Marketing: Microsoft aumenta lucros mas é ultrapassada pela Apple

Maio 3, 2011 by  
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A Microsoft anunciou os resultados do seu terceiro trimestre fiscal. A empresa fechou o período com lucros de 5,2 mil milhões de dólares, num aumento de 31 por cento. As receitas atingiram os 16,4 mil milhões de dólares, mais 13 por cento que no período homólogo.

As vendas do Office (cuja unidade de negócio cresceu 21 por cento para 5,2 mil milhões de dólares), da Xbox e do Kinect suportaram o crescimento da empresa, enquanto as vendas na divisão do Windows caíram 4,4 por cento para os 4,4 mil milhões de dólares.

Alguns analistas sublinham ainda o facto de pela primeira vez em 20 anos, no último trimestre, a Microsoft ter registado lucros inferiores aos da Apple, que no mesmo período obteve resultados líquidos de 5,9 mil milhões de dólares.

Os resultados devem-se à queda de 8 por cento nas vendas de PCs no mercado de consumo e a uma queda generalizada das vendas no mercado de PCs, da ordem dos 2 por cento, explicou a Microsoft.

Vale a pena recordar que a Apple apresentou resultados na passada semana, registando uma subida de 94,7 por cento nos lucros, mantendo uma tendência de crescimento que nos três meses anteriores já tinha aumentado em 70 por cento dos seus resultados líquidos. As receitas da fabricante para o seu segundo trimestre fiscal ficaram perto dos 24,7 mil milhões de dólares.

O iPhone foi um dos grandes contributos para os resultados da empresa com 18,65 milhões de unidades vendidas no período. No mesmo período, entre Janeiro e Março, foram vendidos 4,69 milhões de unidades do iPad.

Fonte: Sapo TeK

Inovação: Reconhecimento de voz sai da ficção

Maio 3, 2011 by  
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O primeiro (e último) contato com a tecnologia de reconhecimento de voz acontecia apenas quando o usuário acabava de comprar seu celular ou outro dispositivo e utilizava aplicações embarcadas neles para realizar operações por meio de voz. O funcionamento precário, no entanto, freava seu avanço. Mas o poder computacional da nuvem e os novos esforços para desenvolvimento estão tornando o recurso cada vez mais utilizável. E esse cenário só tende a melhorar.

De acordo com o gerente geral de Voz da Microsoft, Zig Serafin, um dos grandes motores da tecnologia é a computação em nuvem. Tanto, que um dos mais importantes sistemas de nuvem da companhia é dedicado justamente ao reconhecimento de voz. Isso porque são vários serviços reunidos. Talvez o mais essencial, do ponto de vista de faturamento, sejam os serviços telefônicos baseados em respostas de voz usados por grandes companhias como Orbitz e American Airlines. Mas entra também a tecnologia que possibilita aos usuários móveis do Bing fazer buscas por voz e ainda aos donos de automóveis Ford usar a voz para solicitar direções ao GPS do computador de bordo. Todos baseados na mesma nuvem.

A entrada da Microsoft nesse campo ocorreu em 2007, com a aquisição da empresa Tellme, na época em que a tecnologia era pouco usada. Mas, de acordo com a Microsoft, o avanço foi o suficiente para que 20% de todas as buscas oriundas de aparelhos móveis pelo Bing sejam feitas por voz. “Antes disso, tentar usar software de voz do próprio celular era doloroso, mesmo se a tentativa fosse em uma sala silenciosa”, relembra o analista da IDC, Will Stofega.

A nuvem é usada pela Microsoft também para coletar informações sobre como as pessoas usam o serviço, buscando melhorias. Um exemplo: se o usuário fala “restaurante italiano São Paulo” para o Bing, em seu dispositivo com Windows Phone 7, a empresa verifica se o usuário clica em um resultado, presumindo que ele encontrou a resposta. Em vez disso, é possível que ele tente a consulta outra vez, indicando que a Microsoft provavelmente não obteve reconhecimento preciso. As informações sobre a conectividade do telefone também são coletadas, já que problemas nesse aspecto, em muitos casos, podem ser culpados por resultados pobres. “Todos esses dados ajudam a basear a ciência do sistema”, diz Serafin.

