Marketing: OCDE diz que despesas com idosos vão duplicar até 2050

Maio 20, 2011 by  
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Envelhecimento da população nos países da OCDE gerará um aumento substancial dos custos com os mais velhos nos próximos anos.

A Organização para a Cooperação Económica Europeia (OCDE), da qual Portugal faz parte, revela hoje num relatório que até 2050 os custos com a população mais idosa destes países “deverá duplicar, ou mesmo triplicar, como resultado do envelhecimento da população.”

As estimativas da OCDE apontam para que, actualmente, mais de metade das pessoas a usufruírem de cuidados de longa duração tenham mais de 80 anos de idade. Isto significa que, em média, um em cada 25 cidadãos dos países da OCDE esteja nestas condições. Porém, em 2050, a quantidade de pessoas a necessitar de cuidados de longa duração deverá afectar uma em cada 10 pessoas, ou seja, 10% da população.

As últimas estimativas apontam para que o custo médio total das despesas com esta população por parte dos governos da OCDE ascende a 1,5% do PIB, devendo aumentar na mesma proporção do número de pessoas a recorrerem a este serviço. “Com os custos a aumentar, os países terão de obter um melhor valor pelo dinheiro gasto nos cuidados de longa duração”, revelou Angel Gúrria, secretário-geral da OCDE.

O responsável pela organização avança ainda que “as políticas fragmentadas em vigor em muitos países têm de ser revistas, com o intuito de aumentar a produtividade e para apoiar os cuidados familiares, que são a espinha dorsal dos sistemas de cuidados de longa duração.”

O relatório da OCDE aponta ainda como fundamental a colocação em prática de grandes reformas no sector de forma a atrair mais trabalhadores e a reter os que já fazem parte dele. “A maior parte das carreiras dos cuidados de longa duração são empregos sem futuro, com uma alta rotatividade e de baixos salários e benefícios”, refere a OCDE.

Por fim, os especialistas da OCDE referem ainda o facto de os cuidados de longa duração serem hoje uma realidade cara para a maioria da população, lembrando que “mesmo as pessoas com rendimentos médios poderão gastar 60% do seu rendimento disponível com estas despesas”. E, nesse sentido, a OCDE defende que os países deverão espalhar a carga de tais custos elevados por segmentação de benefícios universais aos que mais necessitam ou por meio de parcerias público-privadas”.

Isto significa que, para a OCDE, o sector privado poderá desempenhar um papel importante em alguns países mas, “provavelmente vai manter-se num nicho de mercado a menos que seja inserido num regime obrigatório”, referem os especialistas da organização.

Fonte: Económico



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