalmente da bolha. Chegou a marcar mais de 5 mil pontos, em março de 2000, no auge do otimismo. Hoje, está na faixa de 2.800, mesmo patamar em que se encontrava antes da crise financeira de 2008. De olho nesses números, diz Cezar Taurion, gerente de Novas Tecnologias Aplicadas da IBM Brasil, grandes investidores passaram a diluir seus riscos, apostando em empresas diferentes.

Fonte: O Globo

Marketing: Economia portuguesa será em 2012 a oitava mais pobre da UE

Maio 18, 2011 by  
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O País regressa a 1997, em termos da distância para a média europeia.

Depois de Malta, Chipre, República Checa e Eslovénia é agora a vez da Eslováquia superar Portugal no processo de convergência com a média europeia. O país continua a perder posições de riqueza relativa na UE e estará em 2012 sensivelmente na mesma situação que estava em 1997. No próximo ano, Portugal que já é o segundo mais pobre da zona euro (atrás da recém entrada Estónia) ficará a ser o oitavo mais pobre ou mais distante da media europeia em termos de PIB per capita (em paridades de poder de compra).

Esta ultrapassagem – confirmando a tendência de previsões anteriores – é agora clara na estimativas de Primavera da Comissão Europeia, publicadas na passada sexta-feira em Bruxelas. Na origem está a profunda recessão esperada para o país este ano (2,2%) e no próximo (1,8%), altura em que será o único para da UE a produzir menos que no ano anterior.

No processo de convergência, Portugal cai dos actuais 72,5% da média comunitária em 2010, para 70% em 2011 e 67,8% em 2012, ano em que a Eslováquia – que se tornará o 19º país mais rico da UE, deixando Portugal no 20º lugar. O País acaba por anular a aproximação hesitante à UE feita nos últimos quinze anos, confirmando as teses de uma década perdida na participação no euro.

Fonte: Económico

Inovação: Pesquisador usa Facebook para identificar 5.000 peixes

Maio 18, 2011 by  
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Um cientista da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriu uma forma inovadora de usar a maior rede social do mundo, o Facebook, a serviço da ciência. Tirando vantagem da rede de amigos pesquisadores, o doutorando em Ictiologia — o estudo dos peixes — Devin Bloom fez uma espécie de censo para descobrir quais espécies de peixes vivem no rio Cuyuni, na Guiana.

Bloom e o resto da equipe de pesquisadores gastaram duas semanas recolhendo o maior número de espécies possível no rio Cuyuni. Para ganhar tempo, os pesquisadores dormiam na beira do rio, em acampamentos improvisados. O esforço valeu a pena: os cientistas conseguiram recolher mais de 5.000 peixes diferentes.

Só que a missão bem sucedida também trouxe um grande problema. Os peixes precisavam ser levados até o Canadá para que o registro detalhado de cada espécie fosse realizado. Porém, para retirar os peixes do país, os pesquisadores precisavam identificar de antemão as espécies e entregar um relatório detalhado para o governo local. Como a equipe precisava voltar ao Canadá o mais rápido possível, eles tinham apenas alguns dias para identificar milhares de espécies.

Rede de especialistas – Foi então que Bloom sugeriu que os cientistas utilizassem o Facebook. Os pesquisadores enviaram as fotos de cada uma das espécies para a rede social e em menos de 24 horas os amigos do grupo — vários doutores em Ictiologia e especialistas em identificação de peixes — identificaram quase todas as espécies. Com 5.000 identificações em mãos, a equipe conseguiu entregar os resultados para o governo da Guiana e seguir de volta ao Canadá a tempo.

A maneira inovadora como a equipe utilizou o Facebook para reunir informações científicas pode mudar a forma como acadêmicos percebem as redes sociais. Certamente mudou a opinião de Bloom em relação às ferramentas online. “As redes sociais são tão poderosas”, disse em entrevista ao site Scienceblog. “Cientistas deveriam usá-las mais para se conectar com o mundo”.

Fonte: Veja

Marketing: Ranking do FT já tem três universidades portuguesas

Maio 18, 2011 by  
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Com a entrada das universidades Nova e Porto aumentou o peso das escolas nacionais junto das melhores na formação de executivos. A Católica está presente pelo 5º ano.