É um processo parecido com o do Google, que tem serviço semelhante de busca por reconhecimento de voz e também realiza processamento de ponta a ponta das informações para aprender a forma como os usuários lidam com o serviço. Novamente, a nuvem entra como uma das protagonistas no processo.

Com todo seu sistema, a Microsoft recebe cerca de 11 bilhões de requisições de reconhecimento de fala ao ano. Nos novos dispositivos com Windows Phone 7, basta o usuário segurar o botão de início para abrir o mecanismo de fala, que além de buscas, pode ser utilizado para controlar muitas aplicações nos dispositivos.

Esse grande volume de informações é peneirado em um centro de operações de rede da Microsoft no Vale do Silício e boa parte das requisições é realizada por um mecanismo que processa informações de maneira automática. Uma parcela dos dados passa por olhar mais próximo de especialistas que podem pensar em realizar mudanças no sistema.

A habilidade em aprender com a massa de dados, na nuvem, é um dos fatores que vai permitir à Microsoft atingir a próxima etapa no reconhecimento de voz, patamar que a tecnologia chama de entendimento conversacional. “Nessa fase, as tecnologias de fala terão a possibilidade de interagir com aplicações múltiplas”, destaca o diretor sênior da Microsoft para Negócios, Ilya Bukshteyn.

A solução almejada é bastante ambiciosa. Bukshteyn cita um exemplo no qual ele poderia dizer :”Achar um lugar para eu e Serafin jantarmos na segunda-feira”. Em um estágio avançado, o sistema poderia automaticamente checar a agenda dos dois envolvidos para descobrir se eles estão na mesma cidade, se têm horários compatíveis e se já comeram sushi alguma vez na vida. O telefone poderia, então, sugerir a Bukshteyn um restaurante de sushi na cidade de ambos.

Enquanto não é alcançado a esse grau de sofisticação, o que a Microsoft quer é se manter à frente do Google, um competidor emergente nesse espaço na opinião de Serafin. A Microsoft defende que está na ponta porque possui um sistema capaz de apurar mais detalhes e informações, além de já ter ofertas baseadas na mesma plataforma para uma variedade de tipos de usuários, incluindo aficionados por jogos de console, usuários de telefones e motoristas.

Bern Elliot, analista do instituto de pesquisas Gartner, concorda que há uma vantagem clara. “Com a aquisição da Tellme, eles atingiram um grau de alcance de sistemas, tanto locais quanto em nuvem. Com isso, a Microsoft consegue entregar sistemas de busca para um número grande de mercados”, avalia.

Apesar de estar supostamente atrás, o Google não deixa de procurar avanços, tanto é que recentemente comprou uma empresa chamada Phonetic Arts, que talvez tenha o potencial de colocá-lo em condições de igualdade com a Microsoft. Foi o que deu a entender nos comentários que se sucederam à aquisição.

Mesmo assim, Sofega, da IDC, afirma que a Microsoft mantém a vantagem de ter soluções em andamento e conseguido oferecer boa experiência para o usuário. Ele cita um detalhe simples, que faz a diferença: em telefones com Windows 7 Mobile, o usuário consegue visualização do progresso de busca, por meio de pequenos pontos, enquanto a consulta é processada. “Não é tão tecnológico, mas do ponto de vista do usuário, é algo importante”, diz.

A interface do Windows 7 Mobile, que agradou Sofega, deve basear uma identidade a ser usada por todos os serviços da Microsoft relacionados ao reconhecimento de voz.  Dessa forma, os usuários entenderiam que a dinâmica de funcionamento é igual, seja usando Kinect, Windows Phone ou outro dispositivo que use a mesma tecnologia.

Embora a conversa concentre-se em Google e Microsoft, há um terceiro na arena: a Nuance, líder em um campo de desenvolvedores de tecnologia de reconhecimento de voz. “A companhia tem a reputação de possuir a melhor tecnologia do mercado”, diz Elliot. No entanto, a empresa pode ser comprada. E rumores do mercado apontam para um interesse da Apple, o que tornaria a briga por esse mercado ainda mais interessante.

