Inovação: UE, crise não pode comprometer aposta na inovação

Junho 12, 2011 by  
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O comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, diz que as dificuldades orçamentais que a generalidade dos Estados-membros enfrentam não podem comprometer o investimento na inovação, que considerou uma das principais vias para ultrapassar a crise, cita a Lusa.

Rehn, que falava numa conferência em Bruxelas sobre o quadro estratégico comum para o financiamento da investigação e da inovação na UE, sustentou que a UE está a levar a cabo uma profunda reforma da governação económica mas sublinhou que, a par da criação de novos instrumentos de política europeia, é fundamental melhorar a competitividade europeia e a capacidade de criar emprego e crescimento.

«Tal depende em larga escala da nossa capacidade para impelir a inovação. Precisamos de indústrias inovadoras, que apostem na investigação», disse, acrescentando que, «num mundo com cada vez menos recursos, a inovação é o melhor garante do futuro modelo de vida da Europa».

Apontando que o investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) na UE ronda os 2% do PIB, muito aquém dos 2,77 dos Estados Unidos e 3,44 do Japão, Rehn advertiu que, a manterem-se as tendências, até a China ultrapassará a Europa em termos de despesa em I&D em 2014.

«Consequentemente, apoiar o conhecimento e inovação na Europa deve ser uma prioridade chave na agenda política. Apesar de estarmos confrontados com constrangimentos orçamentais, a UE e os Estados-membros têm de continuar a aumentar os seus esforços em I&D, educação e inovação», declarou o comissário.

Rehn explicou que essa foi a razão pela qual a Comissão recomendou esta semana aos Estados-membros que «a consolidação orçamental não pode concretizar-se à custa da despesa na melhoria do crescimento».

Precisamente na véspera, um relatório da Comissão Europeia sobre ¿Competitividade da União da Inovação¿ destacava a necessidade de a Europa aumentar a aposta na investigação e desenvolvimento. O mesmo relatório apontava o grande crescimento de investimento em investigação e inovação (I&D) em Portugal na última década, sublinhando que essa aposta se deve manter, apesar da crise.

«De modo a aumentar a sua competitividade económica através do aumento da produtividade e mudança da estrutura das empresas exportadoras, Portugal terá de manter os seus esforços de aumento do seu investimento em investigação e inovação», defende a Comissão na sua avaliação.

Fonte: Agência Financeira



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