As universidades Nova e a do Porto entraram, este ano, nos ‘rankings’ da formação de executivos do “Financial Times”, juntando-se à Católica e aumentando para três as escolas de negócios portuguesas a marcar presença entre as melhores de todo o mundo. A Nova School of Business & Economics (SBE) entrou para o ‘ranking’ dos cursos de inscrição aberta de formação de executivos, liderado pela espanhola Iese, ficando no 64º lugar. “Para nós significa mais um ponto na nossa estratégia de internacionalização. Candidatámo-nos este ano, pela primeira vez porque o crescimento da nossa actividade, nos últimos dois anos, nos permitiu ter o volume de negócios suficiente para entrar nestes ‘rankings'”, afirmou ao Diário Económico Nadim Habib, o administrador da formação de executivos da Nova SBE. “Ainda não é a posição onde devíamos estar, mas vamos trabalhar para subir no ‘ranking'”, acrescenta o mesmo responsável.

A tabela à qual acedeu a EGP-University of Porto Business School (UPBS), ocupando o 65º lugar, refere-se especificamente aos cursos feitos à medida para empresas e não abertos ao público em geral. “Foi reconhecido que temos soluções de formação adaptadas às necessidades específicas de cada empresa”, justifica Nuno de Sousa Pereira. “Também contou a componente de internacionalização que começamos a ter nesta área, com parcerias com escolas internacionais e formação ‘in company’ com empresas com quadros estrangeiros”, acrescenta o responsável. Também no caso da EGP, foi a primeira vez que concorreu a este ‘ranking’, cujo primeiro lugar pertence à americana Duke Corporate Education. “O que verdadeiramente nos diferencia é a qualidade comprovada dos nossos programas que é reconhecida pela nossa ligação única às empresas”, acrescenta Nuno de Sousa Pereira.

Um sector onde Portugal pode ser competitivo
No que diz respeito à Católica-Lisbon School of Business & Economics continua a marcar presença no ‘ranking’ geral do FT das melhores escolas de formação de executivos de todo o mundo, liderado pela HEC Paris, ocupando o 46º lugar. “Estamos muito orgulhosos de, pelo 5º ano consecutivo, estarmos entre as 50 melhores escolas do mundo e sermos a 4ª escola no mercado ibérico”, afirma a directora da escola, Fátima Barros. A Católica está também presente na tabela dos cursos de inscrição aberta (54º lugar) e nos feitos à medida para as empresas (45º).

Nadim Habib salienta a importância de haver três escolas portuguesas neste ‘ranking’ e diz mesmo que “este é um sector onde Portugal pode ser competitivo, a nível europeu. O que importa agora é ver como podem as escolas portuguesas melhorar e subir para o ‘top’ 30”.

5ºano consecutivo no FT
“Estamos muito orgulhosos de, pelo 5º ano consecutivo, estarmos entre as 50 melhores escolas do mundo e sermos a 4ª escola no mercado ibérico. Este resultado consolida a nossa reputação internacional como a escola líder em Portugal para a formação de executivos”, diz Fátima Barros, directora da Católica-Lisbon. “Apesar da situação económica do País e da crescente concorrência, este números confirmam o reconhecimento do valor na nossa formação de excelência”, acrescenta. A facturação em programas de formação para executivos da Católica subiu, em 2010, de 8,8 para 9,6 milhões de dólares.

Internacionalização marca pontos
“Esta entrada no ‘ranking’ significa mais um ponto na nossa estratégia de internacionalização. Candidatámo-nos este ano, pela primeira vez, porque o crescimento da nossa actividade, nos últimos dois anos, nos permitiu ter o volume de negócios suficiente para entrar nestes ‘rankigs'”, afirma Nadim Habib, administrador da formação de executivos da Nova SBE. “Ainda não é a posição onde devíamos estar, mas vamos trabalhar para subir no ‘ranking'”, acrescenta o responsável. Segundo Nadim Habib, “este é um sector onde Portugal pode ser competitivo a nível europeu”.

Ligação às empresas premiada
“Foi reconhecido que temos soluções de formação adaptadas às necessidades específicas de cada empresa”, justifica Nuno de Sousa Pereira, director da EGP-UPBS “Também contou a componente de internacionalização que começamos a ter nesta área, com parcerias com escolas internacionais e formação ‘in company’ com empresas com quadros estrangeiros”, acrescenta o responsável. Para Nuno de Sousa Pereira, o que realmente distingue a EGP é o impacto causado nas pessoas e empresas que passam pela escola. “A qualidade dos nossos programas é reconhecida pela nossa ligação única às empresas”, sublinha.

Fonte: Económico

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