De forma geral, os avanços na indústria do reconhecimento de voz são animadores, mas ainda existe trabalho a fazer. “Há alguns problemas, como a interferência provocada por ruídos de fundo, entre outros temas não resolvidos”, destaca Sofega.

O próximo passo
O avanço perseguido pela Microsoft em tecnologia conversacional é também a grande meta de qualquer pessoa envolvida na engenharia de tecnologias de fala. Pergunte a alguém qual é o próximo passo para uma tecnologia mais abrangente e de adoção em massa e a resposta será: processamento de linguagem natural.

O vice-presidente de Gestão de Marketing e Produtos da Nuance, Matt Revis, descreve isso como um sistema que entende o que você quer dizer, não somente o que você fala. E tudo isso sem limitações na forma como o usuário fala algo. Ele afirma que a meta é fazer o sistema ser capaz de entender frases tão complexas como “Mande uma mensagem de texto para Raquel dizendo que chegarei com 20 minutos de atraso”.

Na visão dos fornecedores, a oferta de tecnologias com esse grau de sofisticação representa desafio dobrado. “Primeiro, é necessário reconhecer as tarefas e depois interpretar o significado. A primeira parte está ficando mais fácil, mas a segunda ainda é algo distante. Significado depende de contexto e é um campo incerto, sendo que os próprios humanos têm dificuldades de interpretar frases de outras pessoas”, opina o gerente de Produtos do Google, Amir Mane.

O gerente de produto sênior do time da Microsoft, responsável pela incorporação da TellMe, Abhi Rele, acredita que os serviços adicionais típicos dos smartphones, como a bússula ou o GPS, são recursos que podem aumentar a exigência por processamento de linguagem natural, apesar da dificuldade de alcançar a tecnologia.

Muito a melhorar
Os fornecedores gostam de destacar as futuras possibilidades dos serviços de reconhecimento de voz, mas o fato é que eles ainda estão muito distantes de algo que possa ser aplicado cotidianamente e ainda desagradam bastante os usuários, mesmo os que mostram boa vontade em usar intensamente as aplicações.

O líder de ciências de computação da Universidade de Rochester, James Allen, diz que é excessiva a frustração que tais produtos geram do ponto de vista da experiência do usuário. Conquistá-lo por vezes é um desafio que supera a lógica e o entendimento sobre as tecnologias. Um exemplo são soluções de reconhecimento de voz utilizados por sistemas automatizados de help desk e outros tipos de atendimento de call center. Eles são relativamente eficientes e entendem o que os humanos dizem 98% das vezes. Mesmo assim, as pessoas ainda têm resistência em usar esse tipo de tecnologia.

E o motivo da resistência é o fato de esses sistemas não seguirem um rumo de conversa natural. Alguns centros de atendimento de grandes empresas implementaram as soluções e uma voz realiza perguntas que devem ser respondidas pelo usuário. Existe um roteiro por trás dessas questões e um número limitado de respostas que são entendidas, já que elas são dirigidas.“Não se trata de responder ao que a pessoa procura, mas de descobrir o que realmente ela precisa”, diz Allen.

Esses sistemas, na verdade, são um composto de tecnologias diferentes. Há o reconhecimento de voz, ou a habilidade do computador em entender e traduzir, de forma bem-sucedida, o que o interlocutor está dizendo. A outra tecnologia é o processamento de linguagem, que tenta converter o que o interlocutor está falando em um comando para o computador executar, ou resumir para um operador humano.

Grandes avanços foram feitos nessas duas tecnologias nos últimos anos, o que não significa que a experiência para o usuário sofreu grande reviravolta. “Quando ligamos para esses telefones, é porque já temos algum problema. E, para alguns, lidar com esses sistemas pode representar verdadeira batalha”, diz Allen, que lidera uma pesquisa acadêmica, em andamento, na qual procura formas de estabelecer uma conversa com a máquina da mesma maneira que seria com outro ser humano.

Mesmo respostas muito simples algumas vezes são complicadas para o sistema. Em suas pesquisas de campo, Allen gravou conversas em locais públicos, como estações de trem, por exemplo. Em uma delas, o interlocutor dizia para uma atendente somente “8:50 para Windor?”. Compreendendo a pergunta, a atendente logo disse “Portão 10, atraso de 20 minutos”. Para um ser humano, é muito fácil saber exatamente o que se pretende com essa pergunta, mas sistemas computadorizados não têm essa inteligência.

Na visão de Allen, dois elementos faltam para os sistemas modernos: a habilidade de analisar o que o interlocutor está dizendo e conversar com ele para obter mais informações que ajudem a chegar ao entendimento sobre o que quis dizer e chegar à resposta correta. “Várias das soluções de processamento de linguagem natural de prateleira tendem à superficialidade. Não há tecnologia que dê significado às sentenças”, diz Allen. Entre as ferramentas que teriam o potencial de melhorar os sistemas estão as de processamento estatístico e de definição de palavras que ajudem a encontrar relações e aproximem a máquina da resposta certa.

Outros cuidados que precisariam ser tomados: ao estabelecer uma conversa, a máquina precisa pedir mais informações para o interlocutor e ter grande capacidade para processar tudo cumulativamente, sem irritar os usuários com perguntas que já foram respondidas de alguma forma. “Esse é o futuro, é o que todos querem que os sistemas façam e creio que já estamos próximos de criar sistemas de diálogo nesse grau de complexidade”, atesta.

A ideia já está em protótipo. Allen e um grupo de pesquisadores projetaram um programa chamado Cardiac, que tenta reproduzir as questões que uma enfermeira perguntaria para o paciente com doença do coração. O programa foi criado com financiamento de um instituto de saúde do governo norte-americano. Allen garante que a tecnologia já conta com recursos para não repetir perguntas e para manter questionamentos somente sobre o que ainda é necessário.

Outro software de Allen e do seu time, chamado Plow, é capaz de dar ao computador capacidade de aprendizado no reconhecimento de voz. “É um sistema que possibilita ao usuário ensinar o sistema a fazer coisas por ele por meio do diálogo”, diz.

Como exemplo, Allen demonstrou o programa aprendendo como navegar por restaurantes próximos usando um browser. O usuário abre um navegador, visita um site de localização de restaurantes, digita o tipo de local buscado e onde fica e depois copia e cola os resultados em uma página em branco. Enquanto faz isso, descreve cada passo com a voz, ao mesmo tempo em que os realiza.

Nesse processo, o Plow reconhece e grava cada passo e responde por som toda vez que um passo é compreendido. Mais tarde, quando o usuário quiser buscar outro restaurante, o programa automaticamente realiza os mesmos passos, produzindo outra lista automaticamente em uma página. O desenvolvimento do programa foi financiado pelo departamento de defesa do governo norte-americano.

O que isso pode acrescentar? Quanto mais informações, mais fácil fica construir sistemas de processamento de linguagem humana, algo com o qual o cientista chefe da Microsoft, Larry Heck, concorda. “Se não houver dados, não interessa o grau de sofisticação dos algoritmos. Os sistemas simplesmente não vão funcionar adequadamente”, diz.

Para Heck, um caminho para encontrar mais informações seriam as pesquisas de mecanismos de buscas. As pessoas já estão treinadas a estruturar buscas em uma série de palavras-chave, em vez de escrever sentenças inteiras descrevendo o que precisam. Os conjuntos de resultados poderiam ajudar os sistemas no melhor entendimento sobre o que as pessoas procuram com determinados termos.

A previsão de Heck é que mais pessoas usem sistemas ativados por voz de diversos fornecedores, que aos poucos vão conquistar mais inteligência necessária para, com o tempo, melhorar os sistemas de processamento de linguagem natural.

Fonte: Computer World

Marketing: Saiba o que procuram as empresas nos licenciados

Maio 2, 2011 by  
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Os empregadores querem cada vez mais jovens com aprendizagens extra-curriculares como Erasmus, Interrail, estágios, voluntariado e até desporto.

Com o volume de currículos que cada empresa recebe diariamente, é natural que, com o passar do tempo, comecem todos a parecer iguais. Uma diferença de 0,4 valores na média final de curso já há muito deixou de ser o único factor de comparação na escolha dos candidatos que têm valor para subir na carreira profissional. Mais do que apenas as suas competências técnicas, os responsáveis das empresas querem saber quem os seus candidatos são. Assim, factos aparentemente acessórios como praticar um desporto, participar em acções de voluntariado ou simplesmente viajar, são elementos cada vez mais decisivos na entrada no mercado de trabalho.

Para este efeito, as universidades portuguesas têm trabalhado no sentido de ajudar os seus alunos a desenvolver e mostrar ao mundo empresarial as suas ‘soft skills’, aquilo que os distingue. Este esforço é feito através de eventos como “O Lado B da Força”, organizado no âmbito do Magellan MBA da EGP-UPBS, que consistiu numa cerimónia de apresentação das paixões e competências pessoais dos talentos do programa a cerca de 150 empresas. “Cada vez mais as empresas procuram ver e conhecer a pessoa como um todo e explorar o que é que a diferencia e o que é que pode criar valor para a organização”, explica Paula Rodrigues, responsável pelos serviços de gestão de carreira da escola de negócios da Universidade do Porto. “Numa era em que o conhecimento já não é diferenciador, é determinante desenvolver competências de inovação, de empreendedorismo, de relacionamento, de gestão da mudança, competências que criem valor”.

E não são só as universidades a ganhar consciência da importância destas iniciativas. “A adesão dos alunos e a sua procura por este tipo de experiências é muito elevada”, revela Rita Paiva e Pona, responsável do departamento de carreiras da Católica-Lisbon School of Business & Economics, que aposta regularmente em acções de voluntariado nacionais e internacionais, actividades desportivas e viagens ao estrangeiro para conhecer a realidade global do mundo dos negócios. “Em regra, um aluno da Católica-Lisbon entra no mercado de trabalho apresentando um perfil competitivo ,que reúne em média duas experiências profissionais aliadas a actividades extra-curriculares”.

Este trabalho acaba por ter claros efeitos nas escolhas de empresas como a Unicer. “Se estivermos perante candidatos do leque de universidades preferenciais, com médias iguais ou muito próximas, os factores extra-curriculares assumem um carácter diferenciador”, afirma Joana Queiroz Ribeiro. A directora de comunicação e pessoas da cervejeira considera que estas actividades “revelam-nos mais sobre as pessoas. São pistas importantes para percebermos se estamos perante pessoas com iniciativa e responsabilidade, capazes de ultrapassar obstáculos”.

Uma das qualidades mais apreciadas num candidato é a experiência internacional, a vontade de conhecer o mundo para além das fronteiras de Portugal. Neste sentido, o ISCTE-IUL tem apostado em desenvolver protocolos com universidades congéneres de todo o mundo, participando em redes e programas de mobilidade internacional e oferecendo duplos graus e programas conjuntos na África, Ásia e América. “O conhecimento de outras línguas e culturas é mais do que nunca indispensável para todos os que pretendem desenvolver uma carreira profissional enriquecedora”, comenta um responsável da universidade.

De facto, acabam por ser as próprias empresas a comprovar o quanto valorizam esta experiência. Para Gonçalo Simões, ‘partner’ da Deloitte, um jovem que tenha participado no programa Erasmus ou num grupo de voluntariado em África terá certamente uma melhor capacidade de adaptação a novos ambientes. “Existe uma componente na nossa actividade, que tem cada vez mais importância, que passa pela necessidade de interacção com a rede Deloitte no mundo, a capacidade de criar uma rede de contactos e de conhecimentos dentro e fora do país”, salienta o responsável da consultora.

Mais do que iniciativas específicas para compor um currículo e impressionar os empregadores, do que se fala aqui é de educar melhores e mais completos futuros profissionais. “Consideramos de extrema importância que os nossos futuros economistas ou gestores, mais do que o conhecimento empírico, tenham uma forte percepção da realidade social e empresarial que os rodeia, como forma de conciliarem as questões teóricas com um profundo conhecimento prático da sociedade global”, aponta Daniel Traça, sub-director de programas pré-experiência da Nova School of Business & Economics, que conta com programas como o “Nova Cidadania”, que se destina a dar uma formação integral a nível de voluntariado e acções de cidadania.

É esse também um dos principais focos da acção formativa do ISEG, através de vários eventos, palestras e ‘workshops’ dedicados a temas como a sustentabilidade, a ética ou a cidadania. “Num início de carreira, os currículos são basicamente similares. A diferença são os interesses que os jovens manifestam a outros níveis, quer culturais, desportivos ou de solidariedade”, defende Filomena Ferreira, assessora da presidência da instituição. “Mostra um jovem que se envolve com o mundo real, que se valorizou academicamente mas que não deixou de aproveitar outras oportunidades de crescimento pessoal”.

Dito tudo isto, quão importante continua a ser o aproveitamento académico? Apesar de tudo, bastante ainda. “As notas curriculares não são o mais importante, mas são importantes porque servem de primeira triagem”, explica Marta Maia, directora de recursos humanos da Jerónimo Martins. “Interessa-nos a atitude, comportamento, grau de empreendedorismo. Temos de tentar descobrir nesta nova geração uma certa consciência cívica e uma consciência social muito grande, abertura ao mundo. O nosso negócio, mais do que de tecnologia, depende de pessoas. Os conhecimentos técnicos adquirem-nos cá dentro”.

Características procuradas

Unicer
“As actividades extra-curriculares são importantes porque revelam muito sobre o perfil comportamental dos candidatos, essencial para o sucesso pessoal e profissional das pessoas nas organizações”, diz Joana Queiroz Ribeiro, directora de comunicação e pessoas do Grupo Unicer. A Unicer dá importância ao perfil dos licenciados. “O “Lado B” dos candidatos dá-nos informação riquíssima sobre o seu perfil ‘soft'”, explica Jonana Queiroz Ribeiro. Alguns exemplos são “a participação em projectos internacionais (sejam de voluntariado ou de estágio), a prática regular de um desporto, a conciliação da vida académica com hobbies ou a pertença a grupos e associações”.

Deloitte
“Através da formação curricular e extra-curricular podem diversificar-se ‘skills’ como a capacidade de adaptação a novos ambientes e a diferentes pessoas, o que pode ser importante num trabalho que exija o contacto com outras realidades e clientes distintos”, revela Gonçalo Simões, partner da Deloitte. A empresa quer jovens que tenham conhecido pessoas e ambientes diferentes e Gonçalo Simões lembra que, “para alguns, passa muito por encontrar iniciativas ou organizações onde possam ter um papel activo”. Embora o mais valorizado pela Deloitte seja “uma performance académica de excelência”, também contam “a pró-actividade, a capacidade de aprendizagem constante, um forte espírito de equipa, a persistência e o pragmatismo”.

Jerónimo Martins
“As notas curriculares não são o mais importante, embora importem na medida em que servem de primeira triagem”, admite Marta Maia, directora de recursos humanos da Jerónimo Martins. A empresa valoriza nos candidatos características como atitude, comportamento, grau de empreendedorismo e humildade. “E há uma coisa que procuramos muito: temos de tentar descobrir nesta nova geração uma consciência cívica e social muito grande e abertura ao mundo. Porque, ao contrário doutro tipo de empresa, trabalhamos com muitas pessoas. O nosso negócio, mais do que depender da tecnologia, depende de pessoas. Os conhecimentos técnicos adquirem-nos depois cá dentro”, adianta a mesma responsável.

Fonte: Económico

Empreendedorismo: Empreendedorismo é chave para triunfar na vida

Maio 2, 2011 by  
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O vice-presidente do Governo Regional, João Cunha e Silva, defendeu ontem que o empreendedorismo constitui uma aposta para os jovens poderem ultrapassar as dificuldades.

O governante presidiu à cerimónia de entrega de prémios aos vencedores do Curso Intensivo em Empreendedorismo e Inovação Empresarial, no âmbito do projecto rs4e, promovido pelo CEIM- Centro de Empresas e Inovação da Madeira, dirigido por Patrícia Dantas.

Na cerimónia que decorreu no Fórum de Machico, João Cunha e Silva elogiou o trabalho desenvolvido e a disponibilidade dos jovens em participar neste projecto que já leva seis anos de actividade, envolvendo oito mil alunos de todos os concelhos da Região.

O vice-presidente do Governo Regional realçou que «nesta altura que é de dificuldades para todos, nada como ser empreendedor para tentar triunfar na vida, passar por entre as dificuldades e conseguir ver a luz ao fundo do túnel»
Nesse sentido, acrescentou Cunha e Silva «é preciso ser empreendedor, ter imaginação e criatividade».

Tal como explicou, este projecto (rs4e), está pensado e executado há vários anos. «Nós não pensámos nisto agora, que estamos perante uma situação complicada. Pensámos nisto há alguns anos, tal como estamos a pensar em coisas que são importantes para o futuro, desde os novos paradigmas da energia ao empreendedorismo que é fundamental, quando ainda não se vislumbravam as dificuldades vividas hoje», explicou.

Para Cunha e Silva esta é uma forma de preparar pessoas para serem empreendedoras na sua vida. «Temos de ser empreendedores na nossa vida, independentemente de pertencermos a alguma organização ou a alguma empresa. Isso faz parte de uma perspectiva que tem de ser seguida no futuro por todos», apelou o governante perante uma plateia eminentemente jovem.

Cunha e Silva reconheceu que os tempos vindouros não serão fáceis, mas mostrou-se esperançado que esta geração possa trabalhar para mudar o figurino mais pessimista.

«Hoje, das maiores dificuldades que tenho, é olhar, olhos nos olhos dos meus filhos, e lhes dizer que, apesar da nossa geração ter trabalhado tanto para desenvolver esta Região, eles são capazes de ter que viver um pouco pior do que nós vivemos», lamentou. Mas, ao mesmo tempo, «é preciso trazer junto uma palavra de esperança e de optimismo».

Para o vice-presidente, a disponibilidade dos jovens que integraram o curso de empreendedorismo, que decorreu em Machico, demonstra o interesse que eles têm pelo futuro. «Isto é, serem empreendedores, se calhar trabalhar mais, ter mais imaginação e criatividade, para poderem um dia, dizer aos vossos filhos que conseguiram fazer melhor do que a nossa geração», desafiou.

Na óptica do vice-presidente, o rs4e constitui um projecto exemplar ao nível do País, pelo que deve continuar a merecer a confiança das entidades que ajudam a sua concretização, visto ser «fundamental para tanta gente».

Animado pelos jovens alunos, que ensaiaram uma postura divertida de terminar o curso intensivo, Cunha e Silva terminou a sua intervenção elogiando o facto de uma vez mais, o curso ter decorrido em Machico. Pela simples razão de que «se há cidades empreendedoras, Machico é uma e em tão pouco tempo, com a batuta do presidente da Câmara, a cidade mudou radicalmente, mostrando exactamente o empreendedorismo, imaginação e criatividade».

Fonte: Jornal da Madeira

Marketing: Copa de 2014 impulsionará TV digital e interativa

Maio 2, 2011 by  
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A Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, representará uma grande oportunidade para desenvolver o modelo digital e interativo de televisão, segundo especialista que participaram nesta quinta-feira do último dia do fórum Rio Wireless, realizado no Rio de Janeiro.

“A Copa do Mundo será uma ocasião ideal para investir em telecomunicações e adequar as infraestruturas a fim de transmitir o evento através da internet”, disse o presidente do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Rio de Janeiro (Proderj), Paulo Coelho.

Coelho calculou que o investimento deve ser de aproximadamente R$ 300 milhões, que servirá também para coordenar serviços de transporte, saúde e segurança, visando não apenas a Copa, mas também os Jogos Olímpicos de 2016.

O presidente da Proderj lembrou que a Copa de 2006, na Alemanha serviu, para o desenvolvimento da televisão em alta definição, enquanto a de 2010, na África do Sul, foi aproveitada para impulsionar a imagem em três dimensões.

Por sua vez, o representante do Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Cardeman, destacou a importância da comunicação com os cidadãos e turistas através de internet e da telefonia celular, a fim de garantir a segurança durante o Mundial e os Jogos Olímpicos.

Fonte: Exame

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